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APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO I, Provas de Desenho

Para tanto, é necessário conhecer as normas técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da geometria descritiva. 1.7. EXERCÍCIOS. 1). O ...

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Cunha10
Cunha10 🇧🇷

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CURSO: __________________________________
PROFESSOR: Márcio Fontana Catapan, Dr. Eng.
ALUNO: ___________________________________________________________
CURITIBA / 2017
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AAPPOOSSTTIILLAA^ DDEE^ DDEESSEENNHHOO^ TTÉÉCCNNIICCOO^ II

CURSO : __________________________________

PROFESSOR : Márcio Fontana Catapan, Dr. Eng.

ALUNO : ___________________________________________________________

CURITIBA / 2017

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio do desenho técnico é tão importante quanto à execução de uma tarefa, pois é o desenho que fornece todas as informações precisas e necessárias para a construção de uma peça.

Visando abordar a maioria dos assuntos relativos ao desenho técnico de forma sucinta, porém completa em um curso de 80 horas, esta apostila foi elaborada. A experiência de mais de 15 anos nesta área, capacitou o professor a construir um material que propiciasse tal dinâmica de aprendizagem.

Para isto, esta primeira apostila foi dividida no conteúdo de introdução ao Desenho Técnico e Desenho à mão livre, onde abordará os conceitos básicos para o seu entendimento.

Na primeira parte, dentro do escopo do curso e respeitando as limitações de tempo disponível para o ensino de desenho técnico dento de um curso de Engenharia Mecânica, praticamente todos os conhecimentos básicos necessários para a realização de um desenho serão abordados.

Na segunda parte/apostila, os conhecimentos adquiridos na primeira são aplicados para a realização de desenhos bidimensionais e com instrumentos. Essa parte consiste basicamente no aprendizado do uso de instrumentos para aplicação dos conhecimentos de desenho técnico da primeira parte do curso.

A terceira parte, que constituirá o segundo semestre, será utilizado um Software de CAD.

Se você trabalhar com dedicação, conseguirá atingir todos os objetivos propostos em ambas as partes.

Bom trabalho!

Prof. Márcio Catapan

4 Desenho Industrial – tradução da expressão inglesa industrial design – significa tradicionalmente o desenho, o projeto de objetos ou de sistemas de objetos industrializados normalmente fruídos na existência cotidiana, no lar, no trabalho, no lazer: do relógio de pulso, aos talheres, da bicicleta ao automóvel, do trem ao avião, dos eletrodomésticos aos instrumentos de escritório, dos móveis aos barcos, das ferramentas manuais à máquinas operatrizes. Todos esses objetos estão fundamentados num momento projetivo – de desenho criador – e num momento iterativo – de produção em série e mecanizada.

Assim, Desenho Técnico Mecânico é o projeto da forma de objetos destinados à

fabricação de objetos em série. O Projetista Mecânico(Mechanical Designer) é responsável

pela forma dos produtos da sua empresa e sociedade; por isso deve considerar no seu trabalho a complexidade de relações entre produto, máquinas/equipamentos e ambiente, produto e usuário, isto é, fatores tecnológicos, econômicos, sociais e culturais do ambiente.

1.2. CONCEITO

O que é Desenho Técnico?

O desenho técnico, como citado anteriormente, é uma linguagem gráfica utilizada na indústria. Para que esta linguagem seja entendida no mundo inteiro, existe uma série de regras internacionais que compõem as normas gerais de desenho técnico, cuja regulamentação no Brasil é feita pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

É derivado da Geometria descritiva, que é a ciência que tem por objetivo representar no plano (folha de desenho, quadro, etc.) os objetos tridimensionais, permitindo desta forma a resolução de infinitos problemas envolvendo qualquer tipo de poliedro, no plano do papel.

O desenho técnico é um desenho operativo, ou seja, após sua confecção segue-se uma operação de fabricação e/ou montagem. Desta forma, para fabricarmos ou montarmos qualquer tipo de equipamento ou construção civil, em todas as áreas da indústria, sempre precisaremos de um desenho técnico.

