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Apostila de Desenho Técnico, Manuais, Projetos, Pesquisas de Desenho Técnico

Uma apostila de desenho técnico que aborda diversos tópicos relacionados à esta área, como as dimensões utilizadas em desenhos, as proporções, a representação de perspectivas, a utilização de linhas e cotas, entre outros. Além disso, inclui exercícios práticos para o leitor.

O que você vai aprender

  • Como são as dimensões utilizadas em desenhos técnicos?
  • Como interpretar os diferentes tipos de linhas em desenhos técnicos?
  • O que é uma projeção ortográfica em desenhos técnicos?
  • Como representar uma perspectiva isométrica de um círculo em desenhos técnicos?
  • Como fazer a cotagem em desenhos técnicos?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 19/10/2022

marcelo-brandao-17
marcelo-brandao-17 🇧🇷

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APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO

PROF. PAULO SÉRGIO BARBOSA DOS SANTOS

1. DESENHO COMO FORMA DE EXPRESSÃO

O uso de desenho pelo homem é tão antigo quanto a nossa própria origem. Atualmente são conhecidos vários exemplos de desenhos que mostram cenas do dia-a-dia de nossos ancestrais. O desenho é um relato histórico, de uma época em que as nossas capacidades de comunicação oral e gestual eram incapazes de representar a riqueza de detalhes da realidade vivida pelo homem. Desde muito cedo, portanto o desenho passou a ser usado como recurso para representação de objetos, pessoas e animais.

Detalhes de desenhos das Represeentação egípcia do cavernas de Havberg, Noruega. túmulo escriba Nakht 14 a.C.

1.1 Algumas modalidades de desenho

Tradicionalmente o uso de esboços é feito durante as etapas de desenvolvimento. A apresentação do projeto, por outro lado usa uma representação normatizada. Isso quer dizer que são seguidas normas estabelecidas por órgãos nacionais e internacionais, como a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

1.1.1 Desenho de Observação

Usado principalmente por artistas plásticos para adestramento do olho, registro de locais e situações e apreensão espacial, isto é, registro da disposição espacial de elementos da paisagem.

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PROF. PAULO SÉRGIO BARBOSA DOS SANTOS

Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional. As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras - NBR e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO.

1.4 Uso atual do desenho técnico

Desenvolvido a partir das idéias do matemático francês Gaspar Monge (1746-

  1. para a Geometria Descritiva, o desenho técnico ocupa hoje lugar de destaque no desenvolvimento de novos produtos e instalações. Hoje usamos a expressão gráfica através de desenhos técnicos para:

● Visualização da idéia; ● Apresentação de projeto para equipe; ● Apresentação de projeto para terceiros; ● Oferecer uma ponte para a concepção, isto é, serve de canal de expressão através do qual os conceitos e idéias são alterados pelos participantes de uma equipe de projeto.

1.5 Desenvolvimento de desenhos técnicos

Atualmente os desenhos podem ser desenvolvidos manualmente ou através do uso de computadores. O desenho com o auxílio de computador é feito através de vários programas computacionais conhecidos como CAD. Independentemente de qual método é o escolhido, as etapas típicas desses processos são:

  • Concepção do objeto a ser desenhado, isto é, o projetista imagina como ficará seu produto;
  • Uso de esboços para representar as idéias iniciais e suas variantes;
  • A partir principalmente dos esboços é elaborado um desenho que já respeita a maior parte das normas vigentes, o chamado desenho preliminar;
  • O desenho preliminar é modificado quantas vezes forem necessárias até se chegar à solução definitiva;
  • O desenho técnico final é então feito de acordo com todas as normas vigentes. Esse desenho é que será usado como modelo para a construção do objeto real.

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2 MATERIAL DE DESENHO TÉCNICO

2.1 Formato e dimensão do papel

As folhas em que se desenha o projeto arquitetônico são denominadas prancha. Os tamanhos do papel devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m², cujas dimensões seguem uma proporção equivalente raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm), que remete às proporções áureas do retângulo. Esta é a chamada folha A0 (a-zero). A partir desta, obtém-se múltiplos e submúltiplos (a folha A corresponde à metade da A0, assim como a folha A0 corresponde ao dobro daquela).

A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informação. As cópias dos projetos podem ser arquivadas dobradas, ocupando menor espaço e sendo mais fácil seu manejo. O formato final deve ser o A4, para arquivamento. Os formatos da série “A” seguem as seguintes dimensões em milímetros:

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3 CALIGRAFIA TÉCNICA

As letras e algarismos que compõe a caligrafia utilizada no desenho técnico seguem normatização da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

3.1 Padrão Vertical

  • Letras Maiúsculas

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

  • Letras Minúsculas

a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

  • Algarismos

3.2 Padrão Inclinado (75°)

  • Letras Minúsculas

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

  • Letras Minúsculas

a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z

  • Algarismos

3.3.Proporções

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4 LEGENDA

A legenda deve estar situada sempre no canto inferior direito, em todos os formatos de papel, à exceção do formato A4, no qual a legenda se localiza ao longo da largura da folha. As legendas utilizadas nas indústrias variam de acordo com o padrão adotado por cada uma delas. A legenda consiste de:

  • Título;
  • Número;
  • Escala;
  • Nome da Empresa;
  • Data;
  • Nome do desenhista;
  • Descrição dos componentes.

