




























































































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Metodos e exercicios resolvidos de protençao em vigas de concreto
Tipologia: Exercícios
Oferta por tempo limitado
Compartilhado em 06/10/2019
4.8
(4)2 documentos
1 / 134
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Em oferta
Essa publicação tem como objetivo apresentar, aos estudantes de graduação em Engenharia
Civil, informações conceituais sobre projetar estruturas de concreto protendido. As diretrizes
abordadas seguem recomendações da Norma Brasileira ABNT NBR 6118:2014 – PROJETO DE
ESTRUTURAS DE CONCRETO – PROCEDIMENTO no que se refere ao cálculo, dimensionamento
e verificações do concreto protendido.
A protensão consiste em aplicar esforços prévios de compressão (ou aplicar um estado prévio
de tensões), para melhorar sua resistência ou seu comportamento, compensando as tensões de
tração provocadas sob ação de diversas solicitações.
Tecnicamente, o concreto protendido é um tipo de concreto armado no qual a armadura ativa
sofre um pré-alongamento, gerando um sistema auto equilibrado de esforços (tração no aço e
compressão no concreto).
Deste modo o elemento protendido apresenta melhor desempenho perante as cargas externas
de serviço.
1.1 Fatos Históricos
A origem da história do concreto estrutural está relacionada a partir do desenvolvimento do
cimento. Segundo Silva (2005), “Josef Aspdin, em 1824, desenvolveu na Inglaterra (Ilha de
Portland), o primeiro cimento, que hoje é conhecido como cimento Portland”.
O primeiro registro de peças de concreto armado tem data de 1861, quando um jardineiro
parisiense fabricou vasos de flores com argamassa de cimento utilizando malhas de fios de aço
como reforço. Em 1867, Monier recebe a primeira patente para construção de vasos de concreto
armado.
O primeiro registro que se tem conhecimento sobre utilização de protensão no concreto é do
ano de 1886, quando P. H. Jackson (de São Francisco, EUA) se propôs a reforçar os pisos
abobadados de concreto por meio de tensores (SILVA, 2005).
Em 1888 , W. Dohrung de Berlim apresentou uma patente referente ao aumento de resistência
de lajes e pequenas vigas com fios protendidos para reduzir o fissuramento do concreto. Esta
foi, provavelmente, a primeira proposta para a construção de peças em concreto pré-fabricadas
Segundo Bizanha (2015), no final do século 19, muitas patentes sobre métodos de protensão e
ensaios foram realizados, porém sem êxito. A protensão não era bem realizada devido á retração
e fluência que ocorria no concreto, fenômenos estes que eram desconhecidos naquele período.
Foram diversas as tentativas para aplicar a protensão no concreto, incluindo inclusive o uso de
cordas de piano tensionadas na fabricação de pranchas de concreto, por K. Wettstein, em 1919.
Somente em 1928, surgiu o primeiro trabalho consistente sobre concreto protendido, com a
introdução do aço de alta resistência na execução de protensões, pelo engenheiro francês
Eugène Freyssinet. Antes disso, outras experiências com concreto protendido haviam sido feitas,
cujo resultado era insatisfatório ao se considerar as perdas lentas de protensão.
Porém, o resultado alcançado por Freyssinet foi uma verdadeira revolução, considerada inclusive
por muitos engenheiros como uma ideia não bem vista.
civil e educador belga, criou entre 1940 e 1942 um processo particular, utilizando o concreto
protendido sem aderência. Em 1948, escreveu o primeiro livro sobre concreto protendido.
A primeira obra oficialmente realizada com concreto protendido foi projetada por Freyssinet em
1941, a ponte sobre o rio Marne em Lucancy, cuja construção terminou em 1945, após o término
da guerra.
