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ARTIGO - Relação de Gênero no Curso de Serviço Social (Salvo Automaticamente), Manuais, Projetos, Pesquisas de Serviço Social

Marilda iamamoto

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2014

Compartilhado em 22/06/2014

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josiane-ricas-lima-1 🇧🇷

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE JARU
Mantida pela UNICENTRO - União Centro Rondoniense de Ensino Superior
Av. Ver. Otaviano Pereira Neto, S/N – Setor 02- Fone/fax (69) 3521- 5606
unicentro@unicentroro.edu.br
CNPJ: 03.524.789/0001-78
COORDENAÇÃO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ORIENTAÇÃO PARA
APRESENTAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO
Jaru/2014
RELAÇÃO DE GÊNERO NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL¹
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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE JARU

Mantida pela UNICENTRO - União Centro Rondoniense de Ensino Superior Av. Ver. Otaviano Pereira Neto, S/N – Setor 02- Fone/fax (69) 3521- 5606 unicentro@unicentroro.edu.br CNPJ: 03.524.789/0001-

COORDENAÇÃO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ORIENTAÇÃO PARA

APRESENTAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO

Jaru/

RELAÇÃO DE GÊNERO NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL¹

Josiane Ricas Lima² Ana Paula Mafia Policarpo³

RESUMO

Esta pesquisa teve como objetivo geral de investigar a questão de Gênero relacionado no curso de Serviço Social. Participaram 17 mulheres e 03 homens, do 8º período 17 mulheres e 03 homens do 5º período .. e 01 homem, com média de idade entre 19 e 47 anos, de padrão socioeconômico médio. Os acadêmicos responderam a um questionário que foi assinalado por perguntas dentro do tema, os principais resultados apontam que neste perfil de Gênero a maioria dos acadêmicos são mulheres e escolheram o curso por falta de opção na Instituição, e os que motivaram a cursar o curso de Serviço Social, foi por se identificarem pelo curso. Sugere que as teorias feministas e os estudos de gênero constituem-se uma contribuição teórico-metodológica, significativo para o Serviço Social. Polemiza “como garantir a igualdade com respeito às diferenças”, aponta as principais áreas que impedem o desenvolvimento das mulheres e demarcam a desigualdade de gênero, e conclui que a perspectiva de gênero nas mediações teóricas e prática que lança um novo olhar sobre a realidade, a partir das mulheres e com as mulheres, revolucionando a ordem dos poderes e dos submetimentos.

Palavras-chave: Relações de Gênero, Estudos Feminista, Serviço Social.

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¹Artigo Apresentado na Disciplina de Questão social e poder Regional para obtenção de nota parcial na referida disciplina. ²Graduada em Serviço Social no 7º período na Faculdade de educação de Jaru. E-mail: www.unicentroro.ed.com.br ³ Professora Ana Paula Mafia Policarpo da disciplina de Pesquisa em Serviço Social II.

1- INTRODUÇÃO

reservas porque este, com sua raiz positiva, assinalam a oposição entre quantidade e qualidade, porém levanta a pesquisa qualitativa em oposição á quantitativa. A pesquisa participante que em torno dos aspectos teóricos e práticos, avança em seus delineamentos sistemáticos apresenta em nosso meio tentativas valiosas, frente aos problemas da pesquisa qualitativa e na busca de alternativas metodológicas para a investigação.

Todos estes estudos referem-se espacialmente a aspectos teórico- metodológicos da pesquisa qualitativa que surge, com diferentes enfoques, como alternativa para a investigação em educação, esta inquietação geral, inclusive nas esferas oficiais e não nos ambientes universitários, revela uma preocupação pela busca de caminhos certos para pesquisa, isso significa que os âmbitos teóricos e práticos da pesquisa qualitativa são cada vez mais largos, ainda que seus esboços teóricos e sua prática fiquem em níveis de elites. O Serviço Social tem na questão social a base de sua fundação como especialização do trabalho, a questão apreendida como o conjunto das expressões da desigualdade da sociedade capitalista tem como raiz a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torne-se mais amplamente social, é cada vez mais coletiva, o trabalho torna –se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém privada e monopolizada por uma parte da sociedade.

Ao refletirmos sobre a realidade acadêmica no âmbito do Serviço Social, podemos destacar, em primeiro lugar no Brasil, que hoje já contamos com uma considerável produção teórica, que indica um avanço da categoria, demonstrando, assim, um esforço de superação das marcas do pragmatismo e do imediatismo que historicamente refletem na profissão.

