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APG S4P1: Angina - Compreendendo a Dor no Peito e seus Tipos, Notas de estudo de Medicina

A angina, uma condição caracterizada por dor no peito causada pela redução do fluxo sanguíneo para o coração. Explica as diferenças entre angina estável e instável, os exames utilizados para o diagnóstico e a importância da história clínica do paciente. Útil para estudantes de medicina e profissionais de saúde que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre a angina.

Tipologia: Notas de estudo

2021

À venda por 17/12/2024

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APG S4P1: Angina

 Compreender o que é a Angina, suas características e diferenciar a estável da instável;  Entender quais exames são utilizados no diagnóstico da angina;  Discutir a importância da história clínica do paciente.

Compreender o que é a Angina, suas características e

diferenciar a estável da instável:

ANGINA: Nome dado para a dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração, o que é chamado de isquemia. ISQUEMIA : A dor de origem isquêmica é decorrente da hipóxia celular. Toda vez que há desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio, ocorre estimulação das terminações nervosas da adventícia das artérias e do próprio miocárdio por substâncias químicas liberadas durante a contração.  A localização típica da dor isquêmica miocárdica é a retroesternal, podendo situar-se à esquerda ou, mais raramente, à direita da linha esternal.  A irradiação da dor apresenta estreita relação com sua intensidade, sendo a irradiação mais típica para a face interna do braço esquerdo.  O caráter ou a qualidade da dor da isquemia miocárdica quase sempre é constritivo, dando ao paciente a sensação de que alguma coisa aperta ou comprime a região retroesternal. Essa característica define a “ dor anginosa ”. Basta essa qualidade para levantar a suspeita de isquemia miocárdica.  Alguns pacientes relatam uma sensação de aperto na garganta, como se estivessem sendo estrangulados. Aliás, tal sensação pode ser percebida nas áreas de irradiação da dor, como, por exemplo, impressão de aperto, como o de um bracelete muito justo no braço. ANGINA INSTÁVEL E ESTÁVEL: A duração da dor é importante para sua avaliação clínica:  Na angina do peito estável a dor tem duração curta, em geral de 2 a 3 min, raramente ultrapassando 10 min, e é estreitamente relacionada com esforço físico. Isso porque sua origem é apenas hipóxia miocárdica, sem alteração necrobiótica;  Na angina instável a dor é mais prolongada, chegando a durar 20 min, pois nessa síndrome já há alterações celulares, não estando relacionada com esforço físico.  Já no infarto do miocárdio, em função do surgimento de alterações necróticas, a dor dura mais de 20 min, podendo perdurar várias horas.  Contudo, a duração da dor não é elemento semiótico suficiente para se fazer o diagnóstico diferencial entre angina instável e infarto agudo do miocárdio. CARACTERÍSTICAS DA DOR ANGINOSA:  A dor da angina do peito típica ocorre na maioria dos casos após esforço físico, mas pode ser desencadeada por todas as condições que aumentam o trabalho cardíaco, tais como emoções, taquicardia, frio, refeição copiosa. No infarto do miocárdio, contudo, a dor pode ter início quando o paciente está em repouso.  O alívio da dor pela interrupção do esforço é uma das características fundamentais de angina do peito clássica (angina estável).  O efeito de vasodilatadores coronários precisa ser corretamente analisado, sendo importante avaliar o tempo gasto para desaparecimento da dor pelo uso de nitrato por via sublingual, pois na angina do peito a dor desaparece 3 ou 4 min após; se levar mais tempo (5 ou 10 min), provavelmente não se trata de angina estável, podendo ser a forma instável da angina.  A dor do infarto persiste ou melhora muito pouco com os nitratos.

APG S4P1: Angina

Diagnóstico da Angina:

 O diagnóstico inicialmente é clínico, baseado nos sintomas e fatores de risco apresentados pelo paciente, e em seguida alguns exames são utilizados para pesquisar a causa e confirmar o diagnóstico.  Podem ser utilizados exames de estresse, como o teste ergométrico, em que o paciente é submetido a um esforço físico controlado em esteira enquanto uma máquina (eletrocardiograma) lê os batimentos cardíacos e detecta sinais de isquemia quando o coração atinge um determinado nível de aceleração. Também podem ser usados com o mesmo propósito o eco cardiograma de estresse e a cintilografia com medicina nuclear, sendo em determinadas situações usadas substâncias que provocam estresse no coração nos indivíduos que não conseguem se exercitar (estresse farmacológico).  Já o exame que confirma definitivamente se a pessoa apresenta obstrução nas artérias coronárias é o cateterismo cardíaco. Em alguns casos, mais recentemente vem ganhando espaço a tomografia computadorizada das artérias coronárias. Esses dois últimos exames têm como desvantagem o uso de contraste à base de iodo.

A importância da história clínica do paciente:

O histórico do paciente é uma forma de otimizar o atendimento médico. Afinal, com o registro clínico do indivíduo, o profissional terá uma visão muito mais embasada da situação, e poderá indicar os próximos passos com maior assertividade. As informações históricas contidas no prontuário serão usadas para que se faça uma investigação do atual quadro do paciente. Ou seja, seus hábitos, doenças prévias, exames, histórico familiar, tudo isso será usado como guia para a definição do diagnóstico e tratamento. Na ausência de um histórico do paciente, o profissional ainda terá que passar por todo o processo de colher essas informações. Isso vai demandar tempo, o que pode atrasar o início do tratamento do paciente, e consequentemente adiar sua pronta recuperação. Alguns dos principais benefícios do histórico do paciente para o atendimento em saúde são:  Simplifica e agiliza o atendimento médico.  Evita que sejam solicitados exames desnecessários ou já realizados anteriormente.  Diagnósticos mais ágeis e mais assertivos.  Aumento de produtividade na equipe.  Ajuda na prevenção e antecipação de doenças.