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Apostila - cronometragem - 2005, Notas de estudo de Engenharia de Produção

Apostila - cronometragem - 2005

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 04/09/2011

emerson-vitorio-1
emerson-vitorio-1 🇧🇷

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SUMÁRIO PÁGINA
- Histórico do Estudo de Tempos e Movimentos 02
- Definição e Finalidades do Estudo de Tempos e Movimentos 03
- Escala de tempos 06
- Leitura de cronômetro – Contínua, Repetitiva e Sincronizada 06
- Divisão da operação em elementos- Regras básicas . Tipos 07
- Forma correta de tomada de tempos 08
- Tabela de Avaliação de atividades 09
- Percentual utilizado para avaliação do operador 14
- Tempo Padrão 15
- Tipos de tolerâncias em tempos. 16
- Problemas de avaliação do operador 17
- Determinação do Tempo Padrão 20
- Produção diária e horária padrão 20
- Balanceamento de mão de obra 21
- Racionalização de Processo e Lay-out 23
- Diagnóstico para necessidade de elaboração de Lay-out 24
- Planilha de cálculo de Tempos 27
- Exemplo de Balanceamento 100 % e 83% 28
- Planilha de estudo de tempos c/ percapta 29
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SUMÁRIO PÁGINA

    • Histórico do Estudo de Tempos e Movimentos
    • Definição e Finalidades do Estudo de Tempos e Movimentos
    • Escala de tempos
    • Leitura de cronômetro – Contínua, Repetitiva e Sincronizada
    • Divisão da operação em elementos- Regras básicas Tipos
    • Forma correta de tomada de tempos
    • Tabela de Avaliação de atividades
    • Percentual utilizado para avaliação do operador
    • Tempo Padrão
    • Tipos de tolerâncias em tempos.
    • Problemas de avaliação do operador
    • Determinação do Tempo Padrão
    • Produção diária e horária padrão
    • Balanceamento de mão de obra
    • Racionalização de Processo e Lay-out
    • Diagnóstico para necessidade de elaboração de Lay-out
    • Planilha de cálculo de Tempos
    • Exemplo de Balanceamento 100 % e 83%
    • Planilha de estudo de tempos c/ percapta

INTRODUÇÃO

HISTÓRICO DO ESTUDO DE TEMPOS E MOVIMENTOS

O estudo de tempos teve seu inicio em 1881 na usina da Midvale Steel Company, e Frederick Taylor foi seu introdutor. A entrada de Taylor na Midvale Steel Company fez com que ele chegasse a conclusão de que o sistema operacional da fabrica deixava muito a desejar, e logo após tornar-se o mestre geral, decidiu tentar mudar o estilo de administração de maneira que os interesses dos trabalhadores e da empresa não se conflitassem, mas percebeu que o maior obstáculo para a cooperação harmoniosa, era a incapacidade que a administração tinha em estabelecer uma carga de trabalho apropriada e justa para a mão-de-obra.

O estudo de movimentos teve a origem em 1885, quando Frank Gilbreth empregou-se numa empreiteira de construção civil aos 17 anos. Como naquela época os tijolos constituíam parte importante na maioria das

estruturas, Gilbreth começou por aprender o método usado para assentar tijolos. Por sua eficiência no trabalho foi sucessivamente promovido e no inicio deste século (XX) abriu sua própria empreiteira. Desde o inicio de seu trabalho na construção civil, Gilbreth notou que a cada pedreiro tinha seu método próprio de fazer o trabalho e que os dois homens nunca trabalhavam de forma igual e não usavam sempre o mesmo conjunto de movimentos. Um pedreiro por exemplo usava uma seqüência de movimentos quando trabalhava depressa, outros quando trabalhava devagar e ainda outros quando ensinava alguém a trabalhar.

Estas observações levaram Gilbreth a iniciar seus estudos e investigações com o objetivo de encontrar o melhor método de se executar determinada tarefa.

determinar qual a carga por pá que permitiria a um bom operário mover a quantidade máxima de material por dia.

Taylor escolheu dois dos melhores operários e colocou-os trabalhando em diferentes partes do pátio, estudando suas atividades com o auxilio de dois cronometristas.

De inicio, usara-se pás grandes, que acomodavam cargas maiores por pá. Cortadas as pontas das pás, apenas cargas pequenas foram movimentadas e anotaram-se as tonelagens deslocadas ao fim do dia com cada tipo de pá. Os resultados obtidos mostraram que, com a carga de 9,75 kg na pá, um homem obteria, em um dia, a tonelagem máxima de material deslocado. Assim, uma pá pequena era fornecida ao operário que movimentava o minério de ferro, e uma pá grande era usada pelo operário que deveria deslocar material mais leve, como cinzas, de tal forma que ambos os casos o peso de material por pá era 9,75kg.

