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Apostila Centro Cirurgico, Notas de estudo de Cirurgia Geral

Centro Cirurgico

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 28/08/2012

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Prof. Nádia R. G. de Andrade

INTRODUÇÃO PARA UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO

O Centro-cirúrgico (CC) pode ser considerado uma das unidades mais complexas do hospital, pela constante presença de agente estressores, devido às possibilidades de risco à saúde que os pacientes estão sujeitos ao serem submetidos à intervenção cirúrgica. Trata-se de um setor de alto custo, tanto pela construção, que deve ser executada de acordo com normas técnicas e assépticas. Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção. Conceito – Ministério da Saúde Conjunto de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem como a recuperação anestésica e pós operatória imediata Conceitos – Lamb (2000) “ É o conjunto de ambientes, devidamente localizados, dimensionados, inter-relacionados e dotados de instalações e equipamentos, com pessoal qualificado e treinado para a realização de procedimentos cirúrgicos, de forma a oferecer o máximo de segurança aos pacientes e às melhores condições de trabalho para equipe técnica”

FINALIDADE

Sendo um setor de circulação restrita, destacam-se, entre suas finalidades:  Realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade;  Servir de campo de estágio para a formação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos;  Servir de local para desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o desenvolvimento científico e especialmente para o aprimoramento de novas técnicas cirúrgicas e assépticas.

LOCALIZAÇÃO

O centro cirúrgico deve estar localizado em área de fácil acesso para pacientes críticos e próximo às áreas de suporte. ( unidades de internação cirúrgica, pronto socorro e UTI). Local de pouco ruído para reduzir os estímulos sonoros que possam interferir na concentração da equipe cirúrgica e desencadear estresse do paciente; O CC deve estar localizado em uma área do hospital que ofereça a segurança necessária às técnicas assépticas, portanto distante de locais de grande circulação de pessoas, de ruído e de poeira. O principal e mais importante aspecto físico a ser considerado na localização do C.C não é o seu local, e sim, a circulação geral interna, que deve ser livre para pessoas internas e totalmente bloqueada para pessoal de fora. O acesso ao C.C deve estar interligado de acordo com os profissionais que fazem parte dele:

Área de baldeação ou troca-macas: Localizada à entrada do Centro

Cirúrgico, onde se dá a transferência do paciente da maca em que veio para a maca privativa do centro.

Sala de material cirúrgico ou de estocagem de material

esterilizado: Destina-se à recepção, guarda e redistribuição de todo o material limpo e

esterilizado a ser usado no Centro Cirúrgico.

Lavabos: Destinados à lavagem e anti-sepsia das mãos e ante-braços, antes da

operação. Por isso, devem ser equipados com recipientes para Antissépticos e torneiras que possam ser manobradas sem o uso das mãos.

Sala de expurgo: Local equipado com tanque para o despejo de sangue,

secreções e outros líquidos provenientes da operação. Na sala de expurgo também de depositam, inicialmente, instrumentos, roupas usadas e outros materiais, para posterior lavagem. É considerada, portanto, área suja.

Sala de material de limpeza: Área para a reserva de materiais e de

utensílios usados na limpeza do Centro Cirúrgico.

Sala guarde equipamentos : área usada para guardar aparelhos como os de

anestesia, bisturi elétrico, aspiradores, focos portáteis, suportes de soro, mesas auxiliares e materiais que, eventualmente, não estejam em uso. O aparelho de raio X móvel poderá também ser guardado nessa sala, caso não haja local específico para ele.

Rouparia: Local destinado à guarda da roupa limpa não-estéril. Muitas vezes é

representada apenas por um armário.

Posto de enfermagem: Local destinado à chefia e à secretaria, que exercem

o controle administrativo da unidade.

Farmácia: A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial,

técnico-científica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares.

Sala de guarda de materiais estéreis e descartáveis: Local onde se

armazenam materiais descartáveis como seringas e agulhas, equipos de soro, fios de sutura, frasco de soro, entre outros. Modelo atualizado de farmácia satélite.

Elementos de apoio técnico ADM.: O Centro-cirúrgico conta com o

apoio imprescindível de alguns setores ligados direta ou indiretamente a ele e que deve estar prontamente preparados para atendê-lo para seu funcionamento, tais como: banco de sangue, raio-x, laboratório e anatomia patológica, serviço de engenharia clínica e de manutenção, farmácia, segurança e secretaria, e agendamento.

