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Antimicrobianos - resumo, Notas de aula de Farmacologia

O documento compõe anotações de artigos baseados em referências literárias e anotações de aula por professo na área. 5º período de medicina

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 09/07/2024

leticia-constancio
leticia-constancio 🇧🇷

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Não perca as partes importantes!

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Febre, inflamação e infecção
Antibacterianos
Causas de morte no mundo entre
1990 e 2019
Patógenos MDR (resistentes a múltiplas drogas):
Enterococcus faecium
Staphylococcus aureus
Klebbsiella pneumoniae
Acinetobacter baumannii
Pseudomonas aeruginosa
Enterobacteriaciae
Diagnóstico de infecções
Teste de sensibilidade: verifica qual o fármaco mais
adequado para o tratamento. Para indicar
sensibilidade, o halo deve ter um tamanho mínimo.
Boa sensibilidade no teste não confirma sensibilidade
no corpo
Microbioma
Proteção contra outros MO e produção de
vitaminas. Antibióticos também interferem no
microbioma, causando efeitos adversos como diarreia
e corrimento (mulher)
Descoberta X resistência
Com o passar do tempo a resistência e se tornou
cada vez mais rápida
Fatores que geram resistência: compartilhamento
de DNA com outras bactérias diferentes, produção de
biofilme (impede o contato com o ATB), down-
regulation do alvo, inativação de antibióticos
(degradação da estrutura química), modificação de
enzimas (alvo) impedindo a ligação, bombas de efluxo
Escolha do tratamento
antimicrobiano
Depende de:
Suscetibilidade do patógeno
Local da infecção
Antimicrobiano e sua dose
Hospedeiro afetado (ajustes ou impossibilidade de
uso)
A escolha leva em consideração a anamnese,
exame físico e exames laboratoriais (cultura e teste de
sensibilidade)
Terapia antimicrobiana empírica: antes da
identificação de um MO causador, devendo ser feita
caso haja riscos na espera do resultado. Considera
fazer o uso de patógenos mais prováveis de infecções
específicas em determinados locais
No caso de infecções graves, deve ser feito o
tratamento imediato e, sempre que possível, obter
amostras antes da antibioticoterapia
Terapia antimicrobiana definitiva: após a
identificação do patógeno e da sua sensibilidade. Pode
levar a manter a terapia empírica ou trocar por
antimicrobiano de espectro mais respeito, mais bem
tolerado e de menor custo ou de maior espectro caso
não haja outra opção
O teste de sensibilidade não assegura o resultado
clínico bem-sucedido. Ex:
Cefalosporinas 1ª geração IV
Aminoglicosídeos IV (meningite)
Daptomicina para broncopneumonia por S.
pneumoniae (degrada no pulmão)
Alta densidade de MO produtores de
betalactamase
Antibacterianos
Mecanismo de ação: atuam em diversos alvos e
tem efeito bacteriostático (reduz a proliferação de
bactérias) ou bactericida (mata a bactéria)
ATB que atuam na parede celular
Parede celular: composta principalmente por
peptidoglicanos
Membrana plasmática: possui transpeptidases (PLP)
e pode apresentar enzimas bet lactamases
O antibiótico (com ação intracelular) deve
atravessar a membrana e o citoplasma para chegar ao
seu alvo. Quando o antibiótico age na PC, afeta
principalmente bactérias Gram +, uma vez que
atrapalha todo o sistema de defesa da bactéria. Apesar
disso, Gram - também podem ser afetadas, mas em
menor grau devido à proteção pela MP externa
A parede celular é formada por dois componentes
com base nos peptidoglicanos, a N-acetilglicosamina e
o M acetilurâmico. Devem ficar ligados de forma
paralela e entre componentes M de filas diferentes por
meio da enzima transpeptidase (PLP - proteína ligadora
de penicilina)
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Antibacterianos

Causas de morte no mundo entre

Patógenos MDR (resistentes a múltiplas drogas):