2- RELAÇÃO DE GÊNERO NO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Sabemos que as mulheres estão subjugadas e humilhadas em uma sociedade dominada pelo homem, e também que estão plenamente capacitadas para se organizarem ativamente contra estes males e ao mesmo tempo, o marxismo nos ensina que a subordinação de um sexo é parte e conseqüência de uma pressão por parte dos capitalistas, detentores do poder e da propriedade. Portanto, a luta pela liberação das mulheres é inseparável da luta da luta pelo socialismo, e o ponto de vista é que todas as mulheres têm os mesmos objetivos e interesses idênticos independentemente de sua posição econômica e social da classe a que pertençam.

Para obter a emancipação todas as mulheres têm que se reunir e levar como um cabo de guerra baseada na diferença de sexo de que a “mulher só nasceu para cuidar da família, do lar e filhos”, e que não tenha a capacidade de cursar uma faculdade por causa dos deveres domésticos e preconceitos de que ela possa ter mais qualificação no mercado de trabalho, e que a vez é só do sexo masculino, que nasceu para constituir sua família e arcar com as despesas da casa. Hoje podemos dizer que as mulheres são merecedoras do seu lugar, pela sua luta e flexibilidade, são livres para escolher e opinar suas idéias, e que desde a revolução histórica vem mudando as possibilidades que a mulher poderia ter uma conquista, na sociedade e no mundo, e temos exemplos de mulheres conquistadoras que vem lutando para ter um mundo melhor, e são mais as mulheres á escolher e assumir a luta da sociedade na vida social, com demandas de assistência de problemas com a sociedade pobrecedora que precisa de um “olhar carecedor” de ajuda e desabafo do que acontece no seu cotidiano, e são as mulheres Assistentes Sociais cuja a maioria são mulheres simples que conquistaram e marcaram o Encontro Nacional Feminista que fez a revolução de reedificação dos seus direitos.

A história da condição da mulher brasileira não foge á regra universal de opressão da população feminina ao longo dos tempos, cada uma delas no mundo foi explorada, pelos colonizadores e pela população masculina, serviram ao pai, ao patrão e ao marido, manipuladas pela igreja, ocuparam um lugar secundário na sociedade brasileira da qual foram excluídas, as mulheres negras com ações coletivas e as brancas individualmente. As mulheres

diversidade de vertentes que variaram ao longo da história e do contexto social: por meio da igualdade, da diferença e da separação, há porém, no feminismo um compromisso comum de por fim a dominação masculina e à estrutura patriarcal. As diferenças situam-se na identidade, no adversário, quais os focos de luta bem como as metas as quais se quer alcançar, as divergências vão da análise das raízes do patriarcalismo, a possibilidade de combater, de reformar o estado patriarcal ou capitalismo patriarcal, a heterossexualidade patriarcal ou ainda a dominação cultural.

O feminismo liberal e socialista tem a identidade nas mulheres como seres humanos e toma como adversário o Estado patriarcal ou capitalismo patriarcal, tem como meta direitos iguais, inclusive direito de ter filhos ou não. Concentrou seus esforços na obtenão de direitos iguais para homens e mulheres em todas as esferas da vida social, econômica e institucional. As feministas radicais tiveram origem a partir daquelas mulheres que começaram a se organizar em oposição às contínuas discriminações que sofriam nas organizações de esquerda das quais participavam. Identificavam nos homens os agentes da opressão, tomando as outras formas de opressão como extensão da supremacia masculina. Concentravam seus esforços na conscientização e para tanto, organizavam grupos exclusivamente femininos.

O feminismo cultural tem a identidade na comunidade feminina, seus adversários são as instituições e os valores patriarcais, tem como meta a autonomia cultural. O feminismo essencialista espiritualismo, ecofeminismo tem como identidade o modo feminino de ser, acreditam numa essência única feminina e tem como adversário o modo masculino de ser, tem como meta a liberdade matriarcal. O feminismo lesbiano tem como identidade a irmandade sexual/cultural, como adversário a heterossexualidade patriarcal e como meta a abolição do gênero pelo separatismo, além dessas formas, há as identidades femininas específicas étnicas, nacionais, autodefinidas, estas tem identidade autoconstruídas por exemplo: feminista lésbica negra, tem como adversário a dominação cultural e como meta o multiculturalismo destituído de gênero.

Há ainda o feminismo pragmático operárias, autodefesa da comunidade, maternidade, que tem como identidade donas de casa, mulheres exploradas agredidas e tem como adversário o capitalismo patriarcal e como meta a

sobrevivência dignidade. Com a oposição de movimentações antifeministas, as diferenças entre feministas radicais e liberais foram cada vez mais ficando a margem, o que possibilitou a a aproximação entre essas correntes uma vez que seria necessária a união de forças para sustentar o movimento. Há também outro elemento a ser considerado ao se fazer a diferenciação das formas do feminismo que é o da geração, fator este que já não está relacionado à divisão entre radicais e liberais, mas ao maior grau de importância conquistado pelo lesbianismo, a importância dada a expressão sexual, e uma maior abertura para cooperar com os movimentos sociais masculinos, caracteristícas das gerações mais recentes.

Alguns tipos de organizações feministas podem ser encontrados:

  • (^) Organizações nacionais, cuja principal exigência são os direitos iguais
  • Organizações prestadoras de serviços diretos (redes de grupos locais)
  • Organizações de defesa da mulher - especialistas A partir da década de 60, uma década onde denúncia as raízes culturais e sociais da desigualdade sexual, as teorias feministas já passam a uma necessidade de compreensão do universo no qual a mulher está inserida a partir da construção social da condição. Incorporam, portanto outras frentes de luta, e começam a forjar o conceito de gênero e da hierarquia mascarada pela diferenciação de papéis.

Um movimento que tem origens no feminismo radical é o feminismo descontrutivista, que acredita ser o sexo tanto no sentido biológico quanto social uma construção social, que deve ser rejeitada enquanto unidade de classificação. Para esse tipo de feminismo, o paradigma de dois sexos deve ser substiuído por outro, que considere diversas sexualidades. Embora muitas líderes do feminismo tenham sido mulheres, nem todas as pessoas adeptas do feminismo são mulheres e nem todas as mulheres são feministas, um dos pontos de divergência no interior do movimento é a participação ou não de homens no movimento feminista. O feminismo encontra bastante limitação fora do ocidente, onde esteve restrito durante o século XX. Os movimentos feministas esperam que as ações e conquistas ganhem espaço em todo o mundo durante o século XXI. Essa fragmentação e multiplicidade de identidades feministas, não se refere necessariamente a uma fraqueza, mas

mulher enfrenta. Por outro lado, as mulheres transexuais argumentam que somente uma visão estereotipada da transexualidade poderia clamar que estas pessoas representam construções tradicionais do "ser homem" e do "ser mulher"; que enfrentam discriminação semelhante às mulheres biológicas, e inclusive lutam a respeito de direitos legais que não lhes são assegurados, cabe a elas por direito o reconhecimento das lutas como lutas feministas e que a discriminação que sofrem não é nada mais do que outra face do patriarcalismo e uma clara expressão de transfobia e misoginia.

Com relação a divergência salarial entre homens e mulheres no mercado de trabalho,é comum que feministas divulguem que mulheres ganham menos que os homens por conta de discriminação. A diferença salarial entre os gêneros praticamente desaparece quando se compara homens e mulheres que se encontram na mesma profissão, possuem mesma experiência, mesma idade, trabalham a mesma quantidade de horas por dia, as mulheres não ganhariam menos que os homens por causa de discriminação, mas por trabalharem menos horas, escolherem profissões diferentes, ter interrupções na carreira por conta de gravidezes e cuidados com a família.

A principal alternativa para esse modelo, que está relacionada com ele mas é diferente em vários aspectos, é a concepção marxista da história, conhecida como materialismo dialético ou histórico, segundo Marx, as raízes da evolução social não se situam numa mudança de idéias ou valores, mas os fatos econômicos e tecnológicos, a dinâmica da mudança é a de uma interação “dialética” de opstos decorrentes de contradições que são intrínsecas a todas as coisas. Marx tirou essa idéia da filosofia de Hegel e adaptou á sua análise da mudança social, afirmando que todas as transformações que ocorrem na sociedade provêm de suas contradições internas, considerou que os princípios contraditórios da organização social estão consubstãnciados nas classes da sociedade e que a luta de classes é uma consequência de sua interação dialética.

Para Marx, a luta de classe era força propulsora da história, ele sustentava que todo processo histórico importante nasce do conflito, da luta e da revolução violenta, o sofrimento e o sacríficio humanos eram preço que tinha de ser pago para chegar á mudança social, sua visão da evolução social

enfatiza exageradamente o papel da luta e do conflito, esquecendo o fato de que toda luta ocorre na natureza dentro de um contexto mais amplo de cooperação, embora no passado, o conflito e a luta tenham acasionado importantes progressos sociais, e constituem, com frequência uma parte essencial da dinâmica de mudança isso significa que sejama fonte da dinâmica.

O que acontece quando uma sociedade que enfatiza a obrigação das mulheres acatarem a vontade dos homens encontra pessoas de outra sociedade que acredita que as mulheres são, por natureza, moralmente superiores do que os homens? O que acontece quando a sociedade que reverencia a masculinidade e as façanhas masculinas, mas na qual a maior parte dos homens são comparativamente limitados, encontra pessoas de outra sociedade que iguala a masculinidade com grandeza, de que maneira uma sociedade que enfatiza a importância de manter as mulheres em casa poderá lidar com influências culturais

de outra sociedade que destaca estilos sensuais de vestuário e uma variedade de papéis profissionais, o que farão as pessoas numa sociedade em que atividades homossexuais são toleradas há muito tempo quando são pressionadas por representantes de outra sociedade que se sente superior por princípio e é abertamente hostil ao homossexualismo.

Este projeto trata de interações entre definições de masculino e feminino, e dos papéis designados para homens e mulheres, de um lado, e dos encontros entre culturas diferentes, de outro, focalizando essas interações, na história das relações de gênero, a ascensão do feminismo contemporâneo na sociedade

ocidental, a partir dos anos 1960, somada às imensas mudanças nos papéis femininos tanto doméstico quanto profissional, estimulou uma investigação maciça e abrangente sobre a condição das mulheres no passado e sobre como os padrões

antigos têm condicionado as situações atuais. De forma crescente, essa investigação também atingiu o papel dos homens na história de ambos os

questões de gênero, detendo se nas atividades de elites políticas e intelectuais em grande parte masculinas, é verdade, porém, que em questões de gênero considera-se em geral uma determinada sociedade, evitando-se cruzar fronteiras, e por isso às vezes fica difícil combinar história do gênero com história mundial. Este projeto aborda, de que forma elementos da formulação dos gêneros, as definições do que homens e mulheres são e fazem. A atenção crescente dada à história mundial não tem tido contrapartida na pesquisa histórica sobre gênero, mas tem produzido importantes revelações, uma área- chave de pesquisa enfocou o leque e a variedade de contatos entre sociedades importantes, através da migração, comércio, atividade missionária e outras formas.

Em vez de se constituir em histórias separadas de uma civilização após outra, a história mundial é vista cada vez mais em termos de processos e contatos compartilhados, estudos importantes mostraram o leque de rotas do comércio antigo e o conseqüente impacto da difusão de idéias, ao mesmo tempo em que a intensidade e o alvo dos contatos internacionais aumentaram nos séculos modernos, tornando essa abordagem ainda mais importante no sentido de definir a história mundial, os temas de troca e interação ajudaram a configurar os períodos mais antigos.

3- FORMAÇÃO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL NA FACULDADE

UNICENTRO DE JARU

O Assistente Social é um profissional especialmente habilitado para identificar e atuar em problemas de educação, saúde, trabalho, justiça e segurança entre outras áreas, planejando e executando políticas públicas comunitárias, podendo também atuar diretamente com os indivíduos, famílias, grupos, empresas e comunidades. Diante disto, esta análise visa buscar de forma abrangente e tendo como objetivo considerar as forças sociais que inspiraram as iniciativas do Movimento de Reconceituação do Serviço Social e toda sua problemática dentro de um contexto social. É necessário que se revejam os conceitos básicos da Sociologia e a importância dos mesmos para a compreensão da

história cotidiana, para isso vamos voltar um pouco à história para obter uma melhor compreensão de todo esse processo histórico.

No Brasil, afirma-se que a profissão de Serviço Social no trabalho favorece a classe burguesa numa sociedade onde prevalece o capitalismo fazendo com que surjam pessoas que possam trabalhar a favor das classes dominantes para que a classe menos favorecida sinta- se amparada, com o apoio da Igreja Católica exercem um trabalho de assistencialismo o que criou o mito de que o profissional de Serviço Social e aquele que faz caridade. O Serviço Social só passa a ter uma significância maior durante a década de 50 quando a Organização das Nações Unidas (ONU) e outros grupos internacionais empenham-se em sistematizar e divulgar o Desenvolvimento de Comunidade (DC) para unificar a população aos planos nacionais e regionais de desenvolvimento. Os assistentes sociais se comprometiam com essa nova perspectiva. Grande parte deles assumia o posicionamento dos cristãos de esquerda entrando para o Movimento de Educação de Base (MEB), organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, começando com um trabalho de alfabetização, depois para animação popular e um trabalho de sindicalização, onde alguns destes assistentes sociais utilizam à cultura popular de Paulo Freire.

