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Apostila de português, Notas de estudo de Fisioterapia

para os concurseiros de plantão uma ótima aopstila de português... Bom estudo ;P

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 26/08/2010

marcelle-prado-5
marcelle-prado-5 🇧🇷

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Apostila: Português para Concursos por Edvaldo Ferreira
Apostila de Português
Assunto:
PORTUGUÊS para
CONCURSO PÚBLICO
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Apostila: Português para Concursos – por Edvaldo Ferreira

Apostila de Português

Assunto:

PORTUGUÊS para

CONCURSO PÚBLICO

Apostila: Português para Concursos – por Edvaldo Ferreira

EDVALDO FERREIRA

ESTRUTURA SINTÁTICA

A ORAÇÃO

Todo enunciado que apresenta verbo é uma oração. Logo, o verbo é o núcleo de qualquer estrutura oracional. Por conseguinte, a análise sintática de uma oração exige que partamos do verbo. Ora os verbos apresentam complementos verbais, ora não apresentam complementos verbais. São complementos verbais: objeto direto e objeto indireto. O estudo dos complementos verbais é chamado de predicação verbal.

Os auditores analisaram os balancetes.

O exemplo acima é uma oração, pois foi empregado o verbo analisar. É a expressão de uma ação. Está flexionado no pretérito perfeito simples do modo indicativo. Contextualiza-se, portanto, a prática de uma ação, o tempo em que essa ação ocorreu, o agente da ação e o referente passivo à ação executada pelo sujeito agente.

O fiscal está apurando as denúncias.

Temos também uma oração. Trata-se do verbo apurar na forma composta. “ está ” é o seu auxiliar. E “ apurando ” é o verbo principal no gerúndio. Trata-se de uma locução verbal.

Os relatórios que foram analisados comprometem a candidatura de Luíza.

Cada verbo é uma oração. Temos acima duas orações. Os termos grifados constituem a primeira oração, com um verbo na forma simples. O termo em negrito constitui a segunda oração. Nesta, o verbo analisar está na forma composta, ou seja, verbo auxiliar + verbo principal no particípio. A oração em negrito integra o sujeito do verbo “comprometem”.

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  • A intransitividade se justifica pela ausência de complemento verbal. O prefixo “in” comunica a não transitividade verbal, isto é, o verbo não vai buscar complemento verbal. Intransitivo, portanto, é o verbo que não apresenta complemento verbal ( objeto direto e/ou objeto indireto ).

e) A polícia chegou ao morro. v.i. adjunto adverbial de lugar

f) Ela assiste em Olinda. v.i. adjunto adverbial de lugar

  • Os dois exemplos acima demonstram que, às vezes, a palavra verbal traz preposição. Todavia, esse conectivo prepositivo não constitui complemento verbal. A preposição “a” do verbo CHEGAR e a preposição “em” do verbo ASSISTIR ( no sentido de morar, residir ) proporcionam a composição de adjuntos adverbiais de lugar. É mister esclarecer que também é comum um verbo apresentar preposição para constituir adjuntos adverbiais. Com isso, podemos concluir que nem sempre a preposição vinda do verbo gera complemento verbal indireto. É como se o verbo chegasse à sua estabilidade com o apoio do adjunto adverbial.

A TRANSITIVIDADE VERBAL E A INTRANSITIVIDADE VERBAL EM ORAÇÕES

RELATIVAS

Após a visão básica de transitividade e intransitividade verbal, como aproveitar essa revisão de predicação verbal para aplicá-la em provas públicas? É comum solicitarem transitividade e intransitividade verbal em períodos compostos que tragam pronomes relativos. Toda oração que apresentar pronome relativo é subordinada adjetiva. Por conseguinte, essas orações também são chamadas de orações relativas. E, ao se usar uma oração relativa, é necessário observar se antes do pronome relativo o emprego de preposições é oportuno ou não à norma culta do idioma. Para tanto, basta estar atento na predicação do verbo que estiver integrando a oração subordinada adjetiva. Temos como pronomes relativos: QUE/ QUEM/ QUAL/ ONDE/ CUJO. Confira:

