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Neste trabalho acadêmico serão explicadas as ideias e argumentos usados por esses filósofos nesse período chamado de idade Média ou Medieval, filósofos como Santo Agostinho (354-430), Santo Anselmo (1033-1109) e São Tomás de Aquino (1225-1274) lançaram algumas ideias sobre a concepção filosófica de Deus nesse período e conseguiram impressionar; após esse período tivemos Blaise Pascal (1623-1662). Este trabalho terá o seu foco em Tomás de Aquino e Blaise Pascal, e em seus argumentos.
Tipologia: Trabalhos
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Entre os séculos VII e V a.C iniciou-se o questionamento de Xenófanes de Cólofon, nascido por volta de 570 a.C, sobre o politeísmo. Surgiram varias perguntas, e assim as religiões foram se desenvolvendo até o monoteísmo. Entre o século II e XV d.C. período de grandes influências cristãs e pensamentos, um tema muito abordado pelos filósofos foi o da Existência de Deus. Neste trabalho acadêmico serão explicadas as ideias e argumentos usados por esses filósofos nesse período chamado de idade Média ou Medieval, filósofos como Santo Agostinho (354-430), Santo Anselmo (1033-1109) e São Tomás de Aquino (1225-
A discussão filosófica da existência de Deus começou simultaneamente com Platão e Aristóteles, que formularam argumentos que hoje podem ser classificados como cosmológicos. Mais tarde, Epicuro formulou a proposição do mal: se Deus é todo-poderoso, onisciente e bondoso, por que o mal existe? Surgiu a partir daí tentativas para responder a esta pergunta. Outros argumentos a benefício da existência de Deus foram propostos por Anselmo, que formulou o primeiro argumento ontológico e Tomás de Aquino, que apresentou suas próprias versões do argumento cosmológico. Descartes que disse que a existência de um Deus bondoso era logicamente necessária, e Kant, que argumentou que a existência de Deus pode ser deduzida a partir da existência do bem. Tomás de Aquino (1225- 1 274) demarca o embate filosófico do raciocínio Tomista, que é abordado na suma teológica em que o enigma central da filosofia, é responder a tais questionamentos sobre Deus e o principal intuito, pois da Doutrina sagrada, é comunicar o conhecimento de Deus, não exclusivamente enquanto existente em si, mas como princípio e fim dos seres. Segundo a filosofia tomista, a própria estrutura do ser humano está a exigir que o seu conhecimento comece pelos sentidos, a partir deles eleva-se ao suprassensível, e até a própria divindade. Esta concepção do processo gnosiológico determina a posição tomista perante o problema de Deus. Desta forma segundo a filosofia Tomista, o caminho que leva o homem ao conhecimento de Deus deve passar pelas coisas sensíveis. Por isso os argumentos tomistas da existência de Deus vêm expostos, tanto na Summa Contra Gentios como na Summa Theologica. portanto, a argumentação da Suma contra os Gentios é mais aperfeiçoada e minuciosa. A suma teológica retoma a metafísica de Aristóteles, agora com Tomás de Aquino usando uma interpretação cristã, para fundamentar as provas da existência de Deus. Segundo Tomás de Aquino por cinco vias pode-se comprovar a existência de Deus. (AQUINO, 1980; JOLIVET, 1982). A posição tomista do problema de Deus parte de sua orientação aristotélica, ao investigar que o conhecimento divino principie pelos sentidos, por meio de uma construção racional e argumentativa até chegar a comprovação da existência de Deus; portanto, a partir de uma argumentação a posteriori de conhecimento divino. Desta forma Tomás de Aquino repudia toda a concepção a priori como o fez Agostinho e Anselmo, conforme descreve Etienne Gilson na obra História da Filosofia Cristã. Para Aquino é possível se demonstrar a natureza divina, pois a proposição “Deus existe” não é evidente; logo, ela precisa ser demonstrada. (GILSON e BOEHNER, 1970 ).
Quanto a aceitação ou não das cinco vias, depende da linha de pensamento, pois se ele é um crente em Deus acreditará com facilidades; porém, sendo um ateu, sua tendência natural é negar tal existência, pois no pensamento de um descrente Deus não existe, mas antes desta concepção ele desejou que Deus não existisse, e sob este ponto torna-se difícil a aceitação argumentativa de Aquino.
O matemático francês Blaise Pascal é conhecido também como filósofo pelo seu livro Pensamentos. Nesse livro, ele formula um argumento que combina matemática e teologia. O filósofo parte do princípio que não se pode provar a existência ou a inexistência de Deus, o que obriga o ser humano a fazer uma escolha: acreditar ou não acreditar em Deus. Esta escolha não precisa ser uma aposta no escuro, ela pode ser lógica. O argumento de Pascal estabelece que é melhor apostar na existência de Deus do que na tese oposta: se ganhar, ganha tudo; se perder, não perde nada ou perde muito pouco. Para entender a Aposta de Pascal, é preciso entender os antecedentes do argumento. Pascal morava em um momento de grande ceticismo. A filosofia medieval estava morta e a teologia medieval estava sendo ignorada ou zombada pelos novos intelectuais da revolução científica do século XVII. Montaigne, o grande ensaísta, foi o escritor mais popular da época. Os argumentos clássicos para a existência de Deus não eram mais popularmente acreditados. O que Pascal poderia dizer à mente cética daquele tempo? Suponha que uma mente típica careça tanto do dom da fé quanto da confiança na razão para provar a existência de Deus; poderia haver um poço da incredulidade à luz da crença? O matemático comprova a sua tese pelo seguinte raciocínio: [1] se você acredita em Deus e Ele existe, quando você morrer seu ganho é infinito, a saber, a vida eterna no paraíso; [2] já se você acredita em Deus e Ele não existe, quando você morrer sua perda é finita, a saber, o tempo de vida que perdeu acreditando numa quimera; [3] se você não acredita em Deus e Ele de fato não existe, quando você morrer seu ganho é finito, a saber, o tempo de vida que não perdeu acreditando numa quimera; [4] mas, se você não acredita em Deus e Ele existe, então quando você morrer sua perda é infinita, a saber, nada menos do que a danação
A oposição entre o melhor e o pior resultado da aposta – ganho infinito versus perda infinita – não deixa alternativa senão apostar que Deus existe. Deste modo, mesmo quem não
consegue acreditar deve agir como se acreditasse, por via das dúvidas. Com o tempo, é provável que a prática da fé leve à fé verdadeira. Na verdade, para o filósofo cristão o primeiro ganho da aposta se dá ainda em vida, com a conquista da fé verdadeira, única capaz de levar
A aposta de Pascal é um argumento do século XVII. Podemos dizer que se trata de um argumento forte por ser discutido até hoje, por ter sido pioneiro no campo da teoria das probabilidades, por marcar o primeiro uso formal da teoria da decisão e por fundar na prática o pragmatismo moderno.
TILLICH, Paul. História do pensamento cristão. Tradução de Jaci Maraschin. 4 ed. São Paulo: ASTE, 2007.