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Anticorpos
Conceitos:
Antígeno: substâncias que se ligam a receptores específicos em linfócitos e podem ou não estimular respostas imunes
Determinante antigênico ou epítopo: partes de um antígeno que são reconhecidas especificamente por linfócitos
Linfócitos naives ou virgens: linfócitos que não tiveram exposição a um antígeno em particular
Linfócitos T ou linfócitos CD8+ que reconhecem o antígeno
Como a imunidade é induzida?
Imunidade ativa: infecções virais – quando o corpo é confrontado a um antígeno no qual irá ativar a resposta imune do organismo -- vacinas
Imunidade passiva; anticorpos ou linfócitos – quando o organismo já recebe os anticorpos ou linfócitos prontos – soro para picada de cobras....
Anticorpos séricos
Sérico : tudo aquilo que está no soro sanguíneo, mas não é célula sanguínea
Os anticorpos apresentam especificidade, memória e autolimitação
O excesso de anticorpos pode causar cegueira, insuficiência renal e lesões vasculares
Quando o anticorpo se liga ao antígeno ele desencadeia a ativação das células do sistema imune
Pessoas com doenças autoimunes : o sistema imune reconhece alguma proteína do organismo como antígeno e, dessa forma, produz memória contra ela, causando danos ao corpo.
Fases da resposta imune adaptativa
Reconhecimento do antígeno
Ativação do linfócito T e B
Célula apresentadora de antígeno
Multiplicação do linfócito
Linfócito T : expansão colonal = estimula o linfócito T a produzir anticorpos
Linfócitos B : Avisa ao linfócito T que deve ser destruída a célula --- avisa por meio de moléculas – citocinas Após a atividade dos linfócitos, eles sofrem apoptose, pois não pode serem multiplicados em excesso = autolimitação
Mecanismos da imunidade inata
Neutrófilos Macrófagos Células NK Proteínas diversas Células dendríticas
Mecanismos da imunidade adaptativa
Linfócitos B produzindo anticorpos contra o antígeno Linfócitos T reconhecendo o antígeno e combatendo-o Primeiro vem a imunidade inata e depois a adaptativa
Tipos de anticorpos
IgG é o principal Ig = imunoglobulina = globulina moléculas grandes, indicadores de processos inflamatórios , vacinações recentes Os anticorpos são apenas um subgrupo de imunoglobulinas, pois existem centenas circulantes no sangue
Características gerais
Anticorpos são proteínas circulantes produzidas nos vertebrados em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos (Ags) – cada espécie
apresenta particularidades nos anticorpos, mas, em geral, são os mesmos apresentam as mesmas funções Também são chamados de imunoglobulinas (Ig) São muito específicos – especificidade – imunidade cruzada = o protozoário é muito semelhante ao protozoário B – o protozoário A produz anticorpos ao B – termo correto : afinidade Mediadores das respostas imunes humorais – humoral : humor – líquidos do corpo – o anticorpo age no liquido, diluído no sangue, plasma ou líquidos intersticial Podem ser solúveis ou ligados à membrana de linfócitos B, onde funcionam como receptores
- linfócitos B : produzem os anticorpos
Estrutura dos anticorpos
Fa e Fb = regiões que se ligam ao antígenos, ou seja, regiões nas quais os epítopos antigênicos se ligam, elas são regiões variantes ( os genes que expressam essas áreas são capazes de variar a expressão de um número muito grande de diferentes moléculas ) – parte verde
O anticorpo consegue ser específico para outros tipos de proteínas, cada um com sua especificidade, é uma região altamente variável, se que adapta conforma as exigências. São os genes que expressam o anticorpo já mudado O gene sabe que houve uma mudança no formato dos receptores para se ligar ao antígeno pois houve um reconhecimento do antígeno antes e, dessa forma, a informação é repassada Os genes são capazes de mudar para reconhecer determinadas proteínas, isso é importante para que os anticorpos sejam
capazes de reconhecer um número grande de patógeno que pode entrar no organismo, o sistema imune consegue reconhecer um grande número de patógenos, devido à esse polimorfismo
Fc – se liga nas células, ou seja, região que determina a função do anticorpo, na qual se liga às células de defesa ou às proteínas do complemento – região vermelha
Duas cadeias leves e duas cadeias pesadas Presença de domínios Ig Tanto as cadeias leves quanto as cadeias pesadas possuem uma região variável que se associam: reconhecimento do antígeno Regiões constantes das cadeias pesadas são responsáveis pelas funções efetoras Cadeias leves e pesadas ligadas covalentemente por pontes dissulfeto VH e CH = variável e constante = H pesado VL e CL = leve Dobras = receptores domínios Igs com ligações dissulfeto – domínios de ligações químicas Dobradiças = permite que as cadeias se distanciem uma das outras Regiões constantes das cadeias pesadas = são responsáveis pelas funções efetoras = nas regiões constante estão presentes os domínios, nos quais se ligam as células de maneira específica para que cada tipo de anticorpo desempenhe um papel específico