g) O livro de que necessito proporciona novos conhecimentos. que

***** O correto é “... de que necessito...” , pois quem necessita, necessita de algo. Como o verbo necessitar pede a preposição “de”, devemos deslocá-la para antes do pronome relativo “que”. Trata- se de pronome relativo, visto que esse conectivo está sendo usado, de fato, para substituir o substantivo empregado anteriormente. A função do pronome relativo é justamente substituir um termo empregado anteriormente ( geralmente um substantivo ou um outro pronome ). Sua função, portanto, é um recurso gramatical que evita a pobreza de vocabulário, ou seja, impede a repetição literal do termo utilizado anteriormente. No exemplo acima, se o concurso público exigir a função sintática do pronome relativo “que”, devemos afirmar ser objeto indireto, pois a preposição exigida pelo verbo NECESSITAR se desloca para sinalizar seu objeto indireto.

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h) O cargo o qual me referi traz conforto. ao qual

***** “O cargo ao qual me referi traz conforto” é a estrutura que atenda à norma culta da Língua. Assim, o pronome relativo “qual” exerce a função de objeto indireto, tendo a preposição “a” a função de materializar a transitividade indireta exigida pelo verbo pronominal REFERIR-SE.. Esse pronome “se” deve ser lido como pronome integrante ao verbo.

i) Os diretores a quem aludiram são corruptos. { correta a regência da oração relativa } Objeto indireto

PARTICULARIDADE DO PRONOME RELATIVO “ ONDE ”

É comum afirmarem que a diferença entre “onde” e “aonde” é que “onde” não indica movimento, e “aonde” indica movimento. Não é bem assim que devemos ler! O “a” aglutinado à forma “onde” é justamente a preposição. Então, se houver necessidade do emprego da preposição “a” na oração subordinada adjetiva, vinda da predicação verbal, que se desloque esse conectivo prepositivo para antes do pronome relativo “onde”. Em “ onde” , “a onde ”, “d onde ” e “por onde ” não há diferença. Nas quatro exposições temos o único emprego da forma ONDE: só que nas três últimas exposições existem preposições em uso explícito. Acompanhe os exemplos que seguem:

j) A casa onde irei é tranqüila. a onde

  • “... aonde irei...” é a forma correta, pois o verbo IR pede a preposição “a”, para constituir seu adjunto adverbial de lugar.

k) A casa a onde moro é tranqüila onde

*** Morar** não pede a preposição “a”. Assim, como poderia usar “aonde” no exemplo acima? A forma correta é “... onde moro...” Ressaltemos, inclusive, que podemos substituir “onde” por “em que”. Morar solicita a preposição “em”. Como a preposição “em” está inclusa no pronome relativo “onde”, reafirmamos que a substituição de “onde” por “em que” tem procedência.

l) A casa donde vim é tranqüila onde

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i) V j) F ( “ ... onde andei...) / ( “... por onde andei...”) * Ambas corretas ao lado.

VERBO DE LIGAÇÃO

Sua função é ligar o sujeito ao predicativo do sujeito, sem expressar ação. Geralmente o predicativo comunica uma “qualidade” ou um “estado” do sujeito. Os principais verbos de ligação são: SER / ESTAR / FICAR / PERMANECER / CONTINUAR / PARECER ... Todavia, é bom ressaltar que verbo de ligação exige o emprego do sujeito e do predicativo do sujeito, sem expressar ação verbal. Se não houver sujeito ou predicativo do sujeito, o verbo passa a ser intransitivo. CUIDADO: Não é o verbo de ligação que expressa “estado”ou “qualidade”. Tais idéias surgem do predicativo.

a) Sílvia está animada. b) Gustavo está animado

c) Tânia continua ansiosa. d) Lula está apreensivo.

e) Marieta ficou doente. f) As crianças ficaram doentes.

