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Um estudo sobre o músculo bíceps braquial e sua ativação durante a flexão do cotovelo em posições pronada e supinada. O texto discute as funções do músculo, as referências eletromiográficas e as implicações na mudança da posição da radioulnar. Além disso, são apresentados resultados de pesquisas relacionadas à ativação do músculo em diferentes posições e a importância de saber como se comporta na prática do remo.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
O exercício de remada baixa é comumente utilizado em academias de musculação, como é um exercício multiarticular, envolvendo as articulações do ombro, cintura escapular e cotovelo; sua prescrição é freqüente, fazendo deste um dos exercícios favoritos dos instrutores de academias na organização de um programa de treino de força. Muitas vezes se observa na evolução de um treino pegadas diferentes na remada baixa, alguns instrutores defendem que é apenas uma variação do exercício para não deixar o treino monótono sem maiores diferenças, outros defendem que são exercícios semelhantes com particularidades e resultados diferentes. Por este motivo acredita-se que se faça necessário uma pesquisa sobre o exercício e suas possíveis variações e implicações destas. A remada baixa geralmente é executada em aparelhos específicos, muitas vezes consistindo de um assento, um sistema de polia e alça ou polia e barra. Quanto à pegada ela pode variar na posição da radioulnar, ela pode ser supinada (com as palmas das mãos voltadas para cima), pronada (com as palmas das mãos voltadas para baixo) ou mesmo neutra (com as palmas das mãos voltadas para a linha medial). Os sistemas de pegadas podem apresentar alças separadas para cada mão, como é o caso do exercício apresentado pelo autor AABERG (2006) ou com uma peça única para a pegada de duas mãos como os autores KRAMER e FLECK (2001), BAECHLE (1994), BAECHLE e EARLE (1995), ANDRADA (1998), BAECHLE e GROVE (2000) e NSCA(2010) apresentam. KRAMER e FLECK (2001) ainda trazem a remada baixa como “remada sentada com corda elástica”; o exercício é o mesmo, porém mudam as forças de resistência por serem derivadas de uma componente elástica. Segundo LIMA e PINTO (2006), o exercício de remada baixa tem sua variação somente na articulação da radioulnar, podendo ser mantida supinada ou pronada. De acordo com os autores esta mudança irá interferir somente na ativação dos flexores do cotovelo, não tendo grandes mudanças nos outros grupos musculares envolvidos. Os autores KRAMER e FLECK (2001) apresentam a remada baixa como um exercício que fortalece os músculos da parte superior das costas, como o trapézio e rombóides, além dos extensores de ombro, como o latíssimo do dosrso e a região posterior do ombro, como o deltóide parte espinal. Os autores ainda salientam que este exercício trabalha os flexores do cotovelo, braquial e o bíceps braquial, também envolvendo os flexores dos dedos. A melhor maneira para determinar os músculos que contraem em determinado exercício e os movimentos que obrigam músculos específicos a entrar em ação é estudar o corpo vivo em condição normal. “Quaisquer que sejam as conclusões obtidas através de outros métodos, é este que proporciona a decisão final”, (RASCH e BURKE, 1977, p.86). As observações realizadas num esqueleto, mesmo num cadáver ou mesmo dados obtidos por estimulação elétrica não possibilita informar o que um músculo irá fazer, embora isso informe o que um músculo pode fazer. Nesta perspectiva, deve-se considerar a importância de estudar a ação muscular em situações reais para saber o que o sistema nervoso o obriga a fazer e quando lhe permite permanecer inativo. No estudo “Os Exercícios de Força Mais Eficientes Para o Músculo Latissimus Dorsi ” feito por SÁ (2007), o pesquisador aponta a importância da eletromiografia e conclui a pesquisa afirmando que os resultados indicam que a eletromiografia pode fornecer uma base científica para a seleção dos exercícios de força.
A eletromiografia tem sido uma escolha muito usada em artigos científicos (AZEVEDO et al., 2001; CARPENTER et al., 2007; CORREIA, SANTOS, VELOSO et al., 1993; GORDON et al., 2004; KOSSEL et al., 2009; De LUCA, 1997; NAITO, 2004; NAITO et al., 1998; NARICI et al., 1989; PORTO et al., 2005; RUDROFF et al., 2010), pois permite resultados fidedignos; além de fácil aplicação. Para este estudo a revisão de estudos eletromiográficos é adequada já que permite a observação do recrutamento das unidades motoras durante o exercício, além de ser um método seguro. Estudos eletromigráficos têm apresentando dados sobre a ativação do músculo bíceps braquial. A atividade do flexor do cotovelo difere de acordo com a posição da radioulnar, segundo Basmijian e Deluca, 1989 apud NAITO et al ., 1998. Na pesquisa os autores reportam que o bíceps braquial se encontrou ativado na posição supinada e inativado na posição pronada. Deste modo é interessante saber como as diferentes pegadas podem interferir na remada baixa. Este trabalho propõe, descrever o que é apresentado na literatura científica sobre a ativação do bíceps braquial para esclarecer o exercício remada baixa nas diferentes pegadas com o intuito de que estas informações possam auxiliar na elaboração de programas de treino em que este exercício é incluído entre os exercícios de força à serem utilizados.
