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ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA – 2º ANO, Exercícios de Língua Portuguesa

1- Leia o fragmento do romance Senhora de José de Alencar Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe ...

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Wanderlei
Wanderlei 🇧🇷

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Governo do Estado de São Paulo / Secretaria de Educação
Diretoria de Ensino Guarulhos Sul
Escola Estadual Homero Rubens de Sá
ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA 2º ANO
Aulas on-line: 4º bimestre de 2020
Aluno: _______________________________________________ nº:______ano: _____
Descrição da Atividade
Leitura de fragmentos de livros do século XIX. .
entendimento e análise . Questões objetivas e dissertativas.
Objetivo
Aprimorar, compreender, inferir, identificar, analisar,
questionar. Revisar aprendizados.
Habilidades
Reconhecer diferentes elementos que estruturam o texto
narrativo ( personagens, marcadores de tempo localização,
sequência lógica dos fatos ) na construção do sentido do
romance e do conto do século XIX , apropriando-se deles no
processo de elaboração do sentido.
1- Leia o fragmento do romance Senhora de José de Alencar Há anos raiou no céu fluminense uma
nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha
dos salões. Tornou-se a deusa dos bailes: a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.
Nesse trecho, o narrador constrói o perfil da protagonista, Aurélia Camargo.
Transcreva os cinco substantivos e adjetivos que se referem a ela ao longo do fragmento.
R:
O texto abaixo faz parte do capítulo inicial do romance Senhora, de José de Alencar, publicado pela
primeira vez em 1874 sob a forma de folhetim. Nesse fragmento, apresenta-se a personagem
central, Aurélia Camargo, que enriqueceu após receber uma herança inesperada.
anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe
disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões. Tornou-se a deusa dos bailes, a musa dos poetas e o
ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e formosa. [5] Duas opulências, que se realçam como a flor
em vaso de alabastro1; dois esplendores que se refletem,como o raio de sol no prisma do diamante. Quem
não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como brilhante meteoro, e
apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu fulgor? Tinha ela dezoito anos
quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo [10] buscaram todos com avidez
informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu
tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.Aurélia era
órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a
acompanhava na sociedade. [15] Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para a
condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda
certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não
declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse.
Constava também que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade desconhecida, a julgar pelo caráter [20]
da pupila, não devia exercer maior influência em sua vontade do que a velha parenta. (...)
Assaltada por uma turba de pretendentes que a disputavam como o prêmio da vitória, Aurélia, com
sagacidade admirável em sua idade, avaliou da situação difícil em que se achava, e dos perigos que
a ameaçavam. Daí provinha talvez a expressão cheia de desdém e um certo ar provocador, que
eriçavam2 a sua [25] beleza aliás tão correta e cinzelada3 para a meiga e serena expansão d’alma.
Se o lindo semblante não se impregnasse constantemente, ainda nos momentos de cisma e distração,
dessa tinta de sarcasmo, ninguém veria nela a verdadeira fisionomia de Aurélia, e sim a máscara de
alguma profunda decepção. (...) Não acompanharei Aurélia em sua efêmera passagem pelos salões da
corte, onde viu, jungido a seu [30] carro de triunfo, tudo que a nossa sociedade tinha de mais elevado e
brilhante. Proponho-me unicamente a referir o drama íntimo e estranho que decidiu do destino dessa
mulher singular.
José de Alencar Senhora. São Paulo: Ática.
1 alabastro rocha semelhante ao mármore
2 eriçavam arrepiavam
3 cinzelada esculpida
pf3

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Diretoria de Ensino Guarulhos Sul Escola Estadual Homero Rubens de Sá

ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA – 2º ANO

Aulas on-line: 4º bimestre de 2020

Aluno: _______________________________________________ nº:______ano: _____

Descrição da Atividade

Leitura de fragmentos de livros do século XIX..

entendimento e análise. Questões objetivas e dissertativas.

Objetivo

Aprimorar, compreender, inferir, identificar, analisar,

questionar. Revisar aprendizados.