  • Os verbos destacados acima são de ligação. Há sujeito e predicativo empregados nas estruturas frasais. Os predicativos são os núcleos de cada predicado, caracterizando o predicado nominal. Portanto, quem configura o predicado nominal é o predicativo. Cabe apenas aos verbos em uso a função de ligar o sujeito ao estado ou à qualidade atribuídos. Todavia, existem predicativos que não expressam qualidade ou estado.

g) As crianças ficaram na sala. h) Mônica trabalhou preocupada.

i) Paulo está no quarto. j) São seis horas.

l) É noite. m) Hoje é 25 de junho de 2002.

  • Em “As crianças ficaram na sala”, o verbo não é de ligação. Não existe predicativo, embora haja sujeito. Assim, o verbo FICAR passa a ser intransitivo.
  • Em “Mônica trabalhou preocupada”, embora haja predicativo e sujeito, o verbo TRABALHAR não é de ligação, pois expressa ação. E o verbo de ligação não pode expressar ação. O predicativo do sujeito pode ser empregado com verbos intransitivos e transitivos. Só não haverá predicativo do sujeito se o verbo na frase for impessoal, ou seja, se a oração apresentar sujeito inexistente. Temos, portanto, “Mônica” sendo sujeito; “trabalhou” como verbo intransitivo e “preocupada” sendo predicativo do sujeito.
  • Em “ Paulo está no quarto”, o verbo é intransitivo. O adjunto adverbial “no quarto” auxilia a intransitividade verbal. Como poderia ser de ligação o verbo da oração, se não existe predicativo? Assim como o verbo ASSISTIR ( no sentido de morar, residir ) pede a preposição “em” para constituir seu adjunto adverbial, o verbo ESTAR alcança sua intransitividade.

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DICA: Os comuns verbos de ligação, quando perdem essa propriedade natural, passam a ser intransitivos.

  • O verbo SER ao indicar tempo/hora é impessoal. Sendo impessoal, perdem a identidade de verbo de ligação. Adquirem a intransitividade verbal, mantendo relação com seu adjunto adverbial de tempo. “Seis horas”, “noite” e “hoje” / “25 de junho de 2002 são adjuntos adverbiais de tempo.

EXERC ÍCIO DIDÁTICO

  1. Classifique, quanto à predicação, os verbos das orações de 1 a 12:
    1. “A dissonância será bela.
    2. “ Eu vejo um novo começo de era.”
    3. “Hoje o tempo voa, amor.”
    4. A noite oferece todos os sonhos aos jovens.
    5. A natureza estava tão triste.
    6. “ O bicho estava perto.”
    7. “O tempo trouxe a sua ação benéfica ao meu coração.”
    8. “... pensei no seminário...”
    9. “Ouvimos passos no corredor...”
    10. Todos viviam muito cansados naquela época.
    11. “Vivo à margem da vida.”
    12. Mandei recado a sua mãe agora mesmo.

Gabarito : 01. VL / 02. VTD / 03. VI / 04. VTDI / 05. VL / 06. VI / 07. VTDI / 08. VTI / 09. VTD / 10. VL 11. VI / 12. VTDI

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h) Preciso de orientações que assegurem sólidos resultados.

Nota: Toda oração que apresentar pronome relativo é subordinada adjetiva. Exerce a função de adjunto adnominal. Veremos que os adjuntos adnominais estão sempre contidos em um outro termo sintático. Assim sendo, a oração relativa em negrito acima é adjunto adnominal oracional do núcleo do objeto indireto do verbo PRECISAR. Todas as vezes que empregarem uma oração relativa, ela será subconjunto do termo sintático que apresenta o substantivo ou pronome absorvido pelo pronome relativo. Digamos que seja uma maneira regular de “elastecer” o termo sintático anteposto ao pronome relativo acima. Então, o objeto indireto do verbo PRECISAR é “ de orientações que assegurem sólidos resultados” , sendo “orientações” o núcleo do objeto indireto, e “que assegurem sólidos resultados” é o adjunto adnominal oracional do núcleo do objeto indireto.

i) Os fiscais a quem confiaram as investigações solicitaram mais documentos.