Sala DML: Área para a reserva de materiais e de utensílios usados na limpeza

do Centro Cirúrgico.

Portas: As portas das salas de cirurgia devem ser largas para facilitar a

passagem de macas e equipamentos cirúrgicos. Devem possuir metal na altura da maca para evitar seu estrago, ser lavável. É indicado o uso de portas do tipo vaivém que impeçam o uso das mãos para abrila. Que tenha visor de separação dos ambientes.

Piso: Deve ser de superfície lisa, não porosa, resistentes a agentes químicos,

sem fendas ou fissuras, realçar a sujeira, não refletir a luz, impermeável.

Paredes: Devem ser revestidas de material liso, resistente, lavável, antiacústico e

não refletor de luz. É proibido o uso de cimento sem nenhum aditivo antiabsorvente para rejunte de peças cerâmicas ou similares tanto nas paredes quanto nos pisos. Devem ser utilizados cantos arredondados nas paredes.

Teto: Deve ser de material resistente, lavável, não deve conter ranhuras e não

deve ser poroso, para facilitar a limpeza e impedir a retenção de microorganismos. Deve ser contínuo, não sendo permitido a utilização de forro falso-removível. É recomendado um espaço útil de no mínimo 80 cm de altura livre entre a laje do forro e o piso do pavimento superior, possibilitando assim a instalação de novos equipamentos e a entrada do pessoal do serviço de manutenção. Devido ao grande risco de incêndio, pelo elevado número de materiais de fácil combustão, a sala cirúrgica, além de contar com os equipamentos de combate a incêndio do centro-cirúrgico (extintores e mangueiras) a sala de cirurgia deve contar com um sistema de segurança que, através da elevação da temperatura, produz fortes borrifos de água no ambiente.

SALA OPERATÓRIA

Sala operatória: Dependência do Centro Cirúrgico destinada à realização das

intervenções cirúrgicas. Por isso, o trânsito a ela é restrito e a limpeza é feita com o máximo rigor, pois deve ser a área mais limpa do centro.

 Aspirador portátil  Eletrotermocauterio  Coxins  Extensão

ILUMINAÇÃO

A iluminação do ambiente hospitalar é tratada legalmente pela NR-17 da portaria n°3214/78, e através da NBR 5413/92 da Associação Brasileira de Normas técnicas (ABNT) recomenda os níveis ideais de iluminação para o ambiente de trabalho. Na sala de operação, o objetivo da iluminação é minimizar a tarefa visual das equipes médicas e enfermagem e oferecer condições para que a operação se processe com precisão, rapidez e segurança.

Iluminação de emergência: Devem existir sistemas interligados e

automáticos, para acionarem geradores reserva de imediato na eventualidade de uma interrupção do fornecimento de força para o Centro-cirúrgico.

O foco cirúrgico: Deve-se levar em consideração os seguintes aspectos:

 Eliminação de sombras e reflexos;  Eliminação do excesso de calor no campo operatório;  Proteção contra ocasional interrupção devido a falta de energia elétrica.

VENTILAÇÃO/ AR CONDICIONADO

Deve atingir as exigências da NBR n°7256/82 tais como:  Prover o ambiente de aeração em condições adequadas de higiene e saúde: 99,9% de eficiência na retenção de partículas de até 5 micra de diâmetro.  Remover partículas potencialmente contaminadas liberadas no interior das salas sem acarretar turbulência aérea: recomenda-se de 20 a 25 renovações completas do ar da sala, no espaço de uma hora.  Impedir a entrada no Centro-cirúrgico de partículas potencialmente contaminantes, oriundas de áreas adjacentes: a pressão do ambiente da sala deve ser discretamente mais elevada que nos demais compartimentos do centro-cirúrgico.  Proporcionar umidade relativa adequada e temperatura ambiente de conforto e segurança para o paciente e para a equipe que o assiste: temperatura entre 22 e 23°C. A umidade deve permanecer entre 55 a 60%. No entanto, não deve ultrapassar 70% para não se tornar ambiente propício ao des envolvimento de microorganismos.  Manter nível sonoro mínimo de instalação e utilização do sistema de ventilação: não devem ultrapassar os previstos pela norma brasileira NBR n° 6401/80.  Sistema energético alternativo para o sistema de ventilação na falta do sistema elétrico principal.