Estabeleceu-se uma ferramentaria e compraram- se pás especiais, que eram entregues aos operários quando necessárias.

Além disso, Taylor criou um departamento de planejamento que determinava

Determinava antecipadamente o trabalho que seria feito no pátio.

Esse departamento emitia ordens aos mestres e aos trabalhadores a cada manhã, indicando a natureza do trabalho a ser feito, sua localização no pátio e as ferramentas que seriam necessárias. Em lugar de os operários trabalharem em grupos, o material que cada homem movimentava foi pesado ou medido ao fim de cada dia. O operário que executasse corretamente a tarefa que lhe tivesse sido especificada receberia um prêmio de mais 60% do salário daquele dia. Quando o operário não conseguia obter o prêmio, um instrutor lhe indicava a maneira correta de fazer o trabalho de forma a possibilitar-lhe a bonificação.

Depois de três anos e meio em Bethlehem, Taylor obtinha a mesma produção no pátio com 140 homens, produção que, anteriormente, requeria de 400 a 600 homens. Ele reduziu o custo do manuseio do material de 7 a 8 cents 3 a 4 cents por tonelada. Depois de pagar

todas as despesas adicionais, tais como o planejamento, a medição do trabalho de cada operário do sistema de bonificação, o custo dos prêmios e a ferramentaria.

Taylor ainda conseguiu uma redução de custos no ultimo meio ano, com a media de 78.000 dólares por ano.

É suficiente ler as experiências de Taylor relativas a usinagem de metais, os estudos sobre os períodos de descanso ao carregar-se lingotes de ferro gusa ou suas investigações sobre o uso da pá, para compreender-se que ele era um cientista do mais alto nível. Para Taylor, bem como para o gerente de empresa de hoje, o estudo de tempos é uma ferramenta para ser usada no aumento de eficiência geral da fábrica, tornando possíveis maiores salários para os trabalhadores, menores preços dos produtos para os consumidores e maiores lucros para as empresas.

DEFINIÇAO DO ESTUDO DE

TEMPOS E MOVIMENTOS

O estudo de tempos e movimentos e o estudo sistemático dos sistemas

de trabalho serão desenvolvidos com os seguintes objetivos:

01 - desenvolver e melhorar o sistema e o método preferido, usualmente aquele de menor custo;

02 - padronizar esse sistema e método;

03 - determinar o tempo gasto por uma pessoa qualificada e devidamente treinada, trabalhando num ritmo normal, para executar uma tarefa ou operação especifica;

04 - orientar o treinamento do trabalhador no método preferido.

05 - Conhecer as técnicas para efetuar cronometragem.

Objetivos

  • Fornecer dados para a determinação de custos.
  • Fornecer dados para a seleção e treinamento.
  • Fornecer dados para o planejamento, programação e controle da produção.
  • Prevenir acidentes e moléstias profissionais.
  • Melhorar os métodos de trabalho (racionalização)

Através da leitura sincronizada efetuamos o cálculo do percentual de erro, sendo que é admissível um percentual de erro no máximo de 0,5 %. Sempre que este percentual não for zero % recomenda-se revisar registros, cálculos, cronômetro e relógio. Caso (após detalhada revisão) o percentual for superior a 0,5 % (meio por cento) recomenda-se anular essa folha e efetuar nova cronometragem.

Divisão de operação em elementos

Assim como o processo produtivo é dividido em etapas que chamamos de operação, toda a operação pode ser dividida em etapas que chamamos de elementos da operação.

Abaixo temos uma definição simples do que entendemos por " Elemento " pois é indispensável definir bem o termo, para que possamos efetuar uma boa divisão.

Elemento de uma operação consiste em um ou vários movimentos combinados em uma determinada seqüência para alcançar um certo resultado.

Regras básicas para dividir a operação em elementos

  • Escolher elementos com duração mais curta possível, desde que possam ser cronometradas (nunca inferiores a 0,04 min.)
  • Definir claramente os pontos de separação entre os elementos, para permitir uma leitura exata dos tempos.
  • Os elementos de máquina devem ser separados dos manuais.
  • Os elementos regulares devem ser separados dos irregulares.

