



Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
O documento aborda a entrada dos estados unidos na primeira guerra mundial, a saída da rússia do conflito, o papel das mulheres durante a guerra, o fim do conflito e os acordos de paz, bem como as consequências da guerra para os países envolvidos. No contexto brasileiro, o texto discute a crise do império e a proclamação da república, o coronelismo e o fenômeno do cangaço, além da revolta da chibata na marinha. A descrição detalha esses eventos históricos e suas implicações sociais, políticas e econômicas, oferecendo uma visão abrangente sobre o impacto da primeira guerra mundial no brasil.
Tipologia: Exercícios
1 / 5
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
A entrada dos Estados Unidos e a saída da Rússia Antes do início dos conflitos na Europa, havia muita afinidade política e cultural entre os Estados Unidos e o Reino Unido. Com o desenrolar da guerra, essa afinidade se intensificou, e empresas estadunidenses passaram a fornecer armas e alimentos para a Entente. Em janeiro de 1917, os alemães colocaram em prática um ousado plano de atacar as embarcações que fornecessem mantimentos e armas para os britânicos. No trajeto pelo Oceano Atlântico em direção à Europa, boa parte desses recursos era transportada por navios estadunidenses, que começaram a ser alvejados por submarinos alemães. O naufrágio de sete navios mercantes intensificou as manifestações públicas nos Estados Unidos favoráveis à guerra. Assim, no dia 6 de abril de 1917, o Congresso desse país declarou oficialmente guerra ao Império Alemão. Poucos meses depois, em outubro de 1917, a Revolução Russa, mudou novamente os rumos da guerra. Em dezembro daquele ano, o governo, de orientação socialista, acatou a vontade da população, desgastada pelos anos de confronto, e anunciou a retirada do país do conflito. O custo dessa decisão, no entanto, foi alto para a Rússia, que teve de ceder vários territórios ao Império Alemão. Com a saída dos russos, os alemães puderam concentrar suas forças na Frente Ocidental. Mesmo assim, na segunda metade de 1918 a Tríplice Aliança começou a acumular derrotas nas batalhas contra a Entente. As mulheres e a Primeira Guerra Mundial Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres estiveram à frente dos trabalhos até então desempenhados quase exclusivamente por homens. Com o recrutamento em massa dos homens para os campos de batalha, elas assumiram funções importantíssimas na agricultura, no comércio, na indústria e no setor de serviços. Além do trabalho nas indústrias (inclusive nas de armamentos), muito se envolveram nas frentes de batalha diretamente, atuando como enfermeiras, auxiliares do exército, mecânicas de aviões, motoristas de caminhões e ambulâncias ou cozinheiras.
O fim da guerra e os acordos de paz A partir de 1918 a Tríplice Aliança começou a acumular derrotas: enquanto soldados alemães e austríacos sofriam com a fome e a falta de recursos, a Entente recebia ajuda material e militar dos Estados Unidos. Em setembro de 1918, os alemães começaram a perder aliado (Bulgária, Império Turco-Otomano e Império Austro-Húngaro), que saíram da guerra após uma série de reveses. Diante do caos instaurado na Europa, o Império Austro- Húngaro entrou em colapso e se desfez, dividindo-se em quatro Estados independentes: Áustria, Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia (Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos). Outra parte importante do território austro- húngaro foi incorporada pela Polônia. No Império Alemão, uma revolução de inspiração socialista comandada por Rosa Luxemburgo e Karl LiebknechtCal Libiquinét, com ajuda de liberais descontentes, contribuiu para a queda do Segundo Reich. O imperador Guilherme II segundo abdicou do trono e a monarquia cedeu espaço a uma república parlamentarista, conhecida pelo nome de República de Weimar. Sem condições de prosseguir no conflito, o novo governo decidiu desistir da guerra e assinou um armistício em 11 de novembro de 1918. Com o fim do conflito, o presidente estadunidense Woodrow Wilson propôs, ainda em 1918, catorze pontos que deveriam orientar os acordos entre as nações europeias para evitar uma paz punitiva, pautada na vingança. Apesar dessa iniciativa, o forte revanchismo francês tornou as condições da rendição extremamente severas para os alemães. Em 28 de junho de 1919, a paz com a Alemanha se materializou no Tratado de Versalhes. A Alemanha, considerada a única culpada pela guerra, teve de pagar pesadas indenizações aos países vitoriosos e renunciar a boa parte dos territórios em disputa ou sob seu controle. Consequências da guerra Dos países envolvidos diretamente na guerra, apenas os Estados Unidos saíram fortalecidos. Países como a Bélgica e a Sérvia, por sua vez, foram muito destruídos, e a França perdeu aproximadamente 18% de sua população no conflito. Quatro impérios desapareceram com o fim do conflito: o Alemão, o Austro-Húngaro, o Turco-Otomano e o Russo. Com eles, quatro importantes dinastias também caíram: a dos Hohenzollern, a dos Habsburgo, a dos otomanos e a dos Romanov. Os alemães perderam muitos territórios: todas as suas colônias, o território da Alsácia-Lorena (que voltou ao controle da França) e parte da antiga Prússia (cedida à Polônia, país fronteiriço).
