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Anestésicos intravenosos - 011, Notas de estudo de Medicina Veterinária

capítulo 12 Spinosa

Tipologia: Notas de estudo

2014

Compartilhado em 26/02/2014

patricia-r-8
patricia-r-8 🇧🇷

2.4

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Anestésicos Intravenosos e Outros Parenterais Denise Tabacchi Fantoni, Silvia Renata Gaido Cortopassi e Maria Martha Bernardi = INTRODUÇÃO Após estudos do sistema cardiovascular realizados por William Harvey em 1628, a administração de fármacos pela via intravenosa tornou-se passível de ser realizada. Curiosa- mente, a seringa surgiu dois séculos depois, tendo sido criada por Riynd em 1845, seguida da invenção da agulha hipodérmica por Wood em 1855. Oré, em 1872, foi o introdutor da anestesia geral intraveno- sa utilizando o hidrato de cloral em seres humanos. Humbert empregou este agente pela primeira vez na medicina veteriná ria administrando o em equinos em 1875. O hidrato de cloral foi, durante várias décadas, o único agente injetável utilizado amplamente em animais, sobretudo nos bovinos e equinos. Sua administração era realizada pclas vias oral, retal e intrave- nosa. Alé que outros agentes intravenosos fossem descober- tos, os anestésicos inalatórios, entre eles o éter e clorofórmio, eram bastante empregados tanto para a indução da anestesia como para a manutenção anestésica. O hidrato de cloral pos- suía inúmeros efeitos colaterais, e a partir da descoberta do sulfato de magnésio, em 1905, por Meltzer e Aue, com o qual passou a ser associado, seu uso tornou-se ainda mais difundido em nosso meio. No entanto, a anestesia com estes dois medi- camentos caracterizava-se por recuperação anestésica longa, acompanhada de fenômenos excitatórios e depressão respira- tória proeminente. Com o advento dos derivados do ácido barbitúrico, a Anes- tesiologia sofreu um grande avanço tecnológico com vários agentes anestésicos sendo sintetizados na década de 1920. En- tretanto, somente a partir da descoberta do pentobarbital e do tiopental em 1930 e 1933, respectivamente, os barbitúricos pas- saram a ser empregados amplamente em Veterinária. Swecb (1936) foi o introdutor do uso do pentobarbital em animais, administrando o em equinos. Em 1938, Wright, descrevendo a utilização deste agente também em equinos, relatou que a anestesia obtida caracterizava-se por excitação e decúbito pro- longado. Marcenac, Bordet e Jaudin, em contrapartida, revela- ram resultados satisfatórios ao administrarem tiopental a esta espécie em 1948, Em cães, ambos os agentes eram empregados. Interessante notar que já nos primórdios da Anestesiologia Ve- terinária as diferenças existentes entre as espécies, no que diz respeito à suscetibilidade aos medicamentos, já eram conheci- das. O pentobarbital passou a ser utilizado apenas em pequenos animais, e o tiopental, em grandes c pequenos. Outros agentes, como, por exemplo, o betanaitoxietanol, foram empregados na Anestesiologia Veterinária. Porém, até 0 surgimento da celamina muitos anos depois, o hidrato de cloral associado ao sulfato de magnésio, bem como o pentobarbital e o tiopental reinaram quase que absoluto: A celamina surgiu em meados da década de 1960, sendo empregada inicialmente em pacientes humanos, vítimas de grandes queimaduras, pois, ao contrário dos barbitúricos, não promovia depressão cardiorrespiratória importante e conferia analgesia. Até os dias de hoje, é um dos principais anestésicos injetáveis, sendo empregada em animais de pequeno e gran- de porte. Nos animais silvestres é, certamente, o agente mais utilizado. O metomidato e o ctomidato surgiram na década de 1970. O primeiro foi empregado em larga escala em suínos, embora alguns preconizassem seu uso em equinos. O etomidato nun- ca se tornou um agente de uso rotineiro em Veterinária, po- rém a ausência de efeitos adversos no sistema cardiovascular o torna o agente de primeira escolha em animais portadores de cardiopatias. O propofol, representante do grupo dos alquil-fenóis, foi sintetizado na década de 1970, sendo os primeiros estudos rea- lizados por Glen em 1980 em coelhos, gatos, porcos e macacos. A primeira formulação do propofol foi preparada em Cremofor, mas, devido à ocorrência de alguns efeitos indescjáveis, como dor à injeção e reações anafiláticas, desenvolveu-se uma formu lação alternativa. O uso do propofol conquistou popularidade, 129