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Arquitetura no Brasil - Sistemas Construtivos - 2 Vedações, Notas de estudo de Urbanismo

CAPÍTULO 2 - VEDAÇÕES

Tipologia: Notas de estudo

2016

Compartilhado em 28/03/2016

ingret-lorrane-santos-e-silva-3
ingret-lorrane-santos-e-silva-3 🇧🇷

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bg1
CAPITULO
2
VEDAÇÕES
No geral, consideram-se como elementos
de
vedação
os
que,
o
tendo
fun-
ções
estruturais,
o
usados
apenas
para fechamento
dos vãos.
Há
vários
tipos
de
veda-
ção, algumas desempenhando parcialmente
funções
estruturais, outras funcionando
como fechamento
e
proteção.
-
PAU-A-PIQUE ^ ,
Tipo
de
vedação que
consiste
em
paus colocados perpendicularmente
entre
os
baldrames
e os
frechais, neles fixados
por
meio
de
furos
ou
pregos.
Estes
paus
o
frequentemente
roliços, com
sua
casca inclusive,
em
seção compatível com
a
espessura
pretendida
para
as
paredes
que
o
compor,
em
geral
de
0,15
a
0,20m, condicionando
os paus
a um
diâmetro
de
0,10
a
0,15m.
(fig.
17)
Normalmente
a
estes,
o
colocados
outros,
mais
finos,
ripas
ou
varas,
(fig.
18)
(foto
11)
tanto
de
um
lado como
de
outro:
amarrados
com
"seda
em
rama,
o
linho,
o
cânhamo,
canabis sativa,
o
tucum,
o
cravete,
o guaxima,
o
imbé,
o
buriti"
e
outros diversos
géneros próprios
para cordas, conheci-
dos
no
Brasil pelo nome
genérico
de
embiras, como quer
o
Bispo
de
Pernambuco
em
sua "Memória
sobre
as
Minas
de
Ouro".^
o
também
usados couro
ou
pregos, for-
mando
uma
trama
ou
armadura capaz
de
receber
e
suster
o
barro
que,
posteriormente,
vai encher
os
vazios
da
armação.
Estas
varas
horizontais podem
ser roliças, de
taquaras
inteiras
ou de
canela
de
ema.
No
norte utilizam-se
os
troncos
de carnaúba,
o só
para
os paus-a-pique como para
o
ripamento
horizontal.
Podem
ser
colocadas duas
a
duas,
de
um
lado
e
outro,
no
mesmo nfvel
ou
alternadamente,
(fig.
19) de
modo
a
correspon-
der cada
uma
a um
intervalo
de
duas
do
lado oposto.
O
espaçamento dos
paus-a-pique
varia
em
torno
de
um
palmo, sendo
o
das
varas
um
pouco menor.
Feita
a
trama,
é o
barro jogado
e
apertado sobre
ela,
trabalho
que se faz
ape-
nas
com as
mãos,
sem
auxílio
de
qualquer ferramenta,
o que
tornou
este
sistema
conhecido pelo nome
de
pescoção,
tapona
ou sopapo.
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C A P I T U L O

V E D A Ç Õ E S

No

geral, consideram-se como elementos de vedação os que, não tendo fun-

ções estruturais, são usados apenas para fechamento dos vãos. Há vários tipos de veda-ção,

algumas

desempenhando

parcialmente

funções

estruturais, outras

funcionando

como fechamento e proteção.

-

PAU-A-PIQUE

^

T i p o de vedação que consiste em paus colocados perpendicularmente entre os

baldrames e os frechais,

neles

fixados

por meio de furos ou pregos. Estes paus são

frequentemente

roliços, com sua casca inclusive, em seção compatível com a espessura

pretendida

para as paredes que vão compor, em geral de 0,15 a 0,20m, condicionando

os paus a um diâmetro de 0,10 a 0,15m. (fig. 17) Normalmente a estes, são colocados outros, mais finos, ripas o u varas,

(fig. 18) (foto 11) tanto de um lado como de o u t r o :

amarrados c o m "seda em rama, o linho, o cânhamo, canabis sativa, o tucum, o cravete,o guaxima, o imbé, o b u r i t i " e outros diversos géneros próprios para cordas, conheci-dos no Brasil pelo nome genérico de embiras, como

quer o Bispo de Pernambuco em

sua

"Memória

sobre as Minas de O u r o ". ^

São também usados couro ou pregos, for-

mando uma trama ou armadura capaz de receber e suster o barro que, posteriormente, vai encher

os vazios da armação. Estas varas horizontais podem ser roliças, de taquaras

inteiras ou de canela de ema. No norte utilizam-se os troncos de carnaúba, não só para os paus-a-pique como para o ripamento horizontal. Podem

ser colocadas duas a duas,

de um lado e outro, no mesmo nfvel ou alternadamente, (fig. 19)

de

modo a correspon-

der cada uma a um intervalo de duas do lado oposto. O espaçamento dos paus-a-piquevaria em torno de um palmo, sendo o das varas um pouco menor.