Razões para dividir elementos

Ao dividirmos em elementos, teremos maior número de informações da operação permitindo com maior facilidade eliminar tempos improdutivos, detectar qualquer afastamento do método padrão, sugerir mudanças no método e atribuir o adequado peso para os elementos de baixa freqüência na composição do tempo da operação.

Os elementos podem ser classificados em:

Elementos regulares - São aqueles que sempre se repetem ao executar uma operação.

Elementos irregulares - São aqueles que ocorrem durante a execução de uma tarefa, mas não se repetem a cada operação. Por exemplo, afiação ou troca de ferramenta.

Elementos estranhos - São aqueles que ocorrem durante a cronometragem mas não fazem parte necessariamente da operação observada.

Obs.: Os elementos estranhos são excluídos dos cálculos.

Tomada de Tempos

Não basta dividir uma operação em elementos, pois é necessário saber onde termina determinado elemento e começa o seguinte, porque é neste instante que deve ser feita a leitura do cronômetro.

Um sistema fácil, é o de escolher pontos de leitura correspondentes a perda ou tomada de contato do operador com a peça (ex.: cortador ao soltar a peça cortada).

Observação : O cronometrista durante a cronometragem deve estar atento á execução da operação,

desviando sua atenção somente para a leitura do cronômetro e registro do tempo.

Para que este desvio de atenção seja o mais breve possível o registro do tempo é simplificado. Por exemplo: Se o tempo é dezoito centésimos, ao invés de 0,18 deve-se anotar simplesmente .18 ou simplesmente 18.

TABELA DE AVALIAÇÃO DE

ATIVIDADES.

a- Nível médio – é um nível de duração estabelecido por definição. b- Condições – são aquelas que afetam sómente ao operário, e não as que afetam a operação ou ao método. c- Estabilidade – é o grau de variação dos tempos máximos e mínimos observados, com relação a média julgada de acordo com a natureza das operações, além da habilidade e o esforço do operário. d- Esforço – é a vontade de trabalhar controlável pelo operário, dentro dos limites impostos pela sua habilidade. Há que se lembrar sempre que, o esfôrço ora definido, não deve ser confundido com esforço físico.

  1. Interpreta bem os desenhos.
  2. Mostra-se um pouco lento nos movimentos.
  3. (^) Realiza um trabalho satisfatório.

HABILIDADE BOA

  1. (^) Francamente melhor que o homem comum.
  2. Expressivamente inteligente.
  3. Possui facilidade de raciocínio.
  4. Os titubeios totalmente eliminados.
  5. Necessita pouca vigilância ou fiscalização.
  6. Trabalha numa marcha constante.
  7. Bastante rápido nos seus movimentos.
  8. (^) Trabalha corretamente de acordo com as especificações.
  9. Pode instruir a outros menos hábeis.
  10. (^) Movimentos bem coordenados.

HABILIDADE EXCELENTE

  1. Precisão na ação.
  2. (^) Demonstra velocidade e suavidade na execução.
  3. Totalmente familiarizado com o trabalho.
  4. Não comete erros ou equívocos.
  5. Trabalha com exatidão, efetuando poucas medições e comprovações. 6. Obtém o máximo aproveitamento de sua máquina e ferramentas. 7. Trabalha rítmica e coordenadamente. 8. (^) Obtém velocidade sem sacrificar a qualidade. 9. Tem plena confiança em si próprio. 10. Possue grande aptidão natural para o trabalho em execução.

SUPER HABILIDADE

  1. O operário de habilidade excelente, aperfeiçoado.
  2. Tem permanecido no seu trabalho durante anos.
  3. Naturalmente adaptado ao trabalho.
  4. (^) Trabalha como uma máquina.
  5. Seus movimentos são tão rápidos e suaves que são difíceis de segui-los.
  6. (^) Não parece Ter que pensar o que está fazendo.
  7. Os elementos da operação se unem entre sí de tal maneira que seus pontos de separação são difíceis de reconhecer.
  8. Sem dúvida é o melhor trabalhador de todos.

Pela descrição dada, pode- se ver que os fatores mais importantes que devem ser levados em consideração para julgar a habilidade são:

a- Os titubeios ou a falta de titubeios. b- A precisão ou a falta de precisão nos movimentos. c- (^) A amplitude das interrupções dentro da ordem normal dos elementos ou operações, como conseqüência de uma execução não apropriada. d- O grau de confiança que o operário deposita em si mesmo. e- Sua coordenação e ritmo durante o trabalho.

Todos eles independente do método.