O Serviço Social é bastante marcado com suas perspectivas e possibilidades de avanços na época da Ditadura Militar, o Brasil passou por um regime Militar que podemos comparar com o regime totalitário acontecido na Alemanha, esta época amarga aconteceu no período de 1964 a 1985 e caracterizou-se pela falta de democracia, suspensão dos direitos constitucionais, censura, concentração de renda, pensamentos capitalistas, perseguição política e repressão a todos que eram contra o regime militar. Para compreendermos é necessário enfatizar este contexto histórico, pois foi neste período da Ditadura Militar que nasceu a necessidade do Movimento de reconceituação do Serviço Social.

O assistente social tem um mercado de trabalho bastante diversificado, atuando em órgãos públicos, hospitais, centros de saúde, varas da infância e da juventude, sindicatos, entidades filantrópicas, organizações não- governamentais, abrigos, creches, associação de moradores, empresas, consultorias. O assistente social tem sido solicitado para trabalhar em equipes multiprofissionais em diferentes contextos na medida em que o olhar desse profissional aprofunda o conhecimento do social em outras áreas.

O campo de atuação do Assistente Social é composto pelas organizações públicas, em esferas federal, estadual e municipal, em organizações privadas e não governamentais. O mercado de trabalho é bastante diversificado, atuando em centros de saúde, hospitais, sindicatos, entidades filantrópicas, varas da infância e da juventude, abrigos, creches, associações, empresas comerciais, industriais e prestadoras de serviços e também na prestação de assessorias e consultorias na área social. O profissional de Serviço Social atua nas áreas de saúde, assistência social, previdência, educação, justiça, habitação, recursos humanos e assessoria aos movimentos sociais.

3.1 A MOTIVAÇÃO NA VIDA PROFISSIONAL E SERVIÇO SOCIAL

Quando se fala nos profissionais responsáveis por desenvolver e aplicar as políticas de combate à fome ou os programas de apoio às mulheres vítimas de violência sexual, por exemplo, impossível não associar o trabalho às noções de filantropia e caridade, trata-se, de uma imagem apoiada na origem histórica do Serviço Social, quando a atividade se limitava à ajuda aos desvalidos, feita então, principalmente, pela Igreja Católica. Um equívoco em relação à concepção de assistente social nos dias de hoje, cuja motivação é justamente romper à lógica do lucro no enfrentamento dos problemas sociais, não apenas executar programas para quem precisa deles mas, “fornecer a essas pessoas os instrumentos de que precisam para construir sua própria cidadania, garantir e ampliar seus direitos individuais.”

Desta perspectiva que surge a responsabilidade pelo respeito à pessoa, que talvez seja a melhor denominação para o princípio da autonomia, Charlesworth , introduz uma perspectiva social para a autonomia do indivíduo podendo conduzir à própria noção de cidadania, este autor afirma que: “Ninguém está capacitado para desenvolver a liberdade pessoal e sentir-se autônomo se está angustiado pela pobreza, privado da educação básica ou se vive desprovido da ordem pública. Da mesma forma, a assistência à saúde básica é uma condição para o exercício da autonomia". O Princípio da Autonomia não pode mais ser entendido apenas como sendo a autodeterminação de um individuo, esta é apenas uma de suas várias possíveis leituras, a inclusão do outro na questão da autonomia trouxe, desde o pensamento de Kant, uma nova perspectiva que alia a ação individual ao componente social.

"Motivação, em psicologia, é um conjunto de causas que concorrem para determinar a conduta do ser humano, qualquer atividade precisa de motivação para ser executada com prazer.” Neurofisiologistas e etnólogos demonstram que o comportamento humano está em relação direta com modificações internas endócrino-neuróticas, atuantes no cérebro. A motivação sob o aspecto cronológico, o primeiro elemento do comportamento, pondo o organismo em atividade, persistindo enquanto dura a tensão, partindo da hipótese psicanalítica de que “o pensamento é um processo motivado por tendências instintivas” que o pensar relaciona-se mais de perto com os processos intrapsíquicos, isto é, com os processos que encontram sua motivação nos impulsos e fenômenos de ordem emotiva: “(...) a razão e a finalidade última dos processos mentais é alcançar um estado de identificação, ou seja, a translação de uma grandeza quantitativa (originalmente externa), ‘ocupacional’ (catexe), para dentro de um neurônio já ‘ocupado’ por parte do ego”. (Freud “projeto para a constituição de uma psicologia” 1895, ed. 1950).

Freud subdivide o processo mental segundo as diferentes qualidades de “ocupação” (catexe) dominantes e, distingue assim, o pensamento cognitivo ou judicativo do reprodutivo; mediante este último, procura

A motivação para o trabalho é basicamente a vontade de prover a sobrevivência da família, alimentos, vestuário e abrigo, mas os incentivos podem ser variados: desejo de prestígio, aquisição de ferramentas, posse de objetos, de status, acumulação de riquezas, satisfação do trabalho em conjunto, prazer da convivência ou da confecção de determinados objetos e ou prestação de serviços etc. Nessa hipótese, a liderança imbuída de amor conduz os liderados ao atendimento das reais necessidades deles, e os move com graça. O que seria liderança e como se divide a humanidade, o general Charles Gordon, perguntou certa vez a Li Hung Chang, um velho sábio chinês; ele recebeu a seguinte resposta enigmática: “Há três tipos de pessoas no mundo: aquelas que não se mexem, as que são mexíveis, e as que mexem os outros.” O fator motivador que mais condiz com a verdadeira liderança é o amor, e ao tratarmos de liderança tratamos também de hierarquia e, logo, também em relações de poder.

Nessa perspectiva Michel Foucault (Vigiar e Punir - 1983) aponta a importância das práticas disciplinares e sua relação com o controle exercido sobre os corpos nas mais diversas esferas da sociedade, e “a disciplina aumenta a força dos corpos”, em termos econômicos de utilidade e diminuem essas mesmas forças, em termos políticos de obediência, (...) a disciplina fabrica assim corpos submissos e exercitados, corpos dóceis, a modalidade enfim, implica numa coerção ininterrupta, constante, que vela sobre os processos da atividade, mais que sobre o resultado e se exerce de acordo com uma codificação que procura ao máximo o tempo, o espaço, os movimentos. Esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que lhes impõe uma relação de docilidade e utilidade, as práticas disciplinares estão diluídas na sociedade em suas variadas esferas (...) a disciplinação social também está presente nos discursos da Igreja, na rotina escolar, na legislação, nos projetos de civilização e “higienização“

das classes mais pobres, enfim, uma rede que busca controlar a sociedade das mais diversas formas.

Amor, um sentimento variado em seus aspectos de comportamento e em conteúdo mental, mas que acredita possuir qualidade específica e singular, cuja característica dominante é a afeição e cuja finalidade é a associação íntima de outra pessoa com a pessoa amante, assim como a felicidade e o bem-estar dessa outra pessoa, em psicanálise, designa o primitivo e indiferenciado estado emocional sob domínio do princípio do prazer libido, ou a expressão sensual de Eros, do ponto de vista espiritual, místico e religioso, não científico, amor é qualidade espiritual que une as pessoas, que lhes incute um sentimento de comunhão, um estado emocional que provavelmente derivou da sexualidade primitiva, mas que foi purificado. “Este conceito de amor reveste-se, entretanto, de considerável interesse para a Psicologia, na medida em que representa um tipo de comportamento interpessoal digno de estudo”. Então, a verdadeira motivação para os assistentes sociais deve ser o amor aos usuários, se sentir-se motivado para que possam transmitir uma expectativa positiva para que possam encontrar um caminho de luta e esperança e dignidade.

3.2 ESTUDANTES DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL NA FACULDADE

UNICENTRO DE JARU E RELAÇÕES DE GÊNERO

Foi realizada na Faculdade Unicentro de Jaru, no curso de Serviço Social, do 5º e do 7º período, uma pesquisa que mostram os dados de quantos acadêmicos que estão matriculados do ano de 2014, com o total de 40 acadêmicos, ou seja, ... deles, com (%) é o universo formado por mulheres, enquanto que 04 acadêmicos com (%), são homens, isso mostra a questão da relação de gênero no interior do curso de Serviço Social, torna-se o trabalho relevante no sentido de debater uma questão pouco discutida entre os acadêmicos: a predominância feminina no