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Uma introdução à fisiologia humana, abordando as diferentes substâncias que compõem as células, as membranas endoplasmáticas e as suas funções, o papel de células específicas no organismo, como osteócitos, e a comunicação entre vasos sanguíneos e células nervosas. Além disso, são discutidos os sistemas linfático e imunológico, incluindo as funções de plaquetas e células do sistema mononuclear fagocitário.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Conteúdo
A Anatomia constitui um dos estudos mais antigos da humanidade. Cinco milênios antes de Cristo os egípcios já desenvolveram técnicas de conservação dos corpos e rudimentares intervenções cirúrgicas. Na Grécia, Hipócrates, conhecido como o pai da medicina, dissecava os corpos em busca de compreensão para os mistérios da vida.
Para entender as estruturas e as funções do corpo humano, estudaremos as ciências da anatomia e da fisiologia. A anatomia (anatome=cortar em partes, corta separando) refere-se ao estudo da estrutura e das relações entre estas estruturas. A fisiologia (do grego physis = natureza, função ou funcionamento; e logos = palavra ou estudo) lida com as funções das partes do corpo, isto é, como elas trabalham. A função nunca pode ser separada completamente da estrutura, por isso você aprenderá sobre o corpo humano estudando a anatomia e a fisiologia em conjunto. Você verá como cada estrutura do corpo está designada para desempenhar uma função específica, e como a estrutura de uma parte, muitas vezes, determina sua função.
Você está iniciando o estudo do corpo humano e pode aprender como ele é organizado e como funciona. Através deste módulo você será introduzido aos vários sistemas que compõem o nosso organismo. Você também aprenderá como estes sistemas, em geral, cooperam entre si, para manter a saúde do corpo como um todo e como estes sistemas interagem para mantê-lo saudável.
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO
O corpo humano possui seis níveis de organização estrutural: o químico, o celular, o tecidual, o orgânico, o sistêmico e o de organismo.
Nível químico: inclui todas as substâncias químicas necessárias para manter a vida. As substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da vida. Os átomos combinam-se para formar moléculas. Exemplos familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, as gorduras e as vitaminas. As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de organização: o nível celular.
Nível celular: Qualquer organismo vivo é composto de células. As células são unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo. É nelas que se executam as atividades metabólicas. Entre os muitos tipos de células existentes em seu corpo estão as células musculares, nervosas e sanguíneas. Cada uma tem estruturas diferentes e cada uma desenvolve uma função diferente.
Nível tecidual: Os tecidos são grupos de células semelhantes na aparência, função e origem embrionária que, juntas, realizam uma função particular. Os tipos básicos de tecido são: tecido epitelial, tecido de sustentação, tecido sanguíneo, tecido muscular e tecido nervoso.
Nível orgânico: quando diferentes tipos de tecidos estão unidos formam o nível orgânico. Os órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos: o coração, os pulmões, o cérebro, etc.
Variação Anatômica: são variações existentes entre os seres humanos, que não prejudicam suas funções. Essas variações são consideradas fora do padrão “normal” encontrado na maior parte dos organismos. Os fatores que podem levar a uma variação anatômica são: sexo, idade, raça, biótipo, evolução, etc.
Nomenclatura anatômica: são termos utilizados para designar e descrever padronizado o organismo ou suas partes. É uma linguagem específica, internacional (base no latim), que denomina a estrutura de forma uniformizada.
Terminologia (Termos Anatômicos):
Anterior/ Ventral/ Frontal = à frente
Posterior/ Dorsal = parte de trás
Inferior/ Caudal = embaixo
Superior/ Cranial = acima
Medial/ Interno = próximo do eixo sagital mediano
Lateral/ Externo = afastado do plano sagital mediano
Proximal e Distal = próximo ou afastado a raiz do membro. Próximo ou afastado a origem do vaso.
Superficial/Profundo = mais perto ou afastado a superfície.
Homolateral/ Ipsilateral = mesmo lado
Contralateral = lado oposto.
Quando se fala em Anatomia e Fisiologia, um dos aspectos mais importantes a apreender é a localização de todos os componentes, em relação ao espaço. Assim foram definidos conceitos universalmente aceites, por forma a facilitar o entendimento e garantir a compreensão do seu estudo.
Posição Anatómica: corresponde ao corpo humano na vertical, olhando em frente e com as palmas das mãos voltadas para a frente. Quando não há indicação do contrário, todas as referências às estruturas do corpo humano são feitas na posição anatómica.
Direito e Esquerdo - Quando está de frente para o doente, a esquerda do doente corresponde à sua direita. Ao descrever o que faz a um doente deve referir sempre o lado esquerdo ou direito deste.
