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Este trabalho tem como objetivo investigar a viabilidade da construção com o uso massivo de madeira de forma sustentável.
Tipologia: Teses (TCC)
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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ – CEAP CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO RAMOM SANTANA CORDEIRO VALENTE ARQUITETURA EM MADEIRA VIABILIDADE DA CONSTRUÇÃO EM MADEIRA NO ESTADO DO AMAPÁ MACAPÁ – AP 2019
RAMOM SANTANA CORDEIRO VALENTE ARQUITETURA EM MADEIRA: VIABILIDADE DA CONSTRUÇÃO EM MADEIRA NO ESTADO DO AMAPÁ Trabalho de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior do Amapá – CEAP como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Prof. Francisco de Assis Pereira Ribeiro, titulação - Orientador MACAPÁ – AP 2019
Dedico esse trabalho a todos os professores que me orientaram e estiveram comigo durante a caminhada de estudos dentro da faculdade de arquitetura do Centro de Educação CEAP e a todos os colegas do curso que tiverem interesse em ler esta pesquisa.
AGRADECIMENTOS À Deus pela oportunidade de vida que me concedeu, e pela orientação constante nos diversos momentos da vida. Á minha família pelo apoio. Aos meus colegas de turma, incentivo e apoio. Aos professores puderam contribuir com minha formação acadêmica com sua orientação, apoio e confiança.
RESUMO Este trabalho tem como objetivo investigar a viabilidade da construção com o uso massivo de madeira de forma sustentável. O estado do Amapá possuí um grande potencial madeireiro que atualmente é pouco explorado e valorizado, fomentar a indústria madeireira com a prática da arquitetura em madeira poderá ser uma boa alternativa para a indústria da construção civil do estado. A construção de uso massivo da madeira é uma alternativa aos materiais não renováveis e custosos. O Amapá não possuí indústrias de cimento e aço o que torna necessária a importação destes materiais de outras regiões, além disto o estado é rodeado por grandes bacias hidrográficas o que dificulta e encarece estes materiais, contudo, investir na madeira como principal material de construção poderá minora o valor da construção além de ter um bom desempenho térmico, acústico e sustentável em relação a outros materiais. Será analisado o processo da madeira desde o planejamento de manejo até as boas práticas construtivas difundidas internacionalmente por meio de trabalhos publicados, correlatos de arquiteturas, tecnologias e práticas quem vem revolucionando o uso da madeira na construção. Palavras-Chave: Madeira. Construção. Sustentabilidade.
ABSTRACT This work aims to investigate the feasibility of building with the massive use of wood in a sustainable way. The state of Amapá has a great potential for wood that is currently little explored and valued, promoting the wood industry with the practice of wood architecture may be a good alternative for the state construction industry. Massive timber construction is an alternative to non-renewable and costly materials. Amapá does not have cement and steel industries which makes it necessary to import these materials from other regions, besides the state is surrounded by large watersheds which makes these materials difficult and expensive, however, investing in wood as the main building material may undermines the value of the building as well as having a good thermal, acoustic and sustainable performance compared to other materials. The process of wood will be analyzed from management planning to good construction practices internationally disseminated through published works, correlates of architectures, technologies and practices that have revolutionized the use of wood in construction. Keywords : Wood. Construction. Sustainability.
conjunto com um bom plano de manejo torna a arquitetura em madeira uma possibilidade de construção sustentável e econômica para a região além de fomentar a indústria madeireira e da construção civil. A ideia deste trabalho é analisar as principais tecnologias desenvolvidas durante a história e as mais utilizadas atualmente que tenham uma proposta sustentável e rentável para viabilizar o desenvolvimento da arquitetura em madeira no estado do Amapá e a possibilidade de ser uma construção mais econômica em relação aos métodos construtivos tradicionais potencializando o mercado madeireiro regional de forma legal. 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA: Como uma construção mais sustentável poderá otimizar o custo-benefício da obra no estado do Amapá? 1.2 HIPÓTESE A madeira aliada as boas práticas de manejo e operação em obras tem um grande potencial como material sustentável, renovável e econômico. 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Geral Analisar os principais métodos e tecnologias sustentáveis incorporada a madeira para a construção civil e a viabilidade da Arquitetura em madeira em Macapá – AP. 1.3. 2 Específicos Descrever os principais aspectos históricos e conceituais do uso da madeira na construção civil no desenvolver da humanidade.
