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APG 08-Osteoporose (resumo), Notas de estudo de Ortopedia

Resumo sobre osteoporose com enfoque no conceito, epidemiologia, fatores de risco, fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 06/04/2025

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O tecido ósseo é um tipo de tecido especializado,
formado por matriz óssea (células e material
extracelular calcificado).
Células de linhagem osteoblástica: formadas por
osteoblastos e osteócitos, são derivadas de células
osteoprogenitoras de origem mesenquimal.
Osteócitos: responsáveis por manter a matriz
extracelular, e ocupam as lacunas.
Osteoblastos: sintetizam a parte orgânica da
matriz e localizam-se na superfície.
Células de linhagem osteoclástica: osteoclastos, que
são originados de monócitos produzidos na medula
hematopoética.
São células gigantes, móveis e multinucleadas
que reabsorvem o tecido ósseo, participando da
remodelação óssea.
Parte orgânica: fibras colágenas (95%)-
principalmente do tipo I, proteoglicanos e
glicoproteínas.
Parte inorgânica (50% do peso da matriz): fosfato e
cálcio são os mais encontrados. também
bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato.
REMODELA ÇÃO ÓSSEA
É a substituição contínua do tecido ósseo antigo por
um novo.
Esse processo envolve reabsorção (remoção de
minerais e fibras de colágeno do osso pelos
osteoclastos) e deposição (adição de minerais e
fibras de colágeno ao osso pelos osteoblastos).
Compreende uma série ordenada de eventos que é
composta por uma sequência imutável de ativação (A)
reabsorção (R) formação (F).
Fase de ativação: Essa fase envolve o
reconhecimento e a preparação de uma área
específica do osso para remodelação. Ela é iniciada
por citocinas pró-inflamatórias liberadas por
osteócitos em sofrimento ou apoptose na região
afetada.
Fase de reabsorção: Os osteoclastos, que são
estimulados pelos sinais químicos, reabsorvem o
tecido ósseo, formando lacunas de Howship no osso
esponjoso e cones de reabsorção no osso compacto.
Reversão: Após a reabsorção, os osteoclastos se
afastam. Uma superfície lisa é criada para que o
novo osso possa ser formado.
Fase de formação: Essa fase envolve a síntese da
matriz osteóide e sua mineralização, resultando na
reconstrução da lacuna de Howship ou do cone de
reabsorção, formando um novo sistema de Havers.
Esse processo é regulado por duas alças de controle.
Uma é o mecanismo hormonal de retroalimentação
negativa que mantém a homeostase do Ca++ no
sangue. A outra envolve forças mecânicas e
gravitacionais.
O remodelamento ósseo é regulado por hormônios,
fatores de crescimento e citocinas, que controlam
sua ativação. O paratormônio (PTH), por exemplo,
estimula a reabsorção óssea ao ativar os
osteoclastos. O IGF-I promove a atividade dos
osteoblastos, favorecendo a formação óssea. o
RANKL é essencial para a ativação dos osteoclastos,
permitindo a reabsorção óssea.
APG 8-OSTEOPOROSE
Objetivos
1-Revisar a bioquímica do cálcio-metabolismo ósseo;
2-Compreender a osteoporose;
3-Estudar as causas e consequências das fraturas e o
impacto na qualidade de vida.
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 O tecido ósseo é um tipo de tecido especializado, formado por matriz óssea (células e material extracelular calcificado).  Células de linhagem osteoblástica: formadas por osteoblastos e osteócitos, são derivadas de células osteoprogenitoras de origem mesenquimal.  Osteócitos: responsáveis por manter a matriz extracelular, e ocupam as lacunas.  Osteoblastos: sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se na superfície.  Células de linhagem osteoclástica: osteoclastos, que são originados de monócitos produzidos na medula hematopoética.  São células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido ósseo, participando da remodelação óssea.  Parte orgânica: fibras colágenas (95%)- principalmente do tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas.  Parte inorgânica (50% do peso da matriz): fosfato e cálcio são os mais encontrados. Há também bicarbonato, magnésio, potássio, sódio e citrato.