Os Presidentes da Primeira Republica 1889- 1889-1891 Deodoro da Fonseca. 1910- 1914 Hermes da Fonseca. 1891-1894 Floriano Peixoto. 1914- 1918 Wesceslau Braz. 1894-1898 Prudente de Morais. 1918-1919 Delfim Moreira. 1898-1902 Campos Sales. 1919-1922 Epitácio Pessoa. 1902-1906 Rodrigo Alves. 1922-1926 Arthur Bernardes. 1906-1909 Afonso Pena. 1926-1930 Washington Luís. 1909-1910 Nilo Peçanha. O coronelismo e a Política dos Governadores O posto de coronel era o mais alto na hierarquia da Guarda Nacional, e quem o ocupava dominava o local onde vivia. Assim, o termo coronelismo passou a designar o sistema de negociação entre esses chefes políticos locais e as esferas estaduais (governos dos estados) e federais (Presidência da República). O coronel controlava a população do local em que vivia em troca do apoio que dava ao governo na forma de votos. Para garantir esses votos, ele oferecia aos eleitores favores e benefícios, como a admissão em cargos públicos (de delegado de polícia, de professor etc.) e a prestação de serviços básicos, como atendimento hospitalar ou construção de escolas. O eleitor votava em quem o chefe determinava por medo ou em troca de favores. Por causa do controle exercido pelo político sobre o eleitor, essa fraude ficou conhecida como voto de cabresto. O cangaço Entre 1900 e 1940, um fenômeno social que ficou conhecido pelo nome de cangaço chegou ao auge. No sertão e no agreste nordestino, os cangaceiros, que se organizavam em bandos armados, sobreviviam por meio de saques e pilhagens. Entre os cangaceiros mais famosos, destacaram-se Antônio Silvino, Sinhô Pereira, Ângelo Roque e Jararaca. Nenhum deles, porém, ganhou a notoriedade de Virgulino Ferreira, mais conhecido como Lampião. A fama dele e de seu bando atraiu muitos jovens sertanejos, que ingressaram no cangaço em busca de liberdade, prestígio e fortuna. Por volta de 1920, ele se tornou o principal nome do cangaço. Em sua trajetória, Lampião enganou e venceu as forças policiais tantas vezes que se tornou lenda. Conseguiu essa façanha porque contava com uma complexa rede de fornecedores, protetores e informantes, chegando a negociar com fazendeiros, autoridades públicas e até mesmo chefes políticos
locais. A ação dos cangaceiros estava relacionada ao sistema político, jurídico, econômico e social do Nordeste. A Revolta da Chibata Foi uma reação à aplicação de castigos físicos pela marinha, em especial a chibata, punição herdada da marinha portuguesa, que no Brasil ganhou uma conotação ainda mais pesada por causa da sua associação com a escravidão. Segundo o pensamento e as leis do período, o castigo físico tinha o poder de “quebrar o mau gênio” dos marinheiros rebeldes. Essa revolta expôs publicamente a violência e o racismo do Estado brasileiro ao trazer à tona o debate sobre as punições aplicadas, mas também em virtude do seu final: 22 oficiais rebeldes foram presos e enviados para a Ilha das Cobras, acusados de conspiração. Foram cruelmente torturados e apenas dois sobreviveram. Um dos sobreviventes foi o principal líder da rebelião, o marinheiro João Cândido, promovido pela imprensa da época ao título de “Almirante Negro”. A Revolução de 1930 O golpe final contra a Primeira República ocorreu durante o governo do presidente Washington Luís. Embora tenha sido eleito por propor a modernização do país, seu mandato foi marcado por ações violentas e conservadoras. Reprimiu com violência o movimento operário e os focos que restaram do tenentismo, além de criar, em 1927, a Lei Celerada, que censurava a imprensa e o direito de reunião. A Revolta da Vacina Naquela época, a vacina era uma invenção recente e, no Brasil, havia pouca informação sobre seus resultados. Além do receio sobre os efeitos da vacina, a população se revoltou contra a forma autoritária adotada por Oswaldo Cruz para promover a campanha. Em junho de 1904, o governo retomou uma antiga lei que tornava obrigatória a vacinação. De acordo com essa lei, os que se recusassem a tomar a vacina pagariam multas e teriam direitos suspensos. Quando essa notícia se tornou pública, ocorreu uma das maiores revoltas urbanas do Rio de Janeiro.