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Artigo sobre desenho universal e acessibilidade, Trabalhos de Desenho

Artigo sobre desenho universal e acessibilidade

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 28/11/2021

usuário desconhecido
usuário desconhecido 🇧🇷

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DIFERENÇA ENTRE ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL
Maria Hislenny da Silva Gomes1
Noberto Antonio Melo Tavares²
1Graduanda em Engenharia Civil
² Graduando em Engenharia Civil
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DIFERENÇA ENTRE ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL

Maria Hislenny da Silva Gomes^1 Noberto Antonio Melo Tavares² (^1) Graduanda em Engenharia Civil ² Graduando em Engenharia Civil

RESUMO

Esse artigo aborda a definição do desenho universal e convergência com a acessibilidade na sociedade atual, onde tem como objetivo explicar a sua origem, os fatos que levaram a ter um padrão de desenho universal e a forma que foi adaptada a pessoas que necessitam da acessibilidade para a sua locomoção ou até mesmo para a realização de atividades diárias. Com isso, a acessibilidade possibilita uma condição de alcance para a sua utilização, segurança e autonomia, seja de edificações, espaços públicos e mobiliários. Isso torna-o um atributo essencial para a qualidade de vida das pessoas, sem distinção por suas limitações, que consequentemente está ligada ao conceito de desenho universal, devido a sua abordagem que incorpora produtos, fatores de edificações e elementos que aumentam e estendem as possibilidades para que os mesmos possam ser utilizados por toda a população ou a grande parte delas. Diante disso, o desenho universal visa a concepção de objetos, equipamentos e estruturas do meio físico, que destina-se à generalização de todos os indivíduos, a modo de simplificar a vida de todos. Então, esse artigo possibilita uma abordagem sobre esses assuntos a partir do momento que se pensa nas estruturas concebidas, no que foi projetado e construído para acomodar a sociedade como um todo, incluindo também aqueles que possuem suas deficiências e limitações, proporcionando uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Por fim, esse conceito de desenho universal e acessibilidade surge como uma alternativa de transformação, que estende ao conceito de desenho universal e todas as suas características. Palavras-chaves: Desenho, acessibilidade, sociedade.

ABSTRACT

This article addresses the definition of universal design and convergence with accessibility in today's society, where it aims to explain its origin, the facts that led to a universal design standard and the form that was adapted to people who need accessibility for their locomotion or even to carry out daily activities. Thus, accessibility provides a condition of reach for its use, safety and autonomy, whether in buildings, public spaces and furniture. This makes it an essential attribute for people's quality of life, without distinction for its limitations, which is consequently linked to the concept of universal design, due to its approach that incorporates products, building factors and elements that increase and extend the possibilities so that they can be used by the entire population or a large part of them. Therefore, universal design aims to design objects, equipment and structures in the physical environment, which is intended for the generalization of all individuals, in order to simplify everyone's life. So, this article makes it possible to approach these issues from the moment one thinks about the designed structures, what was designed and built to accommodate society as a whole, including also those who have their deficiencies and limitations, providing a better quality of life for people. Finally, this concept of universal design and accessibility emerges as an alternative for transformation, which extends to the concept of universal design and all its characteristics. Keywords: Design, accessibility, society.