1.3. FINALIDADE

Ao iniciar o estudo de Desenho Técnico, você está empreendendo uma experiência educacional gratificante que terá real valor em sua futura profissão. Quando você tiver se tornado perito nesse estudo, terá a seu dispor um método de comunicação usado em todas as áreas da indústria técnica, uma linguagem sem igual para a descrição acurada de objetos sólidos.

O desenho técnico é um dos mais importantes ramos de estudo em uma escola técnica, porque é à base de todos os projetos e subseqüentes fabricações. Todo estudante técnico deve saber fazer e ler desenhos. O desenho é essencial em todos os tipos de

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engenharia prática, e deve ser compreendido por aqueles relacionados com, ou interessados na indústria técnica. Todos os projetos e instruções para fabricação são preparados por desenhistas, escritores profissionais da linguagem, mas mesmo alguém que nunca tenha feito projetos deve ser capaz de lê-los e entendê-los, ou será, profissionalmente, um leigo.

A nossa finalidade é estudar a linguagem do desenho técnico, de tal maneira que se possa escrevê-la, de uma maneira clara, a alguém que, familiarizado com este assunto, possa lê-la prontamente quando escrita por outro alguém para tanto, é preciso conhecer sua teoria e composição básica e ficar a par das abreviaturas e convenções adotadas.

A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das formas do mundo material e, portanto, tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas.

Essa representação de formas constitui o campo do chamado “desenho projetivo”; o Desenho Técnico também abrange a representação gráfica de cálculos, leis e dados estatísticos, por meio de diagramas, ábacos, e nomogramas, que pertencem ao campo do “desenho não projetivo”.

Por serem seus princípios fundamentalmente os mesmos em todo o mundo, alguém treinado nestas práticas em uma nação pode prontamente adaptar-se às de uma outra nação qualquer.

Esta linguagem é completamente gráfica e escrita, e é interpretada pela aquisição de um conhecimento visual do objeto representado. O êxito de um aluno nesta matéria será indicado não somente pela sua habilidade na execução, mas também pela sua capacidade de interpretar linhas e símbolos e visualizá-los claramente no espaço.

1.4. IMPORTÂNCIA

O Desenho Técnico constitui-se no único meio conciso, exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos; daí a sua importância na tecnologia, face à notória dificuldade da linguagem escrita ao tentar a descrição da forma, apesar a riqueza de outras informações que essa linguagem possa veicular.

Diante da complexidade dos problemas relativos aos projetos de Engenharia e Arquitetura, poderia parecer excessiva a importância atribuída à forma e à sua representação. Ocorre que a forma não é um acessório nos problemas de tecnologia, mas faz parte intrínseca dos mesmos.

O Desenho Técnico, ao permitir o tratamento e a elaboração da forma de modo fácil econômico, participa decisivamente das três fases da solução daqueles problemas.

Essas três fases são: 1 º^ - A busca de conceitos e idéias que pareçam contribuir para a solução. 2 º^ - O exame e análise crítica desses conceitos, quando alguns são escolhidos e outros rejeitados.

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a peça. Quando o profissional consegue ler e interpretar corretamente o desenho técnico, ele é capaz de imaginar exatamente como será a peça, antes mesmo de executá-la. Para tanto, é necessário conhecer as normas técnicas em que o desenho se baseia e os princípios de representação da geometria descritiva.

1.7. EXERCÍCIOS

1) O que é Desenho Técnico?

2) Qual é a finalidade do Desenho Técnico?

3) Qual é a importância do Desenho Técnico?

4) Quais são as modalidades de execução de Desenho Técnico?

2. NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO – ABNT/DIN

2.1. ENTIDADES NORMALIZADORAS

A seguir temos uma lista das principais entidades de normalização:

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American Society of Mechanical Engeering)

ASTM - Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society for Testing and Materials)

BS – Normas Britânicas (British Standards)

DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für Normung)

ISO – Organização Internacional para Normalização (International Organization for Standardization)

JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards)

SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva ( Society of Automotive Engeering)

2.2. PRINCIPAIS NORMAS

NBR 10067 – princípios gerais de representação em desenho técnico. A NBR 10067 (ABNT, 1995) fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. Normaliza o método de projeção ortográfica, que pode ser no 1º diedro ou no 3º diedro, a denominação das vistas, a escolha das vistas, vistas especiais, cortes e seções, e generalidades.