A igG será secretada pela célula
O linfócito B é capaz de secretar o anticorpo – chamado de plasmócitos
Os linfócitos B são transformados em plasmócitos e são capazes de secretar os anticorpos
Quando são apenas os linfócitos B, o anticorpo fica ancorado na membrana
Eosinófilos e mastócitos também apresentam receptores para ligar os anticorpos
Mastócitos : alergia = mastócitos sensibilizados – anticorpos contra determinado alimento foi produzido pelos linfócitos B , jogados na circulação sanguínea e se ligaram aos mastócitos – quando comer determinado alimento os antígenos do alimento se ligam aos anticorpos do corpo liberando histamina – vasodilatadora
Anticorpos podem estar ligados à membrana de células de defesa
Expressão de moléculas de Ig
O amadurecimento das células B na medula óssea é acompanhado de mudanças específicas na expressão de genes de IgS, resultando na produção de moléculas de Ig de diversas formas
Células tronco não produzem Ig Células pré-linfócito B : produzem anticorpos ancorados
Os anticorpos IgM já estão prontos para serem usados antes mesmo dos linfócitos saírem da medula óssea A IgG e a IgE secretadas e todas as moléculas de Ig ligadas à membrana são monoméricas ( independente do isótopo)
IgD somente é encontrada na membrana de linfócitos B naive – estimula a liberação de algumas citocinas, não atua especificamente como anticorpo
IgA secretada é um dímero. As cadeias são ligadas através da cadeia J – único anticorpo capaz de atravessar as barreiras epiteliais – sai junto com o
muco – oferece proteção antes do patógeno entrar no corpo IgM pode ser secretadas sob a forma de pentâmeros ou hexâmeros. As cadeias também são unidas através da cadeia J Os anticorpos são moléculas flexíveis devido à região da dobradiça Permite ligação a grande variedade de antígeno
Interação entre antígeno e anticorpos
Antígeno: qualquer substância, infecciosa ou não, que pode ser especificamente conectada por um anticorpo ou por um receptor de linfócito T Nem todos os antígenos desencadeiam respostas imunológicas, somente aqueles que são imunogênicos ( denominados imunógenos) – Epitopo Moléculas muito pequenas não são imunogênicas pois a ativação de linfócitos B requer a ligação de vários BCR a antígenos Um antígeno pequeno que pode se ligar ao anticorpo mas não pode desencadear resposta imune é chamado hapteno Conjunção a uma proteína carreadora torna o hapteno imunogênico O hapteno se liga a uma proteína carreadora para produzir resposta imune contra o hapteno Epitopo ou determinante antigênico: região do antígeno especificamente ligada pelo anticorpo Os epitopos de proteínas podem ser conformacionais ou lineares
Funções efetoras dos anticorpos
Para que ocorra uma função efetora é necessário a ligação da região Fc do anticorpo a uma célula ou proteína plasmática Diferentes isotipos desempenham diferentes funções
A região constante da cadeia pesada também pode determinar a localização tecidual do anticorpo Neutralização de microrganismos e toxinas Os anticorpos bloqueiam a ligação de microrganismos e toxinas a receptores celulares Toda vez que o patógeno entra no organismo ele se liga ao receptor da célula Caso apresente anticorpos contra o vírus ocorre uma barreira da entrada do patógeno – neutralização do patógeno Neutralização do patógeno = o anticorpo bloqueia a infecção de uma célula adjacente
Célula infectada pelo vírus chegado do linfócito T CD8+ ou citotóxico ou NK apoptose da célula infectada isso ocorre para liberação do vírus, pois os anticorpos bloqueiam a ação do vírus em outras células
Toxina se liga ao receptor específico da célula para causar problemas à saúde o anticorpo neutraliza a toxina e não consegue se ligar
Opsonização e fagocitose por anticorpos
Opsonização : anticorpos da classe IgG recobram microrganismos e promovem sua fagocitose
O microrganismo não consegue entrar na célula e é fagocitado, pois o anticorpo se liga e os macrófagos e células dendríticas consegue realizar a fagocitose
As células fagocitadas livres podem matar o macrófago ou viver livre dentro dele
Quando a bactéria é opsonizada pelos anticorpos não conseguem viver dentro dos macrófagos
Neutralizar IMPEDIR DE ENTRAR Opsonizar AJUDAR A FAGOCITAR Citotoxidade celular dependente de anticorpos = imunidade mediada por células
Células NK e outros fagócitos se ligam a células recobertas por anticorpos por meio dos seus receptores Fc e destroem a célula