RUIDOS: Os ruídos no centro cirúrgico podem ser provenientes de diferentes fontes -

desde aqueles decorrentes das conversas das pessoas até os produzidos pelos instrumentais utilizados em determinadas cirurgias, como as ortopédicas e algumas plásticas. Estes se caracterizam não pela intensidade, mas pela frequência. Assim, os trabalhadores ficam muito expostos, tornando-se vulneráveis a desenvolver estresse, entre outros distúrbios.

SALA GASES / REDE DE GASES:

 Oxigênio: O sistema de abastecimento pode ser descentralizado (utilização de

cilindros avulsos, transportados até o local de utilização) ou centralizado (conduzido por tubulação central até os pontos de utilização).

 Ar comprimido: Também pode advir de um sistema descentralizado (cilindros

com pressões entre 120 e 190 Kgf/cm , como o oxigênio) ou centralizado (compressor com 100% de consumo máximo provável, que funcione automaticamente ou manualmente).

 Vácuo clínico: Produzido por bombas, que devem ter capacidade de 100% do

consumo máximo provável, que funcione alternadamente ou em paralelo em caso de emergência. É importante manter outro tipo de sistema de suprimento autônomo de emergência, para manutenção da rede de vácuo ou pane da distribuição convencional.

 Óxido nitroso: O sistema de abastecimento pode ser escentralizado (alto

consumo – conduzido por tubulação dos cilindros até os pontos de utilização) ou centralizado (utilizado em caso de baixo consumo utilização de cilindros transportáveis até os pontos de utilização).

 Nitrogênio: É fornecido em cilindros com pressão variando entre 120 e 190

Kgf/cm, e também em forma líquida. Quando misturado com oxigênio medicinal, é chamado de ar estéril.

De acordo com as normas nacionais e internacionais, os gases medicinais são distribuídos com as seguintes cores, segundo a NBR nº 6493/94 e NBR nº 12188

Verde : oxigênio.

Azul marinho : óxido nitroso.

Amarela: ar comprimido medicinal.

Cinza claro : vácuo medicinal.

Eletrofulguraçâo: consiste na oclusão dos vasos e capilares através de faíscas elétricas a distancia.

OS RISCOS ELETROCIRÚRGICOS

 Choques;  Queimaduras ;  Fumaça cirúrgica;  Incêndios;  Interferência eletromagnética em outros equipamentos.  Mau funcionamento do equipamento (operacional);  Mau funcionamento do equipamento (falta de manutenção e/ou calibração adequada);  Mau uso do equipamento (desconhecimento do usuário);  Desatenção do usuário.

METODOS DE USO:

 Método Direto : aplicação direta do eletrodo ativo sobre a área desejada, é

mais utilizada para hemorragia capilar e pequenos vasos.

 Método indireto: é o pinçamento do vaso com uma pinça hemostática,

tocando 2 a 3 cm acima da ponta da pinça com o eletrodo +, é o método mais usado.

 Método a distância: o eletrodo ativo 2 a 8 cm local a ser coagulado, a

faísca solta esse pequeno espaço e atinge o tecido.

MEDIDAS DE SEGURANÇA:

 A intensidade do paciente no local da placa deve ser avaliada antes e depois da cirurgia particularmente nos pontos de pressão.  A placa dispersiva deve ser colocada só depois do paciente já está na posição definitiva para a cirurgia.  A placa dispersiva deve ser colocada em área limpa, sem pelos e seca.  Deve ser colocada (placa) mais perto possível do local da cirurgia e no mesmo lado da cirurgia.  Colocar a placa em ampla massa muscular evitando saliências ósseas, próteses de metal sobre a pele, pontos depressa.  Também tecidos escarificadas devem ser evitadas quando colocar a placa pois diminui o contato com o corpo.  Obs: se precisar de gel, placa, devem estar limpa evitando resíduos.

 Contato regular e homogênea da placa dispersiva com o corpo do paciente para permitir a boa distribuição da corrente.  Observar que não haja deslocamento da placa da região de contato, quando se fizer necessário mobilizar o paciente durante o ato cirúrgico.

LOCAIS PARA COLOCAÇÃO DA PLACA

 Panturilha;  Face posterior da coxa;  Região glútea.

CONTROLE DO PARELHO

 Contato anadequado do paciente com a placa;  Colocação eficiente da placa;  Conexão adequada do cabo e placa;  Conexão adequada da própria unidade.

