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Guias e Dicas
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Atividades em aula na disciplina de Ciência e tecnologia, Exercícios de Ciência e Tecnologia dos Materiais

Atividades desenvolvidas na disciplina de Ciência, Tecnologia e Sociedade. Dos conteúdos trabalhados em aula.

Tipologia: Exercícios

2023

Compartilhado em 24/11/2023

paula-elizangela-per
paula-elizangela-per 🇧🇷

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Considerando a especificidade do desenvolvimento de Software Livre e de Código Aberto, por
que este é considerado na pesquisa em questão como uma abertura da caixa-preta? Quais as
controvérsias implicadas nesse processo?
Neste trabalho o autor considera a especificidade do desenvolvimento de Software Livre e de
Código Aberto, uma abertura da caixa-preta porque o objetivo do estudo era compreender o
processo de desenvolvimento de software livre e de código aberto e as relações entre os
desenvolvedores, usuários e a comunidade em geral. Esta pesquisa remeteu-se a analisar como os
desenvolvedores trabalham em colaboração, como os usuários são envolvidos no processo de
desenvolvimento e como a comunidade pode contribuir para a melhoria dos projetos de software.
Dessa forma, a pesquisa ajudou a revelar o que antes era considerado um processo opaco e difícil
de entender, tornando-o mais acessível, compreensível e transparente. Enquanto o
desenvolvimento de software proprietário é frequentemente um processo fechado e controlado
por uma única empresa, o desenvolvimento de software livre e de código aberto envolve a
colaboração de uma comunidade de desenvolvedores, que podem acessar e modificar o código-
fonte do software.
O texto nos apresenta várias controvérsias em torno do Software Livre e do Código Aberto, em
resumo podemos citar: a ambiguidade do termo "livre", tensões entre colaboração comunitária e
foco corporativo, uso proprietário, mudança de terminologia e apropriação e resignificação por
empresas.
Ambiguidade do termo "livre": O termo "livre" no Software Livre é ambíguo e pode ser
interpretado de várias maneiras. Algumas pessoas o interpretam como liberdade de uso,
distribuição e modificação, enquanto outras o interpretam como uma afirmação ideológica ou
política. Isso pode levar a desentendimentos sobre o significado e a importância do Software
Livre.
Colaboração vs. Corporações: O movimento do Software Livre é baseado na ideia de
colaboração comunitária, enquanto as corporações tendem a se concentrar em desenvolvimento
proprietário e lucro. A conceituação do Software de Código Aberto trouxe essas duas lógicas
juntas, o que pode levar a tensões entre os defensores da comunidade e os defensores
corporativos.
Uso proprietário: Embora o Software de Código Aberto seja geralmente visto como um
movimento em direção à transparência e colaboração, algumas licenças permitem que o software
seja usado de forma proprietária, o que significa que as empresas podem usá-lo sem contribuir de
volta para a comunidade de código aberto.
Mudança de terminologia: A mudança de terminologia do Software Livre para o Software de
Código Aberto levou a uma mudança de ênfase, de uma abordagem ideológica para uma
abordagem pragmática. Alguns defensores do Software Livre argumentam que essa mudança
dilui a mensagem original do movimento.
Apropriação e resignificação: Como o Software de Código Aberto se tornou mais popular,
muitas empresas começaram a se apropriar do movimento para seus próprios fins. Isso pode
levar a uma resignificação da mensagem original do movimento, com algumas empresas
tentando usar o Software de Código Aberto como uma tática de marketing em vez de uma
abordagem colaborativa genuína.
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Considerando a especificidade do desenvolvimento de Software Livre e de Código Aberto, por

que este é considerado na pesquisa em questão como uma abertura da caixa-preta? Quais as

controvérsias implicadas nesse processo?

Neste trabalho o autor considera a especificidade do desenvolvimento de Software Livre e de

Código Aberto, uma abertura da caixa-preta porque o objetivo do estudo era compreender o

processo de desenvolvimento de software livre e de código aberto e as relações entre os

desenvolvedores, usuários e a comunidade em geral. Esta pesquisa remeteu-se a analisar como os

desenvolvedores trabalham em colaboração, como os usuários são envolvidos no processo de

desenvolvimento e como a comunidade pode contribuir para a melhoria dos projetos de software.

Dessa forma, a pesquisa ajudou a revelar o que antes era considerado um processo opaco e difícil

de entender, tornando-o mais acessível, compreensível e transparente. Enquanto o

desenvolvimento de software proprietário é frequentemente um processo fechado e controlado

por uma única empresa, o desenvolvimento de software livre e de código aberto envolve a

colaboração de uma comunidade de desenvolvedores, que podem acessar e modificar o código-

fonte do software.

