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Um resumo de farmacologia sobre os medicamentos antiparkinsonianos, abordando a doença de parkinson, seus sintomas e tratamento. O texto detalha o mecanismo de ação, uso, efeitos adversos e interações de medicamentos como a levodopa, inibidores da descarboxilase de l-aminoácidos aromáticos (idaa), amantadina e biperideno. Também são mencionados os agonistas dopaminérgicos como o pergolide, bromocriptina e pramipexol. O documento fornece uma visão geral da farmacologia aplicada ao tratamento da doença de parkinson, abordando os principais fármacos utilizados e suas características. Essa informação pode ser útil para estudantes de farmácia, medicina e áreas da saúde que lidam com o tratamento dessa doença neurológica.
Tipologia: Resumos
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A Doença de Parkinson foi descrita por James Parkinson em 1817 como Paralysis agitans. Essa doença neurológica degenerativa e progressiva acomete cerca de 1% de todos os adultos acima de 65 anos. A principal característica é a deficiência de dopamina na substância negra e nas vias nigro-estriatais, o que leva a um comprometimento progressivo das funções motoras. Nos estágios finais, também ocorre comprometimento do estado mental.
Os sintomas da Doença de Parkinson incluem rigidez, bradicinesia, tremor e instabilidade postural. Nos estágios finais, o paciente pode apresentar um estado rígido acinético, com incapacidade para realizar atividades da vida diária. O óbito geralmente ocorre devido a complicações próprias da imobilidade, como pneumonias aspirativas, embolias e traumas.
Admite-se que os núcleos da base (eixo dopaminérgico nigro-estriatal) são o local fundamental de lesão na Doença de Parkinson. Ocorre a degeneração dos neurônios da substância negra que utilizam a dopamina como neurotransmissor. Os sintomas aparecem quando 80-90% desses neurônios já estão comprometidos.
O parkinsonismo refere-se a sintomas extrapiramidais relacionados, mas não exclusivos, da Doença de Parkinson. Esse quadro pode ocorrer em outras doenças degenerativas, como a degeneração olivopontocerebelar, intoxicação por manganês e doença de Wilson. Também pode estar associado a efeitos adversos de medicações psiquiátricas (antipsicóticos) e antivertiginosos (flunarizina), sendo indicado o uso de anticolinérgicos (biperideno) nesses casos.
Levodopa
A levodopa é um precursor metabólico da dopamina e chega ao núcleo estriado carreada por aminoácidos, onde é descarboxilada. A dopamina age como inibidora das descargas do núcleo estriado, através dos receptores D (corpos neuronais e terminais pré-sinápticos do estriado) e D2 (corpos neuronais do estriado e terminais pré-sinápticos nigro-estriatais).
A levodopa é eficaz para todos os sinais e sintomas da Doença de Parkinson, exceto a demência e a instabilidade postural. Ela reduz significativamente a bradicinesia, a rigidez e o tremor, além de melhorar o humor, a motivação e as funções motoras especializadas, como fala, escrita, deglutição e mímica.
No entanto, a transformação periférica da levodopa em dopamina pode estimular o sistema alfa e beta-adrenérgico, desencadeando taquicardia, que pode ser tratada com propranolol.
Inibidores de Descarboxilase de L-Aminoácidos Aromáticos (IDAA)
Os IDAA, como a carbidopa, inibem a descarboxilação da levodopa nos tecidos periféricos, aumentando a quantidade disponível nos tecidos cerebrais. Isso permite reduzir a dose de levodopa administrada e diminuir os efeitos gastrointestinais.
Amantadina
A amantadina, em associação com a levodopa, incrementa o efeito terapêutico. Ela inibe a recaptação da dopamina, aumentando sua concentração na fenda sináptica, sem interferir no circuito da dopamina. Esse efeito é especialmente importante no parkinsonismo secundário ao uso de antipsicóticos.
Agonistas Dopaminérgicos
Medicamentos como pergolida, bromocriptina e pramipexol são agonistas dopaminérgicos que podem ser utilizados no tratamento da Doença de Parkinson.
Os principais efeitos adversos da levodopa incluem náusea, anorexia, desconforto gástrico (em até 80% dos pacientes no início do tratamento) e movimentos anormais (discinesias), que podem ocorrer em até 50% dos pacientes entre 2 a 4 meses após o início do tratamento.
A associação da levodopa com os IDAA permite reduzir a dose de levodopa administrada e minimizar os efeitos gastrointestinais. Já a amantadina, por diminuir a recaptação da dopamina, pode causar confusão mental e alucinações, devendo ser iniciada de forma lenta.