REMODELAÇÃO ÓSSEA

 É a substituição contínua do tecido ósseo antigo por um novo.  Esse processo envolve reabsorção (remoção de minerais e fibras de colágeno do osso pelos osteoclastos) e deposição (adição de minerais e fibras de colágeno ao osso pelos osteoblastos).  Compreende uma série ordenada de eventos que é composta por uma sequência imutável de ativação (A) → reabsorção (R) → formação (F).  (^) Fase de ativação: Essa fase envolve o reconhecimento e a preparação de uma área específica do osso para remodelação. Ela é iniciada por citocinas pró-inflamatórias liberadas por osteócitos em sofrimento ou apoptose na região afetada.  Fase de reabsorção: Os osteoclastos, que são estimulados pelos sinais químicos, reabsorvem o tecido ósseo, formando lacunas de Howship no osso esponjoso e cones de reabsorção no osso compacto.  Reversão: Após a reabsorção, os osteoclastos se afastam. Uma superfície lisa é criada para que o novo osso possa ser formado.  Fase de formação: Essa fase envolve a síntese da matriz osteóide e sua mineralização, resultando na reconstrução da lacuna de Howship ou do cone de reabsorção, formando um novo sistema de Havers.  Esse processo é regulado por duas alças de controle. Uma é o mecanismo hormonal de retroalimentação negativa que mantém a homeostase do Ca++ no sangue. A outra envolve forças mecânicas e gravitacionais.  O remodelamento ósseo é regulado por hormônios, fatores de crescimento e citocinas, que controlam sua ativação. O paratormônio (PTH), por exemplo, estimula a reabsorção óssea ao ativar os osteoclastos. O IGF-I promove a atividade dos osteoblastos, favorecendo a formação óssea. Já o RANKL é essencial para a ativação dos osteoclastos, permitindo a reabsorção óssea.

APG 8-OSTEOPOROSE

Objetivos

1-Revisar a bioquímica do cálcio-metabolismo ósseo; 2-Compreender a osteoporose; 3-Estudar as causas e consequências das fraturas e o impacto na qualidade de vida.

REGULAÇÃO QUÍMICA DO TECIDO ÓSSEO

 A formação óssea e o metabolismo mineral dependem da interação entre PTH, calcitonina e vitamina D, além de outros hormônios como cortisol, hormônio do crescimento, tireoidianos e sexuais.  (^) A maior parte de cálcio do corpo-99%-é encontrada nos ossos.  3 hormônios regulam o movimento de Ca++ entre osso, rim e intestino:  Paratormônio;  Calcitriol (vitamina D3);  Calcitonina.  Quando há diminuição das concentrações plasmáticas de Ca++, ocorre estímulo para liberação de PTH, monitorada pelo receptor (CaSR).  Ele atua nos ossos, rim e no intestino para aumentar as concentrações plasmáticas de Ca++. O Ca++ plasmático elevado atua como retroalimentação negativa e desliga a secreção de PTH. Ele aumenta o Ca++ de 3 formas:  O PTH mobiliza cálcio dos ossos: A reabsorção óssea pelos osteoclastos torna-se mensurável em cerca de 12 horas. Apesar de dissolverem a matriz óssea, eles não possuem receptores para PTH, que age indiretamente por meio de moléculas parácrinas como OPG e RANKL.  O PTH aumenta a reabsorção renal de cálcio: O PTH aumenta a reabsorção de cálcio no néfron distal e reduz a reabsorção de fosfato, prevenindo a formação de cristais de fosfato de cálcio. Quando em excesso, esses cristais podem levar à formação de cálculos renais.  O PTH aumenta indiretamente a absorção intestinal de cálcio pela sua influência na vitamina D3.  A absorção intestinal de cálcio é estimulada pela ação da vitamina D3.  Além disso, ele facilita a reabsorção renal de Ca++ e ajuda a mobilizar Ca++ para fora do osso.  A calcitonina é liberada quando as concentrações plasmáticas de Ca++ aumentam.  A calcitonina age sequestrando cálcio nas células ósseas (coloca cálcio dentro do osso), inibindo osteoclastos, e reduz a reabsorção renal de cálcio e fosfato, contribuindo para a diminuição dos níveis séricos de cálcio.  A osteoporose é definida como uma redução na resistência do osso que resulta em maiores riscos de fraturas.  A perda de tec.ósseo está associada à deterioração na microarquitetura esquelética. IMPORTANTE: a osteopenia é a diminuição da massa óssea, enquanto a osteoporose é uma osteopenia mais grave, que aumenta significativamente o risco de fraturas.  É mais prevalente em mulheres, mas também pode ocorrer em homens em função da idade e na presença de condições subjacentes ou fatores de risco importantes.  A osteoporose é definida pela perda de massa óssea, avaliada através da densitometria óssea. Na osteopenia há perda de 1 a 2,5 desvios-padrão e na osteoporose há perda superior a 2,5 desvios-padrão. A condição é considerada grave quando há fraturas além da perda óssea.

 Baixa ingestão de cálcio → restringe a massa óssea máxima.  Deficiência de cálcio + aumento do PTH + redução da vitamina D → risco de osteoporose senil.  Fase adulta:  Ingestão insuficiente de cálcio → hiperparatireoidismo secundário → aumento da remodelação óssea.  PTH estimula: o Hidroxilação da vitamina D no rim → aumento de 1,25(OH)₂D. o Maior absorção intestinal de cálcio. o Redução da perda renal de cálcio.  Efeito em longo prazo:  Respostas homeostáticas ajudam no equilíbrio do cálcio, mas aumentam a reabsorção óssea.  Desbalanço entre formação e reabsorção → acelera a perda óssea. OBS: a ingestão diária recomendada é de 1000 a 1200 mg para adultos.

INFLUÊNCIAS HORMONAIS

 Redução da Massa Óssea: o Até 2% ao ano de osso cortical. o Até 9% ao ano de osso esponjoso. o Afeta cerca de 40% das mulheres na pós- menopausa.  Deficiência de Estrogênio

FISIOPATOLOGIA

 Equilíbrio normal: Formação e reabsorção óssea equilibradas.  Após 30 anos: A reabsorção óssea começa a superar a formação, resultando em perda de massa óssea, osteopenia e, em casos graves, osteoporose.  Patogênese: Desequilíbrio entre reabsorção e formação ósseas, com a reabsorção superando a formação.  (^) Causa: Deficiência estrogênica.  Impacto hormonal: Desequilíbrio na atividade dos osteoclastos e osteoblastos.  Manifestações: Perda de osso esponjoso e predisposição a fraturas vertebrais e do rádio distal.  Fatores hormonais: A queda nos níveis de estrogênio estimula citocinas inflamatórias (IL-6, TNF-α, IL-1) → aumenta RANKL e reduz OPG → maior ativação dos osteoclastos.  Deficiência de estrogênio: Diminui a produção de osteoprotegerina (OPG), que inibe a formação de osteoclastos, resultando em aumento da atividade osteoclástica.  Causa: Envelhecimento e deficiência de cálcio.  Alterações relacionadas à idade:  Diminuição da densidade óssea em todos os indivíduos.  Osteoblastos com redução de potencial de replicação e biossíntese.  Diminuição da atividade física, contribuindo para a perda óssea.  Envelhecimento reduz a capacidade de sintetizar osso e a eficácia dos fatores de crescimento.  Causas:  Distúrbios endócrinos (ex: hipertireoidismo acelera o turnover ósseo).  Malignidades (ex: mieloma múltiplo, secreção de fator de ativação de osteoclastos).  Álcool (inibe osteoblastos e absorção de cálcio).  Medicamentos (corticosteroides, anticonvulsivantes, antiácidos com alumínio, entre outros).  Medicamentos que aumentam a excreção de cálcio, como os corticosteroides.  (^) Causa: Mulheres atletas com transtornos alimentares e amenorreia.  Consequência: Baixos níveis de estrogênio, deficiência de cálcio e vitamina D, resultando em perda óssea e maior risco de fraturas. A osteoporose é caracterizada pela redução da quantidade de osso normal. Afeta todo o esqueleto, especialmente em casos pós-menopausa e senil, com ossos específicos sendo mais severamente atingidos. Na osteoporose pós-menopausa, a maior atividade dos osteoclastos afeta principalmente ossos com grande área superficial, como o compartimento esponjoso das vértebras. As placas trabeculares se tornam perfuradas,

finas e perdem as conexões, resultando em microfraturas progressivas e possível colapso vertebral.