NBR 10068 – Folha de desenho Lay-out e dimensões – objetiva padronizar as dimensões das folhas na execução de desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens e legenda.

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NBR 10582 – apresentação da folha para desenho técnico – normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho , etc..

NBR 13142 – desenho técnico – dobramento de cópias. Fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho para facilitar a fixação em pastas.

NBR 8402 – execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos.

NBR 8403 – aplicação de linhas em desenhos – tipos de linhas – larguras das linhas

NBR 8196 – desenho técnico – emprego de escalas

NBR 12298 – representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico

NBR10126 – cotagem em desenho técnico

NBR 8404 – indicação do estado de superfície em desenhos técnicos

NBR 6158 – sistema de tolerâncias e ajustes

NBR 8993 – representação convencional de partes roscadas em desenho técnico

NBR 6402 – Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas metálicas

2.3. FORMATOS PADRÕES DE FOLHAS

2.3.1. TAMANHOS DE FOLHAS PADRONIZADAS PELA ISO

O primeiro tamanho é o formato A0 com dimensões de 841 X 1189 mm, equivalente a 1 m2 de área, sendo que os demais formatos originam-se da bipartição sucessiva deste, conforme figura abaixo.

10 2.3.3. LAYOUT DA FOLHA

2.3.3.1. Espaço para desenho:

  • Os desenhos são dispostos na ordem horizontal ou vertical.
  • A vista principal é inserida acima e à esquerda, na área para desenho.

2.3.3.2. Espaço para texto:

  • Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocadas no espaço para texto.
  • O espaço para texto é colocado à direita ou na margem inferior do padrão de desenho.
  • Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior, a altura varia conforme a natureza do serviço.
  • A largura do espaço de texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm.
  • O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de forma que possível, leve em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho, conforme padrão A4.
  • As seguintes informações devem conter no espaço para texto: explanação (identificação dos símbolos empregados no desenho), instrução (informações necessárias à execução do desenho), referência a outros desenhos ou documentos que se façam necessários, tábua de revisão (histórico da elaboração do desenho com identificação/assinatura do responsável pela revisão, data, etc).

2.3.3.3. Legendas: A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A0, A1, A2, A3, ou ao longo da largura da folha de desenho no formato A4. As legendas nos desenhos industriais as informações na legenda podem ser diferentes de uma empresa para outra, em função das necessidades de cada uma. Este é o espaço destinado à informações complementares ao desenho como: identificação, número de registro, título, origem,

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escala, datas, assinaturas de execução, verificação e aprovação, número de peças, quantidades, denominação, material e dimensão em bruto, etc...

Toda folha de desenho deve possuir no canto inferior direito um quadro destinado à legenda. Este quadro deve conter o título do projeto/desenho, nome da empresa, escalas, unidades em que são expressas as informações, número da folha (caso o projeto tenha mais de uma folha), e outras informações necessárias para sua interpretação.

Título: Data:^ Discipl 2NAina/Turma:^ Escala:^ Unidade: Aluno(a): Disciplina/Turma:

2NA UP^ 1/

Figura – Exemplo de legenda

Acima da legenda é construído o quadro de especificações (ou NOTAS), contendo quantidade, denominação do objeto, material, acabamento superficial, entre outros que se julgar necessário.

A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A2, A3 e A4, e 175 mm nos formatos A0 e A1.

2.3.3.4. Dobragem de Folhas: Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma recomendada de dobragem. Esta forma visa que o desenho seja armazenado em uma pasta, que possa ser consultada com facilidade sem necessidade de retirá-la da pasta, e que a legenda estaja visível com o desenho dobrado.

As ilustrações a seguir mostram a ordem das dobras. Primeiro dobra-se na horizontal (em “sanfona”), depois na vertical (para trás), terminando a dobra com a parte da legenda na frente. A dobra no canto superior esquerdo é para evitar de furar a folha na dobra traseira, possibilitando desdobrar o desenho sem retirar do arquivo.

EE EM MMP PPR RRE EE SSSA AA XXX

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letras. A pressão deve ser firme, mas não deve criar sulcos no papel. Segundo Silva (1987) a distância da ponta do lápis até os dedos deve ser 1/3 do comprimento do lápis, aproximadamente.

Na execução das letras e algarismos podem ser usadas pautas traçadas levemente, com lápis H bem apontado ou lapiseira 0,3mm com grafite H. Estas pautas são constituídas de quatro linhas conforme Figura 12. As distâncias entre estas linhas e entre as letras são apresentadas na Figura 13 e tabela 04 a seguir.

Exemplo de pautas para escrita em Desenho Técnico

Características da forma de escrita Fonte: NBR 8402 (ABNT, 1994)

Tabela – Proporções e dimensões de símbolos gráficos NBR 8402 (ABNT, 1994) Características Relação Dimensões (mm) Altura das Letras Maiúsculas - h (10/10)h 2,5 3,5 5 7 10 14 20 Altura das Letras Minúsculas - c (7/10)h - 2,5 3,5 5 7 10 14 Distância Mínima entre Caracteres - a (2/10)h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4 Distância Mínima entre Linhas de Base - b (14/10)h 3,5 5 7 10 14 20 28 Distância Mínima entre Palavras - e (6/10)h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12 Largura da Linha – d (1/10)h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

A escrita pode ser vertical ou inclinada, em um ângulo de 15º para a direita em relação à vertical.

Caligrafia Técnica

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Forma da escrita vertical Fonte: NBR 8402 (ABNT, 1994)

Figura – Forma da escrita inclinada Fonte: NBR 8402 (ABNT, 1994)

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LINHA DENOMINAÇÃO APLICAÇÃO GERAL

Contínua larga A1 Contornos Visíveis A2 Arestas Visíveis

Contínua estreita

B1 Linhas de interseção imaginárias B2 Linhas de cotas B3 Linhas auxiliares B4 Linhas de chamada B5 Hachuras B6 Contornos de seções rebatidas na própria vista B7 Linhas de centro curtas Contínua estreita a mão livre (1)

Contínua estreita em zigue-zague (1)

C1 Limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas se os limites não coincidir com linhas traço ponto

D1 Esta linha destina-se a desenho confeccionados por máquinas

Tracejada larga (1)

Tracejada estreita (1)

E1 Contornos não visíveis E2 Arestas não visíveis

F1 Contornos não visíveis F2 Arestas não visíveis GG G (^) Traço e ponto estreita (1)

G1 Linhas de centro G2 Linhas de simetrias G3 Trajetória Traço e ponto estreito, larga nas extremidades e na mudança de direção

H1 Planos de corte

Traço e ponto larga

J1 Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial

K

Traço e dois pontos estreita

K1 Contornos de peças adjacentes K2 Posição limite de peças móveis K3 Linhas de centro de gravidade K4 Cantos antes de formação K5 Detalhes situados antes do plano do corte

1. Se existem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.

17 Em muitas situações, ocorrem cruzamentos de linhas visíveis com invisíveis ou com linhas de eixo. Nestas situações, a representação pode ser tornada clara utilizando-se algumas convenções que, embora não normalizadas, podem ser bastante úteis, em particular para a realização e compreensão de esboços. Algumas destas convenções estão normalizadas pela ISO 128-20:1996, mas os programas de CAD normalmente não as utilizam. As convenções para a interseção de linhas são apresentadas na Tabela abaixo

(SILVAet al, 2006).

Tabela – Interseção de linhas Fonte: Silvaet al, 2006

Descrição Correto Incorreto

Quando uma aresta invisível termina perpen- dicularmente ou angularmente em relação a uma aresta visível, toca a aresta visível.

Se existir uma aresta visível no prolonga- mento de uma aresta invisível, então a aresta invisível não toca a aresta visível.

Quando duas ou mais arestas invisíveis terminam num ponto, devem tocar-se.

Quando uma aresta invisível cruza outra aresta (visível ou invisível), não deve tocá-la.

Quando duas linhas de eixo se interceptam, devem tocar-se.

