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Guias e Dicas
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Anatomia patológica especial, Notas de estudo de Patologia

Informações sobre a anatomia patológica do fígado e do coração. São descritas as funções do fígado, sua estrutura macro e microscópica, além de classificações de lesões. Também são apresentadas informações sobre a estrutura e função do coração, bem como a fisiopatologia da insuficiência cardíaca. O documento pode ser útil para estudantes de medicina veterinária e áreas relacionadas.

Tipologia: Notas de estudo

2023

À venda por 08/04/2023

juliana-moura-93
juliana-moura-93 🇧🇷

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Anatomia Patológica especial
FÍGADO:
O gado possui fuões essenciais para
a manuteão da vida e para permitir
que os outros óros funcionem
corretamente.
Fuões: metabolismo da bilirrubina,
de ácidos biliares, gorduras,
carboidratos, protnas, detoxificão e
fuão imune.
Marrom-avermelhado, superfície lisa,
frvel e recoberto por psula de
tecido conjuntivo.
Possui 1 face convexa voltada para o
diafragma (face diafragmática) e 1
ncava em contato com as sceras
abdominais (face visceral).
É dividido em lobos, por fissuras
particularmente profundas em cães,
gatos e suínos, pouco profundas em
equinos e quase ausentes em bovinos.
A veia porta drena o trato digesrio e
fornece de 70% a 80% do total do fluxo
sangneo hetico aferente, enquanto
a arria hetica fornece o restante do
fluxo sangneo hetico (porta
hetica).
Projões de tecido conjuntivo (septos
interlobulares) partem da psula e
dividem o gado em pequenas porções
de tamanho e forma aproximadamente
iguais, denominadas bulos heticos.
Estrutura macrospica do gado:
O gado é suprido de sangue por duas
fontes:
Vecula biliar: forma de pera, fortemente
aderida ao fígado
*E sp éc ie s se m ve cu la b il ia r: e qu íd eo s,
gi ra fa , ra to , el ef an te .
Estrutura microspica do gado:
Classifica çã o pe lo tipo de leo e o
local acom et id o:
1. Aleatór io : Se m local específico no
bulo.
Causas: Sa lm on el ose, Herpesrus
equino 1, mi gr ão parasiria etc.
Degeneraçã o e/ ou necrose
hepatocelu la r: p resença de necrose em
lulas is ol ad as - pode ser em tudo ou
mutifocal.
2. Zonal: a fe ta os hepatócitos em áreas
definidas do l ób ulo hepático.
3. Centrol ob ul ar : relacionadas a
condões de h ip óxia
Causas: an em ia , IC (Insuficncia
Cardíaca), C es tr um laevigatum,
Adenovírus c an in o.
4. Mediozo na l: A fl atoxicose.
Degeneraçã o e a necrose: o lees
incomuns e m an im ais domésticos, mas já
foram rela ta da s em suínos e equinos
com aflato xi co se e em felinos expostos
ao hexaclo ro fe no .
5. Peripor ta l: A lterações ao redor do
espaço per ip or ta l provocada por
agentes.
leo dire ta c om a chegada do agente
primeirame nt e ne stes locais
leo indu zi da , como nas fibroses.
6. Maca: n ec ro se de um bulo
hetico i nt ei ro ou de bulos contiguos.
Todos os h ep at óc itos apresentam-se
necróticos .
RODOCOCOSE
Doença dos e qu in os
Saprófita do s ol o e habitante normal do
intestino de e qu inos.
Piogranulo ma s pu lmonares em potros
abaixo de 6 me se s
Ao ser deg lu ti do entra atras de
lulas M e le va a inflamão
piogranulo ma to sa do GALT.
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FÍGADO:

