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"a - SOCETE DE DFFUSIOM DES TECHNIQUES DU SATMENT ET DES TÊLEAIE PUELCS - Pas “AO PÉ DO MURO” POR ROBERT L'HERMITE Ilustração de : FRANCIS CASSOU Tradução : Eng* L. A. FALÇÃO BAUER Professor da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade de Mogi das Cruzes — SP Diretor da L. A. Falcão Bauer — Controle Tecnológico do Concreto Eng.* MARIA APARECIDA AZEVEDO NORONHA Professora da Faculdade de Engenharia Civil da Universidade de Mogi das Cruzes — SP Diretora de L. A. Falcão Bauer, M.A. Azevedo Noronha, Engenhel ros Consultores Prof. ADOLFO SERRA Assistente do Departamento Regional do SENAI do Distrito Federal Os trabalhos de tradução foram desenvolvidos na Coordenação de Pesquisa, Planejamento e Avaliação do Departamento Regional do SENAI do Distrito Federal, coordenados pelo Eng. Jefferson Bueno. Em sua revisão técnica, colaboraram os engenheiros José Siqueira Filho, João Bosco Ribeiro « Pedro Ivan Guimarães Rogedo. $) concrebrássa engenharia de concreto das no primeiro. Acrescentei um capítulo inteiro sobre mecânica dos solos e fundações, desvendando um pouco o véu de mistério com que certos espe- cialistas pareciam querer envolvê-lo. Creio que não se pode construir um muro, sem antes saber o que se encontra a sua base. Como os leitores poderão observar, alonguei- me mais sobre alvenarias de pedra, de tijolo, de aglo- merados e dediquei bom número de páginas ao isola- mento térmico e acústico, sobre o que alguns técni- cos não possuem conhecimentos suficientes. Isso con- tribulu para termos um volume cujo número de pági- nas ilustradas é duas vezes malor que o da edição anterior. E la Para dar vida às exposições, criei um persona- gem fictício, Ponte Pequena a quem procuro, de todo o modo, ajudar, tirando-o das dificuldades superveni- entes (qualquer semelhança com alguém do conheci- mento dos leitores será mera coincidência). Não posso encerrar este prefácio sem fazer al- guns agradecimentos. Primeiramente, ao meu amigo Francis Cassou, pela sua colaboração na parte artisti- ca, a Pierre Chevillotte, pelo carinho empregado na apresentação dessa edição, a todos o meus colegas e colaboradores do Centro Experimental de Pesquisa e Estudo da Construção e Trabalhos Públicos, particular- mente a Robert L'Herminier e a Maurice Bouche, revi- sores da parte relativa à mecânica dos solos, a Luiz Vironnaud que revisou a parte referente ao concreto e à alvenaria, a Jean Christian Maréchal que examinou as páginas que tra- tam de termologia e a Bernard Marseille que viu 0s capítulos sobre acústica. Agradeço também à minha secretaria. C. Glaize, que realizou, consciente e cul- dadosamente, a ingrata ta- refa de corrigir as pro- vas. SUMÁRIO PÁGINAS o SsoLo Sondagens Influência da água Medidas das características do solo em laboratório Coesão do solo Ensaio triaxial Ensaio no terreno Cálculo das fundações Bibliografia CONCRETO Constituintes do concreto Agregados Cimento A dosagem e suas regras princi- pais to por vibração a 12 17 22 37 39 42 48 52 53 55 55 59 2ÊS gasgsgrassas PÁGINAS Plasticidade — Fluência — Ruptura do concreto Retomadas de concretagem Estado triplo de tensões Ataque químico do concreto Concretos leves Concretos pesados Concretos e resinas sintéticas Colagem do concreto Controle do concreto no canteiro Auscultação de obras em con- creto Bibliografia ALVENARIAS PAREDES E VEDAÇÕES 114 ur 121 122 123 127 133 134 137 138 143 Em seguida, Ponte Pequena, ao pé do muro, pensa em fazer uma construção : SONDAGEM | O reconhecimento do solo pode ser feito atra- vés de sondagem. O processo mais simples é o de abertura de poços, que permite reconhecer a na- tureza das várias camadas até encontrar um “bom solo” Devem ser retiradas amostras das várias cama- das até o fundo do poço, a fim de serem ensaia- das conforme se descreve a seguir. A mostragem é feita por meio de caixas cúbicas de 20 a 30 em de lado, conforme indicam as figu- ras seguintes. E ma di Extração da amostra com auxílio de uma picareta soltar às quatro faces da amostra A calxa deve ser fechada com tampa e fundo e ainda ser lacrada com fita go- mada. Deve indicar na fa- ce superior da amos- tra o número do po- ço de sondagem e a cota ou profundida- de. Quando for necessá- rio ir a maior profun- didade ou quando aparecerem dificulda- des para a