2.6. ESCALAS Deve-se sempre que possível, procurar fazer o desenho nas medidas reais da peça, para transmitir uma idéia melhor de sua grandeza. Para componentes que são demasiadamente pequenos, precisamos fazer ampliações que permitam a representação de todos os detalhes conforme norma. No caso inverso, isto é, para peças de grande tamanho, o desenho deve ter proporções menores, sendo possível assim a sua execução dentro dos formatos padronizados. A Norma NBR 8196 OUT / 1983, define que a designação completa de uma escala deve consistir da palavra "ESCALA", seguida da indicação da relação como segue:

19 A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”, seguida da indicação da relação:

a) ESCALA 1:1, para escala natural; b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1); c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).

3 – INSTRUMENTOS DE DESENHO

Pranchetas (mesas para desenho) – construídas com tampo de madeira macia e revestidas com plástico apropriado, comumente verde, por produzir excelente efeito para o descanso dos olhos.

Régua paralela – instrumento adaptável à prancheta, funcionando através de um sistema de roldanas.

Tecnígrafo – instrumento adaptável à prancheta reunindo, num só mecanismo, esquadro, transferidor, régua paralela e escala.

Régua “T” – utilizada sobre a prancheta para traçado de linhas horizontais ou em ângulo, servindo ainda como base para manuseio dos esquadros.

Esquadros – utilizados para traçar linhas, normalmente fornecidos em pares (um de 30º/60º e um de 45º).

Transferidor – instrumento destinado a medir ângulos. Normalmente são fabricados modelos de 180º e 360º.

Escalímetro – utilizada unicamente para medir, não para traçar.

Compasso – utilizado para o traçado de circunferências, possuindo vários modelos (cada qual com a sua função), alguns possuindo acessórios como tira-linhas e alongador para círculos maiores.

Curva francesa – gabarito destinado ao traçado de curvas irregulares.

Gabaritos – fornecidos em diversos tamanhos e modelos para as mais diversas formas (círculos, elipses, específicos para desenhos de engenharia civil, elétrica, etc.)

Lápis ou lapiseira – atualmente as mais utilizadas são as lapiseiras com grafite de 0,5mm e 0,7mm de diâmetro.

Observações: Para a disciplina de Desenho Técnico, são necessários os instrumentos destacados em negrito. Ou seja, Esquadros (um de 30º/60º e um de 45º - sem escala e de acrílico transparente – recomenda-se tamanho de 200mm); Transferidor (simples); Escalímetro (régua boa); Compasso (muito bom – evitar os de plástico simples); Duas Lapiseiras – 1ª com grafite 0,7 para o traçado dos contornos da peça e a 2ª com grafite 0,5 para o traçado linhas auxiliares e de cotas; Borracha branca e macia.

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Materiais Complementares:

Flanela, escova para limpeza, fita adesiva , borrachas e grafites para a reposição.

Grau de dureza dos grafites:

A graduação dos grafites está mostrada na Tabela 1. Tabela 01 – Grau de dureza dos grafites 9H a 4H 3H, 2H e H F e HB B e 2B 3B, 4B, 5B e 6B

extremamente duros duros^ médios^ macios

macios a extremamente macios

4 – VISTAS ORTOGRÁFICAS

Utilizando o sistema de projeções cilíndricas ortogonais, o matemático francês Gaspard Monge criou a Geometria Descritiva que serviu de base para o Desenho Técnico. Utilizando dois planos perpendiculares, um horizontal (’) e outro vertical (”), ele dividiu o espaço em quatro partes denominados diedros.

Um objeto colocado em qualquer diedro terá as suas projeções horizontal e vertical (Figura 4.1). Como o objetivo é visualizar o objeto num só plano, o desenho é denominado “épura”, ou planificação do diedro, que consiste na rotação do plano horizontal, de modo que a parte anterior do ’ coincida com a parte inferior de ”, enquanto o plano vertical permanece imóvel (figura 4.2). A linha determinada pelo encontro dos dois planos é chamada de Linha de Terra (LT).

Figura 4.1 – Representação das projeções de um objeto no 1º e 3º diedros