possibilidade de uso pelo maior número possível de usuários, sem que haja necessidade de adaptações. Tem como filosofia inspirar o processo de projeto arquitetônico, pois veio incorporar princípios questionando os projetistas quanto ao ato de repensar a produção de uma arquitetura com características meramente formais. (KNECHT, 2004). O Desenho Universal defende como conceito fundamental a concepção de espaços democráticos, com possibilidade de atender a capacidade específica de cada possível usuário. No âmbito do ambiente construído, este conceito deve ser considerado tanto para projetos de arquitetura como para projetos urbanísticos. (BERNARDI; KOWALTOWSKI, 2007). Buscando uma arquitetura mais abrangente no sentido de possibilitar autonomia ao indivíduo de maneira mais ampla, o arquiteto e pesquisador Ronald Mace, fundador e diretor do "Center for Universal Design" na North Carolina State University, no ano de 1987, começou a utilizar o termo "Universal Design", que no Brasil é conhecido como "Desenho Universal". Mace reconhecia que este termo poderia ser interpretado como uma promessa ou modelo impossível de se alcançar, porém acreditava que era o surgimento da percepção da necessidade de se projetar para todas as pessoas na maior extensão possível. (BERNARDI, 2007). Sendo assim, a inclusão dos parâmetros de Desenho Universal em projetos de arquitetura demonstra a incorporação de novas posturas profissionais durante o processo projetual e o conceito do DU deve ser elemento integrante no partido arquitetônico adotado para o projeto, demonstrando uma mudança de postura no ato de projetar, ampliando a responsabilidade do projetista diante de uma sociedade ávida por direitos igualitários. (MARTIM, 2013). Em muitos casos, a Acessibilidade é confundida com o Desenho Universal ou Universal Design, uma filosofia criada nos Estados Unidos para o desenvolvimento de produtos e ambientes, e que tem como foco o usuário. Enquanto a primeira é direcionada para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, a segunda é mais abrangente e visa atender todas as pessoas, independentemente de suas características ou habilidades particulares (MACE; HARDIE; PLACE, 1991). Segundo Moraes (2007), um conjunto de características de um ambiente, produto ou serviço, que possa ser utilizado com conforto, segurança e autonomia por todos é o conceito científico mais comum de acessibilidade, do qual possa ser incluindo crianças, adultos e idosos, independente de suas habilidades ou limitações. De acordo com Martin (2013), a NBR 9050 foi criada para definir parâmetros técnicos e critérios a serem inseridos ao projeto, que contemple a sua elaboração, construção e instalação do projeto. Isso permite que as edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos sejam voltados às condições de acessibilidade, sem a necessidade das pessoas de se preocuparem com suas limitações e proporcionando a todos uma melhor qualidade de vida e possibilidade de utilização daquele equipamento. A NBR 9050 apresenta como acessibilidade a "possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos" e acessível como sendo "espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser

alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida" (ABNT, 2020).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi abordado ao longo desse artigo, podemos concluir que a acessibilidade se torna um direito para as pessoas que possuem algum tipo de restrição física ou mental, possam viver de forma independente e exercer seu papel de cidadão, sem a necessidade de ter alguma dependência a outro indivíduo, possibilitando ter acesso a uma qualidade de vida equitativa e justa, como qualquer cidadão. Por outro lado, o desenho universal proporciona qualidade de vida para as pessoas, colocando todos em posição de igualdade. Essa é uma alternativa que permite que vários grupos da sociedade possam desfrutar de espaços, ambientes e produtos sem a necessidade de estarem presos ou preocupados com as suas limitações. Em relação a nossa constituição, as principais legislações de acessibilidade que aborda a inclusão de pessoas com deficiência são a constituição de 1988 (que garante a todos os brasileiros e brasileiras direitos iguais), a lei de nº 13.146/2015 (Estatuto da pessoa com deficiência) e a NBR 9050/2015 (que determina a acessibilidade de construções, mobiliário, espaços e equipamentos públicos). Podemos concluir que o desenho universal e acessibilidade não se limita apenas a construções adaptadas para receber pessoas com necessidade especiais, ela tem como principal objetivo, permitir que todos, independente da idade, capacidade física, mental e sensorial, possam usufruir e se integrar a sociedade, de maneira digna e justa em ambientes do nosso dia a dia.

5. REFERÊNCIAS

SANTOS, Ana Luiza e JACOBS, Edgar. O Desenho Universal como conteúdo básico da Arquitetura/Urbanismo e Engenharia. Jacobs. 11 de Dezembro de 2019. Disponivel em <https://www.jacobsconsultoria.com.br/post/o-desenho-universal-como-conte%C3%BAdo-b %C3%A1sico-da-arquitetura-urbanismo-e-engenharia> Acesso em: 28 de out. de 2021. MACE. R. L; HARDIE. G. J; PLACE. J. P. Accessible Environments: toward the Universal Design. New York, USA: North Carolina State University, 1991. MARTIN, Claudia M. O Desenho Universal e a NBR9050/2004: contribuições para projetos de arquitetura. Dissertação (mestrado). Orient. Núbia Bernardi. Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo. Unicamp, 2013. KNECHT, B. Accessibility Regulations and a Universal Design Philosophy inspire the Design Process. Architectural Record website, 2004. Disponível em: <www.adaptiveenvironments.org/index.php?option>. Acesso em: 28 de out. de 2021.