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artigo-A influência da música nos jovens e no ensino-aprendizagem de lingua inglesa, Manuais, Projetos, Pesquisas de Literatura

Qual a influência da música no comportamento dos jovens e no ensino-aprendizagem de lingua inglesa?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2011

Compartilhado em 22/11/2011

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A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA FORMAÇÃO DOS JOVENS E NO PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA
1
Autora: Dilmara Furlan de Faria
2
(dilmaraf@yahoo.com.br)
Orientadora: Professora Kilda Maria Prado Gimenez
3
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo analisar a relação da música como facilitadora
no ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira (inglês) em sala de aula e sua
influência sobre o comportamento dos jovens. Para alcançar tais objetivos e
conseguir as informações e dados necessários, foi aplicado primeiramente um
questionário aos alunos do 1º ano do ensino médio e depois atividades estruturadas
a partir de letras de músicas, a princípio selecionadas pelo professor, e, depois,
pelos próprios alunos. O projeto conseguiu mostrar o quanto a música pode
despertar o interesse do aluno pela aprendizagem do inglês e tornar evidente que os
professores devem e precisam tomar consciência disso. De acordo com a
observação dos resultados obtidos, é possível reunir dentro da mesma situação o
divertir-se e o aprender e que a música não é apenas um mero passatempo, mas
sim objeto de grande valia na aprendizagem dos alunos.
Palavras-chave: Música.Inglês.Comportamento.Jovens.
ABSTRACT
The present study has the objective of analyzing the relationship of music to facilitate
teaching and learning of a foreign language (English) in the classroom and its
influence on the behavior of youth. To reach these objectives and collect the
necessary data, first a questionnaire was administered to the students in the first year
of middle school, and then structured activities based on the lyrics of songs, the first
of which was selected by the teacher, and afterwards by the students themselves.
The project succeeded in demonstrating how much music awakens the interest of
(motivates) the student in learning English and provides evidence that the teachers
should and need to be aware of this. In accordance with the results obtained, it is
possible to combine enjoyment and learning at the same time and that music is not
merely a pastime, but is actually of great value in the learning of the students.
Key-words: Music. English.Behavior.Teens
1
Trabalho de conclusão do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE - 2007
2
Professora efetiva da rede pública estadual de ensino do estado do Paraná, lotada na Escola Estadual Profª
Adélia Antunes Lopes e no Colégio Estadual Prof Pedro Viriato Parigot de Souza de Jataizinho, especialista
em Língua Portuguesa pela FAFI de Cornélio Procópio.
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Professora mestra da UEL – Universidade Estadual de Londrina
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A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NA FORMAÇÃO DOS JOVENS E NO PROCESSO

DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA^1

Autora: Dilmara Furlan de Faria^2 (dilmaraf@yahoo.com.br) Orientadora: Professora Kilda Maria Prado Gimenez^3

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo analisar a relação da música como facilitadora no ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira (inglês) em sala de aula e sua influência sobre o comportamento dos jovens. Para alcançar tais objetivos e conseguir as informações e dados necessários, foi aplicado primeiramente um questionário aos alunos do 1º ano do ensino médio e depois atividades estruturadas a partir de letras de músicas, a princípio selecionadas pelo professor, e, depois, pelos próprios alunos. O projeto conseguiu mostrar o quanto a música pode despertar o interesse do aluno pela aprendizagem do inglês e tornar evidente que os professores devem e precisam tomar consciência disso. De acordo com a observação dos resultados obtidos, é possível reunir dentro da mesma situação o divertir-se e o aprender e que a música não é apenas um mero passatempo, mas sim objeto de grande valia na aprendizagem dos alunos.

Palavras-chave: Música.Inglês.Comportamento.Jovens.

