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Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI): Impacto na Qualidade de Vida dos Pacientes, Manuais, Projetos, Pesquisas de Hematologia

A anemia hemolítica autoimune (ahai), uma síndrome hematológica autoimune que afeta a qualidade de vida dos pacientes. O texto discute as causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e impacto psicológico da ahai, destacando a importância da abordagem multidisciplinar no manejo clínico da síndrome.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2025

Compartilhado em 19/02/2025

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mikaellen-jeanky 🇧🇷

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AUTARQUIA BELEMITA DE CULTURA, DESPORTOS E EDUCAÇÃO
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO SÃO FRANCISCO
BACHARELADO EM FARMÁCIA
ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE: uma revisão integrativa.
BELÉM DO SÃO FRANCISCO PE
MAIO DE 2023
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AUTARQUIA BELEMITA DE CULTURA, DESPORTOS E EDUCAÇÃO

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO SÃO FRANCISCO

BACHARELADO EM FARMÁCIA

ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE: uma revisão integrativa. BELÉM DO SÃO FRANCISCO – PE MAIO DE 2023

ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE: uma revisão integrativa. Trabalho apresentado ao Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco (CESVASF), para a obtenção de nota na disciplina de Hematologia Clínica I, na graduação de Bacharelado em Farmácia. BELÉM DO SÃO FRANCISCO – PE MAIO DE 2023

RESUMO - Este trabalho apresentou uma revisão integrativa sobre a Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI), sendo a mesma uma síndrome hematológica rara e incomum que consiste por meio do sistema imunológico a destruição dos glóbulos vermelhos. Sendo estudo abordado no presente estudo sua etiologia, classificação, fatores de risco, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. Além disso, foram discutidas as implicações da AHAI em doenças autoimunes, infecções virais, gestantes, crianças e na qualidade de vida dos pacientes. Destacou-se a importância da abordagem multidisciplinar no manejo clínico da AHAI, com a identificação e o tratamento adequados da síndrome e o suporte psicológico para prevenção de complicações a longo prazo. PALAVRAS-CHAVE: Etiologia. Classificação. Diagnóstico. Tratamento. Doenças Autoimunes. ABSTRACT - This paper presents an integrative review on Autoimmune Hemolytic Anemia (AHAI), which is a rare and uncommon hematological syndrome that consists of the destruction of red blood cells through the immune system. Being a study addressed in the present study its etiology, classification, risk factors, clinical manifestations, diagnosis and treatment. In addition, the implications of AIHA in autoimmune diseases, viral infections, pregnant women, children and the quality of life of patients were discussed. The importance of a multidisciplinary approach in the clinical management of AIHA was highlighted, with the appropriate identification and treatment of the syndrome and psychological support for the prevention of long-term complications. KEYWORDS: Etiology. Classification. Diagnosis. Treatment. Autoimmune Diseases.

1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode-se determinar como anemia a quantidade de hemoglobinas que se encontram abaixo do referencial normal, apresentando carência de nutrientes considerados essenciais para o nosso organismo como, por exemplo, ferro, vitamina B12, entre outros. Enquanto a palavra hemolítica detém como significado hemólise que consiste em lise celular, ou seja, destruição dos glóbulos vermelhos. Logo quando se trata de Anemia Hemolítica (AH), caracteriza-se a mesma pela destruição dos eritrócitos, podendo determina-la em subgrupos de patologias, onde no presente estudo será tratado no que concerne a Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI). A Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) é uma síndrome hematológica caracterizada pela destruição de glóbulos vermelhos pelo próprio sistema imunológico, sendo considerada uma patologia hereditária ou adquirida, porém atípica. De acordo com Ramos et al. (2022), a AHAI é uma condição rara, mas que pode levar a complicações graves se não diagnosticada e tratada adequadamente. Díaz et al. (2021) afirmam que a AHAI pode se apresentar de diversas formas e ter causas variadas, tornando seu diagnóstico um desafio para os profissionais de saúde. A Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) é uma condição hematológica que pode ser causada por diversos fatores, incluindo a produção de autoanticorpos pelo próprio sistema imunológico. A prevalência da AHAI é baixa, mas a sua morbidade e mortalidade podem ser elevadas se não for diagnosticada e tratada precocemente (Díaz et al., 2021). Mendes et al. (2021) afirmam que a AHAI pode se apresentar de diversas formas, de acordo com a sua etiologia, incluindo a forma primária ou idiopática e a forma secundária, que pode estar associada a outras condições médicas, como infecções, neoplasias e doenças autoimunes. A síndrome da AHAI, além de apresentar classificação por sua etiologia também está associada a temperatura de reatividade de autoanticorpos, sejam estes quentes (wAHAI), frios (cAHAI) ou mistos. Onde os anticorpos mediados pela imunoglobulina IgG ativa-se em temperaturas de 37C, ou seja, temperatura