O texto nos apresenta várias controvérsias em torno do Software Livre e do Código Aberto, em

resumo podemos citar: a ambiguidade do termo "livre", tensões entre colaboração comunitária e

foco corporativo, uso proprietário, mudança de terminologia e apropriação e resignificação por

empresas.

Ambiguidade do termo "livre": O termo "livre" no Software Livre é ambíguo e pode ser

interpretado de várias maneiras. Algumas pessoas o interpretam como liberdade de uso,

distribuição e modificação, enquanto outras o interpretam como uma afirmação ideológica ou

política. Isso pode levar a desentendimentos sobre o significado e a importância do Software

Livre.

Colaboração vs. Corporações: O movimento do Software Livre é baseado na ideia de

colaboração comunitária, enquanto as corporações tendem a se concentrar em desenvolvimento

proprietário e lucro. A conceituação do Software de Código Aberto trouxe essas duas lógicas

juntas, o que pode levar a tensões entre os defensores da comunidade e os defensores

corporativos.

Uso proprietário: Embora o Software de Código Aberto seja geralmente visto como um

movimento em direção à transparência e colaboração, algumas licenças permitem que o software

seja usado de forma proprietária, o que significa que as empresas podem usá-lo sem contribuir de

volta para a comunidade de código aberto.

Mudança de terminologia: A mudança de terminologia do Software Livre para o Software de

Código Aberto levou a uma mudança de ênfase, de uma abordagem ideológica para uma

abordagem pragmática. Alguns defensores do Software Livre argumentam que essa mudança

dilui a mensagem original do movimento.

Apropriação e resignificação: Como o Software de Código Aberto se tornou mais popular,

muitas empresas começaram a se apropriar do movimento para seus próprios fins. Isso pode

levar a uma resignificação da mensagem original do movimento, com algumas empresas

tentando usar o Software de Código Aberto como uma tática de marketing em vez de uma

abordagem colaborativa genuína.

O desenvolvimento de Software Livre e de Código Aberto é considerado uma abertura da caixa-preta porque torna o processo de produção de software mais transparente e acessível. Enquanto o desenvolvimento de software proprietário é frequentemente um processo fechado e controlado por uma única empresa, o desenvolvimento de software livre e de código aberto envolve a colaboração de uma comunidade de desenvolvedores, que podem acessar e modificar o código-fonte do software. Dessa forma, a abertura da caixa-preta se refere à possibilidade de observar e compreender o processo de desenvolvimento de software que antes era opaco, restrito e controlado. Com o software livre e de código aberto, o processo se torna mais aberto, colaborativo e democrático, permitindo a participação de um maior número de pessoas e tornando possível a revisão e melhoria contínua do software. O texto aborda algumas controvérsias implicadas no processo de expansão do coletivo de desenvolvimento de software livre, que culminou na reivindicação da substituição do termo "Software Livre" por "Software de Código Aberto" em 1998. Essa reivindicação foi baseada na defesa da substituição das táticas de divulgação utilizadas pela FSF, de modo a desviar a atenção do discurso predominantemente político/ideológico de Stallman, para ganhar espaço no mercado a partir de uma estratégia de marketing, ou ainda, de um discurso “pragmático”. O ensaio de Eric Raymond "A Catedral e o Bazar" também gerou controvérsias, especialmente em relação à sua crítica ao estilo de desenvolvimento de software livre "catedral", que seria baseado em um planejamento central controlado por um pequeno grupo, em contraposição ao estilo de desenvolvimento "bazar" empregado por Linus Torvalds no desenvolvimento do kernel do Linux. Essas controvérsias geraram reflexões e mudanças na esfera institucional, como a decisão dos executivos da empresa do navegador de internet Navigator de adotar o modelo de código aberto. O autor considera a especificidade do desenvolvimento de Software Livre e de Código Aberto porque esse tipo de desenvolvimento envolve uma comunidade de desenvolvedores que trabalham colaborativamente em projetos de software, tornando o processo mais transparente e aberto. Essa abertura significa que as pessoas interessadas em um projeto de software livre e de código aberto podem acessar o código-fonte, estudá-lo, modificá-lo e distribuí-lo de forma gratuita.