Compreender as boas práticas construtivas que empregam a madeira além das tecnologias sustentáveis aplicadas a este material. Fazer um estudo de viabilidade de uma construção sustentável e durável utilizando a madeira como principal material de construção de forma econômica no estado do Amapá. 1.4 JUSTIFICATIVA 1.4.1 Teórica Teoricamente este trabalho pretende contribuir para a academia de forma científica no que diz a respeito da arquitetura em madeira fazendo uma análise das boas práticas construtivas gerando uma edificação sustentável. 1.4.2 Social No campo social esta pesquisa visa contribuir com o custo benefício da construção sustentável para a comunidade, explorando a matéria local de forma sustentável incentivando e fomentando o mercado madeireiro e da construção civil. 1.4.3 Prática Na vertente prática busca analisar os principais aspectos tecnológicos, econômicos e sustentáveis da madeira e sua implementação como principal material de construção através de um estudo de viabilidade. 2 METODOLOGIA 2.1 METODOLOGIA DA PESQUISA
de objetos que necessitam de propriedades mecânicas como rigidez e flexibilidade podendo ser manuseado para os mais diversos fins inclusive para elementos da construção civil. Apesar da sua grande disponibilidade e reprodução, se extraído de forma errada pode acarretar em perdas irreparáveis ao meio ambiente e sérios problemas para as mais diversas indústrias. O princípio do uso sustentável da madeira é explorar este material de forma benéfica ao meio ambiente e indústria, garantindo sua disponibilidade. Para isso existem diversas estratégias a serem adotadas que vão desde o manejo até a metodologia construtiva aplicada ao projeto sempre evitando o desperdício e melhorando o desempenho deste material. A implantação de medidas visando ao uso racional e sustentável do material madeira devem considerar desde a minoração dos impactos ambientais da exploração florestal centrada em poucos tipos de madeira, passam pelas medidas para diminuição de geração de resíduos e reciclagem dos mesmos, até a ampliação do ciclo de vida do material pela escolha correta do tipo de madeira e pelos procedimentos do seu condicionamento (secagem e preservação). (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, Madeira: uso sustentável na construção, 2003, p.13). 3.1 MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL Um dos principais sistemas de manejo florestal é o FSC – Forest Stewardship Council (Concelho de Manejo Florestal) além do Cerflor – Certificação Florestal do Immetro para a certificação da produção, e o Sisprof – Sistema Integrado de Monitoramento e Controle dos Recursos e Produtos Florestas do Ibama que emite o Selo de Origem Florestal - SOF, juntos estes sistemas auxiliam no processo do manejo sustentável. Segundo o manual Madeira: uso sustentável na construção, 80% da madeira produzida na Amazônia é dedicada ao consumo do mercado nacional e o estado de São Paulo é o maior consumidor de todo o país. A indústria que mais utiliza a madeira é o setor da construção civil e acredita-se que grande parte desta madeira é de origem ilegal. 3.1.1 Madeira de Origem Ilegal Trata-se da exploração não autorizada dos órgãos responsáveis pela certificação e fiscalização do manejo florestal. Muitas vezes esse método consiste em extração predatória de maneira devastadora ao meio ambiente causando a destruição de ecossistemas. Essa prática tem sido um grande problema para a indústria madeireira, por esses agentes ilegais
conseguirem comercializar produtos irregulares por menor preço do que os regularizados, e com a falta de preocupação dos produtores ilegais em promover a reposição ou mesmo um controle de espécies a serem exploradas acaba ocasionando a extinção de espécies, danos muitas vezes irreparáveis a biota. Segundo o portal da WWF Brasil ( 2019 ) as operações ilegais extrativistas possuem os seguintes aspectos: Licenças falsificadas; exploração indiscriminada de espécies valiosas; extração predatória; manejo em áreas proibidas inclusive em áreas de proteção ambiental permanente e terras indígenas. Os prejuízos a indústria legal da madeira são grandes uma vez que essa prática acaba esgotando as reservas naturas. Além da falta de competitividade a qualidade deste material ilegal é muitas vezes questionável. Apesar destas problemáticas, as instituições oferecem incentivos para a legalização e prática do manejo sustentável, é possível inclusive em alguns estados um plano de manejo gratuito como a exemplo do estado do Amazonas. 