









Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Um estudo sobre a utilização de cinza de arroz (cca) em argamassas, com ênfase na determinação de suas propriedades físicas e mecânicas. A pesquisa inclui a caracterização química e mineralógica da cca, a determinação de seu índice de atividade pozolânica e o teste de densidade de massa, absorção por imersão em água e resistência a compressão simples. Os resultados mostram que a cca pode ser usada como substituto parcial do cimento em argamassas, pois apresenta uma área específica superior à do cimento e da cal, além de ter um elevado teor de sílica, característica de uma pozolana.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
1 / 16
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
PALAVRAS-CHAVE: ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO, POZOLANAS, RESÍDUOS
INTRODUÇÃO O aproveitamento da CCA é importante para o meio ambiente de vez que, quando descartada, provoca poluição por apresentar, em sua constituição, certa quantidade de carbono residual. A cinza é considerada altamente prejudicial para a saúde humana, devido ao elevado teor de sílica que pode ocasionar, quando de grande exposição, uma afecção pulmonar conhecida como “silicose”. A atividade pozolânica da CCA também está relacionada à composição morfológica e ao tempo de moagem desta cinza (Tashima et al., 2004). A temperatura de queima da casca de arroz influencia diretamente o tempo de moagem da CCA, visto que o aumento da temperatura provoca o agrupamento das partículas sendo necessário um tempo de moagem maior ou uma relação maior entre o peso de bolas do moinho e a quantidade a ser moída.
A CCA possui, como maior componente químico, o dióxido de silício (SiO2), variando entre 74 a 97%, independendo do processo de queima (Tashima et al., 2004). O elevado teor de sílica torna a CCA valorizada, mas este resíduo só terá alto valor econômico se tiver alta qualidade, caracterizada pela elevada superfície específica, tamanho e pureza de partícula, podendo ser usado em diversas aplicações assim como em substituição parcial do cimento, em produtos da construção civil (Foletto et al., 2005). 4
Originalmente, as pozolanas são rochas de origem vulcânica, embora, o termo também englobe os materiais produzidos industrialmente, ou derivados de cinzas volantes de processos de queima industrial. As principais vantagens resultantes da adição de pozolana ao cimento comum é a hidratação lenta com baixa liberação de calor e aumento da resistência do concreto aos sulfatos e a outros agentes agressivos ácidos. O fato de a cinza apresentar efeito pozolânico significa que o material tem a capacidade de reduzir o calor de hidratação do cimento, de inibir a reação álcali-agregado, elevar a resistência ao ataque por cloretos e sulfatos, ou seja, resumindo, a pozolana é uma adição que eleva a durabilidade do concreto com relação a muitos agentes agressivos. (VASCONCELOS, 2013). 5
Obteve-se, para o índice de atividade pozolânica da cinza da casca do arroz, o valor de 6,3 MPa, maior que o estabelecido pelas normas NBR 5751 (ABNT, 1992a) e ASTM (2009), de 6,0 e 2,4 MPa, respectivamente. Então, a cinza em questão atende a um dos critérios para ser caracterizada como material pozolânico e utilizada como substituto parcial do cimento.
Observa-se, após 28 e 91 dias de cura, que os corpos de prova com 6, 9 e 15% apresentaram melhor comportamento que o traço de referência podendo ser justificado, provavelmente, pelo fato de que, com o decorrer do tempo de cura, há uma acomodação maior das partículas (efeito de empacotamento) constatando-se, desta forma, diminuição da porosidade e, consequentemente, diminuição também na absorção da água.
Observa-se, na Figura 6, aumento na resistência a compressão para todos os períodos de cura em que os corpos de prova contendo CCA, apresentaram valores superiores ao da argamassa de referência, exceto com 6%; este aumento pode ser atribuído, provavelmente, à reação da CCA com o hidróxido de cálcio formando o C-S-H, material resistente e estável, que favorece o aumento da resistência e diminuição da permeabilidade devido ao processo de refinamento dos poros (reação pozolânica).
13
14
16
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9778: Argamassa e concreto endurecidos – Determinação da absorção de água por imersão, índice de vazios e massa específica. Rio de Janeiro: ABNT, 1987. 5p. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5751: Determinação do índice de atividade pozolânica com cal. Rio de Janeiro: ABNT, 1992a. 3p. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12653: Materiais Pozolânicos – Exigências químicas e físicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1992b. 5p. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13276: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Preparo da mistura e determinação de consistência. Rio de Janeiro: ABNT, 1995a. 2p.