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Guias e Dicas
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Análise de Jatos Livres: Orifícios, Coeficientes e Vazão, Exercícios de Mecânica

Documento que apresenta uma análise teórica e experimental sobre jatos livres, incluindo a descrição de orifícios, coeficientes de velocidade e contração, e cálculos de vazão. Aplicação prática com bicos de diferentes diâmetros.

O que você vai aprender

  • Qual é a definição de um jato livre?
  • Quais são as principais aplicações de jatos livres na hidráulica?
  • Como são classificados os orifícios?

Tipologia: Exercícios

2020

Compartilhado em 14/06/2022

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ALGETEC SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO
CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504
E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www .algetec.com.br
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS
JATOS LIVRES
JATOS LIVRES
O escoamento do tipo jato livre ocorre quando um fluido é expandido por meio
de um bocal ou orifício para um ambiente no qual o escoamento não é diretamente
afetado por um contorno fixo (STRÖHER et al., 2012). As principais aplicações dos jatos
livres na hidráulica são: tomadas d´água em sistemas de abastecimento, projetos de
irrigação e drenagem, projetos hidrelétricos, estações de tratamento de água e de
esgoto, sistema de alimentação de combustíveis de veículos automotores, queimadores
industriais e irrigação por aspersão.
Um orifício pode ser descrito como uma abertura localizada em uma das faces
do reservatório, ou conduto sob pressão, que permite o escoamento do fluido contido
no reservatório. Alguns critérios podem ser utilizados para classificar os orifícios, os
principais são:
forma geométrica do perímetro do orifício: circular, retangular, triangular
etc.;
plano do orifício em relação à superfície livre do quido: paralelo,
perpendicular etc.;
espessura da parede na qual está o orifício: parede fina (delgada) e parede
grossa (espessa).
O volume de fluido que é deslocado durante o processo de escoamento é um
dos fatores que devem ser levados em conta quando o escoamento de um reservatório
é analisado. Como os escoamentos são contínuos, é pertinente analisar o volume
deslocado por unidade de tempo, ou seja, o fluxo de volume, também conhecido como
vazão. Quando um tanque cheio de água se esvazia através de um orifício, a energia
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ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO

CEP: 40260- 215 Fone: 71 3272- 3504

JATOS LIVRES

JATOS LIVRES

O escoamento do tipo jato livre ocorre quando um fluido é expandido por meio

de um bocal ou orifício para um ambiente no qual o escoamento não é diretamente

afetado por um contorno fixo (STRÖHER et al., 2012). As principais aplicações dos jatos

livres na hidráulica são: tomadas d´água em sistemas de abastecimento, projetos de

irrigação e drenagem, projetos hidrelétricos, estações de tratamento de água e de

esgoto, sistema de alimentação de combustíveis de veículos automotores, queimadores

industriais e irrigação por aspersão.

Um orifício pode ser descrito como uma abertura localizada em uma das faces

do reservatório, ou conduto sob pressão, que permite o escoamento do fluido contido

no reservatório. Alguns critérios podem ser utilizados para classificar os orifícios, os

principais são:

  • forma geométrica do perímetro do orifício: circular, retangular, triangular

etc.;

  • plano do orifício em relação à superfície livre do líquido: paralelo,

perpendicular etc.;

  • espessura da parede na qual está o orifício: parede fina (delgada) e parede

grossa (espessa).

O volume de fluido que é deslocado durante o processo de escoamento é um

dos fatores que devem ser levados em conta quando o escoamento de um reservatório

é analisado. Como os escoamentos são contínuos, é pertinente analisar o volume

deslocado por unidade de tempo, ou seja, o fluxo de volume, também conhecido como

vazão. Quando um tanque cheio de água se esvazia através de um orifício, a energia

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CEP: 40260- 215 Fone: 71 3272- 3504

JATOS LIVRES

potencial da água se converte em energia cinética. Assim, desprezando as perdas de

carga, a energia cinética e energia potencial podem ser igualadas.

A distância entre o fundo do reservatório vertical e o centro do orifício da

bancada que será utilizada no laboratório virtual é de 50 mm. Na Figura 1 esta distância

é dada por 𝑦

0

Figura 1 – Análise do jato de água.