QUADRO CLÍNICO

 Depende do local afetado. As fraturas vertebrais que frequentemente ocorrem na região torácica e lombar são dolorosas e, quando múltiplas, podem causar perda significativa de altura e deformidades, como lordose lombar e cifoescoliose.

FRATURAS RELACIONADAS COM A

OSTEOPOROSE

 Podem ser causadas por uma queda, ocorre em qualquer osso, exceto dos dedos das mãos e dos pés, da face e do crânio.  Epidemiologia: segue a tendência à perda da densidade óssea, particularmente as do quadril e das vértebras, aumenta com o avanço da idade.  O risco de fratura osteoporótica em mulheres com 50 anos de idade é de 50%, enquanto em homens é de cerca de 20%.  As fraturas mais comuns incluem compressão vertebral, punho, quadril/fêmur proximal, arcos costais, pelve e úmero. A fratura vertebral manifesta- se com dor dorsolombar que piora ao caminhar e melhora com repouso. As demais fraturas apresentam sintomas característicos de emergência.

REPARO ÓSSEO

  1. Formação do hematoma:  Hemorragia devido à ruptura de vasos sanguíneos no osso e tecidos circundantes; morte celular, inchaço, dor e inflamação.
  2. Formação do calo fibrocartilaginoso:  Desenvolvimento de tecido de granulação (calo); capilares crescem, células fagocíticas removem resíduos; fibroblastos produzem colágeno e condroblastos secretam matriz cartilaginosa; osteoblastos iniciam formação de osso esponjoso.
  3. Formação do calo ósseo:  Trabéculas ósseas surgem no calo fibrocartilaginoso, convertendo-o em calo ósseo; processo dura cerca de dois meses.
  4. Remodelamento ósseo:  Remoção do excesso de material e depósito de osso compacto, restaurando a estrutura original conforme estressores mecânicos.

 Quando houver suspeita de fraturas recentes, a TC e a IRM podem ser utilizadas, visto que as radiografias simples têm menor sensibilidade de forma aguda e nas fraturas por estresse.

TRATAMENTO

NÃO FARMACOLÓGICO

 Triângulo terapêutico (Notelovitz): ingestão adequada de cálcio e vitamina D + fazer exercícios com suporte de peso (30 min) + concentração normal de estrógenos.

FARMACOLÓGICO

 As terapias farmacológicas para a osteoporose podem ser antirreabsortivas ou anabólicas.  Os agentes antirreabsortivos incluem hormônios/estrogênio, moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs) e medicamentos específicos como bisfosfonatos, denosumabe e calcitonina.  A teriparatida é o único agente anabólico aprovado, mas outros dois, abaloparatida e romosozumabe, estão sendo avaliados pela FDA para o tratamento da osteoporose.

ANTIRREABSORTIVOS

 Os bifosfonatos (alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico) são eficazes na prevenção e tratamento da osteoporose e são geralmente os primeiros medicamentos usados.  Eles reduzem o turnover ósseo, diminuindo a perda óssea e o risco de fraturas.  O alendronato e o risedronato são administrados por via oral, o ácido zoledrônico por via intravenosa, e o ibandronato pode ser tomado oralmente ou administrado intravenosamente. Mecanismo de ação:  Os bifosfonatos inibem a reabsorção óssea ao se ligarem ao osso e serem internalizados pelos osteoclastos, inibindo sua atividade e induzindo sua apoptose. Eles interferem em vias metabólicas celulares, estimulam indiretamente os osteoblastos e preservam os osteócitos. Isso resulta na regulação da remodelação óssea e aumento da densidade óssea, combatendo a osteoporose.  Os bifosfonatos não nitrogenados (etidronato, clodronato) inibem enzimas dependentes de ATP, enquanto os bifosfonatos nitrogenados (alendronato, risedronato) bloqueiam a farnesil pirofosfato sintase, prevenindo a produção de compostos essenciais para a modificação de proteínas de ligação GTP.  (^) As seguintes pessoas não devem tomar bifosfonatos:  Mulheres grávidas ou que estejam amamentando;  Pessoas que têm baixos níveis de cálcio no sangue;  Pessoas que têm doença renal grave.  A terapia hormonal, como o uso de estrogênio, ajuda a manter a densidade óssea em mulheres e pode ser usada para prevenir a osteoporose pós-menopausa, mas não para tratá-la.  Deve ser iniciada logo após a menopausa e supervisionada por um ginecologista devido aos potenciais efeitos adversos, como aumento do risco de câncer de mama e distúrbios tromboembólicos. Mecanismo de ação:  A terapia atua na via RANK/RANKL/OPG, diminuindo os níveis de RANKL e aumentando os de OPG, o que inibe a formação de osteoclastos ao impedir a ligação RANKL-RANK.  Nos osteoclastos, promove apoptose, inibe sua atividade e reduz a sensibilidade óssea ao PTH.  Modula citocinas, diminuindo TNF-α, IL-1 e IL-6, e reduz a produção de prostaglandinas E3.  Nos osteoblastos, estimula sua atividade e aumenta a produção de fatores de crescimento como IGF e TGF-β, além de melhorar a absorção intestinal e aumentar a reabsorção renal de cálcio, promovendo maior mineralização óssea.  Para prevenir e tratar a osteoporose, em substituição à terapia hormonal (TRH), foram desenvolvidos SERMs como o raloxifeno e o lasofoxifeno.  Esses medicamentos têm ação estrogênica nos ossos, sistema cardiovascular e lipídeos, prevenindo osteoporose, hipercolesterolemia e placas ateromatosas, sem estimular o câncer de mama e útero.