Anterior e Posterior - Anterior significa a parte da frente, posterior significa a parte de trás. Na cabeça, a face e a parte superior do crâneo, são considerados anteriores, enquanto o resto é considerado posterior.
Linha Média - É uma linha vertical imaginária que divide o corpo em lado esquerdo e direito. O que fica para além da linha média, chama-se lateral.
Superior e Inferior - Superior significa acima de e inferior significa abaixo de. Ex: O nariz é superior em relação à boca, a boca é inferior em relação aos olhos.
Proximal e Distal - Proximal significa próximo de um ponto de referência. Distal significa afastado de um ponto de referência. Estes termos são usados principalmente para os membros superiores e inferiores relativamente ao ombro e à anca, como ponto de referência.
É ainda importante adquirir noções acerca das posições que o corpo humano pode adoptar. Assim, temos as posições:
Erecto - significa em pé na vertical.
Supino - Posição de decúbito dorsal (costas para baixo), face para cima.
Decúbito ventral - Posição de deitado sobre o estômago, face para baixo.
Decúbito lateral - Deitado lateralmente sobre o lado esquerdo ou direito.
Planos Anatómicos: correspondem a uma linha imaginária traçada em diversos locais do corpo humano possibilitando uma divisão que permite uma relação das duas partes com o centro.
Plano Sagital, permite dividir o corpo humano em duas partes uma direita e esquerda.
Plano Horizontal, permite a divisão em duas partes, uma superior e uma inferior.
Plano Frontal, permite dividir o corpo humano por forma a determinar a localização anterior e posterior.
Para o estudo do funcionamento do corpo humano é necessário o conhecimento da menor unidade viva do corpo humano, a célula. Célula é a unidade biológica e funcional dos organismos vivos. Possuem uma grande diversidade de origens, tamanhos, formas, ciclo vital e funções, além de serem dotadas de incrível dinâmica. Nelas a vida se manifesta de forma independente e ativa. As células são entidades vivas dotadas de uma complexidade estrutural e funcional superior, permitindo-lhes uma infinidade de capacidades e transformações que são próprias da vida.
liberadas no interior celular, onde digerem as estruturas ou, também podem digerir substancias estranhas, como as bactérias que invadem as células.
A membrana celular, o citoplasma e o núcleo atuam de maneira integrada nos processos vitais da célula, como: absorção, metabolismo, eliminação das toxinas, armazenamento das substâncias oferecidas em excesso, fagocitose e locomoção.
Quanto à estrutura, as células podem apresentar dois modelos: o procariote e o eucariote, sendo este último do tipo animal e do tipo vegetal.
Com relação ao tamanho, são, em sua grande maioria, menores do que a capacidade de resolução do olho humano, portanto só podem ser observadas com uso de microscópios (células microscópicas).
Quanto à forma, as células são dotadas de grande dinamismo e apresentam formas extremamente variáveis. A grande maioria das células possui forma constante (cúbica, esférica, prismática, estrelada, ramificada, fusiforme e outras), porém algumas modificam continuamente sua forma sendo denominadas polimorfas, como os leucócitos (glóbulos brancos). Normalmente, a forma das células dos animais e vegetais é condicionada pela função que desempenham no organismo.
Com relação ao ciclo vital, podemos dizer que as células possuem longevidade muito variável conforme à espécie. No organismo humano, há células que duram muitos anos, já outras têm a sua duração contada em dias e outras, ainda, acompanham o indivíduo por toda sua vida. Sob esse ponto de vista, as células são classificadas em lábeis (células de curta duração, Ex: hemácias), estáveis (podem durar meses ou anos, Ex: células epiteliais) e permanentes (duram toda a vida, Ex: neurônios)
Formado por 206 ossos, cartilagens e articulações. Têm as funções de sustentação do organismo, proteção de órgãos nobres (coração, pulmão), formação de sistema de alavancas, armazenamento de minerais (cálcio) e produção de células sanguíneas. Divide-se em esqueleto axial (cabeça, pescoço e tronco) e apendicular (membros) que são unidos por meio das cinturas articulares (cíngulos).
Constituição óssea
Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por intermédio das articulações constituem o esqueleto. O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico (são vascularizados e inervados). Participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando o velho.
O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue.
Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman e os canais de Havers. O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática.
Canais de Havers são uma série de tubos em torno de estreitos canais formados por lamelas concêntricas de fibras colágenas. Esta região é denominada osso compacto ou diáfise. Vasos
sanguíneos e células nervosas em todo o osso comunicam-se por osteócitos (que emitem expansões citoplasmáticas que põem em contato um osteócito com o outro) em lacunas (espaços dentro da matriz óssea densa que contêm células ósseas). Este arranjo original é propício ao depósito de sal mineral, o que dá resistência ao tecido ósseo. Deve-se ainda ressaltar que esse canais percorrem o osso no sentido longitudinal levando dentro de sua luz, vaso sanguíneos e nervos que são responsáveis pela nutrição do tecido ósseo. Ele faz que os vasos sanguíneo passem pelo tecido ósseo.