INTENSIDADE

Quantidade de energia da UEC deve ser tão baixo quanto possível para cada procedimento determinado pelo cirurgião em conjunto com as recomendações do fabricante, confirmado pelo circulante. No sistema não isolado uma queda acidental de energia pode causar queimaduras na área de contato.

VANTAGENS E DESVANTAGENS:

Vantagens:

 A incisão é esterilizante, impossibilitando a propagação de germes ou células neoplásicas pelo bisturi.  A obliteração dos capilares com os interstícios linfáticos diminuindo assim a hemorragia capilar e a secreção pós operatório da ferida.  A hemostasia é rápida, permitindo melhor visão do campo operatório.

Desvantagens:

 Não serve para obliterar vasos medianos e grandes.  Necrose de tecido não se consegue evitar a combustão das células mais próximas a  incisão, com o risco de haver complicações nas cicatrização.

ROTINAS DO CENTRO CIRURGICO

O transporte do paciente da Unidade ou Clinica Cirúrgica para o CC.

o devemos observar alguns cuidados:

 preparar a maca com roupa limpa;  verificar na escala o nome do paciente, clinica, numero de quarto e leito, cirurgia que ira realizar, cirurgião responsável;  verificar se o paciente tem algum cuidado especifico do período pré-operatório imediato,  Verificar se o prontuário está completo, incluindo radiografias, exames laboratoriais, autorizações do convênio.  Verificar também se foi administrado medicação pré – anestésica e se esta foi checada na prescrição;  apresentar-se ao paciente, como funcionário do CC e ou responsável em transporta-lo para referida Unidade;  verificar a presença de esmalte e prótese  Solicitar que esvazie a bexiga, caso não esteja com sonda vesical;  encostar a maca ao leito e entregar a camisola própria do CC, ajudando-o a vesti-la se necessário;  ajudar o paciente a passar da cama para a maca;  colocar o prontuário sob o colchão da maca;  transportar o paciente para o CC, empurrando a maca pela cabeceira;  entregar o paciente aos cuidados da enfermeira da Unidade.

O paciente deve ser recebido na Unidade de CC pela enfermagem.

E observar os seguintes cuidados:

 receber cordialmente, na sala de transferência de macas, identificando-o e verificando se o prontuário está completo;  verificar anotações referentes ao pré-operatório tais como:  medicação pré – anestésica, sinais vitais, tricotomia ampla, retirada de jóias, próteses e outros;  proteger os cabelos do paciente com gorro;  transportar à sala cirúrgica entregando à circulante;

ORGANIZAÇÃO DE PESSOAL

O pessoal que atua na unidade pode ser dividido em 3 equipes: com suas respectivas funções:

 Equipe de anestesia  Equipe de cirurgia  Equipe de enfermagem

Estas três equipes prestam assistência direta através de um trabalho harmonioso, visando a segurança do paciente e à eficiência do ato cirúrgico. 1º Equipe de anestesia: compõe-se de anestesiologista 2º Equipe Cirúrgica: formada pelo cirurgião, assistente e instrumentador 3º Equipe de Enfermagem: composta pela enfermeira, técnica de enfermagem e auxiliar de enfermagem.

ANESTESISTA : é de sua responsabilidade prescrever a medicação pré

anestésica, planejar e executar a anestesia, bem como controlar o paciente no trans e pós – operatório, até o restabelecimento de seus reflexos.

CIRURGIÃO : é da sua competência planejar e executar o ato cirúrgico,

comandar e manter a ordem no campo operatório.

1º ASSISTENTE: é sua função auxiliar no campo operatório e se

necessário, substituir o cirurgião

INSTRUMENTADOR: é o integrante da equipe que se responsabiliza pelo

preparo da mesa, fornece instrumentais ao cirurgião e assistente, mantém a mesa em ordem desde o inicio até o termino da cirurgia.

EMFERMEIRA : é o profissional habilitado para coordenar o

desenvolvimento do ato anestésico cirúrgico em todas as suas etapas. Pode ser o chefe do setor, o supervisor dependendo da organização estrutural adotada.

TECNICO DE ENFERMAGEM: é o profissional habilitado para exercer a

maioria das atividades de enfermagem no Centro Cirúrgico como cuidado direto ao paciente, sendo subordinado ao enfermeiro. Auxiliar a enfermeira caso seja necessário;

AUXILIAR DE ENFERMAGEM : Exercer a função de circulante de sala e

outras que foram delegadas pela enfermeira. Revisar e repor diariamente o material da sala cirúrgica.