  • Todo o termo grifado é o sujeito do verbo SOLICITAR, sendo “fiscais” o núcleo do sujeito e, de fato, “os” e “a quem confiaram as investigações” adjuntos adnominais. Trata-se de um adjunto adnominal não oracional e um adjunto adnominal oracional, respectivamente. A oração relativa em negrito é restritiva, mas se fosse explicativa exigiria vírgulas ou travessões após “fiscais” e antes de “solicitaram”. Essa pontuação à qual fazemos alusão hipoteticamente acarretaria em mudança de sentido e, por conseguinte, não deveria ser lida como pontuação facultativa.

j) Obedeço às normas que disciplinam o exercício dos bons costumes.

  • “... normas ...” = núcleo do objeto indireto. “... que disciplinam o exercício dos bons costumes .” = oração subordinada adjetiva. Logo, adjunto adnominal do núcleo do objeto indireto. “... às normas que disciplinam o exercício dos bons costumes .” é todo o objeto indireto do verbo OBEDECER.

k) Nas repartições públicas onde Silveira e Antunes trabalham , de fato, há crimes.

  • Sendo “Nas repartições públicas” um termo que indica lugar, temo-lo como adjunto adverbial de lugar. Porém, ao se perceber o emprego do pronome relativo “onde”, faz-se necessário estender a leitura do adjunto adverbial de lugar até a palavra “trabalham”, pois a oração subordinada adjetiva está contida no adjunto adverbial, uma vez que exerce a função de adjunto adnominal oracional. Como o adjunto adnominal sempre está integrado a um outro termo sintático, o adjunto adverbial é definitivamente “Nas repartições públicas onde Silveira e Antunes trabalham”.

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OS PRONOMES PESSOAIS E A FUNÇÃO DE OBJETO DIRETO E INDIRETO

Pronomes Pessoais são conectivos usados para substituírem substantivos. Em exames públicos é comum o emprego acentuado de pronomes em textos. O uso de pronomes possibilita questões de semântica, de emprego e de colocação pronominal. Vejamos:

Leia o texto que segue para responder às questões 01 e 02/

A rotina e a quimera

Sempre se falou mal de funcionários, inclusive d os que passam a hora do expediente escrevinhando literatura. Não sei se esse tipo de burocrata-escritor existe ainda. A racionalização do serviço público, ou o esforço por essa racionalização, trouxe modificações sensíveis ao ambiente de nossas repartições, e é de crer que as vocações literárias manifestadas à sombra de processos se hajam ressentido desses novos métodos de trabalho. Sem embargo, não se terão estiolado de todo, tão forte é, no escritor, a necessidade de exprimir- se , dentro da rotina que lhe é imposta. Se não escrever no espaço de tempo destinado à produção de ofícios, escreverá na hora do sono ou da comida, escreverá debaixo do chuveiro, na fila, ao sol, escreverá até sem papel – no interior do próprio cérebro, como os poetas prisioneiros da última guerra, que voltaram ao soneto como uma forma que por si mesma se grava na memória. E por que se maldizia tanto o literato-funcionário? Porque desperdiçava os minutos do seu dia, reservado aos interesses da Nação, no trato de quimeras pessoais. A Nação pagava- lhe para estudar papéis obscuros e emaranhados, ordenar casos difíceis, promover medidas úteis, ouvir com benignidade as “partes”. Em vez d isso , nosso poeta afinava a lira, nosso romancista convocava suas personagens, e toca a povoar o papel da repartição com palavras, figuras e abstrações que em nada adiantam à sorte do público. É bem verdade que esse público, logo em seguida, ia consolar- se de suas penas na trova do poeta ou no mundo imaginado pelo ficcionista. Mas, sem gratidão especial ao autor, ou talvez separando n este o artista do rond-de-cuir, para estimar o primeiro sem reabilitar o segundo. O certo é que um e outro são inseparáveis, ou antes, este determina aquele. O emprego do Estado concede com que viver, de ordinário sem folga, e essa é condição ideal para bom número de espíritos: certa mediania que elimina os cuidados imediatos, porém não abre perspectiva de ócio absoluto. O indivíduo tem apenas a calma necessária para refletir na mediocridade de uma vida que não conhece a fome nem o fausto; sente o peso dos regulamentos, que lhe compete observar ou fazer observar; o papel barra- lhe a vista dos objetos naturais, como uma cortina parda. É então que intervém a imaginação criadora, para fazer d esse papel precisamente o veículo de fuga, sorte de tapete mágico, em que o funcionário embarca, arrebatando consigo a doce ou amarga invenção, que irá maravilhar outros indivíduos, igualmente prisioneiros de outras rotinas, por este vasto mundo de obrigações não escolhidas. (...)