Canais de Volkmann são canais microscópicas encontradas no osso compacto, são perpendiculares aos Canais de Havers, e são um dos componentes do sistema de Haversian. Os canais de Volkmann também podem transportar pequenas artérias em todo o osso. Os canais de Volkmann não apresentam lamelas concêntricas. O interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteócitos. Cada osteócitos possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado.
As substâncias responsáveis pela sua consistência e por sua firmeza são:
Colágeno: S ubstância orgânica que constitui uma rede no espaço intercelular. É uma proteína que lhes concede
elasticidade, flexibilidade e resistência. Sua falta torna o osso quebradiço.
Sais Minerais: São as substâncias inorgânicas responsáveis pela rigidez característica dos ossos, destacando os sais de cálcio e de fósforo. Os sais ligam-se ao colágeno, tornando o osso rígido.
Camadas do Tecido Ósseo
Periósteo : tecido conjuntivo que reveste a superfície externa do osso, exceto nas articulações; formando uma membrana dura e resistente. Protege o osso, serve como ponto de fixação para os músculos e contém vasos sangüíneos. Os vasos sanguíneos penetram no interior do osso, ao contrário dos nervos, que acompanham os vasos sanguíneos, mas permanecem no periósteo.
Tecido Compacto : células são bem unidas, proporcionando certa rigidez. Localizadas na camada superficial do osso promove proteção, suporte e resiste às forças produzidas pelo peso e movimento. Nos ossos longos encontram-se na diáfise.
Tecido Esponjoso : as células deixam espaços entre si, proporcionando um tecido menos rígido e com aspecto poroso, ocupado pela medula óssea. Localizado na camada óssea profunda. Nos ossos longos encontra-se nas epífises.
Medula Óssea : células que preenchem as cavidades do tecido esponjoso. Nos ossos longos está contida em uma cavidade central denominada canal medular. Compreende 2 tipos:
o Medula Óssea Vermelha: produzem as diferentes células sanguíneas e suas precursoras. Localiza-se na epífise dos ossos longos.
o Medula Óssea Amarela: Composta de tecido adiposo é encontrada na diáfise dos ossos longos.
Ossos Curtos : São parecidos com um cubo, tendo seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, exceto na superfície, onde há fina camada de tecido ósseo compacto. Exemplo: Ossos do Carpo.
Ossos Laminares (Planos) : São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto, com camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem considerável proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Exemplos: Frontal e Parietal.
Além desses três grupos básicos bem definidos, há outros intermediários, que podem ser distribuído em 5 grupos:
Ossos Alongados : São ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central. Exemplo: Costelas.
Ossos Pneumáticos : São osso ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação ao seu volume. Exemplo: Esfenoide.
Ossos Irregulares : Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles tem quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. Exemplo: Vértebras.
Ossos Sesamoides : Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho e número, de pessoa para pessoa, não são sempre completamente ossificados, normalmente, medem apenas alguns milímetros de diâmetro. Exceções notáveis são as duas patelas, que são grandes ossos sesamoides, presentes em quase todos os seres humanos.
Ossos Suturais : São pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de suturas, entre alguns ossos do crânio. Seu número varia muito de pessoa para pessoa.
Estrutura dos Ossos Longos:
A disposição dos tecidos ósseos compacto e esponjoso em um osso longo é responsável por sua resistência. Os ossos longos contém locais de crescimento e remodelação, e estruturas associadas às articulações. As partes de um osso longo são as seguintes:
Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo.
Epífise: as extremidades alargadas de um osso longo. A epífise de um osso o articula, ou une, a um segundo osso, em uma articulação. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e recobertas por cartilagem.
Coluna Vertebral : Formada pela sobreposição de ossos denominados vértebras, que no seu conjunto formam uma haste flexível capaz de dar sustentação, equilíbrio e mobilidade ao corpo. É também responsável por alojar e proteger a medula espinhal, através do seu canal medular. Entre as vértebras encontra-se o
Disco Intervertebral, formado por tecido fibrocartilaginoso. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem os impactos. Formada por 33 vértebras sobrepostas que se dividem em:
Caixa torácica : é formada pelo osso esterno, pelas costelas e pela região torácica da coluna vertebral. É responsável pela proteção do coração, grandes vasos e pulmões e pela mobilidade respiratória, formando uma câmara expansível durante a inspiração e expiração. Esterno: osso localizado na parte anterior e mediana do tórax. Articula-se com as 7 primeiras costelas. Divide-se em: manúbrio, corpo e processo xifóide.