Este estudo se trata de uma pesquisa de revisão bibliográfica. A utilização de ferramentas virtuais possibilita a disseminação de dados, como também de divulgação de pesquisas realizadas em diversas áreas, tornando-se um recurso que promove acesso à informação e desenvolvimento da pesquisa científica (FALEIROS et al, 2016). Foram utilizados os seguintes bancos e bases de dados para pesquisa: Scholar Google, Pub Med, Scielo e Science Direct.

4. REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico deste trabalho será baseado em estudos recentes sobre a Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI). Díaz et al. (2021) destacam que a AHAI pode ser classificada em diferentes subtipos, incluindo a forma imunomediada, a forma aloimune e a forma paraneoplásica. A forma imunomediada é a mais comum e ocorre quando o sistema imunológico produz anticorpos contra os próprios glóbulos vermelhos, levando à sua destruição. Já a forma aloimune ocorre quando o sistema imunológico reconhece as hemácias de um indivíduo como estranhas, levando à produção de anticorpos contra elas. A forma paraneoplásica está associada a neoplasias e ocorre devido à produção de anticorpos contra antígenos tumorais que também estão presentes nas hemácias. O diagnóstico laboratorial da AHAI é essencial para o seu manejo adequado. Rangel et al. (2021) destacam que o diagnóstico da AHAI deve levar em consideração tanto os aspectos clínicos quanto os resultados de exames laboratoriais, incluindo testes imunohematológicos e de autoanticorpos. Castilho et al. (2022) enfatizam a importância do perfil imuno-hematológico dos pacientes com AHAI, que pode variar de acordo com a apresentação clínica da síndrome. O tratamento da AHAI depende da sua causa e gravidade. Segundo Durigon (2019), o tratamento da AHAI imunomediada pode incluir corticosteroides, imunossupressores, imunomoduladores e terapias biológicas. Já no caso da AHAI aloimune, o tratamento pode incluir transfusões de sangue compatível e imunoglobulina intravenosa. Na forma paraneoplásica, o tratamento da neoplasia subjacente é essencial para o controle da AHAI.

Sánchez et al. (2021) destacam a importância da detecção precoce da AHAI em pacientes pediátricos, a fim de prevenir complicações graves, como anemia aplástica e insuficiência renal. Para isso, é essencial que os profissionais de saúde estejam familiarizados com os sintomas e características clínicas da AHAI e realizem os exames laboratoriais adequados para o diagnóstico. Além dos aspectos já citados, outros fatores podem estar associados ao desenvolvimento da AHAI. Ramos et al. (2022) mencionam que a infecção por alguns vírus, como o vírus Epstein-Barr e o citomegalovírus, pode desencadear a produção de autoanticorpos contra as hemácias, resultando em AHAI. Além disso, certos medicamentos, como penicilina e cefalosporinas, também podem induzir a produção de autoanticorpos, levando ao desenvolvimento da síndrome. Díaz et al. (2021) destacam que a AHAI pode estar associada a outras condições médicas, incluindo doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, e neoplasias, como leucemias e linfomas. A presença dessas condições médicas deve ser investigada em pacientes com AHAI, uma vez que o tratamento da condição subjacente pode ser essencial para o controle da síndrome. Além disso, a AHAI pode estar associada à formação de trombos, levando a complicações graves, como acidentes vasculares cerebrais e trombose venosa profunda. Castilho et al. (2022) enfatizam a importância da identificação precoce dessas complicações, bem como do tratamento apropriado, a fim de prevenir sequelas graves. O manejo da síndrome AHAI pode ser desafiador, uma vez que a resposta ao tratamento pode variar amplamente entre os pacientes. Segundo Durigon (2019), a aloimunização é uma complicação comum em pacientes com AHAI e pode levar a dificuldades no tratamento da síndrome, uma vez que torna a seleção de sangue compatível mais difícil. 4.1. Etiologia da Anemia Hemolítica Autoimune A etiologia da Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) é multifatorial e ainda não está completamente compreendida. Díaz et al. (2021) destacam que a produção de autoanticorpos contra as hemácias é o principal mecanismo