ABSTRACT

The present study has the objective of analyzing the relationship of music to facilitate teaching and learning of a foreign language (English) in the classroom and its influence on the behavior of youth. To reach these objectives and collect the necessary data, first a questionnaire was administered to the students in the first year of middle school, and then structured activities based on the lyrics of songs, the first of which was selected by the teacher, and afterwards by the students themselves. The project succeeded in demonstrating how much music awakens the interest of (motivates) the student in learning English and provides evidence that the teachers should and need to be aware of this. In accordance with the results obtained, it is possible to combine enjoyment and learning at the same time and that music is not merely a pastime, but is actually of great value in the learning of the students.

Key-words: Music. English.Behavior.Teens (^1) Trabalho de conclusão do Programa de Desenvolvimento Educacional PDE - 2007 (^2) Professora efetiva da rede pública estadual de ensino do estado do Paraná, lotada na Escola Estadual Profª Adélia Antunes Lopes e no Colégio Estadual Prof Pedro Viriato Parigot de Souza de Jataizinho, especialista 3 em Língua Portuguesa pela FAFI de Cornélio Procópio. Professora mestra da UEL – Universidade Estadual de Londrina

INTRODUÇÃO

Este trabalho visa relatar os dados obtidos através da realização de uma pesquisa sobre o tema “Music: Does it influence teens’ behavior?” que foi desenvolvida com alunos de ambos os sexos do 1º ano do ensino médio noturno, do Colégio Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza de Jataizinho, com o objetivo de coletar dados a respeito da importância da música como facilitadora da aprendizagem de uma língua estrangeira e fazer os alunos refletirem sobre o papel destas em seus comportamentos e, se a mesma é indutora de atitudes agressivas e desrespeitosas. Apesar de todos os esforços das escolas públicas em ensinar uma língua estrangeira os resultados ainda são insatisfatórios, por isso a escolha desse tema. Pela necessidade de formular novas propostas e procurar alternativas mais eficientes que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem da língua inglesa. Como a música desenvolve a concentração, a criatividade e reduz a tensão durante as atividades ela aparece como uma dessas alternativas que pode auxiliar na melhoria dos resultados. Cantar é uma ótima maneira de aumentar o poder de memorização, já que a maioria pessoas consegue se lembrar de trechos de música aprendidas anos atrás.

1. O ENSINO DE INGLÊS E O PRAZER DE APRENDER O desafio ao se ensinar uma língua é unir a aprendizagem com a emoção e abrir caminho para explorar o prazer de aprender. Essa conexão é uma tentativa de integrar o domínio cognitivo com o afetivo. Podemos representar a aprendizagem como a formação de novas conexões entre os neurônios, as células do cérebro. Essas conexões, estabelecidas pelos neurotransmissores, são causadas tanto por fatores genéticos como por informações que chegam ao cérebro através do meio ambiente, como imagens, sons, cheiros, etc. “Um elemento importante para ampliar essa “fiação” do cérebro é a presença do prazer na atividade. Se a criança ou o adulto não gostar do que estiver fazendo, se a aula for cansativa, a aprendizagem diminuirá ou deixará de ocorrer.” (PRADO, 1998)^4

(^4) PRADO, Flávio de Almeida_. Prazer, a energia dos vencedores_. São Paulo:

mesmos, não são só os aspectos lingüísticos que devem ser trabalhados em sala de aula com o uso da música, mas também os emocionais porque criam um contexto favorável ao aprendizado e fazem com que o aluno traga para dentro da sala de aula a sua sensibilidade, as suas experiências e as suas habilidades criativas, assim ele consegue se expressar e se expor de maneira mais espontânea. Conforme STEFANI (1987) citado por MURAKAMI^6 , a música afeta as emoções, pois as pessoas vivem mergulhadas em um oceano de sons. Em qualquer lugar e qualquer hora respira-se a música, sem se dar conta disso. A música é ouvida porque faz com que as pessoas sintam algo diferente, se ela proporciona sentimentos, pode-se dizer que tais sentimentos de alegria, melancolia, violência, calma e assim por diante, são experiências da vida que constituem um fator importantíssimo na formação do caráter do indivíduo. Para FARIA (1987) citado por ONGARO e SILVA^7 a música está presente na vida de todos os seres humanos, e ela também está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar, além de despertar nos alunos o senso crítico para o que ouvem e como isso se reflete em sua vida. De acordo com esse autor a escola é um espaço institucional para transmissão de conhecimentos socialmente construídos e deve se ocupar em promover a reflexão dos jovens para o que ouvem e que mensagem essa canção lhes passa ainda que não a compreenda completamente. Cabe aos professores criar situações de aprendizagem em que os alunos estejam em contato com um variado número de estilos musicais e não somente com aquelas que eles gostam. No contexto escolar a música tem a finalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem do educando, pois ensina o indivíduo a ouvir e a escutar de maneira ativa e refletida. Segundo ANDRADE e SÁ^8 (1992) no que tange ao aspecto pedagógico, o professor deve compreender as transformações educacionais por que passa a sociedade atual. Assim, ele precisa reconhecer que já não detém o poder da transmissão do saber, tendo que aceitar as novas formas de aprendizagem, que já

(^6) MURAKAMI, Cláudia Drezza. Educação Musical x Musicoterapia (^7) ONGARO, Carina de Faveri e SILVA, Cristiane de Souza_. A importância da música na_

aprendizagem. UNIMEO/CTESOP. 2006 (^8) ANDRADE, Ana Isabel O. e SÁ, Maria Helena A. B. A. Didáctica da língua estrangeira. Porto: Asa,

  1. em NUNES, Ana Raphaella Shemany. O lúdico na aquisição da segunda língua

não são lineares, pois são muito influenciadas pela tecnologia. Desse modo, o professor deve utilizar-se de toda a variedade possível de atividade, pois os alunos não conseguem concentrar-se numa única atividade por mais do que alguns minutos. Cabe ao professor variar suas metodologias e tornar a aula mais dinâmica, para que os alunos prestem atenção, se entusiasmem com a aula e, conseqüentemente, aprendam o conteúdo. Sendo assim, a utilização de atividades lúdicas, prazerosas, é fundamental para o entretenimento da turma, e motivação para a aprendizagem.

3. O EFEITO DA MÚSICA NO SER HUMANO Inúmeras pesquisas, desenvolvidas em vários países confirmam a influência da música no desenvolvimento das crianças. Bebês reagem de maneira diferente quando ouvem diferentes tipos de música. Em seu laboratório na Universidade de Toronto, a psicóloga Sandra Trehub comprovou aquilo que a maioria dos pais já desconfiava – bebês tendem a permanecer mais calmos quando ouvem uma melodia serena. E, dependendo da aceleração do ritmo da canção, ficam mais alertas. As canções de ninar provam isso. A mesma pesquisa da Universidade de Toronto ainda sugere que os bebês já nascem com preferências musicais definidas. Eles sorriem quando escutam certos grupos de notas musicais e se irritam com outros. Apesar do hemisfério direito do cérebro ter sido considerado como o hemisfério musical ainda não se sabe onde está localizada essa preferência musical. Em entrevista dada à jornalista Giuliana Reginattto para o Yahoo notícias o Dr. Mauro Muszkat, coordenador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) afirma que “o cérebro humano tem uma predisposição para reagir à música. Somos essencialmente musicais: no ritmo de andar, nos batimentos cardíacos e na fala - que é a música das palavras. A música é importante para o neurodesenvolvimento da criança e de suas funções cognitivas.” e ainda diz que “a música tem ajudado na recuperação de doentes e até a diminuir a sensação de dor dos pacientes. Ele também pesquisou as alterações elétricas no cérebro de pacientes ao escutarem música e descobriu que “um paciente que sofreu algum dano cerebral pode recuperar algumas dessas funções se for estimulado com a música”. Em alguns hospitais, obstetras usam a música