𝑡

2

Onde:

𝑔 é a aceleração da gravidade (9,81 𝑚 𝑠

2

ℎ é a altura da coluna d’água, em metros (note que a altura final é em relação ao

bico do jato e não ao fundo do tanque);

𝑡

é a velocidade teórica de saída da água no orifício, em 𝑚 ⁄ 𝑠.

Isolando a velocidade teórica apresentada na Equação 1:

𝑡

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A seção contraída de um jato é uma redução no diâmetro da sua seção

transversal logo após a passagem pelo bocal, tornando a área útil de escoamento menor

que a do orifício. Para correção, utiliza-se o coeficiente de contração, que ajusta a área

real de escoamento do fluido. Como na prática é difícil medir o 𝑐

𝑐

, é feita a aquisição

experimental do coeficiente de descarga, que então pode ser convertido em coeficiente

de contração.

Figura 2 – Diâmetro do orifício (D) e da seção contraída (Dc).

Para escoamento com nível variável do reservatório, 𝐶

𝑑

pode ser calculado

realizando um experimento em que se mede o tempo de descarga do líquido pelo

orifício para uma determinada diferença de nível (h). Desta forma, o coeficiente de

descarga é dado por:

𝑑

𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒

𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜

1

2

Onde:

𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒

é a área da seção transversal do tanque (tanque vertical), em milímetros

quadrados;

𝑜𝑟𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜

é a área do orifício, em milímetros quadrados;

1

é o nível 1 do tanque, em metros;

2

é o nível 2 do tanque, em metros;

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JATOS LIVRES

𝑡 é o tempo de descarga, em segundos.

Observação: Outras unidades podem ser utilizadas para realizar o cálculo do

coeficiente de descarga, porém é necessário que o resultado seja adimensional.

Vazão do fluido através do orifício:

𝑑

𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜

𝑑

𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜

𝑡

Onde:

𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜

é a área do orifício, em milímetros quadrados.

Para orifícios circulares:

𝑜𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑖𝑜

𝜋

4

2

Onde:

𝐷 é o diâmetro do orifício, em milímetros.

No experimento, são fornecidos bicos com orifícios de diâmetros 4 mm, 6 mm,

8 mm e 10 mm.

Figura 3 – Bicos dos orifícios.

No equipamento em questão, a área da seção transversal do tanque vertical é

retangular com medidas externas 𝐵 = 250 𝑚𝑚 e 𝐿 = 350 𝑚𝑚. Suas paredes possuem

espessura de 10 𝑚𝑚. Logo sua área em mm² é:

𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒

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JATOS LIVRES

Figura 5 – Gráfico de análise do comportamento do jato.

A velocidade horizontal (𝑥̇ ) é igual a velocidade de saída do orifício, que neste

caso é a velocidade teórica (𝑣

𝑡

) encontrada na Equação 4.

MRU

𝑡

𝐴𝑙𝑐𝑎𝑛𝑐𝑒 𝐻𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜

𝑡𝑒

Como:

(MRUV) 𝐻 = 𝑦

0

0

2

Levando em conta que a velocidade inicial (𝑦̇

0

) e o posição inicial (𝑦

0

) são iguais

a zero, temos:

0

= 0 e 𝑦̇

0

2

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JATOS LIVRES

Logo:

Como:

𝑡

𝑡𝑒

Então:

𝐴𝑙𝑐𝑎𝑛𝑐𝑒 𝐻𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 = ∆𝑥

𝑡𝑒

𝑡

Onde:

H é a altura entre o centro do bico e a o plano de referência em que é realizada

a medição do alcance horizontal, que no caso deste experimento é de 145 mm;

t é o tempo de queda, em segundos;

O alcance horizontal experimental (Δx

𝑒𝑥𝑝

) pode ser encontrado durante a

realização do experimento. A diferença entre as equações 14 e 15 é o uso da velocidade

teórica e da velocidade experimental.

𝐴𝑙𝑐𝑎𝑛𝑐𝑒 𝐻𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 = Δx

𝑒𝑥𝑝

𝑟

Dividindo a Equação 15 pela Equação 14 podemos encontrar: