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Artigo Discursivo - Trabalho, Trabalhos de Comunicação

Linguagem - aborda os caracteres da linguagem formal versus linguagem simples utilizadas em documentos processuais

Tipologia: Trabalhos

2023

Compartilhado em 01/11/2024

wagner-armando
wagner-armando 🇧🇷

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UMA LINGUAGEM MAIS CLARA E OBJETIVA NOS PROCESSOS
ADMINISTRATIVOS NO SISTEMA PÚBLICO
Sabe-se que uma comunicação efetiva é de fundamental importância nos processos de
tomada de decisão por parte dos gestores e a clareza no entendimento das informações por todos os
stakeholders é crucial, de modo que a mensagem tenha o seu objetivo atingido. Assim, analisando
as considerações de Shawn Burton, diretor jurídico da unidade GE Aviation, em seu artigo “A
vantagem de contratos com linguagem clara” (s.d.), disponibilizado na disciplina de Negociação do
Curso de Pós-Graduação em Gestão de Negócios com Foco em Competências Comportamentais, do
BBI of Chicago, pôde-se fazer um paralelo com a linguagem empregada em processos
administrativos nos órgãos públicos, bem como em documentos jurídicos de vária ordem.
A problemática envolve o uso excessivo dos jargões legais, de palavras rebuscadas,
repetitivas, o que torna a leitura cansativa e exaustiva, até mesmo para o gestor público responsável
pela análise e decisão final. Como consequência, vê-se a morosidade no andamento de processos,
muitas vezes simples, no sistema de Gestão Pública. Outro ponto importante nessa questão é que as
informações passadas aos contribuintes, em resposta aos processos administrativos protocolados são
escritas de forma ininteligíveis, deixando-os mais confusos, com impactos diretos na qualidade do
serviço prestado.
O uso de um vocabulário mais simples, de fácil entendimento, com menos juridiquês,
desde que não fira a norma culta da língua, ainda encontra grande resistência por parte dos gestores
públicos, para manter o status quo ali existente, devido a falsos padrões de poder arraigados na
cultura organizacional. Assim, de acordo com Fonseca (2010), citam-se os esforços da chamada
Campanha pela Simplificação do Juridiquês, organizado pela Associação dos Magistrados
Brasileiros, em 2005, no intuito de se evitar os excessos da linguagem já mencionados.
Portanto, trata-se de uma mudança de paradigmas e/ou padrões culturais, os quais devem
partir dos níveis de comando, a fim de promover uma maior flexibilidade frente às inovações que
chegam, na busca da excelência do serviço público prestado e melhor transparência na comunicação
dos governos para com a sociedade.
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UMA LINGUAGEM MAIS CLARA E OBJETIVA NOS PROCESSOS

ADMINISTRATIVOS NO SISTEMA PÚBLICO

Sabe-se que uma comunicação efetiva é de fundamental importância nos processos de tomada de decisão por parte dos gestores e a clareza no entendimento das informações por todos os stakeholders é crucial, de modo que a mensagem tenha o seu objetivo atingido. Assim, analisando as considerações de Shawn Burton, diretor jurídico da unidade GE Aviation, em seu artigo “A vantagem de contratos com linguagem clara” (s.d.), disponibilizado na disciplina de Negociação do Curso de Pós-Graduação em Gestão de Negócios com Foco em Competências Comportamentais, do BBI of Chicago, pôde-se fazer um paralelo com a linguagem empregada em processos administrativos nos órgãos públicos, bem como em documentos jurídicos de vária ordem.

A problemática envolve o uso excessivo dos jargões legais, de palavras rebuscadas, repetitivas, o que torna a leitura cansativa e exaustiva, até mesmo para o gestor público responsável pela análise e decisão final. Como consequência, vê-se a morosidade no andamento de processos, muitas vezes simples, no sistema de Gestão Pública. Outro ponto importante nessa questão é que as informações passadas aos contribuintes, em resposta aos processos administrativos protocolados são escritas de forma ininteligíveis, deixando-os mais confusos, com impactos diretos na qualidade do serviço prestado.

O uso de um vocabulário mais simples, de fácil entendimento, com menos “juridiquês”, desde que não fira a norma culta da língua, ainda encontra grande resistência por parte dos gestores públicos, para manter o “status quo” ali existente, devido a falsos padrões de poder arraigados na cultura organizacional. Assim, de acordo com Fonseca (2010), citam-se os esforços da chamada “Campanha pela Simplificação do Juridiquês”, organizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, em 2005, no intuito de se evitar os excessos da linguagem já mencionados.

Portanto, trata-se de uma mudança de paradigmas e/ou padrões culturais, os quais devem partir dos níveis de comando, a fim de promover uma maior flexibilidade frente às inovações que chegam, na busca da excelência do serviço público prestado e melhor transparência na comunicação dos governos para com a sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BURTON, Shawn. A vantagem de contratos com linguagem clara. Curso de Gestão de Negócios com Foco em Competências Comportamentais, s.d.

FONSECA, P. L. Fim do Juridiquês. Falta de clareza em textos faz juiz pular parágrafos. Revista Consultor Jurídico, São Paulo, SP, Mar. 2010. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2010- mar-31/falta-clareza-textos-juridicos-faz-juiz-estafado-pular-paragrafos>. Acesso em: 09 jan. 2022.

KANAANE, R.; FILHO, A. F.; FERREIRA, M. G. Gestão Pública : Planejamento, Processos, Sistemas de Informação e Pessoas. São Paulo: Atlas, 2010