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Anestesiologia local veterinária, Notas de estudo de Anestesiologia

Resumos da aula de anestesiologia local. Irá encontrar anotações, imagens e explicação de cada anestesia local.

Tipologia: Notas de estudo

2021

À venda por 14/08/2023

leticia-lameda
leticia-lameda 🇧🇷

4 documentos

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Anestesia Local
Tem como função a dessensibilização de
uma área, sendo: local, regional ou geral.
Local: Apenas no lugar que será
dessensibilizado.
Ex: dedo
Regional: pega o membro do animal todo.
Ex: membros pélvicos
Geral: pega o corpo inteiro do animal
Ele tem como bloquear os canais iônicos,
bloqueando o sensorial motor e propagação do
impulso nervoso.
Ele tem vantagens e desvantagens.
Vantagens
Baixo custo
reduz os outros fármacos
recuperação melhor
permite cirurgia em várias posições, como
a quadrupedal
É uma analgesia residual
Desvantagens
acidentes
domínio da técnica
altas doses pode ser tóxico
em tecidos inflamatórios não pega
não é bom em tecido adiposo ( gatinhos
gordinhos sem chance)
nem sempre é o suficiente
Quando o anestésico é absorvido pelos vasos
sanguíneos ele tem o fim da ação e em doses
elevadas pode ser tóxico
Anestesico locais
Tetracaína:
Ele não é recomendado para uso injetável,
é extremamente tóxico. Usado em forma
de ação tópica
Utilizado em colírios analgesicos
Lidocaína:
Mais utilizado na medicina veterinária
ela tem um efeito rápido e a duração
moderada
pode ser usada de diversas formas
A lidocaína tem com epinefrina e sem epinefrina (
adrenalina). A função da epinefrina é causar a
vasoconstrição para poder aumentar o tempo de
duração do seu efeito.
Ela não tem função só como anestésico,
pode ser usada em: antirritimo,
antiinflamatorio, anagesico e pró-cinetico
Bupivacaína:
Mais forte que a lidocaína
Não pode ser usado em via tópica ou
intravenosa
Ela tem o início de ação lento e a duração
média (3-6 horas)
Principais técnicas de
anestésico locais
Anestesia tópica:
Tem como forma de aplicação em spray,
creme, gel, colírio.
Ela tem uma melhor absorção nas mucosas e
tem como função melhorar a dor para
manipular feridas, exames como endoscopia
ou colonoscopia, pequenos procedimentos no
olho e procedimentos odontológicos.
Anestesia infiltrativa:
Para bloqueio de pele e musculatura, infiltração
do anestésico no local ou redor, tem que
respeitar a dose máxima e aspirar antes de
aplicar.
Aí tem os tipos:
Botão anestésico: aplica a anestesia na
pele e faz literalmente um botão com a
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Anestesia Local

Tem como função a dessensibilização de uma área, sendo: local, regional ou geral. Local: Apenas no lugar que será dessensibilizado. Ex: dedo Regional: pega o membro do animal todo. Ex: membros pélvicos Geral: pega o corpo inteiro do animal Ele tem como bloquear os canais iônicos, bloqueando o sensorial motor e propagação do impulso nervoso. Ele tem vantagens e desvantagens.

Vantagens

● Baixo custo ● reduz os outros fármacos ● recuperação melhor ● permite cirurgia em várias posições, como a quadrupedal ● É uma analgesia residual

Desvantagens

● acidentes ● domínio da técnica ● altas doses pode ser tóxico ● em tecidos inflamatórios não pega ● não é bom em tecido adiposo ( gatinhos gordinhos sem chance) ● nem sempre é o suficiente Quando o anestésico é absorvido pelos vasos sanguíneos ele tem o fim da ação e em doses elevadas pode ser tóxico

Anestesico locais

Tetracaína: ● Ele não é recomendado para uso injetável, é extremamente tóxico. Usado em forma de ação tópica ● Utilizado em colírios analgesicos Lidocaína: ● Mais utilizado na medicina veterinária ● ela tem um efeito rápido e a duração moderada ● pode ser usada de diversas formas A lidocaína tem com epinefrina e sem epinefrina ( adrenalina). A função da epinefrina é causar a vasoconstrição para poder aumentar o tempo de duração do seu efeito. ● Ela não tem função só como anestésico, pode ser usada em: antirritimo, antiinflamatorio, anagesico e pró-cinetico Bupivacaína: ● Mais forte que a lidocaína ● Não pode ser usado em via tópica ou intravenosa ● Ela tem o início de ação lento e a duração média (3-6 horas)

Principais técnicas de

anestésico locais

Anestesia tópica:

Tem como forma de aplicação em spray,

creme, gel, colírio.

Ela tem uma melhor absorção nas mucosas e

tem como função melhorar a dor para

manipular feridas, exames como endoscopia

ou colonoscopia, pequenos procedimentos no

olho e procedimentos odontológicos.