2.1 Objetivo Geral:
O objetivo do presente estudo foi de verificar na literatura científica os efeitos das diferentes pegadas no exercício remada baixa na ativação do músculo bíceps braquial.
2.2 Objetivo específico:
Desenvolveu-se o seguinte método para o levantamento da revisão de literatura deste trabalho:
4.1 Remada Baixa:
A remada baixa é um exercício utilizado no ambiente de academias, percebe-se que é um exercício que aparece em muitos treinos. Ao navegar pela internet e ao ler manuais de exercícios também podemos observar que é um exercício muito divulgado e recomendado para o trabalho dos músculos dorsais. Buscando na literatura científica, encontramos a remada baixa com diversas particularidades diferentes de execução, são pequenos detalhes na postura e pegada. No Livro “ El entrenamiento com pesas ” construído por SOLÉ e colaboradores (1996), traz que as academias quase sempre apresentam aparelhos para trabalhar a musculatura dorsal, principalmente o latíssimo do dorso; os autores comentam que dentre os exercícios mais adequados para trabalhar esta musculatura estão a remada baixa num aparelho de polias e a remada com a barra em T. A remada com barra em T é apenas uma variação da Remada, utilizando-se pesos colocados numa extremidade da barra e um aparato para auxiliar na pegada, podendo ser um triângulo metálico, que se prende na barra. A figura 1 mostra como o autor traz o exercício.
Figura 1 - Desenho ilustrativo da remada com barra em T
Já a remada baixa no aparelho de polias o executante fica na posição sentado como o da figura 2 mostra.
Figura 2 - Desenho ilustrativo da remada sentado no aparelho de polias
Os autores KRAMER e FLECK (2006, p.59) propõem a possibilidade da remada baixa ser executada com um elástico, como o exemplo abaixo na figura 3 demonstra. A execução se assemelha muito com a remada da figura 2, porém os membros inferiores estão posicionados de maneira diferente, já que na figura 2 o executante se encontra num banco com os pés apoiados um pouco abaixo da linha do quadril; na figura 3 o executante se encontra sentado no chão ou numa superfície plana. Existe também uma diferença na força de resistência nos exercícios, sendo que em um é movimentado por pesos e polias, no outro a força é derivada duma componente elástica. Uma pesquisa feita por AZEVEDO et al. (2001), se comparou a ativação eletromiográfica do bíceps braquial fazendo uma força de flexão contra uma componente elástica e a força de resistência de um halter. Apenas três indivíduos do sexo masculino com idade igual a 20 anos fizeram parte da amostra. No estudo foi utilizado corda elástica, tubos de látex novos com um coeficiente de elasticidade igual a 20N. A conclusão dos autores foi de que embora não exista diferença estatisticamente significativa entre os sinais EMG dos indivíduos que exercitaram com resistência elástica e fixa, se pode evidenciar tendências de comportamento elétrico diferentes nos resultados do bíceps braquial ao se utilizar forças de resistência diferentes como as derivadas de pesos e elásticos. Um aspecto interessante observado pelos pesquisadores é de que no exercício com a resistência elástica se evidenciou mais suavidade nos traçados EMG.
Figura 3 - Desenho ilustrativo da remada sentado com elástico.
Como se pode observar existe várias maneiras que a literatura apresenta para executar a remada e muitas se assemelham em posições e ângulos. No entanto, para evitar comparações inapropriadas, se terá o cuidado de utilizar apenas os exemplos que as referências citadas aqui trouxeram respectivas à remada baixa executada sentado num
Figura 5 - Desenho ilustrativo da pegada supinada (SUP).
Figura 6 - Desenho ilustrativo da pegada pronada (PRO).
Os três tipos de pegadas da remada baixa modificam apenas o posicionamento da radioulnar, não tendo modificações nas posições iniciais e finais do exercício, nem na sua execução. Estas variações de pegadas têm se mostrado comum dentro do planejamento dos treinos de forças das academias. Os pesquisadores LIMA e PINTO (2006) apresentaram um trabalho em que foram coletadas respostas da ativação eletromiográfica de vários grupos musculares em inúmeros exercícios, sendo que um deles foi a remada baixa.
A possibilidade de variação ocorre somente na articulação radioulnar, que pode ser mantida pronada ou supinada. Essa mudança irá interferir na ativação dos flexores do cotovelo, não ocasionando maior
influência nos demais grupos musculares envolvidos [...] (LIMA e PINTO, 2006, p.38)
No entanto, não foram feitas análises comparando a resposta do sinal eletromiográfico nas diferentes pegadas. Os autores ainda fazem uma análise cinesiológica bem extensa e organizada do exercício. (Figura 7)
Figura 7 - Análise cinesiológica da remada baixa Fonte: (LIMA e PINTO, 2006, p.38)
No livro Muscle Mechanics, AABERG (2006) apresenta a remada baixa como um exercício que faz uma retração da escápula, uma extensão de ombros e uma flexão de cotovelos. De acordo com o autor, os músculos alvo neste exercício são o Latíssimo do dorso, deltóide espinal, os retratores da escápula e os extensores espinhais. Já KRAMER e FLECK (2001) fazem uma leitura mais extensa dos músculos fortalecidos no exercício.