Feita

a

trama, é o barro jogado e apertado sobre

ela,

trabalho que se faz ape-

nas

com as mãos, sem auxílio

de qualquer

ferramenta, o que tornou

este sistema

conhecido pelo nome de

pescoção, tapona

ou

sopapo.

f r e c h a i

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F I G. 2 1

A r m a ç ã o

d e p

a

u

a

p i q u e

Empregam-se

as paredes

de pau-a-pique,

tanto

externa como

internamente,

preferindo-se, porém, o seu uso no interior das edificações ou nos pavimentos

elevados.

É, por excelência, o sistema indicado para as vedações

por sua leveza, pouca espessura,

economia e rapidez de construção, sendo também chamado

de taipa de mão ou taipa

desebe. (figs.

2 0 e 2 1 )

T I J O L O S ou A D Ô B O S

Podem

as vedações ser preenchidas

por tijolos ou adôbos assentados sobre os

baldrames,

quando

mais

comum

se torna o emprego das aspas francesas,

compondo,

assim, os frontais tecidos. Sobre os esteios, na sua face voltada para a espessura das pa-redes, pregam-se varas, onde se encaixam os tijolos ou adôbos com rasgos pré-estabele-cidos, proporcionando, desta forma, melhor

solidariedade entre a vedação e a estrutu-

ra, (fig. 22)-

E S T U Q U E

Vedação

similar à taipa de sebe, dela se distingue peia sua menor

espessura,

podendo a trama

compor-se apenas de varas, dispensando os paus-a-pique. A tessitura

pode,

também,

ser feita

de esteira

de taquara

ou de espécies fibrosas

sobre

ripas,

(fig. 23) -

TABIQUES

São vedações de tábuas, de grande simplicidade, usadas principalmente

para

divisões de cómodos internos, (fig. 24)

ESTRUTURAS

MISTAS

São consideradas como estruturas mistas aquelas em que as cargas se transmi-

tem

aos pilares de alvenaria

de pedra e, também em menor escala, às vedações, dispen-

sando as vigas horizontais. Podem

ainda estes pilares constituir apenas a infraesíruturg

i

-

"

1

1

( c o m p l e m e n t a

a

f o t o

das construções elevadas

do solo sobre o qual se levantam edifícios de estrutura maci-

ça

ou independente.

A

ocorrência

conjunta

da estrutura

independente

e da maciça

configura-se de várias formas:

— arcabouço de taipa de pilão sobre pilares de alvenaria de pedra, assentada a

parede sobre baldrames de madeira ou arcadas de alvenaria, (figs. 2 5 e 26)

— paredes

mestras de alvenaria

de tijolos de pedra e divisórias de^vedação, se-

jam de tijolos de meia vez, de taipa de sebe, de adôbos ou estuque.

— paredes mestras de taipa e divisórias de taipa de sebe ou adôbos.Trata-se,

evidentemente,

de

uma combinação

entre

dois

tipos

de

sistemas

construtivos com possibilidade de inúmeras variações.-

M U R O S

Para

a construção dos muros são adotadas as mesmas técnicas empregadas nas

paredes, sejam de taipa, pedra seca, pedra e barro, pedra e cal, adobo ou pau-a-pique. Oelemento, porém, que os completa

é a cobertura de proteção, que pode ser de telhas

(figs.

28 e 29), assentadas

diretamente

no maciço, em uma ou duas águas, ou sobre

armação

de madeira, formando

beirais

de caibros corridos

(fig. 30) ou de cachorra-

da, (foto 8)

Podem

ainda ser completados com cimalha de cantaria ou de alvenaria e mas-

sa, com seus

perfis

emoldurados.

Capeam-se,

também, por tijolos ou lajes de pedra,

(fig. 31) Contudo, os sistemas de coberturas que interessam aos muros são os mesmos das construções, a serem posteriormente

estudados. Convém salientar, desde logo, que

os balanços da cobertura

são sempre proporcionais à proteção que devem oferecer aos

muros,

cujas

alturas tleterminam

a dimensão

do balanço

das proteções com que se

coroam.