O texto discute a controvérsia sobre o uso de código-fonte aberto ou fechado no desenvolvimento de software. O modelo hegemônico historicamente foi o desenvolvimento de software proprietário, com código-fonte fechado, sendo um exemplo o sistema operacional Windows da Microsoft. No entanto, modelos alternativos baseados em código-fonte aberto, como o software livre e de código aberto, estão se consolidando desde a década de 1980. O texto destaca que esta discussão ainda é relevante hoje em dia. O texto segue discutindo a conceituação do software proprietário. O texto também menciona a importância do contrato de licença de software, que estabelece os direitos e deveres do licenciado, e a distinção entre os modelos de produção e comercialização de softwares, que são estabelecidos a partir do contrato de licença. O texto destaca que a diferença entre softwares livres e proprietários está nos termos do contrato de licença, e não na essência técnica do software em si.

4. Mudança de terminologia: A mudança de terminologia do Software Livre para

o Software de Código Aberto levou a uma mudança de ênfase, de uma

abordagem ideológica para uma abordagem pragmática. Alguns defensores

do Software Livre argumentam que essa mudança dilui a mensagem original

do movimento.

5. Apropriação e resignificação: Como o Software de Código Aberto se tornou

mais popular, muitas empresas começaram a se apropriar do movimento

para seus próprios fins. Isso pode levar a uma resignificação da mensagem

original do movimento, com algumas empresas tentando usar o Software de

Código Aberto como uma tática de marketing em vez de uma abordagem

colaborativa genuína.

O texto discute o Software Livre/Código Aberto (SL/CA), que é um modelo de desenvolvimento de software baseado na colaboração e na liberdade de acesso ao código-fonte. Ele aborda o fato de que o software não é neutro, mas carregado de enunciados, práticas, experiências, associações, controvérsias, decisões, alianças, disputas, interesses, pessoas, ferramentas, instituições, etc. O texto também destaca a importância da Comunidade de SL/CA, que reabriu a caixa-preta e colocou em discussão a produção da tecnologia e a apropriação privada da informação e do conhecimento, propondo o desenvolvimento compartilhado, a colaboração em rede, a liberdade de usufruir de artefatos que são criados coletivamente. Além disso, o texto aborda a convivência do SL/CA com o software proprietário e destaca a tentativa de inserção no mundo do capital, mesmo que seja de uma maneira "alternativa". O autor também enfatiza que há muitas controvérsias em torno do SL/CA que não foram encerradas, e há muito a ser explorado e discutido por estudiosos de vários campos do conhecimento, incluindo questões de propriedade intelectual, direitos autorais, formas de produção, relações de trabalho, sociabilidades virtuais, formação de comunidade, redes sociais, etc. Por fim, o texto conclui que o SL/CA é um universo de significações que reafirma o quão a tecnologia não é neutra e que há muito o que ser enunciado, construído e traduzido nesse terreno.

Existem algumas controvérsias em torno do software livre de código aberto,

incluindo:

1. Licenças: Embora as licenças de software livre garantam a liberdade de usar,

copiar e modificar o software, há várias licenças diferentes disponíveis, o que

pode levar a confusão e incerteza sobre quais termos se aplicam. Alguns

argumentam que a grande variedade de licenças pode tornar difícil para as

empresas e desenvolvedores de software entender quais licenças são

compatíveis umas com as outras.

2. Segurança: Alguns argumentam que o fato de o código-fonte estar disponível

publicamente torna o software livre de código aberto menos seguro, pois

pode ser mais fácil para hackers encontrarem vulnerabilidades e explorá-las.

Outros argumentam que, devido à natureza transparente do código-fonte,

vulnerabilidades podem ser detectadas e corrigidas rapidamente.

3. Concorrência desleal: Alguns argumentam que empresas podem se

aproveitar do software livre de código aberto, incorporando-o em seus

próprios produtos sem contribuir de volta à comunidade. Isso pode criar uma

situação de concorrência desleal, em que as empresas que contribuem com

o software de volta à comunidade estão em desvantagem em relação às que

não o fazem.

4. Falta de suporte: Como o software livre de código aberto é frequentemente

desenvolvido por comunidades de voluntários, pode haver uma falta de

suporte formal disponível para os usuários. Isso pode ser um problema para

empresas que dependem do software em suas operações críticas.

5. Exclusão: Há preocupações de que a comunidade do software livre de código

aberto possa ser exclusiva e limitada a um grupo relativamente pequeno de

pessoas com habilidades técnicas avançadas. Isso pode criar uma barreira

para a entrada de novos participantes na comunidade, limitando a

diversidade de perspectivas e experiências.