O fígado possui funções essenciais para a manutenção da vida e para permitir que os outros órgãos funcionem corretamente. Funções: metabolismo da bilirrubina, de ácidos biliares, gorduras, carboidratos, proteínas, detoxificação e função imune. Marrom-avermelhado, superfície lisa, friável e recoberto por cápsula de tecido conjuntivo. Possui 1 face convexa voltada para o diafragma (face diafragmática) e 1 côncava em contato com as vísceras abdominais (face visceral). É dividido em lobos, por fissuras particularmente profundas em cães, gatos e suínos, pouco profundas em equinos e quase ausentes em bovinos. A veia porta drena o trato digestório e fornece de 70% a 80% do total do fluxo sanguíneo hepático aferente, enquanto a artéria hepática fornece o restante do fluxo sanguíneo hepático (porta hepática). Projeções de tecido conjuntivo (septos interlobulares) partem da cápsula e dividem o fígado em pequenas porções de tamanho e forma aproximadamente iguais, denominadas lóbulos hepáticos. Estrutura macroscópica do Fígado: O fígado é suprido de sangue por duas fontes: Vesícula biliar: forma de pera, fortemente aderida ao fígado *Espécies sem vesícula biliar: equídeos, girafa, rato, elefante. Estrutura microscópica do fígado: Classificação pelo tipo de lesão e o local acometido:

1. Aleatório: Sem local específico no lóbulo. Causas: Salmonelose, Herpesvírus equino 1, migração parasitária etc. Degeneração e/ou necrose hepatocelular: presença de necrose em células isoladas- pode ser em tudo ou mutifocal. 2. Zonal: afeta os hepatócitos em áreas definidas do lóbulo hepático. 3. Centrolobular: relacionadas a condições de hipóxia Causas: anemia, IC (Insuficiência Cardíaca), Cestrum laevigatum, Adenovírus canino. 4. Mediozonal: Aflatoxicose. Degeneração e a necrose: são lesões incomuns em animais domésticos, mas já foram relatadas em suínos e equinos com aflatoxicose e em felinos expostos ao hexaclorofeno. 5. Periportal: Alterações ao redor do espaço periportal provocada por agentes. lesão direta com a chegada do agente primeiramente nestes locais lesão induzida, como nas fibroses. 6. Maciça: necrose de um lóbulo hepático inteiro ou de lóbulos contiguos. Todos os hepatócitos apresentam-se necróticos.

RODOCOCOSE

Doença dos equinos Saprófita do solo e habitante normal do intestino de equinos. Piogranulomas pulmonares em potros abaixo de 6 meses Ao ser deglutido entra através de células M e leva a inflamação piogranulomatosa do GALT.

ICTERÍCIA:

É o aumento da concentração de bilirrubina conjugada (ou não) no sangue. Congestão passiva: disfunção cardíaca direita que causa estase sanguínea, leva a hipóxia centrolobular persistente com consequente atrofia ou perda de hepatócitos e com posterior fibrose. *Adipoxantose: pigmentos carotenóides.

PRÉ-HEPÁTICA:

BILIRRUBINA NÃO

CONJUGADA OU

INDIRETA

HEMOLÍTICOS

AGUDOS, HIPÓXIA

2ª A ANEMIA

HEPÁTICA:

BILIRRUBINA

CONJUGADA OU

DIRETA E NÃO

CONJUGADA DOENÇA

HEPÁTICA DIFUSA

GRAVE, AGUDA OU

CRÔNICA.

OBSTRUTIVA:

BILIRRUBINA

CONJUGADA

DIMINUIÇÃO DO

FLUXO DENTRO DOS

CANALÍCULOS,

OBSTRUÇÃO DOS

DUCTOS BILIARES

Retirada cirúrgica de 70% do fígado – regeneração em 6 semanas. O sucesso da regeneração depende de suprimento sanguíneo e drenagem de bile adequados e manutenção de colágeno III. Geralmente em necrose massivas ou lesões repetitivas há colapso das áreas afetadas e evolução para fibrose. É a consequência da maioria das lesões hepáticas crônicas. aumento da deposição de matriz extracelular que irá formar a cicatriz hepática. Consequência de dano celular repetido por ação de substâncias tóxicas, agentes infecciosos, distúrbios metabólicos ou autoimunes. Processo difuso caracterizado por fibrose e conversão da arquitetura normal em anormais. Arquitetura alterada: perda do parênquima, fibrose, condensação do tecido conjuntivo preexistente, regeneração em nódulos entre os feixes fibrosos. Regeneração hepatocelular: Fibrose: Cirrose:

SALMONELLA

Inflamação granulomatosa - sobrevivem e se multiplicam nas células fagocíticas. Todas patogênicas; zoonose. Alguns animais se recuperam e se tornam reservatórios e eliminam o organismo nas fezes, particularmente após estresse.