Carlos Drummond de Andrade. Passeios na ilha. In: Poesia completa e prosa Rio de Janeiro: José Aguilar, 1973, p. 841.

pronomes oblíquos o / a / os / as / me / te / se / nos / vos podem funcionar como objeto direto. Porém, o pronome “lhe(s)” funciona como objeto indireto. Os pronomes em negrito s também podem exercer a função de objeto indireto, dependendo da regência do verbo.

a) Encontrei- as ao passar pela esquina. [ objeto direto ]

b) Vi- os preocupados. [ objeto direto ]

c) Não lhe disseram a verdade. [ objeto indireto ]

d) Obedeço- te. [ objeto indireto ]

e) Vi- te. [ objeto direto ]

f) Deu- se ares de imponente. [ objeto indireto ]

g) Ele feriu- se. [ objeto direto ]

h) Vi o rapaz que saiu cedo. [ Vi- o ] * O pronome em negrito no colchete representa o termo grifado.

i) Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci- o ao amigo ]

j) Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci- lhe o livro ]

k) Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci- lho ] * O pronome em negrito representa os termos grifados

OBJETO DIRETO INTERNO

Denominação dada ao complemento representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo ou apresenta a mesma característica significativa:

a) Morreu morte natural.

  • A espontaneidade do verbo MORRER é ser intransitiva. Todavia, por termos empregado o substantivo “morte” – que traz a idéia já contida na palavra verbal – o verbo MORRER deixa de ser intransitivo e, de fato, passa a ser transitivo direto. Todas as vezes que um verbo intransitivo apresentar um substantivo que expresse a idéia que o próprio verbo já comunique, não teremos mais uma intransitividade, mas uma transitividade direta, constituindo um pleonasmo na estrutura sintática do período.

b) Dormiu o sono dos justos e corajosos.

c) Chorava lágrimas de felicidade.

d) Ventava o vento da morte.

OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICOS

É a dupla ocorrência da função sintática dos complementos verbais na mesma oração, a fim de enfatizar o significado do termo em referência.

a) As crianças , amo- as bastante.

  • O segundo termo em negrito é o pleonasmo. Temos um objeto direto pleonástico, pois o pronome oblíquo representa “As crianças” – que já exerce a função de objeto direto. O pleonasmo é usado para destacar o objeto direto que o emissor usara.

b) Ao pobre , não lhe devo.

c) Ao comerciante , paguei- lhe a dívida.

d) Ao diretor a quem me referi, à semana passada, dei- lhe as devidas atenções.

COMPLEMENTO NOMINAL

Completa advérbio, predicativo, substantivos vindos de verbos transitivos indiretos, substantivos vindos de verbos transitivos diretos ( desde que apresentem valor passivo), substantivos abstratos.

a) Não às determinações inflexíveis. Complemento nominal [ completa advérbio ]

b) Ela é fiel a seus pais. Compl. nominal [ completa o predicativo do sujeito ]

c) Sou-lhe grato. [ O sujeito está implícito; “grato” é o predicativo do sujeito implícito; o pronome grifado complementa o predicativo. Logo, “lhe” é complemento nominal por completar o predicativo do sujeito. Como o predicativo do sujeito está constituído por um adjetivo, podemos argumentar morfologicamente, dizendo que o pronome grifado é complemento nominal por complementar um adjetivo ].

d) A necessidade de orientações. [ complemento nominal ]

e) Necessitar de orientações [ complemento verbal / objeto indireto ]

VOZES VERBAIS E O AGENTE DA PASSIVA

a) voz ativa = sujeito pratica a ação b) voz passiva = sujeito sofre a ação c) voz reflexiva = sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo d) voz recíproca = há correspondência de ações verbais

Exs.:

  1. Eu reconheci os criminosos. [ voz ativa ]
    1. Os criminosos foram reconhecidos por mim. [ voz passiva analítica ]
    2. Reconheceram-se os criminosos. [ voz passiva sintética ]
  2. Paulo feriu-se. [ voz reflexiva ]
    1. Lourdes e Gustavo se amam. [ voz recíproca ]

Obs.: A voz passiva pode ser sintética e analítica. Havendo pronome apassivador, temos a voz passiva sintética ( v.t.d. + se / v.t.d.i + se ). Já a voz passiva analítica não apresenta partícula apassivadora.

  1. Comunicaram os fatos ao diretor. [ voz ativa ]
  2. Comunicaram-se os fatos ao diretor. [ voz passiva sintética ]
    1. Os fatos foram comunicados ao diretor. [ voz passiva analítica ]
  3. O que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro.
  • Todas as vezes que encontrarmos “o” antes do conectivo “que”, podendo substituir “o” por “aquele” ou “aquilo” , “o” é pronome demonstrativo e “que” é pronome relativo. No exemplo acima, “o” é pronome demonstrativo, pois podemos substituí-lo por “aquilo”. Sendo “que” pronome relativo, temos o início da oração subordinada adjetiva, visto que toda oração subordinada adjetiva é iniciada por pronome relativo. Trata-se a oração grifada acima de uma oração subordinada adjetiva restritiva. Sua voz verbal é passiva sintética ( verbo transitivo direto acompanhado da partícula apassiva “se” ). Já a oração principal “O ... é um poço sem fim, o mal em estado puro” não apresenta voz verbal, pois temos verbo de ligação em sua estrutura. Como teríamos voz verbal se verbo de ligação não expressa ação? TESTE:

01. Tendo por parâmetro o texto original, julgue o período reescrito quanto à manutenção de sentido na nova versão.

Texto original: A racionalização do serviço público, ou o esforço por essa racionalização trouxe modificações sensíveis ao ambiente de nossas repartições.

Versão: Modificações sensíveis ao ambiente de nossas repartições foram trazidas pela racionalização do serviço público, ou pelo esforço por essa racionalização.

  • No texto original temos o emprego da voz ativa; na versão se empregou a voz passiva analítica. Verifica-se que o sujeito da ativa ( “ A racionalização do serviço público, ou o esforço por essa racionalização ) passou a ser agente da passiva, e o objeto direto da ativa ( “ modificações sensíveis ” ) passou a ser sujeito da passiva. Com isso, não há na versão mudança de sentido e não existe na transformação da ativa para a passiva impropriedade gramatical. É comum em provas públicas eles exigirem o tópico SEMÂNTICA, mudando um determinado fragmento do texto de ativa para passiva ou de passiva para ativa. 02. Em “ O volume de contrabando que está ingressando no país...” está na voz ativa. Passando para a voz passiva, não haverá mudança de sentido. V - F
  • Falso. Não se passa para a passiva estrutura oracional ativa que não apresenta objeto direto. Só podemos passar uma oração na voz ativa para a voz passiva, se houver objeto direto, pois todo objeto direto tem valor passivo. Passar para a passiva nunca acarreta mudança de sentido. Todavia, tem-se como falso o julgamento da proposição, pois não se pode passar para a passiva a estrutura oracional. Trata-se o termo grifado ( “ está ingressando ”) de uma locução verbal intransitiva, sendo “ no país ” o adjunto adverbial de lugar. 03. Quanto à correção da substituição do fragmento sublinhado por pronome, apresentada no trecho em negrito, julgue os seguintes itens.