E nterococcus faeciumS taphylococcus aureusK lebbsiella pneumoniaeA cinetobacter baumanniiP seudomonas aeruginosaE nterobacteriaciae

Diagnóstico de infecções

Teste de sensibilidade: verifica qual o fármaco mais adequado para o tratamento. Para indicar sensibilidade, o halo deve ter um tamanho mínimo. Boa sensibilidade no teste não confirma sensibilidade no corpo

Microbioma

Proteção contra outros MO e produção de vitaminas. Antibióticos também interferem no microbioma, causando efeitos adversos como diarreia e corrimento (mulher)

Descoberta X resistência

Com o passar do tempo a resistência e se tornou cada vez mais rápida

Fatores que geram resistência: compartilhamento de DNA com outras bactérias diferentes, produção de biofilme (impede o contato com o ATB), down- regulation do alvo, inativação de antibióticos (degradação da estrutura química), modificação de enzimas (alvo) impedindo a ligação, bombas de efluxo

Escolha do tratamento

antimicrobiano

Depende de:

 Suscetibilidade do patógeno  Local da infecção  Antimicrobiano e sua dose  Hospedeiro afetado (ajustes ou impossibilidade de uso)

A escolha leva em consideração a anamnese, exame físico e exames laboratoriais (cultura e teste de sensibilidade)

Terapia antimicrobiana empírica: antes da identificação de um MO causador, devendo ser feita caso haja riscos na espera do resultado. Considera fazer o uso de patógenos mais prováveis de infecções específicas em determinados locais

No caso de infecções graves, deve ser feito o tratamento imediato e, sempre que possível, obter amostras antes da antibioticoterapia

Terapia antimicrobiana definitiva: após a identificação do patógeno e da sua sensibilidade. Pode levar a manter a terapia empírica ou trocar por antimicrobiano de espectro mais respeito, mais bem tolerado e de menor custo ou de maior espectro caso não haja outra opção

O teste de sensibilidade não assegura o resultado clínico bem-sucedido. Ex:

 Cefalosporinas 1ª geração IV  Aminoglicosídeos IV (meningite)  Daptomicina para broncopneumonia por S. pneumoniae (degrada no pulmão)  Alta densidade de MO produtores de betalactamase

Antibacterianos

Mecanismo de ação: atuam em diversos alvos e tem efeito bacteriostático (reduz a proliferação de bactérias) ou bactericida (mata a bactéria)

ATB que atuam na parede celular

Parede celular: composta principalmente por peptidoglicanos

Membrana plasmática: possui transpeptidases (PLP) e pode apresentar enzimas bet lactamases

O antibiótico (com ação intracelular) deve atravessar a membrana e o citoplasma para chegar ao seu alvo. Quando o antibiótico age na PC, afeta principalmente bactérias Gram +, uma vez que atrapalha todo o sistema de defesa da bactéria. Apesar disso, Gram - também podem ser afetadas, mas em menor grau devido à proteção pela MP externa

A parede celular é formada por dois componentes com base nos peptidoglicanos, a N-acetilglicosamina e o M acetilurâmico. Devem ficar ligados de forma paralela e entre componentes M de filas diferentes por meio da enzima transpeptidase (PLP - proteína ligadora de penicilina)

O betalactâmico se liga à essa enzima e inibe sua ação. Pela falta de renovação da parede celular, a bactéria ativa autolisinas, que destroem a bactéria, assim, tem efeito bactericida

β-lactâmicos

Todos os fármacos conseguem se ligar na transpeptidase, mas nem todos sofrem a ação dela (importante para ter o efeito bacteriano)

Farmacodinâmica: inibem a transpeptidase

Resistência:

Betalactamase : destrói o anel betalactâmico  Modificação do alvo : mutação na PLP  Redução do influxo: Gram – (modificação de poros que impedem a passagem no ATB)  Efluxo: expulsão

 Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae e Escherichia coli sãa mais ativos contra penicilinas. Produzem betalactamases, que inibem o efeito do fármaco e, por isso, deve-se fazer o uso de fármacos inibidores da betalactamase (ácido clavulânico e subactam)

Betalactamase AmpC é produzida por Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter sp. Betalactamases de amplo espectro (ESBLs) hidrolisam as cefalosporinas e as penicilinas. Metalobetalactamases e carbapenemases hidrolisam carbapenêmicos (ATB mais resistentes à betalactamases)

ð Penicilina: amplo uso como em meningite, pneumonia e gonorreia

Farmacocinética: soluções instáveis (podem ser guardadas); polar (dificuldade em atravessar barreiras); absorção oral difere muito entre as penicilinas; administração IV de penicilina G é preferida à IM (irritação e da dor local produzidas pela IM)

Efeitos adversos: hipersensibilidade (ex: ácido peniciloico) , náuseas, vômitos, diarreia (afeta a microbiota), colite ou candidíase, convulsões (em pacientes com IR), neutropenia e nefrite intersticial (nafcilina), hepatite (oxacilina), nefrite intersticial

(meticilina), exantemas cutâneos (ampicilina e amoxicilina na presença de virose)

ð Cefalosporinas: possuem maior resistência a betalactamases mas são sensíveis a betalactamase AmpC

Farmacocinética: uso oral, alta concentração na urina, reavaliar uso em paciente renal, cefazolina (única da 1ª G) parenteral e a partir da 2a G atravessa BHE, principalmente ceftriaxona e a cefotaxima

Efeitos adversos: hipersensibilidade (mais comum em quem também tem reação anafilática à penicilina e mais comum na 1ª e 2ª gerações) reações do tipo dissulfiram (anel metiltiotetrazol) , dor após injeção (IM), tromboflebite (IV), hipoprotrombinemia e distúrbios hemorrágicos (grupo metiltiotetrazol)

ð Carbapenêmicos

Usos: bacilos gram-negativos (incluindo P. aeruginosa), Gram-positivos e anaeróbios. Resistente à maioria das betalactamases (exceto carbapenemases ou metalobetalactamases)

Farmacocinética: IV ou IM e ampla distribuição nos tecidos e nos fluidos corporais. O fármaco imipeném é inativado por desidropeptidases nos túbulos renais e tem baixas concentrações urinárias, sendo uma escolha menos interessante para ITU

Efeitos adversos: náuseas, vômitos e diarreia (alteração do microbioma), exantemas cutâneos, reações no local de infusão , convulsões (IR e uso de imipeném) e hipersensibilidade (mais rara do que a penicilina e raramente cruzada)

Glicopeptídeos

A vancomicina (principal) tem grande estrutura, o que dificulta a passagem por barreiras

Farmacodinâmica: agem na parede celular inibindo a transglicosilase e tendo efeito bactericida

Resistência: modificação da unidade de formação do peptidoglicano (D-Ala terminal é substituída por D-

Aminoglicosídeos

Farmacodinâmica: agem no ribossomo 30s, bloqueando o início da síntese de proteínas e produzindo proteínas aberrantes, com poros (efeito bactericida )

Resistência: enzimas inativadoras (acetilases e adenilases), influxo e baixa afinidade pelo alvo

Usos: infecções causadas por bactérias Gram- negativas aeróbica, sepse, peste, peritonite, endocardite bacteriana

Farmacocinética: polar (baixa absorção oral e não penetra no SNC e olho), pode causar perda auditiva em crianças cujo a mãe utilizou na gestação (contraindicação), podem ser inativados por penicilinas

Efeitos adversos: nefrotoxicidade (tempo de tratamento e reversível), ototoxicidade , bloqueio neuromuscular