Habilidades

Reconhecer diferentes elementos que estruturam o texto

narrativo ( personagens, marcadores de tempo localização,

sequência lógica dos fatos ) na construção do sentido do

romance e do conto do século XIX , apropriando-se deles no

processo de elaboração do sentido.

1 - Leia o fragmento do romance Senhora de José de Alencar Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões. Tornou-se a deusa dos bailes: a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Nesse trecho, o narrador constrói o perfil da protagonista, Aurélia Camargo. Transcreva os cinco substantivos e adjetivos que se referem a ela ao longo do fragmento. R: O texto abaixo faz parte do capítulo inicial do romance Senhora , de José de Alencar, publicado pela primeira vez em 1874 sob a forma de folhetim. Nesse fragmento, apresenta-se a personagem central, Aurélia Camargo, que enriqueceu após receber uma herança inesperada. Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões. Tornou-se a deusa dos bailes, a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e formosa. [5] Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro^1 ; dois esplendores que se refletem,como o raio de sol no prisma do diamante. Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo [10] buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.Aurélia era órfã; tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. [15] Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para a condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse. Constava também que Aurélia tinha um tutor; mas essa entidade desconhecida, a julgar pelo caráter [20] da pupila, não devia exercer maior influência em sua vontade do que a velha parenta. (...) Assaltada por uma turba de pretendentes que a disputavam como o prêmio da vitória, Aurélia, com sagacidade admirável em sua idade, avaliou da situação difícil em que se achava, e dos perigos que a ameaçavam. Daí provinha talvez a expressão cheia de desdém e um certo ar provocador, que eriçavam^2 a sua [25] beleza aliás tão correta e cinzelada^3 para a meiga e serena expansão d’alma. Se o lindo semblante não se impregnasse constantemente, ainda nos momentos de cisma e distração, dessa tinta de sarcasmo, ninguém veria nela a verdadeira fisionomia de Aurélia, e sim a máscara de alguma profunda decepção. (...) Não acompanharei Aurélia em sua efêmera passagem pelos salões da corte, onde viu, jungido a seu [30] carro de triunfo, tudo que a nossa sociedade tinha de mais elevado e brilhante. Proponho-me unicamente a referir o drama íntimo e estranho que decidiu do destino dessa mulher singular. José de Alencar Senhora. São Paulo: Ática. (^1) alabastro – rocha semelhante ao mármore (^2) eriçavam – arrepiavam 3 cinzelada – esculpida

Diretoria de Ensino Guarulhos Sul Escola Estadual Homero Rubens de Sá Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro ; (l. 2) 2 - Ao referir-se à personagem central, a palavra lhe , nesse trecho, indica a seguinte noção: a) a) pertencimento b) b) temporalidade c) c) indefinição d) d) localização Texto para as questões de 3 a 7. FRAGMENTO ( O CORTIÇO ) Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia. A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas. Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia. (Aluísio Azevedo. O Cortiço) Vocabulário: Coradouro: lugar onde se põe roupa a corar ao sol. Farto acre: cheiro ácido. Marulhar : agitação. Espanejando-se : sacudindo-se. 3 Considerando-se a estrutura do texto, é possível afirmar que o termo entretanto, utilizado no início do quarto parágrafo, pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por a) conquanto. b) portanto. c) no entanto. d) enquanto isso. e) todavia. 4 - No texto, o autor utiliza técnicas descritivas impressionistas, como as de atribuir qualidade concreta a conceitos abstratos e fundir diferentes sensações (sinestesia). Esses dois recursos ocorrem, respectivamente, nos seguintes fragmentos: a) “luz loura e tenra” / “horas de chumbo” b) “indolência de neblina” / “xícaras a tilintar” c) “Um acordar alegre e farto” / “cacarejar de galinhas” d) “suspiro de saudade” / “cabeças congestionadas de sono” e) “palidez grisalha” / “cheiro quente do café”. 5 - No texto, o significado do verbo destacado em “sons de vozes que altercavam” é a) debatiam. b) aumentavam.