3 .1.2 Processo de Legalização da Madeira A madeira legal é o produto que está dentro dos critérios estabelecidos por lei que consistem na procedência do material regularizada por órgão fiscais, seu rastreamento que garante o conhecimento de toda a logística do material, desde a extração até o consumidor. No Brasil a extração da madeira pode ocorrer de duas formas, a primeira é através do manejo florestal e a segunda é a transformação de parte da floresta em áreas para a agricultura então nestas ocorrem as chamadas florestas plantadas, um dos grandes exemplos são as plantações do eucalipto. O código florestal brasileiro determina que apenas 20% da área da propriedade rural poderá ser desmatada dentro região chamada de Amazônia Legal, porém o mesmo não é válido para áreas de cerrado. Um dos principais documentos que validam uma madeira legal é o DOF que significa Documento de Origem Florestal. “É uma licença obrigatória para o controle do transporte e armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa inclusive o carvão vegetal nativo” (Portaria MMA nº 253/2006). No DOF constam informação sobre as espécies, quantidade de material, identificação do veículo transportador, onde o material foi extraído e qual o seu destino além do trajeto percorrido.
norte e sul, para definir o que é um manejo florestal ambientalmente adequado, socialmente benéfico e economicamente viável, e identificar ferramentas que promovam uma mudança positiva e duradoura nas florestas e nos povos que nela habitam. (PORTAL FSC BRASIL, 2019) No Brasil o FSC sem implantou em 2001 com a proposta de disseminar as boas práticas do manejo florestal, o concelho detém três tipos de certificados sendo eles o de manejo florestal, cadeia de custódia e madeira controlada, para isso são estabelecidos alguns critérios que estão descritos abaixo:
O Sysflor – Sistema de Certificação Florestal dispõe de dois modos, a certificação de manejo florestal para um empreendimento em áreas que detém o mesmo plano de manejo e para um grupo composto por vários produtores sendo uma certificação conjunta. 3. 1. 3 Processo de Manejo Florestal Sustentável O processo de manejo se inicia bem antes da extração das espécies, seu início parte de um interesse particular ou de um conjunto de pessoas, o próximo passo é obter um plano de manejo adequado para aquele local, este devidamente aprovado por órgãos ambientais seguindo os princípios de ser ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável. O manejo deve prever uma exploração de impacto reduzido, sendo assim, são catalogadas todas as árvores que serão extraídas, as reservadas para a próxima exploração e espécies protegidas por lei. O mapeamento da área é divido por hectare e definida a parte que será manejada anualmente. Manejo Florestal Sustentável é a administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não-madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços florestais (PORTAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2019). Seguindo a dinâmica natural das florestas, o manejo é realizado em partes, a partir de um ciclo que cada vez, esgotado o tempo ou a quantidade de espécies exploradas o processo é interrompido, no próximo período é novamente iniciado o processo em uma nova parte dentro do chamado plano operacional anual, em geral o plano divide a área total em 35 partes prevendo então a restituição das espécies em 35 anos tempo necessário para a reposição natural das árvores. Depois da catalogação conclui-se o chamado inventário, trata-se de um mapa para o controle de manejo, neste inventário consta os caminhos que podem ser trafegados por grandes veículos e outros que só podem ser utilizados por pessoas e pequenos equipamentos. Ainda na etapa de planejamento é gerado um código de identificação para cada arvore, esse código é inserido em cada espécime. Finalizada a primeira etapa é iniciada a extração cirúrgica de cada árvore, para isso são estabelecidos alguns critérios e técnicas cruciais no momento da extração. Ao chegar no local demarcado com os espécimes previamente listados para o manejo é feita a verificação da