Estreptograminas

Farmacodinâmica: age no ribossomo 50s, tendo ação bactericida

Resistência: metilase ribossômica e bombas de efluxo

Usos: quinupristina com dalfopristina. Estreptogramina B com estreptogramina A, cocos gram-positivos e pneumonia atípica

Efeitos adversos: dor, flebite, artralgias e mialgias

Oxazolidinonas

Farmacodinâmica: age no ribossomo 50s; bactericida

Resistência: mutações pontuais no ribossomo

Usos: gram-positivos

Farmacocinética: boa absorção oral (independente de alimentos) e amplamente distribuída em tecidos

Efeitos adversos: mielossupressão, neuropatia periférica, neurite óptica e acidose láctica

ATB que agem na membrana

Lipopeptídeos

Farmacodinâmica: forma micelas (conjunto de fosfolipídeos) e se insere na MP da bactéria, formando um poro por onde passam componentes, causando a morte da bactéria (bactericida). Necessita de cálcio para formar o poro

Resistência: mudança de carga na superfície celular (repele a daptomicina)

Usos: gram-positivos (incluindo isolados resistentes à vancomicina), infecções complicadas da pele e tecidos moles, bacteremia complicada e endocardite do lado direito

Farmacocinética: fracamente absorvida por VO (uso IV), toxicidade direta para músculos (não usar IM) e inativado pelo surfactante pulmonar (impossibilita uso em pneumonias)

Efeitos adversos: toxicidade musculoesquelética, rabdomiólise (raro)

ATB que agem na síntese de folato

Sulfas

Farmacodinâmica: se parecem com a porção central do ácido fólico, assim, competem com ele pela enzima que o forma (dihidropteroato sintase) e a inibe. Impede a sua formação ou produz um ácido fólico alterado que impede a síntese proteica

O efeito é bacteriostático, já que a bactéria consegue folato de outras fontes. Para transformar em bactericida, é adicionado a trimetoprima à sulfonamida, impedindo a formação de tetra- hidrofolato por completo e tendo ação bactericida

Resistência: ausência da enzima (usa outras enzimas no processo), enzima com baixa afinidade para a sulfonamida e redução de influxo

Usos: gram-positivas (Staphylococcus sp.), bactérias entéricas gram-negativas (Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Salmonella, Shigella e Enterobacter sp., bem como Nocardia sp., Chlamydia trachomatis e alguns protozoários)

Farmacocinética: dividido em 3 grupos – oral, absorvível (distribuída no organismo); oral, não absorvível (a ação na luz do TGI); tópica

Efeitos adversos: febre, erupções cutâneas, dermatite esfoliativa, fotossensibilidade, urticária, náuseas, vômitos, diarreia, dificuldades em relação ao trato urinário, anemia hemolítica, Síndrome de Stevens-Johnson (<1%)

ABT que agem no DNA ou RNA

Quinolonas, rifamicinas, nitrofurantoína e metronidazol

Quinolonas

Farmacodinâmica: inibem a DNA girase e impedem o enovelamento do DNA para a produção de proteínas. Tem ação bactericida

Resistência: mutações no sítio de ligação da enzima, produção de enzimas inativadora

Usos: bactérias aeróbias gram-negativas (associadas à ITU). Gerações mais novas também são ativos contra cocos gram-positivos

Farmacocinética: excreção renal e ainda ativa, sendo eficiente para ITU

Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia, tontura, insônia, exantemas cutâneos, provas de função hepática anormais, fotossensibilidade, prolongamento do intervalo QTc e hipocalcemia não corrigida (enquanto estiver em uso)

Rifampicina

Farmacodinâmica: inibe a DNA polimerase (acrescenta as bases nitrogenadas para formar a dupla fita). É bactericida

Usos: micobactérias (tuberculose e hanseníase)

Efeitos adversos: cor de laranja inofensiva à urina, suor e lágrimas, erupções cutâneas, trombocitopenia, nefrite, icterícia colestática e hepatite

 Interação farmacológica, atrapalhando a função de outros medicamentos