Na parte

inferior dos muros divisórios de terrenos aparecem elementos desti-

nados

a isolá-los da ação das águas, constituídos por lajes ou tábuas de revestimento.

S A R J E T A S

Constituem

as sarjetas

espécies de passeios de proteção, de pedras redondas,

poliédricas ou em lajes

que ocorrem

nas faixas

de terreno

imediatamente

ligadas ao

V

F I G.

' j^-'

, í

C o b e r t u r a

d e

m u r o

c o m

d u a s

f i l e i r a s

d e

t e l h a s

u m a

d e

c e a d a

l a d o , a s s e n t a d a s

d i r e t a m e n t e

n o

m a c i ç o

nascimento

das paredes. Têm largura variável e combatem

não só a umidade do solo

como resistem à força das águas despejadas da cobertura, evitando

as ofensas que po-

deriam causar ao terreno e, consequentemente, aos alicerces das paredes.-

A C A B A M E N T O

D A S V E D A Ç Õ E S

As

vedações recebem

acabamentos

diversos, não

só pelos revestimentos das

paredes como pelos coroamentos e tratamento dos cunhais.

As

paredes

são, no geral, revestidas

por argamassa compondo o emboço de

barro,

completado

ou não

por reboco

de cal e areia.

V e z por outra, argamassa-se o

barro com estrutura de curral, para sua maior consi-stência e para proporcionar melhor

ligação entre o maciço de barro e o revestimento de cal e areia. ÍMo auto de arremata- ção

da cadeia

de Sabará, em 1 7 4 1 , querem-se as paredes

"rebocadas de bosta

(sic) e

cayadas,

tudo

na última

p e r f e i ç ã o ". P a d r e

Florian

Bancke,

S. J. , assim descreve o

processo: "Hacem

diferentes revoques en las paredes: el primero es de tierra, arena y

estiercol

caballar

secco

molido

que se mezcla

con agua arcilloza; este revoque

no se

raja

jamas

y

mucho

menos

aún,

el segundo

que se hace de puro

estiercol

vacuno

frasco sin una mezcla de o

material. El tercero

se mezcla con arena caliza de puras

conchas quemadas, y con pr'vo de ladrillo".^'^

I

Quando à ca!, seria primeiro importada e, depois, obtida de conchas ou maris-

cos queimados até o aparecimento da cal comum. Quando esta falta, é substituída pela tabatinga.^^

Outro revestimento

é feito de madeira e proporcionado por tábuas formando

barras na parte inferior das paredes, divididas em painéis, ou revestindo-as por inteiro,

(foto

  1. Este tabuado aparece ainda nas empenas de menor peso para não sobrecarre-

gar os frechais. Com tábuas revestem-se também as faces externas das paredes, de altoa baixo, quando sujeitas à ação de chuvas mais intensas. Mais tarde, seria esta proteção

proporcionada também por folhas metálicas. Este revestimento

de tábuas, de consoei-

ras ou mesmo de traves, aplica-se nas cadeias, reforçando as suas paredes para evitar asperfurações

destinadas

à fuga

dos detentos.

Na arrematação

da cadeia de Vila

Rica,

em

1723, as enxovias

dos brancos

e dos pretos deviam ser "forradas de tabuado de

alto

a baixo pela

parte

de dentro e por fora,, gasora

barriadas", como fez Antônio

Luiz de Araújo, 1 7 4 6. ^

Empregam-se, ainda, como revestimento, azulejos lisos, de uma só cor o u colo-

ridos,- em decorações ou cenas, como

na igreja de Nossa Senhora

do Carmo, em Ouro

Preto, (foto 9)

1'.*

BiMIBIttMMBqfMIl

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-O

V

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F 1 G. 3 3

R e v e s t i m e n t o

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I

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F I G.

R e v e s t i m e n t o

d e

p a r e d e

c o m

t e l h a s

e m

c a p a

e

b i

c a

Finalmente, não podem ser esquecidas as telhas, que protegem as paredes do

castigo das águas revestindo, de preferência, as empenas, lanternins, mansardas e outroselementos,

(figs. 3 2 , 33 e 34) Podem

ser colocadas só em bicas, (fig. 35), fixadas em

massas ricas ou por meio de pregos.

As paredes de pau-a-pique podem ser também revestidas na sua parte inferior,

por lajes junto ao solo, pelo

lado de fora, para melhor proteção contra as águas. Neste

caso, as lajes geralmente compõem barras.-

COROAIVIENTOS

E

CUNHAIS

As paredes, têm, no geral, seus limites superiores definidos pela cobertura, em

suas

beiradas

sacadas,

das quais

se falará

posteriormente.