pacientes que receberam transfusão de sangue ou em mulheres durante a gestação, quando ocorre a exposição a hemácias do feto. A forma paraneoplásica da AHAI está associada a neoplasias e ocorre devido à produção de anticorpos contra antígenos tumorais que também estão presentes nas hemácias. Díaz et al. (2021) mencionam que a forma paraneoplásica é menos comum, mas pode ser mais grave do que outras formas de AHAI, uma vez que está associada a neoplasias que podem ter uma evolução desfavorável. 4.3. Fatores de risco associados ao desenvolvimento da AHAI Diversos fatores de risco estão associados ao desenvolvimento da Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI). Díaz et al. (2021) destacam que a idade avançada é um fator de risco importante para o desenvolvimento da AHAI, uma vez que a síndrome é mais comum em pessoas com mais de 60 anos de idade. Além disso, a AHAI pode estar associada a outras condições médicas, como doenças autoimunes e neoplasias. Ramos et al. (2022) mencionam que a AHAI pode estar associada a doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide. A presença de neoplasias, como leucemias e linfomas, também pode estar associada ao desenvolvimento da AHAI. O uso de certos medicamentos também pode estar associado ao desenvolvimento da AHAI. Castilho et al. (2022) destacam que alguns medicamentos, como penicilina e cefalosporinas, podem desencadear a produção de autoanticorpos, levando ao desenvolvimento da síndrome. A infecção por alguns vírus também pode desencadear a produção de autoanticorpos contra as hemácias, resultando em AHAI. Sánchez et al. (2021) mencionam que a infecção por vírus Epstein-Barr e citomegalovírus pode estar associada ao desenvolvimento da AHAI. 4.4. Apresentação clínica da AHAI A Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) pode apresentar diferentes manifestações clínicas, dependendo do subtipo e da gravidade da síndrome.

Mendes et al. (2021) mencionam que a AHAI pode apresentar-se de forma aguda ou crônica, com sintomas que variam de leves a graves. Os sintomas mais comuns da AHAI incluem fadiga, palidez, icterícia, dor abdominal e urina escura. Castilho et al. (2022) destacam que a presença de icterícia é um achado comum em pacientes com AHAI, devido à hemólise das hemácias e à elevação da bilirrubina no sangue. A AHAI pode estar associada a complicações graves, como trombose venosa profunda e acidente vascular cerebral. Rangel et al. (2021) mencionam que a formação de trombos é uma complicação comum em pacientes com AHAI, que pode levar a complicações graves e até mesmo à morte. A forma paraneoplásica da AHAI pode estar associada a sintomas específicos, como perda de peso, sudorese noturna e febre. Díaz et al. (2021) destacam que a presença desses sintomas pode ser indicativa de uma neoplasia subjacente. Ou seja, a identificação precoce dos sintomas é essencial para o diagnóstico e tratamento conveniente da síndrome. 4.5. Diagnóstico laboratorial da AHAI O diagnóstico laboratorial da Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) é essencial para a identificação precoce da síndrome e o início do tratamento apropriado. Durigon (2019) destaca que o diagnóstico da AHAI envolve a identificação de autoanticorpos contra as hemácias e a exclusão de outras causas de anemia hemolítica. A detecção de autoanticorpos contra as hemácias é realizada por meio de testes sorológicos, como a prova direta de antiglobulina (PAD) e a prova indireta de antiglobulina (PIA). Ramos et al. (2022) mencionam que a PAD é utilizada para detectar a presença de anticorpos ligados diretamente às hemácias do paciente, enquanto a PIA é utilizada para detectar a presença de anticorpos circulantes no plasma do paciente. Além dos testes sorológicos, a avaliação da morfologia das hemácias pode auxiliar no diagnóstico da AHAI. Castilho et al. (2022) destacam que a

A Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) pode estar associada a diversas complicações, que variam de acordo com o subtipo e a gravidade da síndrome. A formação de trombos é uma complicação comum em pacientes com AHAI. Rangel et al. (2021) mencionam que a presença de autoanticorpos pode levar a alterações na coagulação sanguínea, favorecendo a formação de trombos. A AHAI também pode estar associada a hemorragias, que podem ocorrer devido à depleção dos fatores de coagulação do sangue. Durigon (2019) destaca que a presença de plaquetopenia é um achado comum em pacientes com AHAI, o que pode aumentar o risco de hemorragias. A forma paraneoplásica da AHAI pode estar associada a complicações específicas, como insuficiência renal e neuropatia periférica. Díaz et al. (2021) mencionam que a presença de anticorpos contra os antígenos dos nervos pode levar à neuropatia periférica em pacientes com AHAI. Além disso, a AHAI pode estar associada à aloimunização, que ocorre quando o paciente produz anticorpos contra os antígenos das hemácias transfundidas. Durigon (2019) destaca que a aloimunização pode levar à redução da eficácia das transfusões sanguíneas em pacientes com AHAI. Ou seja, a AHAI pode estar associada a diversas complicações, como formação de trombos, hemorragias, insuficiência renal, neuropatia periférica e aloimunização. A identificação precoce das complicações é essencial para o tratamento adequado e prevenção de danos adicionais ao paciente. 4.8. Diferentes apresentações clínicas da AHAI em diferentes grupos populacionais A Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) pode apresentar diferentes manifestações clínicas em diferentes grupos populacionais. Em pacientes pediátricos, a AHAI pode estar associada a infecções virais, como a infecção pelo vírus Epstein-Barr. Sánchez et al. (2021) mencionam que a AHAI pode ser uma complicação rara em crianças com infecção pelo vírus Epstein-Barr, que pode levar a sintomas como fadiga, palidez e icterícia. Em pacientes idosos, a AHAI pode estar associada a outras doenças autoimunes, como o lúpus eritematosos sistêmicos e a artrite reumatoide.

Durigon (2019) destaca que a presença de outras doenças autoimunes pode aumentar o risco de desenvolvimento de AHAI em pacientes idosos. Além disso, a AHAI pode apresentar características específicas em grupos populacionais com determinadas condições genéticas. Castilho et al. (2022) mencionam que a AHAI pode estar associada a doenças hereditárias, como a esferocitose hereditária e a deficiência de G6PD, em pacientes de determinadas populações étnicas. 4.9. Perspectivas futuras para a pesquisa da AHAI A pesquisa da Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) tem avançado nos últimos anos, com novas descobertas sobre os mecanismos de desenvolvimento da síndrome e novas abordagens terapêuticas sendo desenvolvidas. Uma das perspectivas futuras para a pesquisa da AHAI é a identificação de novos biomarcadores para o diagnóstico e monitoramento da síndrome. Ramos et al. (2022) destacam que a identificação de biomarcadores pode auxiliar no diagnóstico precoce da AHAI e na monitorização da resposta ao tratamento. Além disso, a pesquisa da AHAI tem buscado identificar novos alvos terapêuticos para o tratamento da síndrome. Castilho et al. (2022) mencionam que a identificação de novos alvos terapêuticos pode permitir o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais para a AHAI. Outra perspectiva futura para a pesquisa da AHAI é o estudo da genética da síndrome. Durigon (2019) destaca que a identificação de variantes genéticas associadas à AHAI pode auxiliar na compreensão dos mecanismos de desenvolvimento da síndrome e na identificação de novos alvos terapêuticos.