ao cigarro não são mais comuns atualmente – somente 3% das músicas falam sobre isso. Mas..14% das músicas citam o uso de maconha, 24% citam o uso do álcool e 12% se referem a outras substâncias. Somente 4% das músicas têm mensagens antidrogas e contra o álcool. As drogas estão presentes na rotina da maioria dos cantores e bandas em todo o mundo. Muitos morreram em conseqüência do excessivo abuso de drogas, como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Cássia Eller, Elis Regina e outros. A cantora inglesa Amy Winehouse, ganhadora de cinco Grammy´s tem obsessão em morrer jovem. Há até um site (http://www.whenwillamywinehousedie.com/) presenteando com um Ipod Touch a quem acertar o dia de sua morte O que leva uma pessoa famosa, rica, com uma voz maravilhosa, que já ganhou vários prêmios a se destruir e procurar a própria morte? Na verdade, não há como contestar que as drogas fazem parte da rotina de muitos cantores e bandas de todo o mundo.

5. A INTERVENÇÃO NA ESCOLA Utilizou-se como instrumento de sondagem um questionário para a obtenção de dados com questões subjetivas que contemplavam aspectos como a importância da música na vida dos alunos e se eles gostavam de músicas em inglês. As perguntas foram:

  1. Você gosta de rock? Sim (11), Não (12);
  2. Você passa horas ouvindo música? Sim (18), Não (5);
  3. Consegue fazer outras atividades enquanto ouve música? Sim (23), Não (0);
  4. A música altera seu estado de espírito? Sim (17), Não (6);
  5. Acredita que a música pode incentivar a violência? Sim (11), Não (12);
  6. E o uso de drogas? Sim (12), Não (11)
  7. As bandas que você gosta influenciam em seu estilo de roupa? Sim (7), Não (16);
  8. Você procura saber o significado das músicas que gosta? Sim (13), Não (10);
  9. A música é sempre “arte”? Sim (11), Não (12);
  10. Você acha que deveria haver censura sobre as letras das músicas? Sim (17), Não (6). Apesar desta sala ter 70 alunos matriculados apenas 1/3 freqüentava regularmente as aulas, isso dificultou bastante a apresentação e continuação das

atividades, já que os alunos que compareciam em uma aula nem sempre compareciam à aula seguinte, a rotatividade era muito grande e isso interferiu bastante nos resultados previstos. Pôde-se observar que dos 23 entrevistados que participaram da aula naquele dia a maioria se mostrou bastante receptiva ao uso da música em sala, principalmente por estudarem à noite e já estarem cansados após um dia de trabalho. A princípio não foi abordada a intenção de levá-los a refletir sobre o que eles iriam ouvir, mas, sim, incentivar o gosto do aluno pela língua inglesa através da música e utilizá-la na construção do conhecimento e aquisição de vocabulário. Na aula seguinte a professora pesquisadora discutiu com os alunos quais os tipos de música e bandas que eles gostavam e por quê, pediu para colocarem os nomes das músicas e das bandas no quadro e perguntou se eles já haviam se preocupado em saber o significado das suas músicas estrangeiras preferidas. Alguns responderam que sim, mas a maioria não se preocupava com isso. Eles gostavam das músicas pela melodia, pela voz do cantor ou pela banda. Foram, então, passadas algumas frases famosas no quadro para ver se eles identificavam de qual música era, como por exemplo: “I´m so sorry I was blind”, “I´m still haven´t found what I´m looking for” para que eles sugerissem qual contexto eles imaginavam para cada frase, apenas para descontrair a sala e observar as diferentes opiniões. Foi, então, apresentada uma breve introdução à história da música, sobre o surgimento do Rock e os cantores que mais se destacaram nesse estilo, também foi sugerida uma pesquisa sobre Elvis Presley, sua importância para os jovens da época, sua ascensão e a trágica morte do astro, que não é fato isolado entre os famosos, mas bastante freqüente. Os alunos assistiram alguns vídeos com performances das várias fases do cantor, ouviram algumas de suas músicas. A princípio as músicas foram escolhidas pela professora baseando-se, além do contexto da letra, na abordagem gramatical e no vocabulário da mesma, na inserção cultural, nas gírias e termos coloquiais, na adequação ao nível da turma e na atratividade da música para aqueles alunos, porém a partir de algumas canções isso teve que ser repensado porque os alunos começaram a escolher as músicas que eles gostariam de cantar e aprender. Foram utilizadas técnicas de listening, fixação do vocabulário através de caça-

