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Guias e Dicas
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Apostila avaliação crianças com PC, Manuais, Projetos, Pesquisas de Nutrição

Apostila de avaliação nutricional de crianças com Paralizia cerebral

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020
Em oferta
30 Pontos
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Compartilhado em 04/04/2020

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PROTOCOLO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL PARA
PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL
COTOLENGO/ MS
CAMPO GRANDE- MS
2017
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PROTOCOLO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL PARA

PACIENTES COM PARALISIA CEREBRAL

COTOLENGO/ MS

CAMPO GRANDE- MS

Estágio supervisionado por Nicole Ramos

Preceptora Walkiria Vieira

Estagiárias

Ana Paula Freitas da Silva

Daniela de Oliveira Andreani

Jenifer Aquino da Silva

Simone da Silva Pereira e Silva

Carolina Lais dos Santos

Tânia Romero Rocha

CAMPO GRANDE- MS

4.1 Nutrição oral.................................................................................................................... 0 12 4.1.1 Dieta geral ou branda............................................................................................. 0 13 4.1.2 Dieta Branda.......................................................................................................... 1 14 4.1.3 Dieta Pastosa......................................................................................................... 1 15 4.1.4 Dieta líquida pastosa ou pastosa liquidificada......................................................... 1 16 4.1.5 Dieta líquida completa................................................................................................. 0 6 2 18 4.2 Nutrição parenteral.......................................................................................................... 0 6 2 19 4.2.1 Fórmulas......................................................................................................................^0 6 2 21 4.3 Nutrição Enteral .................. ........................................................................................... 0 6 2 21 5 CÁLCULOS DIETA .............................................................................................................. 22 5.1 Taxa metabólica basal.................................................................................................... 0 6 22 5.2 Fator atividade................................................................................................................. 0 6 23 6 RECOMENDAÇÕES ............................................................................................................ 24 6.1 Necessidades calóricas.................................................................................................. 0 6 25 6.2 Macronutrientes.............................................................................................................. 0 6 25 6.3 Necessidade de micronutrientes................................................................................... 0 6 26 6.4 Vitaminas....................................................................................................................... 0 6 27 6.5 Recomendação hídrica.................................................................................................. 0 6 28 6.6 Ganho de peso............................................................................................................... 0 6 29 7 CONDUTA NUTRICIONAL ................................................................................................ 29 8 EVOLUÇÃO ...................................................................................................................... 29

9 TABELAS .............................................................................................................................. 26 10 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 38 11 ANEXOS ....................................................................................................................

Anexo 1- Recomendações nutricionais para crianças em terapia enteral............................ 0 6 47 Anexo 2 – Exame físico........................................................................................................ 0 6 48 Anexo 3 – Curva percentil P/I............................................................................................... 0 6 58 Anexo 4 – Curva percentil E/I............................................................................................... 0 6 68 Anexo 5 – Curva percentil IMC/ I.......................................................................................... 0 6 78 Anexo 6 – Modelo anamnese............................................................................................... 0 6 83 Anexo 7 – Exames bioquímicos............................................................................................ 0 6 83

2.1 Dados do paciente Para iniciarmos o processo de inclusão do paciente na Cotolengo, é necessário primeiramente uma entrevista com a família, onde algumas informações necessárias são questionadas; ➢ Dados Pessoais;

  • Nome do Paciente;
  • Data de Nascimento;
  • Sexo;
  • Profissão;
  • Escolaridade;
  • Responsável;
  • Telefone;
  • Endereço;
  • Data da Entrevista. ➢ Diagnostico Medico;
  • Paralisia Cerebral, qual Grau?
  • Outras Patologias? ➢ Fármacos utilizados. ➢ História Social;
  • Número de pessoas na família
  • Antecedentes patológico familiar
  • Renda destinada a alimentação
  • Habitação: alvenaria; madeira; mista Própria; alugada (valor); Agua encanada; esgoto; fossa; 2.2 Anamnese Alimentar
  • Identificar preferencias alimentares, intolerâncias, aversões, alergias, condições do apetite e da mastigação e funcionamento do TGI.
  • Sintomas relacionados com a alimentação;
  • Distensão abdominal; Vômitos; Flatulências; Dor; Constipação; Refluxo; Diarreia e frequência que ocorre.
  • Uso de sonda;
  • Sim ou não; Localização;
  • Solicitar aos responsáveis, todos os exames do paciente para análise do Histórico Clinico. OBS: modelo de anamnese em ANEXO A. 2.3 Exame físico O exame físico inclui a avaliação subjetiva de 3 aspectos da composição corporal: gordura, músculo e estado de hidratação. Em ANEXO B estão descriminadas as possíveis deficiências. 2.4 Exame bioquímico Solicitar exames é muito importante e útil no fechamento do diagnóstico nutricional do paciente. Porém, lembre-se que compete ao nutricionista inteira responsabilidade sobre as justificativas técnicas para tais solicitações, bem como sobre a leitura e interpretação dos resultados que estes exames oferecem ( RDC nº 306 ).
  • Exames laboratoriais utilizados em desnutrição proteica: hemograma completo, proteínas totais, proteína ligadura de retinol, índice de creatinina-altura (ICA).
  • Exames bioquímicos para avaliação e acompanhamento de doenças cardiovasculares: triglicérides, colesterol total, HDL, LDL, VLDL, apoliproteína A, apoliproteína B.
  • Exames utilizados para acompanhamento de doenças endócrinas: glicemia, teste oral de tolerância à glicose, insulina, hemoglobina glicada.

3 Protocolo mínimo de avaliação nutricional 3.1 Peso Para aferição do peso de pacientes portadores de PC, deve-se seguir os seguintes passos:

  • A balança deve ser digital própria para cadeirante.
  • Verificar se a balança está calibrada.
  • Posicione a cadeira de rodas sem o paciente e com todos os pertences que costumam ficar com paciente como (almofada, bicho de pelúcia, mesa, etc.), anote o peso da cadeira;
  • Com o paciente na cadeira, posicione-o encima da balança, trave a roda em seguida anote o peso do paciente com a cadeira;
  • Desça o paciente da balança e só depois subtraia, o peso do paciente com a cadeira menos o peso da cadeira.

Peso atual: Peso do paciente com a cadeira – Peso da cadeira

3.2 Estatura Em alguns pacientes com PC, a medida da estatura é bastante difícil, algumas vezes tornando se necessário o cálculo da estatura estimada (E), por meio da medida do comprimento do joelho ao calcanhar (CJ), Figura 1, (STEVENSON, 1995; SAMSON-FANG e STEVENSON, 2000; LIPTAK, et al. 2001; FUNG, et al. 2002; SAMSON-FANG, 2002; SARNI, 2002) Esse cálculo foi proposto por STEVENSON (1995) em crianças de 2 a 12 anos, com limitações físicas, conforme:

E (cm) = (2,69 x CJ) + 24,

3.3 Curvas de Crescimento As curvas para paralisia cerebral são representadas de acordo com o estado motor da criança. Portanto estratificara-se grupos de crianças com PC conforme suas habilidades motoras brutas (equilibrar-se, caminhar e engatinhar) e sua

capacidade de alimentação (MUSSOI, 2015). Os grupos foram subdivididos em cinco:

  • Grupo 1: anda bem sozinha por, pelo menos, 6 metros e equilibra-se bem.
  • Grupo 2: anda com apoio ou com oscilações sozinha por, pelo menos, 3 metros, mas não anda bem sozinha por mais de 3 metros. Não se equilibra sem apoio.
  • Grupo 3: engatinha, mas não anda.
  • Grupo 4: não anda, não engatinha, não se alimenta sozinha e não é alimentada por sonda de gastrostomia, mas alimenta-se de outro modo.
  • Grupo 5: não anda, não engatinha, não se alimenta sozinha e é alimentada por sonda de gastrostomia. Obs.: Curvas de percentis de P/I, E/I e IMC/Iem anexo 3 , 4 e 5. 3.4 Índice de Massa Corporal O índice de massa corporal (IMC) ou índice de Quetelet (IQ) é o indicador mais simples da avaliação do estado nutricional. É calculado a partir da fórmula: 𝐼𝑀𝐶 =

Para classificar o IMC por idade, utiliza-se os percentis representados em anexo 22 ao 31, e classificação em tabela 3. 3.5 Circunferência do braço A circunferência do braço (CB) é uma medida muito utilizada na avaliação nutricional e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o braço relaxado ao longo do corpo, essa medida é aferida no ponto médio entre o processo acromial da escápula e o olécrano da ulna. Para o cálculo da adequação da CB, utiliza-se a fórmula: Adeq.CB (%) = CB aferida (cm) x 100 CB percentil 50

OBJETIVO

Manter o estado nutricional de pacientes com ausência de alterações metabólicas significativa nutricional. INDICAÇÃO Para pacientes que não necessitam de restrições especificas e que representam funções de mastigação e gastrintestinais preservado. CARACTERÍSTICAS Dieta suficiente, harmônica, consistência normal, distribuição e quantidade normais de todos os nutrientes, ou seja, normoglicídica, normoproteíca, normolipídica balanceada e completa. ALIMENTOS RECOMENDADOS Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas e seus produtos integrais, pobres em gorduras; hortaliças e frutas frescas; leite, iogurte, queijo com pouca gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos magros (sem pele e gordura); e gorduras, óleos e açúcares com moderação. ALIMENTOS CONTRAINDICADOS Pães, cereais, arroz, massas, leguminosas ricos em gorduras e açúcar; hortaliças e frutas, enlatadas com sal e óleo, e conservas com calda de açúcar respectivamente; leite, iogurte, queijo ricos em gordura e sal; carnes, aves, peixes e ovos

ricos em gordura e sal, como os frios em geral; e gorduras, óleos e açúcares em excesso (Dias et.al., 2009). 4.1.2 Dieta branda OBJETIVO Fornecer calorias e nutrientes para manter o estado nutricional, além de melhorar a mastigação, deglutição e digestão. INDICAÇÃO Para crianças e idosos, com alterações ou perturbações orgânicas e funcional do trato gastrintestinais. CARACTERÍSTICAS Normoglicídica,normoproteíca, normolipídica, balanceada e completa; consistência branda 5 a 6 refeições diariamente, tempo indeterminado, pobre em tecidos celulósicos e tecidos conjuntivo, modificado por cocção ou subdivisão. ALIMENTOS RECOMENDADOS Salada cozida; carnes frescas cozidas, assadas, grelhadas; vegetais cozidos no forno, água, vapor e refogados; ovo cozido, pochê ou quente; frutas (sucos, em compotas, assadas, ou bem maduras, sem a casca); torradas, biscoitos, pães enriquecidos (não integrais); pastel de forno, bolo simples, sorvete simples;

transformados em purê. Mingaus de amido de milho, aveia, creme de arroz. Alimentos sem casca ou pele, moídos, liquidificados e amassados. ALIMENTOS CONTRAINDICADOS Alimentos duros, secos, crocantes, empanadas, fritos, cruas, com semente, casca, pele. Preparações contendo azeitona, passas, nozes (outras frutas oleaginosas), coco e bacon. Iogurte com pedaços de frutas, frutas com polpas, hortaliças folhosas cruas, com sementes; biscoitos amanteigados, pastelarias. 4.1.4 Dieta liquida-pastosa ou pastosa liquidificada OBJETIVO Fornecer ao paciente uma dieta que permite minimizar, o trabalho do trato gastrintestinal e a presença de resíduo no cólon. INDICAÇÃO Para pacientes com problemas de mastigação e deglutição e digestão, com trato gastrintestinal moderadas alterações; e para o pós operatório de cirurgias do TGI. CARACTERÍSTICAS Dietas normolipídica, normoglicídica,

normoproteíca, com consistência liquidificada, volume de 200 a 400 ml por refeição, por tempo indeterminado; 5 a 6 refeições. Obs: na instituição Cotolengo realizam-se 4 refeições. ALIMENTOS RECOMENDADOS Preparações com alimentos liquidificados e amassados. ALIMENTOS CONTRAINDICADOS Leguminosas e grãos, alimentos crus e inteiros. 4.1.5 Dieta liquida completa OBJETIVO Hidratar e nutrir os tecidos; repousar o gastrointestinal, e amenizar a sintomatologia. INDICAÇÃO Para pacientes que apresenta alterações na mastigação, deglutição, digestão ou disfagia; com anorexia, que estão preparando para exames, ou em pós operatório, em caso de graves infecções, transtornos gastrintestinais. CARACTERÍSTICAS Hipocalórica, (de^ 1.000 a 1500kcal/dia normoglicídica, normoproteíca,

e pós-operatório. CARACTERÍSTICAS Hipocalórica, (VET de 500 a 600 kcal/dia) hiperglícidica, hipoproteíca, consistência liquida por refeições, de três em três horas, isenta de fibras. ALIMENTOS RECOMENDADOS Água, infusos adocicados com açúcar e dextrosol e bebidas carbonatadas; caldos de legumes coados; sucos de frutas coados; geléia de mocotó, gelatina, sorvetes a base de frutas coadas (sem leite). ALIMENTOS CONTRAINDICADOS Cereais integrais com exceção do caldo; leguminosas; condimentos com exceção do sal; sucos de frutas que contêm polpa, hortaliças com exceção caldo, carnes de todos os tipos e os respectivos caldos, leite e derivados. 4.2 Nutrição Parenteral A Terapia Nutricional é indicada nas seguintes situações (Manual de Orientação da criança e adolescente): ➢ Pacientes que estão impossibilitados de realizarem ingestão oral adequada provendo de dois terços a três quartos das necessidades diárias nutricionais, devido a patologias do trato gastrointestinal alto, por intubação oro-traqueal, por distúrbios neurológicos com comprometimento do nível de consciência ou dos movimentos mastigatórios.

➢ Pacientes com baixa ingestão oral baixa, por anorexia de diversas etiologias. ➢ Paciente com PC (paralisia cerebral) Devemos avaliar as condições do paciente:

  • Qual vai ser a via de acesso - se sonda gástrica ou entérica;
  • Dieta via: estômago, duodeno ou jejuno;
  • Qual necessidade calórica do paciente;
  • O paciente tem algum desvio no trânsito intestinal;
  • Qual o tempo provável tempo de permanência. 4.2.1 Fórmulas

Elementares ou

Monoméricas

São os macronutrientes que se apresentam na sua forma mais simples e hidrolisadas. As proteínas se apresentam na forma de aminoácidos livres, os hidratos de carbono na forma simples e os lipídios em forma de ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais.

Oligoméricas ou peptídicas

Quando principalmente as proteínas estão na forma de hidrolisado, como no hidrolisado de lacto albuminas, no hidrolisado de soja e outros.Os hidratos de carbono podem ser complexos ou não e os lipídios estão em sua maior concentração na forma de triglicerídeos de cadeia média (TCM) e ácidos graxos essenciais (AGE).