DESLOCAMENTOS INTESTINAIS:

DOENÇA DO EDEMA/

COLIBACILOSE ENTEROTOXÊMICA

Doença dos suínos Cepa de E. coli específica de suínos Suínos de 6 a 14 semanas de idade com histórico de mudança de dieta durante desmame. Doença edematosa com sinais neurológicos, incluindo falta de coordenação, desequilíbrio, fraqueza, tremores e convulsões. Edema generalizado, mais comum na submucosa gástrica, pálpebras, testa, vesícula biliar, e mesentério do cólon espiral. No SNC, o dano arterial causa malácia na medula, tálamo e gânglios basais, denominadas de angiopatia cérebro- espinhal suína

PARVOVIROSE

Cães e gatos Células alvo são as células da cripta Menores de 2 semanas: doença generalizada, com áreas focais de necrose induzida por vírus nos tecidos com células com alta taxa mitótica. 3-8 semanas: podem desenvolver miocardites pelas mesmas razões. 8 semanas: Diarreia, depressão, desidratação, vômito e panleucopenia (idem felinos) Macro: ID dilatado, flácido, edemaciado, conteúdo fluido com exsudato fibrinoso com ou sem hemorragia, linfadenomegalia mesentérica com hemorragia variável. (Intestino com conteúdo líquido e hemorrágico com áreas deprimidas associadas as placas de Peyer). Micro: desnudamento parcial de vilosidades, necrose de células da cripta com fusão de vilosidades e redução da granulopoiese na medula óssea.

CORAÇÃO:

macroscópica: saco fibroelástico chamado de pericárdio; sua parede é composta por três camadas: epicárdio, miocárdio e endocárdio. Estruturalmente, o coração contém, seguindo o fluxo sanguíneo, quatro vasos sanguíneos principais (veia cava, artéria pulmonar, veia pulmonar e aorta) Quatro câmaras (átrio/aurícula direita, ventrículo direito, átrio/aurícula esquerda e ventrículo esquerdo) Quatro valvas (tricúspide,semilunar pulmonar, mitral e semilunar aórtica). A circulação sistêmica retorna sangue não oxigenado do corpo para o átrio direito através da veia cava. Do átrio direito, o sangue passa pela válvula AV direita para o ventrículo direito. Do ventrículo direito, o sangue é bombeado para os pulmões através das artérias pulmonares (pulmonares). Do pulmão, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo pela veia pulmonar O sangue então passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da válvula mitral. Qual a função primária do sistema cardiovascular? A principal função dos sistemas cardiovascular e linfático é manter um suprimento adequado e estável de nutrientes e facilitar a remoção de catabólitos de todos os órgãos e tecidos do organismo. O que é insuficiência cardíaca (IC)? É uma síndrome clínica caracterizada pela INCAPACIDADE do coração atuar como bomba, quer seja por déficit de contração e/ou de relaxamento, comprometendo o funcionamento do organismo. *ICC= Insuficiência cardíaca crônica

FISIOPATOLOGIA DA IC

A IC é uma síndrome clínica progressiva na qual o bombeamento deficiente diminui a ejeção ventricular e impede o retorno venoso. O coração falha tanto por diminuição do bombeamento cardíaco para a aorta e/ou artéria pulmonar a fim de manter a pressão arterial (IC de baixo débito) quanto por incapacidade de esvaziar adequadamente os reservatórios venosos (IC congestiva). Achados da anamnese de baixo débito cardíaco incluem depressão, letargia, síncope e hipotensão, enquanto aqueles de congestão incluem ascite, efusão pleural e edema pulmonar.

ARTERIOSCLEROSE

doença degenerativa das artérias elásticas em que a mineralização patológica da parede arterial resulta em endurecimento arterial e perda de elasticidade. Causas: Hipervitaminose D ou ingestão de plantas tóxicas, doenças crônicas debilitantes, Animais idosos

ATEROSCLEROSE

Deposição de colesterol nas paredes arteriais. Aterosclerose é comparativamente rara em animais domésticos Grosseiramente, a aterosclerose se manifesta por artérias espessadas e proeminentes Microscopicamente, as placas ateromatosas são compostas de grandes macrófagos espumosos e carregados de lipídios *Em uma necropsia de um cão com ICC direita podemos encontrar Ascite, hepatoesplenomegalia com fígado em noz moscada.