informações, de forma contínua e com diversos procedimentos metodológicos e julgar o grau de aprendizagem, ora em relação à todo grupo-classe, ora em relação a um determinado aluno em particular. Adequar o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que apresentam dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos. Ao término de uma determinada unidade, por exemplo, fazer uma análise e reflexão sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo com os resultados apresentados. Para isso a avaliação deve ser contínua e integrada às atividades diárias do professor e ser realizada sempre que possível, evitando aquela situação artificial das provas, quando o aluno é medido somente por aquela situação específica, abandonando-se tudo aquilo que foi realizado em sala de aula antes da prova respeitando as características e o processo de aprendizagem do aluno e fazê-lo consciente da sua responsabilidade pelo seu aprendizado. Os resultados obtidos com as produções dos alunos deve levar o professor a replanejar seus objetivos e conteúdos, suas práticas didáticas, os materiais utilizados e, até mesmo, o relacionamento entre os alunos e entre esses e o professor. Segundo Hoffmann (2000) citado por Zacharias (2007)^1 , avaliar nesse novo paradigma é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendizado, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.

CONCLUSÃO

Analisando as reflexões dos autores mencionados e confrontando-as com os resultados obtidos em sala de aula através de observação do comportamento dos alunos percebeu-se que há um grande estreitamento entre teoria e prática, no tocante à aplicabilidade do uso de canções nas salas de aula de língua estrangeira. Critérios rigorosos na escolha da música abordada em sala de aula e a consciência de se buscar uma maneira eficaz de aliá-la ao ensino foi utilizada para a obtenção de resultados satisfatórios que contribuíssem efetivamente para o ensino

(^1) ZACHARIAS, Vera Lúcia Câmara. Artigo: Avaliação Formativa e seu sentido de melhoria do processo de ensino-aprendizagem

da língua, pois o uso indevido e não fundamentado da música em sala de aula poderia empobrecer esta ferramenta tão proveitosa. Dentre os objetivos alcançados através do uso da música no ensino de língua estrangeira, foram comprovados uma dinamização no processo de ensino aprendizagem, maior inserção cultural, compreensão dos conteúdos gramaticais e aprimoramento da compreensão auditiva. A música exerceu um papel importante na aprendizagem da língua estrangeira por reunir dentro da mesma situação o brincar e o aprender. A partir de conversas com outros professores e alunos constatamos que as atividades com músicas são pouco utilizadas como atividade pedagógica, necessitando uma maior conscientização no sentido de desmistificar o papel da música que não é de apenas um mero passatempo, mas sim um objeto de grande valia na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças. Quanto ao questionamento levantado na elaboração do projeto sobre o papel da música na vida do jovem verificou-se que na sala de aula a melodia em si não provocou efeitos óbvios, mas, através de discussões com os alunos, observou-se que a letra da música pode influenciá-los sim. Tudo o que é ouvido repetidas vezes é gravado na mente. Se alguém te disser todos os dias palavras desencorajadoras, você certamente se tornará uma pessoa com auto-estima abalada. Da mesma forma, se passar a ouvir sempre, músicas que criticam a polícia, afirmam que o mundo é só miséria e que os favelados nunca terão a chance de melhorar de vida, você inconscientemente acabará absorvendo estas idéias e, com o tempo, poderá passar a ter um comportamento agressivo, pessimista etc. O que uma pessoa ouve influencia em suas emoções, mas não podemos afirmar que somente ouvir músicas possam alterar a personalidade ou o comportamento dos jovens. Que a música exerce uma mudança na nossa vibração, se podemos assim chamar, todo mundo sabe e concorda; contudo, dizer que a música é responsável por certas mudanças talvez tenha seu fundo de verdade, mas seja contestável. Dizer isso é o mesmo que dizer que os jogos são responsáveis por parte da violência que acontece com os jovens. Não são os jogos que modificam o comportamento de uma pessoa, mas se essa pessoa já possuir uma forte tendência para esse tipo de comportamento, com certeza, ela será mais facilmente influenciável.