1 - 1 “A racionalização do serviço público (...) trouxe modificações sensíveis ao ambiente de nossas repartições” / A racionalização do serviço público (...) trouxe-lhas. [V – F ]

*** Verdadeiro. Todo o termo grifado representa o objeto direto e o objeto indireto do verbo trazer. Ora, sendo “modificações” o núcleo do objeto direto e “ambiente” o núcleo do objeto indireto, temos a contração do pronome “lhe” ( pronome que representa o objeto indireto ) com o pronome “as” ( pronome que representa o objeto direto ).**

APOSTO

Sua finalidade é explicar, identificar, esclarecer, especificar, comentar ou simplesmente apontar algo, alguém ou um fato.

APOSTO EXPLICATIVO:

Sônia, a tia de meu tio, viajou.

Marília e Dirceu, os noivos da Inconfidência, eram Maria Dorotéia e Tomás Antônio Gonzaga.

APOSTO ENUMERATIVO:

Víamos somente três coisas: vales, montanhas, campinas.

APOSTO RESUMITIVO:

Os pais, os avós, os tios, todos, foram a Portugal.

Amor, dinheiro, fama, tudo, passam.

APOSTO COMPARATIVO:

Meu coração, uma nau ao vento, está sem rumo.

APOSTO ESPECIFICATIVO:

O poeta Manuel Bandeira proporcionou inovações literárias a nós.

O rio Beberibe está sujo.

O Estados Unidos é um mau exemplo.

APOSTO DISTRIBUTIVO:

Separe duas folhas: uma para o texto e a outra para as perguntas.

APOSTO ORACIONAL:

Gritou a verdade a todos: que Lourdes é a criminosa.

ADJUNTO ADNOMINAL ( perto, perto, perto do substantivo )

Termo que mantém relação com o substantivo. O substantivo é a classe gramatical que tem precedência em relação às demais palavras, pois é quem dá nome aos seres. Assim sendo, as demais classes gramaticais estão subordinadas ao substantivo. Geralmente exercem a função de adjunto adnominal o adjetivo , o numera l, o pronome e o artigo.

a) Os simpáticos rapazes voltaram do clube.

Sujeito : “Os simpáticos rapazes” Núcleo do sujeito : “rapazes” Adjuntos adnominais do sujeito : “Os” , “simpáticos”

Adjunto adverbial : “do clube” Núcleo do adjunto adverbial : “clube” Adjunto adnominal do núcleo do adjunto adverbial : o artigo “o” que está aglutinado com a preposição “de”

b) Todo sábado, estudamos alguns tópicos, caro amigo.

Adjunto adverbial de tempo : “Todo sábado” Núcleo do adjunto adverbial de tempo : “sábado” Adjunto adnominal do núcleo do adjunto adverbial de tempo : “Todo”

Objeto direto do verbo “estudamos ”: “alguns tópicos” Núcleo do objeto direto : “tópicos” Adjunto adnominal do núcleo do objeto direto : “alguns”

Vocativo : “caro amigo” Núcleo do vocativo : “amigo” Adjunto adnominal do núcleo do vocativo : “caro” c) A pessoa que estuda vence expressivas fronteiras.

Sujeito : “A pessoa que estuda” Núcleo do sujeito : “pessoa” Adjuntos adnominais do núcleo do sujeito : “A” e “que estuda” ( trata-se de uma oração subordinada adjetiva. Como toda oração subordinada adjetiva exerce a função de adjunto adnominal, temos um adjunto adnominal oracional restritivo, sendo