[...] Os músculos da parte superior das costas (trapézio, rombóides), os extensores do ombro (grande dorsal) e a região posterior do ombro (deltóide posterior) são desenvolvidos por esse exercício. Os músculos flexores do cotovelo (bíceps do braço, braquial) e os flexores dos dedos também são envolvidos nesse exercício. (KRAMER e FLECK, 2001, p. 122)
Os autores ainda alertam que a coluna não deve ser usada no início do movimento já que o esforço poderia causar uma lesão na região lombar. A remada baixa tem sido apresentada pelos estudiosos sempre acompanhada com os alertas e devidos cuidados para a coluna vertebral, pois é um exercício que traz um certo esforço lombar e se mal executado pode trazer problemas. De acordo com a literatura, pode-se encontrar um censo comum em que a remada baixa se enquadra num exercício de fortalecimento da musculatura dorsal e que envolve articulações da escápula, ombros e cotovelos. As modificações nas pegadas têm sido pouco estudadas, pois não parecem causar grandes alterações nos grandes grupos
rotação para cima e rotação para baixo respectivamente. São movimentos que ocorrem à medida que a clavícula se move sobre o menisco no mesmo momento que a escápula gira sobre o ligamento coracoclavicular lateral, a amplitude deste movimento pode chegar à 60 graus aproximadamente. O último movimento escapular é o movimento para baixo e para cima, conhecido como depressão e elevação, respectivamente. São movimentos que ocorrem na articulação acrômio-clavicular, porém não são acompanhados pelas rotações que ocorrem sobre o ligamento coracoclavicular. Para elevação e depressão a amplitude do movimento articular fica em torno de 30 graus. A articulação fisiológica escapulotorácica é a que faz o contato da escápula com o tórax, esta se encontra apoiada sobre o serrátil anterior e o subescapular. (HAMILL e KNUTZEN, 1999, p. 149). (Figura 8)
[...] a escápula não está ligada ao tórax por uma articulação, mas somente por músculos. (GERMAIN e LAMOTTE, 1992, p. 109).
Figura 8 - Movimentos da escápula: elevação, depressão, adução, abdução, rotação para baixo e rotação para cima.
A outra articulação do complexo do ombro é a articulação glenoumeral, ou mesmo chamada de articulação do ombro (articulação escapulo-umeral). Esta articulação (Figura 9), formada pela cabeça do úmero e a cavidade glenóide da escápula, é a articulação de maior mobilidade, devido às grandes diferenças nas dimenções da superfície articular do úmero e da superfície articular da escápula, ou seja, a relação entre as duas superfícies fica na ordem de 1:4. (WEINECK, 1990).
[...] Como há mínimo contato entre a cavidade glenóide e a cabeça do úmero, a articulação do ombro depende de estruturas ligamentares e musculares para ter estabilidade. [...] (HAMILL e KNUTZEN, 1999, p. 151).
Os movimentos de flexão e abdução do ombro são os únicos limitados pelas saliências ósseas, que dão forma ao teto da articulação, isso quando o braço se encontra na posição horizontal, no entanto, esta limitação em grande parte é compensada pela rotação da escápula que possibilita o levantamento do braço próximo do plano vertical (WEINECK, 1990).
Figura 9 - Cavidade glenóide da escápula
A articulação do ombro permite o movimento de flexão do braço por aproximadamente 180º e na hiperextensão 60º no plano sagital, lembrando que com a articulação com a máxima rotação externa o braço pode somente executar uma flexão até 30º aproximadamente. Na abdução o braço pode mover-se em ângulos de até 180º aproximadamente, porém, se a articulação for girada internamente ao máximo, o braço só conseguirá executar 60º de abdução aproximadamente. Abduzindo o ombro para a posição neutra, o movimento pode continuar além da posição neutra executando uma hiperadução de aproximadamente 75º pelo corpo. As rotações externas e internas podem ocorrer ambas em 90º, somando 180º de liberdade no movimento; mas isso apenas na posição neutra, quando o braço está em 90º de abdução ele apenas terá a capacidade de rodar 90º. O braço ainda pode mover-se pelo corpo em movimentos elevados por 130º de flexão horizontal ou adução, já na extensão horizontal ou abdução 45º (HAMILL e KNUTZEN, 1999, p. 152). As articulações que envolvem o ombro são muito exigidas no exercício de remada baixa, é importante que se compreenda o conjunto de funções que estas articulações fazem, para então compreender as funções dos músculos e poder juntar bagagem suficiente para confrontar com os estudos obtidos na pesquisa deste.