p. 225-250.

MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Atividades lúdicas como estratégias de ensino e aprendizagem. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/opinião/opinião.asp?entrID=132. Acesso em 20 de setembro de 2008.

MAURÍCIO, Juliana Tavares - Psicóloga pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/kzuka/jsp/home.jsp

Acesso em 20/11/

MURAKAMI, Cláudia Drezza. Educação Musical x Musicoterapia. Disponível em: http://www.musicaeadoracao.com.br/tecnicos/musicalizacao/educacao_musicoterapi a.htm Acesso em 20/11/

ONGARO, Carina de Faveri e SILVA, Cristiane de Souza_. A importância da música na aprendizagem._ UNIMEO/CTESOP. 2006. Disponível em: http://www.alexandracaracol.com/ficheiros/music.pdf Acesso em 20/11/

PRADO, Flávio de Almeida_. Prazer, a energia dos vencedores_. São Paulo: Mercuryo, 1998

ROSIN, Alessandra Ferreira e TINOCO, Bruno César Barbosa. O uso da música no ensino de língua estrangeira. Licenciandos de Letras Português- Alemão – UFRJ.

SANTOS, Antonio Carlos dos. Jogos e atividades lúdicas na alfabetização. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.

TEZANI, Thaís Cristina Rodrigues. O jogo e os processos de aprendizagem e desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. 2004. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=621. Acesso no dia 20 de setembro de 2008

VELASCO, Cacilda Gonçalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint Editora, 1996

WISNIK, José Miguel_. O Som e O Sentido – Uma Outra História das Músicas_. Cia. das Letras, São Paulo, 1999.

ZACHARIAS, Vera Lúcia Câmara. Artigo: Avaliação Formativa e seu sentido de melhoria do processo de ensino-aprendizagem. Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/avapque.htm Acesso em 05/12/

ANEXO 1

Sugestões de atividades para você trabalhar com música:^2

  • A mais usada é preencher lacunas com palavras retiradas da letra Pode-se dar ou não as palavras que faltam.
  • Misturar estrofes para colocarem em ordem enquanto ouvem. Mudar a estrofe inteira de posição com outra.
  • Entregar os versos de uma música para um grupo e eles deverão colocar os versos em ordem enquanto ouvem. Nesse caso os versos são recortados. Eles montam como se fosse um quebra-cabeças.
  • Misturar os versos para colocarem em ordem enquanto ouvem. Nesse caso coloca-se parênteses diante dos versos.
  • Fazer cartões com palavras que estão na música e que não estão. Espalhar pelo chão. Dividir a turma em grupos. Chamar um representante de cada grupo. Tocar a música. O grupo que pegar mais palavras certas ganha.
  • Cantar a música sempre que possível.
  • Descobrir a música que está tocando ao passar a parte em que fala o nome

(^2) Atividade retirada do grupo Troca de atividades de inglês do Google coletadas na Internet pela profª Adriana Silva da Fonseca, professora de inglês do Colégio Estadual Barão de Aiuruoca em Barra Mansa e da Escola Estadual Rotary em Volta Redonda - RJ

da música.