Costelas: são 12 pares ósseos que são presos nas vértebras torácicas (posteriormente) e no esterno (anteriormente). São classificadas em:
Ossos dos Membros Superiores Cintura escapular (Ombro): formada pela clavícula e escapula • Clavícula: direita e esquerda, localizada na porção ântero-superior da caixa torácica. Tem forma de “S”.
Ossos dos Membros Inferiores Cintura pélvica : formada pelos ossos do quadril, sacro e cóccix (da coluna)
O sistema articular é formado por articulações, ou seja, por um ponto de contato entre os ossos. Antigamente este contato era conhecido como juntura, daí a expressão “dor nas juntas”. Articulações são as uniões funcionais entre dois ou mais ossos do esqueleto. Elas podem permitir amplo movimento ou nenhum.
Em todo nosso corpo temos diferentes tipos de articulações: algumas que são bastante fortes e imóveis (conhecidas como sinartrose) e outras que permitem movimentos por serem flexíveis (anfiartrose e diartrose).
Estrutura
Articulações Sinoviais ou Diartroses : articulações que permitem amplos movimentos. As faces articulares dos ossos não estão em continuidade. São constituídas por cápsula articular e ligamentos, que envolvem a articulação, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos; por líquido sinovial, que lubrifica e facilita a movimentação; e por discos e meniscos, que tornam as superfícies articulares congruentes e agem como amortecedores de impacto. São dividas de acordo com o grau de movimentação permitida em:
Monoaxial movimentos apenas em torno de um eixo (1 grau de liberdade). Só permitem a flexão e extensão ou a rotação. Ex: cotovelo, interfalangianas, radio-ulnar.
Biaxial movimentos em torno de dois eixos (2 graus de liberdade). Realizam extensão, flexão, adução e abdução. Ex: punho e polegar.
Triaxial Realiza movimentos em torno de três eixos (3 graus de liberdade). As articulações que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação. Ex: Ombro e quadril.
Envelhecimento
Com o avanço da idade, a produção de sinóvia nas articulações é diminuída, a partir daí, começam a surgir os efeitos do envelhecimento nas articulações, que podem ser aumentados tanto por fatores genéticos quanto pelo seu desgaste.
Músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua contração são capazes de transmitir-lhes movimento. Este é efetuado por células especializadas denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Os músculos são capazes de transformar energia química em energia mecânica.
O músculo vivo é de cor vermelha. Essa coloração avermelhada das fibras musculares se deve à mioglobina, proteína semelhante à hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos, que cumpre o papel de conservar algum O2 proveniente da circulação para o metabolismo oxidativo.
Os músculos representam 40-50% do peso corporal total.
Funções dos Músculos:
a) Produção dos Movimentos Corporais: Movimentos globais do corpo, como andar e correr.
b) Estabilização das Posições Corporais: A contração dos músculos esqueléticos estabilizam as articulações e participam da manutenção das posições corporais, como a de ficar em pé ou sentar.
c) Regulação do Volume dos Órgãos: A contração sustentada das faixas anelares dos músculos lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do conteúdo de um órgão oco.
d) Movimento de Substâncias dentro do Corpo: As contrações dos músculos lisos das paredes vasos sanguíneos regulam a intensidade do fluxo. Os músculos lisos também podem mover alimentos, urina e gametas do sistema reprodutivo. Os músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue para o coração.
e) Produção de Calor: Quando o tecido muscular se contrai ele produz calor e grande parte desse calor liberado pelo músculo é usado na manutenção da temperatura corporal.
Grupos Musculares:
Em número de nove. São eles:
a) Cabeça b) Pescoço c) Tórax d) Abdome e) Região Posterior do Tronco f) Membros Superiores g) Membros Inferiores h) Órgãos dos Sentidos i) Períneo Classificação dos Músculos Quanto a Situação:
a) Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar). Exemplo: Platisma.
b) Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado.
b) Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos.
c) Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro.
d) Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal.
Quanto à Nomenclatura:
O nome dado aos músculos é derivado de vários fatores, entre eles o fisiológico e o topográfico:
a) Ação: Extensor dos dedos.
b) Ação Associada à Forma: Pronador Redondo e Pronador Quadrado.
c) Ação Associada à Localização: Flexor Superficial dos Dedos.
d) Forma: Músculo Deltoide (letra grega delta).
e) Localização: Tibial Anterior.
f) Número de Origem: Bíceps Femoral e Tríceps Braquial.
Tipos de Músculos
a) Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico.
b) Músculos Lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo.
c) Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE.
Componentes Anatômicos dos Músculos Estriados:
a) Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa).