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Facuidade de Viçosa Disciplina - DCH 120 — Teoria Econômica Notas de aula: Prof * Beatriz Rodrigues Campos de Andrade 1. CONCEITOS BÁSICOS 1.1.Conceito e objeto da ciência econômica O conceito de Economia possui origem grega: cikonomia. Oiko significa o como norma ou lei, Assim casa, fariura, riqueza e nomo pode ser d pode-se definir oikoromia como sendo a administração da casa ou da coisa pública ou a arte de bem administrar o lar, a casa ou a coisa pública. Vicecont e Neves (2000) definem Economia como uma ciência social ão, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são fazer as necessidades humanas. Esses autores salientam ainda que a Economia não é uma ciência exata cujas leis ou preposições seiam passíveis de experimentação c cação em laboratório. Desta forma, embora os economistas concordem em muitos fatos relativos à ciência, podem discordar sobre muitos aspectos em diferentes temas. Quanto ao objeto de estudo, sendo a Economia uma ciência secial. U pode-se afirmar que seu objeto de estudo é a atividade humana. Neste contexto o problema econômico central gra em tono da escassez: “os recursos são escassos e as necessidades humanas inúmeras e insaciáveis”. Em síntese, pode-se dizer que a economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos com o objetivo de produzir bens e serviços e » distribuílos para seu consumo, entre os membros da sociedade. Assi Passos e Nogami ( ) afirmam que se não houvesss escassez não haveria necessidade de se estudar economia. Em nosso dia-a-dia sempre nos deparamos com questões de naturez econômica. Exemplos: desemprego, inflação, aumento de impostos, desvalorização da taxa de câmbio, etc. Entretanto, Passos e Nogami (2003) ressaltam que, apesar de a maiori das pessoas pariiciparem de atividades de natureza econômica, poucas m analisar os fatos que os possuem conhecimentos teóricos que lhes per cercam micos, tornando- 4.2. Diferenças dos objetos de estudo da Macroeconomia e da ilisrosconomia A Microeconomia ocupa-se do compcriamento das paries constitutivas, mporiamenio das unidades econômicas. ição meis ampla, pode-se afirmar que a Misroeconcmia é nporiamento individual que visa explicar como consumidores 3 » q [ a. 5 1. Fo) 8 õ E oriam para tirar o máximo de proveito de recursos escassos ietivos ilimitados. o Ea) 3 o E] E! a o mu 3 Ea) E fe) 8 objeto de estudo, este ramo da Econemia ocupa-se do de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem. . afirma-se que a Microeconomia constitui uma teoria de mercado, que procura explicar porque a oferta ds determinados bens são maiores do que de outros, porque uns bens “valem” mais do que outros, denire ouiros Já a Macroeconomia ocupa-se do funcionamento do sistema econômico como um todo, ou seja, trata do conjunio da economia. Assim, este ramo da Economia procura identificar e medir =s variáveis determinantes do desempenho econômico das nações, ou dos grandes agregados, como o PIB, a renda nacional, o consumo nacional, o valor das exportações e importações, el. 13. Os Bens econômicos" Para Gomes et aí. (2003) os bens podem ser assim classificados: Tipos de bens: a) Segundo seu caráter (a.1) Livres (a.2) Econômicos esão esta f curta vida útil, como os alimentos e vestuário... - Bens materiais ou tangíveis - a eles pode-se atribuir características como to. Alimentos, roupas e livros são exemplos de bens tangíveis. - Bens imateriais ou serviços - são intangíveis, ou seja, não podem ser tocados. Podem-se citar como exemplo deste tipo de bem os cuidados de um médico, os serviços de um advogado, os serviços de transporte, etc. mediários: são submetidos a transformações antes de se em tens ds capital ou em produto final de consumo para cs á se encontram nas condições necessárias de uso ou consumo 4.4, Recursos ou fatores de produção” o Os recursos ou fatores de produção podem ser definidos como q a eiementos b ados na produção de bens e/ou serviços. Quanto à m suas características, pode-se afirmar que cs mesmos são: limitados n quantidade, versáteis s podem ser combinados em proporções variáveis. b Vale ressaltar que, quanto maior a especificidade de um fator de é produção, maiores serão suas limitações de utilização. Classificação sugerida pelos autores: (a) Terra (ou recursos naturais) s Deve ser entendido em um sentido amplo, uma vez que os recursos oriundos da natureza estão na base de todos os bens produzidos em um sistema econômico. « Compreende não só o solo utilizado para fins agrícolas, mas também o utilizado na construção de casas, estradas, ... Passos e Nogami (2003) * Está seção foi exiraíde « São os recursos produzidos pelo homem e que são utilizados no cesso de produção de ouiros bens (computadores uinas, usinas, aos recursos produção, e envolvem toda a gama de máguinas = mentos destinados a ia! finalidade. (Não deve, entretanto, ser confundido com o car i ações. certificados - não constituem riqueza e sim direitos a ela) esiorço humano, físico ou menta!, despendido na > da população que desenvolve tareías prod! (a) População ativa: intervém no processo produtivc » Empregados: engloba a parcela da população ativa empregada. (quer seja em empresas, com salário fixo, ainda que afastado por questões diversas, quer seja os empregados ativos marginais, que fazem trabalhos periódicos). s Desempregados: reúnem todas as qualidades e igidas para empregabilidade, mas não se encontram em pregados. bs: Conhecida pela sigla PEA, a População Economicamente Ativa abrange todos as indivíduos de um lugar que, em tese, estariam apios ao trabalho, ou seja, todos os individuos ocupades e desempregados. No Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o cálculo da PEA é feito considerando-se o conjunto de pessoas que estão trabalhando ou emprego. Ressalta-se que, apesar do trabalho de crianças ser an Passos e Nogami (2003) ressaliam que são necessárias três hipóteses para se desenvolver o modelo da “Curva de Possibilidades de Produção”: a) A quantidade de recursos é considerada fixa, isto equivale a dizer que a o e a quantidade de recursos produtivos permanece inalterada, durante o período de tempo da análise. Rea Existe lenda emprego dos recursos. Isto é, jo) e fatores de produ =namente empregados e produz o maior nível o a o produto possível c) A tecnologia permanece constante. Exempio exiraído de VASCONCELLOS (2002): uponhamos que a economia produza apenas cois vens: canhões e manteiça, nos quais são empregado dos todos os recursos produtivos (mão-de- obra, capital, terra, matérias-primas, recursos naturais). As aitemaiivas de = 1 A = : Opção | Manteiga Canhões | | fem mil “fem mil unidades) Í | : toneladas) i A o 0 15 | | "a Z o ” — 14 Cc | 6 12 | — | o 1 D i 8 | 10 ) — - | cas 4 9 7 : 10 | 0 ser expressa como segue: = Figura 1 — Curva de possibilidades de produção Pp — Se a produção é eficiente, ou seja, os recursos são empregado: eficientemente, a economia situar-se-á sobre cs limites da curva. — À CPP é o limite máximo de produção, com os recurs dispõs num dado momento. — Dada a escassez de recursos, a sociedade deve decidir qual ponto da curva escolherá: A, B. CD E our. » No ponio A decidiu-se alocar todos os recursos na produção de a No ponto F, aloca-se tudo para produzir manteiga o entemente, pontos além da fronteira não poderão ser atingidos com os recursos disponíveis. s Pontos internos à curva representam situações nas quais a economia desemprego de recursos). 1.8.2, Mudanças na curva de possibilidades de produção Na seção anterior (1.6.1.) vimos que pontos siluados ira de possibilidades de produção eram inating Figura 3: favorecendo a p arenitos Fonte: Exiraida Ce Passos e Nogami (2003) 4.8.3. Conceito de custo de oportunidade Definições: “O custo de cportunidade de um bem ou serviço é a quantia ou serviço: os que se deve renunc 1994 - pág. 12). b de de outros bens ara chtê-los” (MOCHON e TROSTER “Os custos de oportunidade são implícitos, que não envolvem desemboiso monetário. Seu valor é estimado a pa melhor uso alternativo” (VASCONCELL Exemplos: rtir do que poderia ser ganho em seu LOS e GARCIA, 2003 — pág. 70). a) O capital que permanece parado no caixa da empresa: o custo de portunidade é o que a empresa pode capital no mercado financeiro; eria