ESCRITURÁRIA: Registrar os pedidos de cirurgia; Fazer estatísticas

diariamente das cirurgias realizadas e não realizadas; Executar tarefas solicitadas pela enfermeira; Digitar diariamente a escala de cirurgia

Na admissão do Paciente:

 Verificar sua identificação através do prontuário vindo com ele.  Verificar condições de tricotomia, ou realiza-la  Verificar se foram retiradas jóias e próteses, bem como óculos.  Verificar se o preparo, quando necessário, foi realizado, e o tempo que houve para finaliza-lo.  Verificar sondagens e seus efeitos  Transporta-lo para a sala cirúrgica de acordo com o mapa local de cirurgia e acomoda-lo na mesa cirúrgica.  Anotar horário de entrada no CC, e horário de entrada na sala de operação.

Transferência do paciente para a mesa de operação:

Após a apresentação do paciente à equipe da sala de operação, ele deve ser passado para a mesa cirúrgica, mantendo sua privacidade, segurança física e emocional e seu conforto. Alguns cuidados devem ser tomados para a transferência do paciente, como:  Fazer o nivelamento da altura da mesa cirúrgica com a maca.  Posicionamento da maca contra as laterais da mesa cirúrgica, evitando assim  sua movimentação que pode ocasionar a queda do paciente.  Solicitar ao paciente para que passe para a mesa cirúrgica, se fisicamente capaz.  Posicionar confortavelmente o paciente na mesa cirúrgica

Na sala de Cirurgia:

 Puncionar a veia ou auxiliar na instalação dos soros.  Auxiliar o anestesiologista na indução e manutenção da anestesia.  Auxiliar a equipe cirúrgica no posicionamento do paciente.  Auxiliar na paramentação da equipe cirúrgica.  Colocar o paciente na posição para receber a anestesia  Em seguida à anestesia, colocar o paciente na posição em que ocorrerá o ato  cirúrgico.  Após o paciente ficar em posição, o circulante deve auxiliar a equipe médica com a colocação dos aventais, deixando abertos os pacotes de luvas e os pacotes de Lap.  Solicitar ao instrumentador que lhe seja informado sobre os fios e materiais extras para a cirurgia.  Abrir os pacotes de compressas e outros materiais que lhe foram solicitados, e colocar na mesa do instrumentador, dentro das técnicas de abertura de pacotes.  Acender o foco.

 Colocar o arco  Realizar na anti-sepsia da área operatória  Colocar a placa dispersiva do gerador eletro-cirúrgico (placa do bisturi).  Auxiliar na colocação dos campos cirúrgicos.  Prover as mesas do instrumentador e de cirurgião assistente com artigos e equipamentos necessários ao ato operatório.  Manter o ambiente asséptico.  Acompanhar a cirurgia provendo ao instrumentador artigos necessários ao ato operatório.  Manter boa iluminação da área cirúrgica  Manter o ambiente calmo.  Realizar controle de perda sanguínea por meio da pesagem das compressas e gazes utilizadas.  Preencher a ficha transoperatória, a fim de fornecer subsídios para continuidade dos cuidados de enfermagem.  Prover equipamento para monitoração (cardíaca, oximetria, pressão não- invasiva, capnografia).  Verificando seus SSVV.  Manter a ordem e a limpeza da sala durante todo o tempo em que a cirurgia estiver ocorrendo.  Suprir as necessidades de materiais e medicamentos que lhe forem solicitados.  Após o inicio da cirurgia, anotar o gasto cirurgico, anotando tudo de forma clara e precisa, com atenção aos códigos e quantidades utilizados.  Realizar a anotação de enfermagem,  Encaminhar peças para anátomo, de acordo com a rotina local;  Estar atento à quantidade de medicamentos utilizados, bem como os gases, devem anotar inicio e termino deles.  Anotar possíveis queixas do paciente e avisar a equipe, principalmente o anestesista.  Após o termino da cirurgia, o circulante deve retirar os campos de cima do paciente, cobrindo-o com lençol e encaminhá-lo à SRPA de acordo coma orientação médica.  Retirar da sala todo material, equipamento e roupas que foram utilizados, dando destino a cada um, de acordo com a rotina do local.  Solicitar ao serviço de apoio ou semelhante, a limpeza terminal/concorrente da sala.  Montar a sala para a próxima cirurgia; caso tenha cirurgia especifica, montar a sala com equipamentos básicos.

 Lâminas de laringoscópios devem sobre processo de limpeza com água e sabão com pH neutro, utilizando-se uma escova para remoção da sujidade e desinfecção com álcool a 70%.  Recolher cubas e avulsos colocando-os no carrinho abastecedor de devolução.  Retirar luvas de procedimentos.  Lavar as mãos.  A roupa e o lixo devem ser retirados da sala de operação em carros fechados, seguindo a rotina da instituição.  Após as etapas anteriores, realizar a limpeza da sala de operação conforme  Preconizado pela instituição.

Deve conter na sala cirúrgica:

 Acessórios para o posicionamento do paciente na mesa cirúrgica  Soluções anti-sépticas (PVPI tópico e degermante, clorexidina).  Soluções medicamentosas como Ringer simples e lactato, soro fisiológico e Glicosado.  Medicamentos de forma geral e anestésicos.  Adesivos (micropore, esparadrapo).  Impressos, tais como: registro de anestesia, débito de sala, requisição de exames, descrição de cirurgia, prescrição médica, requisição de hemoderivados, etc.

Artigos diversos em relação à equipe médica e à instrumentadora

cirúrgica:

 Controlar e orientar o uso correto do uniforme privativo, visando à segurança do paciente.  Auxiliar os elementos da equipe cirúrgica a vestirem o avental e as luvas.  Iniciar a abertura dos pacotes em seqüência de uso e obediência à técnica asséptica.  Luvas de todos os tamanhos (7,0; 7,5; 8,0; 8,5 e 9,0).  Pacotes de campos cirúrgicos (LAP).  Pacotes de aventais.  Pacotes de compressas grandes de pequenas.  Pacotes de gazes (10 a 20 unidades).  Fios de sutura comuns e específicos para o procedimento cirúrgico.  Caixa de instrumental cirúrgico.  Seringas; agulhas; equipos e artigos para anestesia.  Sondas; drenos e cateteres.  Cabo de bisturi elétrico e sistema de aspiração de secreção  Manoplas.  Bandejas de anestesia

 Artigos específicos de acordo com o procedimento cirúrgico.  Checar a validade da esterilização e a integridade das embalagens dos artigos.

LIMPEZA DA SALA DE OPERAÇÃO:

É o procedimento de remoção de sujeira, detritos indesejáveis e microorganismos presentes nas superfícies dos equipamentos e acessórios, mobiliários, pisos, paredes mediante a aplicação de energia química, mecânica e térmica. A escolha do procedimento de limpeza deve estar condicionada ao potencial de contaminação das áreas e artigos e dos riscos inerentes de infecções hospitalares.

São consideradas quatro etapas da limpeza em CC:

Limpeza preparatória: realizada antes do início das cirurgias programadas

do dia. Remover as partículas de poeira nas superfícies dos mobiliários, focos cirúrgicos e equipamentos com solução de álcool 70%.

Limpeza operatória : realizada durante o procedimento cirúrgico

consistindo apenas na remoção mecânica da sujidade (sangue e secreções) utilizando um pano comum embebido em agente químico de amplo espectro para que não ocorra secagem da superfície e disseminação contaminando o ar;

Limpeza concorrente : Executada no término de cada cirurgia. Envolve

procedimentos de retirada dos artigos sujos da sala, limpeza das superfícies horizontais dos móveis e equipamentos.  O hamper deve ser fechado e levado ao local de acesso à lavanderia.  O instrumental cirúrgico deve ser encaminhado ao expurgo da central de materiais e esterilização (CME) o mais cedo possível para o reprocessamento.  As conexões do aspirador de secreções devem ser retiradas, desprezadas ou  levadas ao expurgo da CME.  Artigos em aço inoxidável, de vidro, de borracha, utilizados na cirurgia recebem cuidados especiais. O conteúdo do frasco deve ser desprezado em local apropriado. Os frascos devem ser descartados ou trocados e desinfetados, antes do uso da próxima cirurgia.  As cânulas endotraqueais devem ser desprezadas após o uso.  As superfícies dos mobiliários e dos equipamentos existentes na SO devem ser  limpas com solução desinfetante, geralmente o álcool 70%.  Não usar hipoclorito de sódio em superfícies metálicas devido ao risco de corrosão dos metais.