Existem,

porém,

paredes

cujos coroamentos se fazem livres, com empenas monumentais, compreendendo fron-tões ou platibandás. As empenas compõem-se em variadas formas: triangulares, (f iq. 36) de curvas rampantes e caprichosas, (fig. 37) o u interrompidas (fig. 38), de acordo como estilo e o gosto do arquiteto. Arrematam-se

com molduras, cimalhase, nas mais po-

bres, c o m telhas colocadas transversalmente

à direção das águas do telhado. As plati-

bandás podem ser cheias, lisas, com ornamentação em relevo, figuras geométricas, cor-dões, almofadas

e decorações florais, ou se apresentarem vasadas formando

varandas

de balaustres de pedra, cerâmicas ou de alvenaria e massa. Estas balaustradas dividem-

se em painéis separados por pilares, muitas vezes acompanhando o prumo das pilastrase encimadas por figuras, vasos e outros elementos decorativos, (fig. 39)

Os cunhais variam conforme o sistema construtivo adotado. Quando a estru-

tura

é de madeira, os esteios aflorados constituem os cunhais.

Às vezes

revestem-se

com tábuas lisas ou de rebaixo, com molduras dando-lhes maior ressalto em referênciaao plano das paredes,

(fig. 40) Quando de pedra, podem ser de alvenaria e massa ou de

cantaria, sempre, porém, ressaltados da parede, à feição de pilastras.

Há casos de estrutura de madeira com fingimento de pilastras, o que se consegue

fazendo

estuque

sobre

os esteios

o u , apenas,

revestindo-os

de

massa.

Quando

os

cunhais são de alvenaria e massa, recebem, no século X I X , decoração em relevo, estu-cada

ou em pintura. O

estuque

aproveita

o cordão

e os motivos florais; os entalhes

servem-se destes e dos conchoides. Convém destacar as duas significações distintas doestuque: a primeira das quais refere-se a panos de vedação de pouca espessura e a se- gunda, a relevos de massa sobre as paredes, com caráter decorativo.

FOTO

12

Lajes de reforço dos pisos. Casa dos Contos, Ouro Preto/MG.

N O T A S

A O

C A P I T U L O

30

José

Joaquim

da Cunha

Azeredo

Coutinho, Bispo

de Pernambuco,

autor

da

"Memória

sobre as IVlinas de O u r o "

(1804),

In Revista do Instituto Histórico e Geográfico

Brasileiro

Tomo

L X I , 1898, fis. 2 6.

31

Segundo

T H E D I M B A R R E T O ,

Paulo

"Casas de Câmara e Cadeia" in Revista do Patri-

mônio

Histórico

e Artístico

Nacional, n?

11, IVlinistério

da

Educação

e Saúde,

Rio de

Janeiro,

1947 - pg. 103.

32

Citado por T H E D I M B A R R E T O , P A U L O

  • ob. cit., pg. 103, nota 172.

33

T A B A T I I M G A

— " O

termo,

corruptela

do

tupi

"toba-tinga", quer

dizer

barro

branco.

Hoje em dia, a palavra designa qualquer barro argiloso com certa porção de matéria orgâni- ca,

untuoso

ao tato, não sendo necessariamente

branco. Antigamente, foi generalizado o

seu

emprego

na pintura

de paredes,

que a cal era de difícil obtenção, principalmente

;

na zona rural. Nas pinturas mais requintadas, adicionava-se à calda de tabatinga certos fixa- dores como o leite da sorveira, o leite de vaca, certas soluções de pedra-ume, etc."S O R V E I R A

— "Árvore de família das Apocináceas, couma macrocarpa, Barb.

Rod., que

fornece

madeira

branca

para

marcenaria

e que dá, também, uma resina viscosa, a qual

costuma ser, no vale amazônico, misturada â'tabatinga usada na pintura das casas, segundo

Martius e Afonso Arinos de Melo Franco. Peso específico da madeira igual a 0,54".Apud

C O R O N A

e

L E M O S ,

"Dicionário

da

Arquitetura

Brasileira", Edari

São

Paulo

Livraria Editora Ltda., 1? edição. São Paulo, 1 972 -

pgs. 435 e 4 3 1.

34

T H E D I M

B A R R E T O ,

P A U L O

ob. cit., pgs. 92 e 93. Segundo

Paulo

Thedim

Barreto,

"gazora é expressão que podemos tomar no sentido de rebocada".