5. DISCUSSÃO E RESULTADOS A Anemia Hemolítica Autoimune (AHAI) é uma síndrome complexa e heterogênea, que pode apresentar diferentes manifestações clínicas e complicações em diferentes grupos populacionais. Ramos et al. (2022) destacam a importância da identificação de biomarcadores para o diagnóstico

A pesquisa na área da AHAI está em constante evolução, conforme destacado por Durigon (2019), Castilho et al. (2022) e Ramos et al. (2022). Apesar dos avanços na pesquisa da AHAI, a síndrome ainda apresenta muitos desafios, como a identificação de biomarcadores específicos para o diagnóstico e monitoramento da síndrome e a busca por tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. Uma das principais limitações desta revisão integrativa é a escassez de estudos clínicos randomizados e controlados na área da AHAI. Muitos dos estudos citados neste trabalho são estudos observacionais, que não permitem estabelecer uma relação de causalidade entre as variáveis analisadas. No entanto, é importante destacar que a AHAI é uma síndrome relativamente rara e que, portanto, estudos clínicos randomizados e controlados com grandes amostras de pacientes são difíceis de serem realizados. Por outro lado, estudos observacionais podem ser úteis na identificação de características específicas da AHAI em diferentes grupos populacionais e na identificação de fatores de risco associados ao desenvolvimento da síndrome. Apesar das limitações, os resultados desta revisão integrativa reforçam a importância da AHAI como uma síndrome complexa e heterogênea, que requer uma abordagem multidisciplinar para o diagnóstico e tratamento adequado. A identificação precoce da AHAI e a identificação de características específicas em diferentes grupos populacionais são fundamentais para a melhoria do prognóstico e da qualidade de vida dos pacientes com a síndrome. Em relação às perspectivas futuras, é importante destacar que a pesquisa na área da AHAI está em constante evolução, com a identificação de novos biomarcadores, novos alvos terapêuticos e novas abordagens terapêuticas sendo desenvolvidas. Espera-se que, no futuro, esses avanços possam contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos de desenvolvimento da AHAI e para o desenvolvimento de tratamentos mais eficientes e com menos reações adversas. 5.1. Aspectos imunológicos da AHAI: classificação e papel dos autoanticorpos e dos complexos imunes

A AHAI é uma síndrome autoimune caracterizada pela destruição de hemácias pelo sistema imunológico do próprio paciente. De acordo com Diaz et al. (2021), os autoanticorpos são produzidos contra antígenos presentes na membrana das hemácias, como os antígenos de grupos sanguíneos ABO e Rh. Esses autoanticorpos podem se ligar às hemácias, marcando-as para destruição pelo sistema imunológico. Além disso, esses autoanticorpos podem formar complexos imunes com as hemácias, levando a uma ativação ainda maior do sistema imunológico e à destruição acelerada das hemácias. A sua classificação consiste na reação a diversas temperaturas. Ramos et al (2022) introduz que a patologia é capaz de ser determinada de acordo com a reatividade da temperatura dos anticorpos sejam esses nos tipos quente, fria ou mista, assim como de acordo com sua etiologia, sendo primária ou secundária ao uso de medicamentos, a existência de outras doenças autoimunes a infecção e desordens linfoproleferativas. A AHAI por anticorpos quentes reage na temperatura corporal normal (37C), sendo caracterizada pela imunoglobulina IgG e é considerada a mais comum dentre as classificações designando um discreto predomínio no gênero feminino, e apresentando maior evidencia em idades mais avançadas entre 60 a 70 anos, cerca de metade de suas manifestações são de etiologia primária, enquanto a outra metade secundária. Sua reação geralmente é voltada contra antígenos de proteínas sobre a superfície das hemácias, mesmo raramente aglutinando as mesmas. Os anticorpos frios ou crioaglutininas vão reagir em temperatura corporal abaixo do normal (geralmente 4C a 18C) e vai estar caracterizada pela imunoglobulina IgM, ocorrendo a ligação do autoanticorpo frio as hemácias, levando as mesmas a aglutinação na circulação sanguínea. Já a AHAI mista apresenta-se com os dois anticorpos (IgG e IgM), tendo maior prevalências em mulheres e em idades mais avançada e geralmente está realacionada a lúpus e linfoma. Segundo Ramos et al. (2022), a produção de autoanticorpos contra as hemácias pode ser desencadeada por diversos fatores, incluindo infecções virais, drogas, doenças autoimunes e neoplasias. O papel dos autoanticorpos e dos complexos imunes na patogênese da AHAI tem sido amplamente estudado, e esses mecanismos têm sido alvo de novas terapias para a síndrome.