  • Traduzir a música ou parte dela.
  • Partindo da tradução, com vocabulário dado, reescrever a música em inglês.
  • Passar algum clipe e trabalhar tanto a letra da música, quanto com as cenas do clipe.
  • Dar uma música e pedir para os grupos apresentarem de forma criativa a música: podem fazer dramatização, dança, ‘cover’, cartazes. Além disso entregar a música traduzida e a original copiadas com capricho.
  • Dar uma música que estiver tocando nas rádios e aproveitar os alunos que tocam violão e outros instrumentos para cantar a música ao vivo.
  • Completar as lacunas da música primeiro da maneira que eles entenderem, da maneira como são faladas, depois trabalhar a grafia correta dessas palavras.
  • Dividir a turma em equipes, distribuir a cada aluno uma tira de papel contendo uma palavra ou expressão que apareça na música. Pedir a todos que fiquem de pé e toque a música. Ao ouvir sua palavra na música o aluno deverá sentar. O grupo que sentar todo primeiro ganha.
  • Levar músicas que tenham versão em português e comparar a tradução da original com a versão.
  • Selecionar um trecho de uma música. Embaralhar as palavras de sentenças completas. Pedir para o aluno reescrever as sentenças. Passar a música só para conferência ou tocar a música e ir parando de verso em verso trabalhando o ‘listening’, enquanto o aluno fixa a ordem correta das palavras.
  • Substituir palavras por figuras e pedir para o aluno procurar no dicionário a palavra correspondente.
  • Jogar Bingo. Escolher uma música grande e lenta, e principalmente de boa dicção. Passar no quadro 30 palavras ou expressões que estiverem na letra da música. Entregar uma cartela de bingo de 5 x 5. Pedir ao aluno que complete sua cartela escolhendo uma palavra para cada espaço entre as palavras dadas no quadro. Colocar a música. À medida que a música é tocada o aluno deve marcar a palavra que foi cantada e que estiver na sua cartela. O primeiro que completar a cartela ganha.

ANEXO 2

EXEMPLOS DE ATIVIDADES COM MÚSICAS

YOU'RE BEAUTIFUL – JAMES BLUNT^3

  1. A técnica da correspondência de versos A letra é apresentada em duas versões: na língua original (em versos numerados) e na língua alvo (com versos seguidos de parênteses). A tarefa dos alunos será a de fazer a correspondência dos versos nas duas línguas, a partir de "pistas" que eles buscarão no próprio texto: palavras que eles já conhecem e termos cognatos (semelhantes nas duas línguas).

You're beautiful (Part I)

( ) My life is brilliant. (2x) ( ) My love is pure. ( ) I saw an angel. ( ) Of that I'm sure. (^2) Atividade retirada do grupo de troca de atividades de inglês do Google elaborada pela profª Susy Lima

( ) She smiled at me on the subway. ( ) She was with another man. ( ) But I won't lose no sleep on that, ( ) 'Cause I've got a plan. ( ) You're beautiful. You're beautiful. ( ) You're beautiful, it's true. ( ) I saw your face in a crowded place, ( ) And I don't know what to do, ( ) 'Cause I'll never be with you.

  1. Eu vi seu rosto num lugar cheio de gente
  2. Você é bonita, é verdade.
  3. Meu amor é puro.
  4. E eu não sei o que fazer
  5. Minha vida é ótima.
  6. Você é bonita. Você é bonita.
  7. Porque eu nunca estarei com você.
  8. Eu vi um anjo.
  9. Porque eu tenho um plano.
  10. Ela estava com outro homem.
  11. Disso eu tenho certeza.
  12. Mas eu não vou perder o sono por isso
  13. Ela sorriu pra mim no metrô.
  1. A técnica da tradução "assistida" Nesse tipo de atividade, os versos são traduzidos, mas lacunas são deixadas na letra original. Os alunos vão completar, a partir da tradução, as palavras que estão faltando. Depois, ao ouvir a música, eles irão confirmar se os seus palpites estavam corretos. Como o refrão já foi trabalhado na Parte I, nessa segunda parte ele aparece sem a tradução.