estar ganhando se aplicasse esse b) Quando a empresa tem prédio próprio, ela deve considerar o custo de oportunidade que receberia caso alugass 10 — No exempio anterior qual seria o custo de oportunidade de passar da aiternativa B paraa €: e Para produzi-se mais crificar 2000 canhões. sa s Da mesma forma. o custo de oportunidade de passar ca alternativa C para a B, para produzir-se mais 206 produção de 3009 toneladas de manteiga 1.8.4, Lei dos rendimentos decrescentes Jorge e Moreira (1989) afirmam que a análise da curva de possibilidades de produção conduz a duas importantes constatações. À primeira delas, ção anterior, diz respeito ao custo de opcriunidade, isto é, & m em prol go consumo do ouiro. ão leva à iei dos rendimentos decrescentes, De acordo com ts! proposição, exposta por e Neves (2000): O diretor de uma empresa encomenda ao engenheiro responsável pelo Departamento de Produção um levantamento de quais são as possibilidades de produção da empresa utilizando-se plenamente, e da forma mais eficient o possível, todos os fatores de produção da empresa, 40 trabalhadores e 10 máguinas. O levantamento realizado peio engenheiro é apresentado na Tabela 2. ando-se os dados da Tabeia 2 é possível concluir-se que: Obser a) Caso todos os recursos produtivos da fábrica fossem utilizados somente para a produção do parafuso A, obter-se-jam 20 unidades do mesmo. b) Para produzir-se uma unidade do parafuso B, recursos produtivos (antes alocados para a produção do parafuso A) terão que ser deslocados para Be 2 unidades do viceconti e Neves (2000) terminam o exemplo trazendo as seguintes constatações a) A produção do parafuso B é mais difícil de ser feita do que a do parafuso Note-se que a produção méxima possível de B é de 5 unidades enquanto a de é de 20 unidades. > b; Os pontos da curva expres de um dos bens, dada a produção do ouiro. para a empresa produzir 11 unidades de A, ela poderá fabricar, no máximo, 3 unidades de B. c) Pontos siluac urva significam um à Produção abaixo das possibilidades d ssa. im nr produzir 5 unidades deAetrêsd os guti É iosos, já que, a empresa inuir a d) Pontos fora da curva significam uma produção acima das possibilidades da empresa, e que, portanto, não poderá ser atingida com os recursos disponíveis. so houvesse um aumento dos fatores em porios situados na CPP, aumentos na ossiveis à custa do decréscimo na produção que os autores querem mostrar com este exemplo é que a produção adiciona! de B, que se obtém diminuindo a produção de A é decrescente ou cada vez menor. ade ser crescente faz com que a CPP tenha s O fato do custo de opori sua concavidade voltada para baixo. itea CPP a Se a perda de A para obter-se uma unidade de B fosse cons seria uma linha reta A razão do custo de oportunidade ser crescente é de que, à medida que se deslocam fatores de produção que são adequados à produção de A vice-versa, estes fatores serão cada vez a fabricação efina [no o À n, uiores terminam o exemplo afirmando que, trabalhadores & rados na produção de A ao serem transferidos para B serão menos predutivos. Da mesma, forma, a terra utilizada para o cultivo de s detsrrminado produto agrícola não necessariamente se presta, com E e ncia, à cultura de outro, Ou seja, a produção adicionai d que se cbtém diminuindo a produção de A é decrescenis ou cada vez menor. Referências Bibliográficas: BRAZIL, S. Conceitos Básicos de Economia. Centro Universitário La Salle — UNILASALLE, Disponivel em: . Acesso em: 0/0 JORGE, F. T Paulo: Atlas, 1989. 144 p. GOMES. M. F. M., RESENDE, A. M. SANTOS, M. L. dos . O. de €. Economia: Notas introdutórias, São e Economia Rural, Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2003. 175 p. Notas de aula. O Portai da Educação. Geogra Ciên Humanas e suas T 9 el em: < ww klickeducacao.com.br>, Acesso em: 04/02/2009. - RM. s Nogami, O. Princípios de Economia. São Paulo: Pionsira Thomson Leaming, 2003. 42, ed. 632 p. VASCONCELLOS, M. A. S. de. Economia: Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2002. 3º. ed. 439 p. VICECONT;, P. E. V. e NEVES, S. das. Introdução à Economia. São Paulo: Frase editora, 2000. 4º ed. 520 p.