Anestesia infiltrativa:

Para bloqueio de pele e musculatura, infiltração do anestésico no local ou redor, tem que respeitar a dose máxima e aspirar antes de aplicar. Aí tem os tipos: ● Botão anestésico: aplica a anestesia na pele e faz literalmente um botão com a

anestesia para poder aplicar uma agulha naquele local, como para chegar até os rins, por exemplo ● Incisional: bem em baixo da pele mesmo. Tem que tomar muito cuidado em áreas que tem risco de tumor para não espalhar o tumor mais ainda ● Ao redor da área lesionada: você aplica a anestesia em todo o bordo da ferida deixando uma margem de segurança. Novamente, cuidado com tumores cutâneos. ● Infiltração do testiculo para ostectomia: Você literalmente aplica o anestésico nos testículos do animal. Em casos de equinos, se aplica não só no testiculo, mas também no cordão espermático. ● Infiltração anestésica para descorna: O corno do animal é uma área extremamente vascularizada, para ocorrer a descorna é importante fazer o bloqueio anestésico em todo redor do corno. ● Anestesia tumescente: usado para mastectomia. Não é muito bom usar em tecidos inflamados ou aderidos (lembrando que o anestésico local não faz efeito em inflamações), tumores mamários muito

O monitoramento anestésico aumenta a segurança da anestesia, deve ser feito todo o momento em que o animal está no efeito sedativo, ela previne e é fácil identificar complicações Planos de Guedel

  1. Estágio 1: o animal ainda está consciente, início da analgesia, os reflexos e atividades motoras estão presentes
  2. Estágio 2: a respiração fica irregular, movimentos bruscos ( movimentos de pedalada) reflexo presente, mas o animal não está consciente.
  3. Estágio 3: anestesia ( existem 4 planos aqui, sendo o último o profundo e o mais perigoso)
  4. Estágio 4: ocorre uma depressão onde o animal pára de respirar e vai a óbito. Monitoramento do sistema cardiovascular Não tem como fazer uma cirurgia sem um eletrocardiograma, é extremamente necessário para poder saber o ritmo cardíaco ● Ritmo sinusal: é fisiológico ● Parada sinusal: onda T e P negativa. Se acontecer com frequência tem que ajustar o plano anestésico ● Bloqueio atrioventricular de 2°grau: Não tem o Q,R,S. O atrioventricular não disparou. De maneira esporádica não tem problema, o'que é preocupante se acontece várias vezes. ● Fibrilação: ela procede a parada cardíaca, quando ela ocorre já pode se preparar para massagem cardíaca. ● Complexo ventricular prematuro: vai acontecer quando o nó atrioventricular não dispara na hora, ele dispara antes e isso vai causar o complexo Q,R,S prejudicado. A onda Q vai ficar negativa e a onda R vai ficar mais espaçada. Se ocorrer de maneira esporádica tudo bem. Mas, se ocorrer até 3 vezes ela vem com a fibrilação levando a parada cardíaca Pressão arterial: ela é um método direto e invasivo, importante sempre fazer onde tem pouco pêlo, pois o pelo atrapalha demais. A anestesia sem a pressão realmente é algo muito difícil. ( coloca um pouco acima das patinhas do animal). Se o animal não tiver um dos membros para poder aferir a pressão. Pode tentar no rabo, não é tão fácil, mas é possível. Se mede pela fórmula PA = DC x RVS

● Hipotensão: PAS < 80 ou PAD <60. Pode ocorrer pela profundidade anestésica, bradicardia, hipovolemia… ● Hipertensão: PAS> 150 ou PAM > pode ocorrer com o animal sentindo dor. Monitoramento do sistema respiratório Oximetria: método não invasivo que permite avaliar a saturação de oxigênio arterial, com o objetivo de identificar episódios hipoxêmicos. A oximetria de pulso é um método não invasivo para mensuração da saturação arterial de oxigênio (SaO2). Geralmente coloca no penis do animal. Capnografia: ele permite observar a concentração alveolar de CO A bradipneia e a apneia ocorrem devido o aprofundamento anestésico, agora já a taquipneia ocorre pela superficialização anestésica, ou seja, quando o animal sente dor. A temperatura do animal mede pelo esôfago ou pelo reto. ● A hipotermia pode ocorrer devido aos fármacos, a própria anestesia causa uma queda de temperatura. Então tem que ficar de olho nisso, não lambuzar o animal de álcool, pois ele faz cair a temperatura, temperatura do local. ● A hipertermia é associada à febre Cada espécie tem a sua temperatura ideal. Fármacos de emergência ● Tratamento de bradicardia: precisa corrigir o plano anestésico. Tem que ser feito quando a frequência cardíaca está interferindo a frequência respiratória. Em cães e gatos: usar atropina Em bovinos e equinos: usar escopolamina ● Tratamento de arritmia: corrigir o plano anestésico. Usar lidocaína para reverter ● Tratamento de pressão arterial: descobrir a causa e corrigir o plano anestésico. Hipovolemia tem que fazer a prova de água. Em casos de depressão cardíaca e vasodilatação utilizar fármacos: epinefrina, dopamina, dobutamina e norepinefrina Parada cardiorrespiratória Fazer a massagem cardíaca no ritmo da música baby shark ou stayin alive. Sempre fazer em decúbito lateral, em casos de animais com o tórax muito profundo fazer decúbito dorsal. Permitir o complexo retorno do tórax. Fazer em ciclos de 2 minutos e de 120- 100 compressões por minuto associado com respiração boca a boca 10 respirações por minuto. Caso o animal esteja na clínica tem que entubar ele e por no oxigênio. Aplicar adrenalina. Cerca de 75% dos animais que voltam de uma parada cardiorrespiratória sofre outra em seguida e geralmente ficam com sequelas.