 O raloxifeno é útil na prevenção e tratamento da perda óssea, sem os efeitos colaterais negativos do estrogênio, sendo uma opção para quem não pode ou prefere não usar bifosfonatos.  Ele também reduz o risco de fraturas vertebrais e câncer de mama invasivo. Homens com baixa testosterona podem se beneficiar da terapia de reposição de testosterona.

AGENTES ANABÓLICOS (TERIPARATIDA E

ABALOPARATIDA)

 A teriparatida e a abaloparatida aumentam a formação de osso novo, melhoram a densidade óssea e reduzem o risco de fraturas.  Ambos os medicamentos, uma forma sintética e um semelhante ao hormônio da paratireoide, podem ser administrados por injeção diária em pequenas quantidades. Mecanismo de ação:  A teriparatida e a abaloparatida ativam vias de sinalização mediadas por proteína G e AMPc. A abaloparatida também ativa vias ERK-1/2 mediadas por β-arrestina. Seus efeitos sistêmicos incluem aumento da absorção intestinal de cálcio, elevação da reabsorção renal de cálcio e aumento da excreção renal de fosfato.  Essa terapia é usada em algumas pessoas que:  Desenvolvem perda óssea significativa ou novas fraturas durante o tratamento com um bifosfonato;  Não podem tomar bifosfonatos;  Têm osteoporose excepcionalmente grave ou muitas fraturas (especialmente fraturas vertebrais);  Têm osteoporose causada devido ao uso de corticosteroides.  fraturas e o impacto na qualidade de vida.  O risco de cair aumenta significativamente com o avançar da idade. A previsão é de que um terço dos idosos que vivem na comunidade cairá no prazo de um ano e, entre os institucionalizados, esta previsão aumenta para 50%. Ao cair, cerca de 5% dos idosos necessitam de hospitalização, principalmente por fratura de quadril, e, em cada três casos, um dos pacientes falece no prazo de um ano.  As fraturas por fragilidade, especialmente as de fêmur proximal, representam um importante problema de saúde pública, sendo associadas à diminuição da qualidade de vida e aumento da mortalidade. Sequelas como deformidades, limitações da mobilidade com necessidade de uso de dispositivos para deambulação e hospitalizações são comuns, bem como o importante impacto econômico envolvido.  As quedas podem acarretar fraturas e medo constante de cair, limitando progressivamente a participação dos idosos em atividades cotidianas. Quedas frequentes em idosos estão associadas à elevada morbidade e mortalidade e, como consequências comuns, observam-se os prejuízos nas capacidades funcionais e cognitivas, a institucionalização e o aumento de gastos para os serviços de saúde e sociais.

Referências:

TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. JAMESON et al. Medicina interna de Harrison, 20a edição,

HEBERT, Sizínio; FILHO, Tarcísio E. P B.; XAVIER, Renato; et al. Ortopedia e Traumatologia. Grupo A, 2017. KUMAR et al. Robbins & Cotran patologia: bases patológicas das doenças, 10a edição, 2017.