a detecção dos autoanticorpos por técnicas imunohematológicas, como o teste de Coombs direto, e a avaliação da gravidade da anemia hemolítica. O tratamento da AHAI envolve a imunossupressão, como o uso de corticosteroides, e, em casos graves, transfusões sanguíneas e esplenectomia. Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento da AHAI, ainda existem muitas limitações no manejo clínico da síndrome. De acordo com Durigon (2019), a aloimunização, ou a produção de anticorpos contra antígenos presentes em hemácias transfundidas, é uma complicação comum em pacientes com AHAI e pode levar a dificuldades no tratamento da anemia hemolítica. Além disso, o tratamento imunossupressor pode aumentar o risco de infecções e outras complicações em pacientes com AHAI. 5.3. AHAI e doenças autoimunes: associação e possíveis mecanismos envolvidos. De acordo com Diaz et al. (2021), a AHAI pode ocorrer como uma manifestação isolada ou em associação com outras doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide e síndrome de Sjögren. Segundo Durigon (2019), a associação entre AHAI e outras doenças autoimunes pode ser explicada por mecanismos imunológicos comuns, como a produção de autoanticorpos e a ativação de células do sistema imunológico. Além disso, a presença de comorbidades pode influenciar na apresentação clínica da AHAI, tornando o diagnóstico e o tratamento mais desafiadores. De acordo com Castilho et al. (2022), o diagnóstico de AHAI em pacientes com doenças autoimunes pode ser mais difícil, devido à presença de autoanticorpos circulantes e à complexidade da resposta imunológica. No entanto, a identificação precoce da AHAI é fundamental para o correto tratamento da síndrome e a melhora da qualidade de vida dos pacientes. A associação entre AHAI e doenças autoimunes também tem implicações no tratamento da síndrome. Segundo da Silva Mendes et al. (2021), o uso de imunossupressores para o tratamento de outras doenças autoimunes pode influenciar na apresentação clínica da AHAI e tornar o manejo clínico mais desafiador.

Portanto, a associação entre AHAI e doenças autoimunes é uma área de interesse em pesquisa, com possíveis mecanismos imunológicos comuns explicando essa associação. O diagnóstico precoce da AHAI em pacientes com doenças autoimunes é fundamental para o tratamento adequado, e o uso de imunossupressores pode influenciar na apresentação clínica da síndrome e tornar o manejo clínico mais desafiador. 5.4. AHAI e infecções virais: associação e possíveis mecanismos envolvidos. De acordo com Durigon (2019), a AHAI pode estar associada a infecções virais, como infecção pelo vírus Epstein-Barr, citomegalovírus e HIV. Essa associação pode ser explicada por possíveis mecanismos imunológicos envolvidos na resposta do sistema imunológico a esses agentes infecciosos. Segundo Castilho et al. (2022), a infecção viral pode desencadear uma resposta imunológica desregulada, levando à produção de autoanticorpos e à destruição de hemácias. Além disso, a infecção viral pode induzir a ativação de células do sistema imunológico, como linfócitos T e células natural killer, que podem estar envolvidas na patogênese da AHAI. De acordo com da Silva Mendes et al. (2021), a identificação da associação entre infecções virais e AHAI é importante para o diagnóstico e o tratamento adequados da síndrome. O diagnóstico laboratorial da AHAI envolve a detecção dos autoanticorpos por técnicas imunohematológicas, como o teste de Coombs direto, e a avaliação da gravidade da anemia hemolítica. Além disso, o tratamento da AHAI pode incluir o uso de imunossupressores, como corticosteroides, para controlar a resposta imunológica desregulada. Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento da AHAI associada a infecções virais, ainda existem muitas limitações no manejo clínico da síndrome. Além disso, o uso de imunossupressores pode aumentar o risco de infecções em pacientes com AHAI, o que pode ser especialmente preocupante em casos de infecções virais. Atualmente além das infecções pelos vírus citados anteriormente, a estudos, porém poucos voltados para a associação de AHAI com relação ao vírus SARS-CoV-2 (COVID-19), onde o levantamento da hipótese do mesmo