No Brasil, a primeira obra em concreto protendido foi a Ponte do Galeão, executada em 1948,
no Rio de Janeiro (ligando a Ilha do Governador à Ilha do Fundão), com 380 m de comprimento
concreto foram importados da França, na ocasião. Os cabos de protensão eram fios lisos
envolvidos por duas ou três camadas de papel Kraft. Os fios e o papel eram pintados com betume
e a técnica representava o que conhecemos atualmente como a protensão “sem aderência”.
Foram usados na obra cabos de 12 fios φ 5 mm, conhecidos como cabos de 20 t de força
A norma brasileira NBR-6118 na sua versão de 2003 englobou o concreto armado e o concreto
protendido.
Figura 1 – Eugéne Freyssinet
Fonte: https://structurae.net/persons/eugene-freyssinet
A NBR 6118 :2014 define os concretos da seguinte forma:
Definição de protensão segundo PFEIL (1984),
Características básicas das estruturas de Concreto Armado (CA):
O barril tem suas partes (gomos de madeira, tampa e
fundo de madeira) encaixadas e solidarizadas. O liquido
armazenado no interior do barril exerce pressão
hidrostática provocando esforços de tração, que
tenderiam a abrir as juntas entre os gomos.
As cintas metálicas são dispostas em uma posição que
corresponde a um diâmetro maior, ficando assim
tracionadas e comprimindo transversalmente os gomos de
madeira.
Figura 3 – Barril de madeira
Construída em madeira, a roda da carroça tem
suas partes montadas apenas por encaixes. O
aro externo tem função de proteger e
solidarizar o conjunto. Ao aquecê-lo, seu
diâmetro aumenta pela dilatação do aço. É
colocado então em torno da roda de madeira
pré-montada. Após o resfriamento, o aço
retorna ao tamanho normal, aplicando esforços
de protensão sobre a roda.
Figura 4 – Roda de carroça
4.2 Tipos de protensão
Segundo o item 3 da NBR 6118:2014, os tipos de protensão estão definidos como:
(Protensão com aderência inicial)
Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é feito
utilizando-se apoios independentes do elemento estrutural, antes do
lançamento do concreto, sendo a ligação da armadura de protensão com os
referidos apoios desfeita após o endurecimento do concreto; a ancoragem no
concreto realiza-se somente por aderência.
(Protensão com aderência posterior)
Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado
após o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do
próprio elemento estrutural, criando posteriormente aderência com o concreto,
de modo permanente, através da injeção das bainhas.
(Protensão sem aderência)
Concreto protendido em que o pré-alongamento da armadura ativa é realizado
após o endurecimento do concreto, sendo utilizadas, como apoios, partes do
próprio elemento estrutural, mas não sendo criada aderência com o concreto,
ficando a armadura ligada ao concreto apenas em pontos localizados.
4.2.1 Protensão com aderência inicial
Figura 5 – Esquema de protensão de elementos pré-fabricados
Figura 6 – Cabos de protensão posicionados
4.2.2 Protensão com aderência posterior
Figura 10 – Vigas protendidas
Figura 11 – Ponte de seção celular
Figura 12 – Bainhas presas na armadura frouxa
4.2.3 Protensão sem aderência
Figura 13 – Laje com protensão não aderente e detalhe do cabo.
Figura 14 – Reforço de Obra de Arte
portante da estrutura) e os estados-limites de serviços (ELS), correspondente à utilização das
estruturas, ou seja, são aqueles relacionados à durabilidade das estruturas, aparência, conforto
do usuário e a boa utilização funcional da mesma, seja em relação aos usuários, seja às máquinas
e aos equipamentos utilizados.
Os estados-limites são definidos na NBR-6118:2014 da seguinte forma:
5.1.1 Estados-limites últimos (ELU)
Estado-limite relacionado ao colapso ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que
determine a paralisação do uso da estrutura.