Neste curso será adotada a legenda abaixo:

IEA – INSTITUTO EDUCACIONAL DE ARAÇATUBA

ALUNO: DATA: ESCALA:

TÍTULO: VISTO: NÚMERO:

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6 PROJEÇÕES ORTOGOGRÁFICAS

Os planos de projeção podem ocupar várias posições no espaço. Em desenho técnico usamos dois planos básicos para representar as projeções de modelos: um plano vertical e um plano horizontal que se cortam perpendicularmente.

Esses dois planos, perpendiculares entre si, dividem o espaço em quatro regiões chamadas diedros (do grego duas faces). Os diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do movimento dos ponteiros do relógio.

As vistas ortográficas são as representações gráficas das três faces que observamos de um objeto. As normas de desenho técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais (vistas ortográficas), somente pelo 1° e 3° diedros , criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças:

  • Sistemas de projeções ortogonais pelo 1° diedro(No rma brasileira);
  • Sistemas de projeções ortogonais pelo 3° diedro (N orma americana).

Podemos então definir dessa forma as principais vistas ortográficas no 1° diedro:

  • Vista Frontal – Desenha-se o objeto visto de frente, ou seja, a sua face frontal;
  • Vista Superior – Desenha-se o objeto visto de cima;
  • Vista Lateral Esquerda – Desenha-se a face lateral esquerda do objeto.

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A figura abaixo mostra as posições do observador em relação aos planos de projeção das três vistas no 1° diedro (frontal, sup erior e lateral esquerda). Já no 3° diedro, a representação do objeto estaria definida através das vistas Frontal, Superior e Lateral Direita.

O quadro a seguir apresenta a descrição comparativa dos dois diedros, definindo o posicionamento das vistas em relação à Vista Frontal.

Para facilitar a interpretação do desenho, é recomendado que se faça a indicação do diedro utilizado na representação. A indicação pode ser feita escrevendo o nome do diedro utilizado, ou utilizando a simbologia abaixo:

O ponto de partida para determinar as vistas necessárias, é escolher o lado da peça que será considerado como frente. Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho ou de equilíbrio, toma-se como frente o lado que melhor define a forma da peça. Quando dois lados definem bem a forma da peça, escolhe-se o de maior comprimento.

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1.Escreva nos modelos representados em perspectiva isométrica as letras dos desenhos técnicos que correspondem ás suas faces.

2.Analise as perspectivas e identifique as projeções, escrevendo nas linhas correspondentes:

F para vista frontal S para vista superior LE para vista lateral esquerda LD para vista lateral direita

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7 TIPOS DE LINHAS

Ao analisarmos um desenho, notamos que ele apresenta linhas e tipos e espessuras diferentes. O conhecimento destas linhas é indispensável para a interpretação dos desenhos. Quanto à espessura, as linhas podem ser:

  • Grossas;
  • Finas.

Os tipos de linhas para desenhos técnicos são definidas pela NBR-8403, como mostra os exemplos a seguir:

  • Linhas para arestas e contornos visíveis são de espessura grossa e de traço contínuo.
  • Linhas para arestas e contornos não visíveis são de espessura fina e tracejadas. Um traço de cerca de 3mm seguido por um espaço de 2mm produzirão um linha tracejada de boa proporção.
  • Linhas de centro e eixo de simetria são de espessura fina e formada por traços e pontos. É através das linhas de centro que se faz a localização de furos, rasgos e partes cilíndricas existentes nas peças.

Onde são definidos centros, então as linhas (de centro) deverão cruzar-se em trechos contínuos e não nos espaços.

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2.Desenhe a vista que falta.

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8 COTAGEM

Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho conforme a norma NBR 10126. O desenho técnico, além de representar, dentro de uma escala, a forma tridimensional, deve conter informações sobre as dimensões do objeto representado. As dimensões irão definir as características geométricas do objeto, dando valores de tamanho e posição aos diâmetros, aos comprimentos, aos ângulos e a todos os outros detalhes que compõem sua forma espacial. A forma mais utilizada em desenho técnico é definir as dimensões por meio de cotas que são constituídas de linhas de chamada, linha de cota, setas e do valor numérico em uma determinada unidade de medida. Portanto, para a cotagem de um desenho são necessários três elementos:

Linhas de cota são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades; nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da peça.

A linha auxiliar ou de chamada é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota.

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Outro cuidado que se deve ter para melhorar a interpretação do desenho é evitar o cruzamento de linha da cota com qualquer outra linha. As cotas de menor valor devem ficar por dentro das cotas de maior valor, para evitar o cruzamento de linhas de cotas com as linhas de chamada, conforme mostra a figura abaixo:

A Norma NBR 10126 da ABNT, determina que:

  • nas linhas de cota horizontais o número deverá estar acima da linha de cota, conforme mostra a Figura (a);
  • nas linhas de cota verticais o número deverá estar à esquerda da linha de cota, conforme mostra a Figura (a);
  • nas linhas de cota inclinadas deve-se buscar a posição de leitura, conforme mostra a Figura (b).

Observações:

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1.Faça a cotagem tomando as medidas do desenho