execução de um poço, (presença de água, por exemplo), o reconhecimento do subsolo pode ser feito por meio de sonda- gem. Para o reconheci mento do solo em grande profundidade utiliza-se uma sonda. Sonda esta constitui- da de uma longa haste que é enfiada no inte- rior de um furo feito no solo. Na extremidade da haste se localiza um amostrador constitui- do por uma caixa cilin- drica, por meio da qual se extrai a amostra. mostra deve ser conservada intacta, para- ada e ao abrigo da evaporação. para ser trans- portada para o laboratório. ins Edi ' iii cc ad ci Das amostras retiradas, examinam-se primeiramente os diâmetros dos grãos do solo e as proporções em que ocorrem, (análise granulométrica). é 4) Para os pedregulhos A e as areias, emprega- se o processo de pe: neiramento como se faz, também, para os agregados do concre- to. as particulas 2 análise é feita sedimentação. Os maiores são de- dos no fundo do E, mais rapi- E do que os fi E OU às poeiras, Quando se agita a amostra de solo em água, 05 grãos maiores se depositam em primeiro lugar e os mais finos em último. a velocidade de decantação de densidade em um deter- e a uma dada altura, (a ma medida em que o Depois de medir a varia- calcular er “OQ SOLO PODE SER COMPOSTO DE: Blocos rochosos de dimensões superiores a 20 em Seixos entre 20 cme 7,ômm s Pedregulhos entre 7,5 mm e 4,8 mm f =| Hs, Areia de 4,5 mm a E * 0,05 mm Silte é ainda mais fi indo de 0,05 mm a 0,005 mm (5 micron Argilas são compostas de grãos extremamente finos de dimensões inferiores a 0,005 mm. As argilas são DO impermeáveis. plásticas e dotadas de coesão. Em habitações não servidas por rede de E5- goto à água penetra no solo pelas fossas. Por meio delas, a água se difunde lentamente através das camadas permeáveis. A água pode também subir por GAPILARIDA- DE. Este efeito pode ser observado através de um tubo de diâmetro muito pequeno, mergu- lhado em um frasco d'água. Observa-se que o liquido sobe pelo tubo até o nível superior do frasco. Por exemplo, no caso de o diâmetro do tu- bo ser de 0,1 mm, a altura de subida é de 15 em. Este mesmo fenômeno faz o liquido subir em um pavio de lamparina a querosene, É ainda este mesmo fenômeno que faz a seiva subir nas vegetações e árvores. As chuvas penet na terra pela ação gravidade, au ! do as águas dos nim chos & rios. ie 1 É NYHÊ = solos são constituídos de culas sólidas, água e vazios poros. Estes poros alinhados inúmeros canais capila- muito finos, que aspiram à como faz uma pessoa aspi- uma bebida através do ca- nudinho. força que provoca a subida é uma força de sucção. permite à água de um lençol Bico subir vários metros até a dos vegetais e até as funda- ções das obras. Zgus sobe tanto mais quanto finos forem os canais capila- D que quer dizer, quanto me- Mlêmetro tiverem os grãos, do solo. Solos diferentes ou solos Iguais, quando submetidos a pressões diferentes, não se comportam da mesma maneira. Quando as car- gas que as fundações fransmitem aos solos não são bem equilibradas, apa- recem recalques diferen- ciais que geram uma série de inconvenientes. & argila se deforma len- semente. A deformação é Santo malor quanto maior guantidade de água ela con- Ever e quanto maior for a carga sobre ela aplicada. & areia se deforma de- pressa e tanto mais quanto maior for a carga sobre ela aplicada MEDIDAS a DAS CARACTERISTICAS DO SOLO EM LABORATÓRIO diferentes características que devem ser medidas em um solo são : A GRANULOMETRIA [estudada na página 15) "E. O TEOR DE UMIDADE E O PESO ESPECÍFICO D. OS LIMITES DE LIQUIDEZ E DE | PLASTICIDADE - E A PERMEABILIDADE E A CAPILARIDADE & medida da quantidade de água em um solo se faz simplesmente por secagem. À amostra é pesada e em seguida colocada em estufa a 105º até que o peso da amos- Era permaneça constante. À diferença en- fre & primeira e última pesagem (quando o já se mantém constante) é Igual à quantidade de água contida na amostra. O PESO ESPECÍFICO dos grãos é o peso por unidade de volume dos grãos sólidos so solo. O peso do solo seco é determina do pela balança. O volume é medido com o auxílio de um aparelho denominado PIC- NOÔMETRO. Em um frasco cheio de água até E borda, coloca-se um sólido : a quantidade de água derramada é igual ao volume do | sólido. É suficiente medir a quantidade de | âgua transbordada para que se conheça o volume procurado.