A segurança das estruturas de concreto deve sempre ser verificada em relação aos
seguintes estados-limites últimos:
a) Estado-limite último da perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo rígido;
b) Estado-limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo
ou em parte, devido às solicitações normais e tangenciais, admitindo-se a redistribuição de
esforços internos, desde que seja respeitada a capacidade de adaptação plástica definida na
Seção 14 (da NBR 6118:2014), e admitindo-se, em geral, as verificações separadas das
solicitações normais e tangenciais; todavia, quando a interação entre elas for importante, ela
estará explicitamente indicada nesta Norma;
c) Estado-limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo
ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem;
d) Estado-limite último provocado por solicitações dinâmicas (ver Seção 23 da NBR
e) Estado-limite último de colapso progressivo;
f) Estado-limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu todo
ou em parte, considerando exposição ao fogo, conforme a ABNT NBR 15200;
g) Estado-limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura,
considerando ações sísmicas, de acordo com a ABNT NBR 15421;
h) Outros estados-limites últimos que eventualmente possam ocorrer em casos especiais.
O ELU é caracterizado quando a distribuição das deformações na seção transversal pertencer a
um dos DOMÍNIOS DE DIMENSIONAMENTOS definidos abaixo.
Figura 17 – Domínios de estado-limite último de uma seção transversal.
(Figura 17.1 da NBR 6118: 2014)
Uma seção de concreto armado pode atingir o estado-limite último das seguintes formas,
denominadas Modos de Ruptura, dentro dos domínios de dimensionamento:
a) ALONGAMENTO PLÁSTICO EXCESSIVO DA ARMADURA LONGITUDINAL
(escoamento da armadura longitudinal)
b) ESMAGAMENTO DO CONCRETO
A segurança das estruturas de concreto pode exigir a verificação de alguns estados-limites de
serviço abaixo definidos.
Estado limite de formação de fissuras (ELS-F) – CP
Estado em que se inicia a formação de fissuras. Admite-se que este estado-limite é atingido
quando a tensão de tração máxima na seção transversal for igual à f ct,f
(ver 13.4.2 e 17.3.4 da
Estado limite de abertura de fissuras (ELS-W) – CA e CP
Estado em que as fissuras se apresentam com aberturas iguais aos máximos especificados em
13.4.2 (ver 17.3.3 da NBR 6118:2014).
Estado limite de deformações excessivas (ELS-DEF) – CA e CP
Estado em que as deformações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal, dados
em 13.3 (ver 17.3.2 da NBR 6118:2014).
Estado limite de descompressão (ELS-D) – CP
Estado no qual, em um ou mais pontos da seção transversal, a tensão normal é nula, não havendo
tração no restante da seção. Verificação usual no caso do concreto protendido (ver 13.4.2 da NBR
Estado limite de descompressão parcial (ELS-DP) – CP
Estado no qual garante-se a compressão na seção transversal, na região onde existem armaduras
ativas. Essa região deve se estender até uma distância a p da face mais próxima da cordoalha ou
da bainha de protensão (ver Figura 3.1 e Tabela 13.4 da NBR 6118:2014).
Estado limite de compressão excessiva (ELS-CE) – CP
Estado em que as tensões de compressão atingem o limite convencional estabelecido. Usual no
caso do concreto protendido na ocasião da aplicação da protensão (ver 17.2.4.3.2.a da NBR
Estado limite de vibrações excessivas (ELS-VE) – CA e CP
Estado em que as vibrações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal da
construção.
5.2 Estádios de dimensionamento
A seção transversal de uma viga de concreto armado ou protendido e submetido ao momento
fletor crescente, passa por três níveis de deformação, denominados ESTÁDIOS, que determinam
o comportamento da peça até a sua ruína. Podem-se caracterizar os três estádios de deformação
de concreto na flexão normal simples:
Sob a ação de um momento fletor a tensão de tração no concreto não ultrapassa sua resistência
característica à tração (f tk
). Tem-se:
resistente à tração); Diagrama linear de tensões: Lei de Hooke.
Aumentando-se o valor do momento fletor, as tensões de tração em pontos abaixo da linha
neutra terão valores superiores ao da resistência característica à tração (f tk
). Tem-se:
linear: Lei de Hooke;