Assim uma vez que, como resultado do estudo destas definições e da observação minuciosa da perícia, fixou-se com clareza as normas pelas quais deverá julgar-se a habilidade, de tal forma que o observador de tempos não terá dificuldades em decidir sobre a mesma, em relação com qualquer classe de trabalho que lhe seja familiar.

Outra vez é conveniente estabelecer em forma esquemática, as características das cinco classes de esforço, de

forma que, com tais referências, se possa estabelecer facilmente uma delas.

ESFORÇO FRACO

  1. “Mata tempo” claramente.
  2. Falta de interesse no trabalho.
  3. (^) As sugestões o aborrecem.
  4. Trabalha devagar e se mostra preguiçoso.
  5. Tenta prolongar o tempo utilizando métodos inadequados consistentes em :

5.1.. Dar passeios desnecessários á procura de ferramentas ou materiais. 5.2.. (^) Efetuar dois movimentos quando basta apenas um. 5.3.. Não mantém em ordem o local de trabalho. 5.4.. (^) Efetua seus trabalhos com uma exatidão maior que a necessária. 5.5.. Utiliza, a propósito, ferramentas impróprias ou diferentes.

ESFORÇO REGULAR

  1. (^) As mesmas tendências gerais, mas com intensidade menor.
  2. Aceita as sugestões resmungando.
  3. (^) Sua atenção parece desviar-se do seu trabalho.

Os estudos foram feitos em trabalhos muito variados, de maneira que os fatores resultantes podem ser aplicados a todos os tipos de operações manuais.

Aplicados adequadamente e com conhecimento pleno dos princípios básicos em que se fundamentam, poderão obter-se deles, resultados muito satisfatórios. A cada grau de habilidade e esforço, corresponde um valor numérico. Somando-se ao valor de 1, à soma algébrica dos valores numéricos, obtém-se seu fator de nivelamento, com o qual multiplica-se os tempos elementares, afim de obter o correspondente ao nível médio de atuação.

PORCENTAGENS A SEREM EMPREGADAS NA CRONOMETRAGEM

demonstra não conhecer a seqüência dos elementos e comete número elevado de erros.

Lenta : Insuficiente coordenação de movimentos, grande hesitação e muitos erros.

Quase lenta : Movimentos bastante coordenados, mas com freqüentes hesitações. Muitos erros e fraca coordenação.

Normal : faixa de atividade normais. Com menos ou mais hesitações, o nível se mantém razoavelmente constante. Existem hesitações esporádicas para coordenar os movimentos. A concentração é satisfatória.

Quase veloz : Ritmo constante, com raras hesitações e grande concentração.

Veloz : nenhuma hesitação e ausência de erros.

Muito Veloz : movimentos sempre iguais, comparáveis aos de uma máquina.

TOLERÂNCIAS.

PESSOAL 5% ESFORÇO FÍSICO MONOTONIA

ESFORÇO MENTAL Muito Leve 1% 0’ a 0,05’ 8%

Muito leve 1% Leve 2% 006’ a 0,25’ 6% Leve 2% Quase leve 3% 0,26’ a 0,50’ 4%

Médio 3% Inferior ao Médio 6% 0,51’ a 1,00’ 2%

Pesado 4% Médio 8% 1,01’ a 4,00’ 1,5%

Muito Pesado 5% Superior ao Médio10% 4,01’ a 8,00’ 1,0%

Quase Pesado 12% 8,00’ a 15,00’ 0,5% Pesado 14%

para estabelecer um tempo padrão correto.

Tolerâncias por necessidades fisiológicas (pessoal)

Sob este conceito são consideradas todas as interrupções do trabalho

para atender as necessidades pessoais, tais como:

  • ir ao W.C.
  • lavar-se
  • acender o cigarro
  • merendas
  • conversas sobre trabalho
  • etc.

As condições de conforto têm grande influência nestas necessidades como podemos ver na tabela anexa, cujos valores são de aplicação geral.

Condições de Conforto % sobre duração do trabalho homens mulheres locais confortáveis 3% 5%

locais desconfortáveis 4,50% 7% locais com poeira, sujeira e ruídos excessivos 12%^ 20%

Tolerancias por Fadiga

Se a avaliação do fator de atuação ou atividade foi apontada como causa primordial nos erros cometidos na cronometragem,

podemos afirmar que o empirismo e a

arbitrariedade acusa índices mais elevados quando se trata de atribuir tolerâncias por fadiga. E achamos que durante muito tempo continuará sendo um