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A anatomia da coluna cervical, com foco nos músculos e estruturas relacionadas. Apresenta exercícios e questões para testar o conhecimento sobre o assunto, auxiliando na compreensão da estrutura e função da região cervical.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Objetivos :
1. Revisar a morfofisiologia da coluna e musculatura cervical ; 2. Explicar a fisiopatologia associada à cervicalgia; 3. Entender como a tecnologia pode desencadear as manifestações ortopédicas; 4. Conhecer a farmacodinâmica dos AINES e AIES. INFORMAÇÕES GERAIS DA COLUNA : A coluna vertebral é constituída por 33 ( trinta e três ) vértebras , distribuídas da seguinte forma: a) 7 Cervicais; b) 12 Torácicas; c) 5 Lombares; d) 5 Sacrais (fundidas); e) 4 Coccígeas (fundidas). Curvaturas da coluna vertebral ( curvaturas normais ): a) Lordose cervical; b) Cifose torácica; c) Lordose lombar; d) Cifose sacral. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
Vértebras : As vértebras são ossos com formas únicas que sustentam a musculatura axial e protegem a medula espinal e as raízes dos nervos espinais. Composição das vértebras :
1. Corpo vertebral : Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
As quatro vértebras cervicais típicas ( III , IV , V e VI ) têm as seguintes características: ✔ O corpo vertebral é pequeno e mais longo no sentido laterolateral do que no sentido anteroposterior; ✔ O forame vertebral é grande e triangular; ✔ Os processos transversos de todas as vértebras cervicais ( típicas ou atípicas ) incluem forames transversários para os vasos vertebrais (as veias vertebrais e, com exceção de C-VII, as artérias vertebrais); ✔ As faces superiores dos processos articulares estão voltadas em sentido superoanterior, e as faces inferiores estão voltadas em sentido inferoposterior; ✔ Os processos espinhosos são curtos e bífidos. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
Existem três vértebras cervicais atípicas ( C - I , C - II e C - VII ): a) A vértebra C - I ou Atlas : Não tem processo espinhoso nem corpo. b) A vértebra C - II ou Áxis : Apresenta um dente , semelhante a um pino, projeta-se de seu corpo para cima e processos transversos pequenos. A vértebra proeminente ( C - VII ): assim denominada por causa do processo espinhoso longo , que não é bífido. Os processos transversos são grandes, mas os forames transversários são pequenos. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
Músculos cervicais anteriores ( flexão da cabeça , flexão do pescoço , elevação da 1ª e da 2ª costelas ): ✔ Reto anterior da cabeça : origem - Processo transverso de C1. ✔ Reto lateral da cabeça : origem - processo transverso de C1. ✔ Longo da cabeça : origem - tubérculos anteriores dos processos transversos de C3 a C6. ✔ Longo do pescoço : origem parcial - corpos vertebrais de C5 a C7, processos transversos de C3 a C5; inserção - tubérculo anterior do processo transverso de C1, corpos vertebrais de C2 a C5, processos transversos de C5 e C6. ✔ Escaleno anterior : origem - tubérculos anteriores dos processos transversos de C3 a C6. ✔ Escaleno médio : origem - processos transversos de C3 a C7. ✔ Escaleno posterior : origem - tubérculos posteriores dos processos transversos de C5 a C7. Músculos extrínsecos do dorso ( extensão da cabeça e do pescoço , elevação e retração da escápula , elevação das costelas ): ✔ Trapézio : origem parcial - ligamento nucal e processo espinhoso de C7. ✔ Levantador da escápula : origem - processos transversos de C1 e C2, tubérculos posteriores dos processos transversos de C3 e C4. ✔ Romboide menor : origem - parte inferior do ligamento nucal e processo espinhoso de C7. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
✔ Serrátil posterior superior : origem - parte inferior do ligamento nucal e processo espinhoso de C7. Músculos intrínsecos do dorso : músculos eretores da espinha (extensão da cabeça e do pescoço) ● ILIOCOSTAL ✔ Iliocostal do pescoço : inserção - processos transversos de C4 a C6. ✔ Iliocostal do tórax : inserção parcial - processo transverso de C7. ● LONGUÍSSIMO ✔ Longuíssimo da cabeça : origem parcial - processos transversos das três ou quatro vértebras cervicais inferiores. ✔ Longuíssimo do pescoço : inserção - processos transversos de C2 a C6. ✔ Espinal do pescoço : inserção - processos espinhosos de C2 a C4. Músculos intrínsecos do dorso : músculos transversoespinais (extensão do pescoço, extensão e rotação da cabeça) ✔ Semiespinal da cabeça : origem - processos articulares de C4 a C7. ✔ Semiespinal do pescoço : inserção - processos espinhosos de C2 a C5. ✔ Semiespinal do tórax : inserção parcial - processos espinhosos de C6 e C7. ✔ Multífido : inserção parcial - processos espinhosos de C2 a C7. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
A cervicalgia e a cervicobraquialgia são sintomas que traduzem, na maioria das vezes, um processo degenerativo ou um distúrbio funcional das estruturas ligamentares , musculares , discais e osteocartilaginosas da região cervical. Trata-se de um grupo de doenças com aspectos clínicos multifatoriais , envolvendo desde fatores de risco individuais, como características físicas e psicossociais, até fatores relacionados com a ergonomia ( condições de trabalho ) e atividades laborativas. As cervicalgias agudas podem ocorrer como um sintoma de patologias subjacentes inflamatórias, infecciosas ou mesmo tumorais. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
Trauma e fatores ocupacionais estão envolvidos na maioria dos casos. Neste mesmo sentido, fatores posturais, principalmente hiperflexão prolongada da coluna cervical , também podem desencadear cervicalgia em consequência do estiramento das articulações zigoapofisárias posteriores. A dor ocupa toda a região cervical, irradiando, em geral, pela região dos trapézios até a região dorsal. A mobilidade do pescoço é normal , mas a palpação das massas musculares é dolorosa. Etiologias 1. Causas mecânicas; 2. Doenças reumáticas; 3. Infecções; 4. Tumores e lesões infiltrativas; 5. Doenças endócrinas, metabólicas e hereditárias; 6. Doenças neurológicas e psiquiátricas; 7. Dor referida; 8. Miscelânea. Associações Associação com práticas de : 1. Posturas fixas e prolongadas; 2. Curvatura aumentada do tronco; Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
trapézio , com restrições a movimentação ativa e passiva, além de áreas dolorosas à palpação. 2. Causas : As condições ocupacionais devem ser consideradas no desencadeamento e recidiva desta patologia. Sua etiologia ainda não está totalmente definida, porém pode estar relacionada com o acometimento musculoligamentar secundário a um evento traumático de intensidade variável ou a uma sobrecarga mecânica repetitiva. 3. Sintomas : A dor é o sintoma mais comum de apresentação, apesar de serem frequentes queixas concomitantes de cefaleia do tipo tensional. Geralmente localiza-se na parte média e inferior da região cervical posterior, podendo ser localizada ou difusa e bilateral nos casos mais severos. A dor não apresenta irradiação para os braços , porém pode se irradiar para os ombros, e se exacerba com a movimentação do pescoço. Ocorre melhora com repouso e imobilização. 4. Exame físico : Dor local, espasmos e bloqueio de movimentos. Pode ocorrer contratura sustentada do esternocleidomastóideo e do trapézio. 5. Exames de imagem : A avaliação radiológica pode ser completamente normal, ou revelar apenas uma ratificação da curvatura fisiológica da coluna cervical. Torcicolo : É um tipo de distensão cervical , decorrente de uma contratura severa da musculatura do pescoço. A cabeça assume uma atitude em flexão lateral, com o queixo rodado para o lado oposto da dor. O torcicolo pode ser congênito (anormalidades anatômicas e neurológicas - incluindo a síndrome de Klippel - Feil [fusão dos corpos vertebrais C2, C3 e C4], subluxação atlanto-axial, ausência ou atrofia congênita Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
de músculos cervicais, malformação de Arnold - Chiari etc.) ou adquirido (traumas, dano muscular repetitivo, fratura ou subluxação atlanto-axial). Saiba Mais! A Síndrome de Klippel - Feil é uma condição rara, caracterizada principalmente pela fusão congênita de duas ou mais vértebras cervicais. Esta fusão leva a uma gama variada de manifestações clínicas e desafios diagnósticos. A malformação de Arnold - Chiari , também conhecida como malformação de Chiari , refere-se a uma condição em que há um deslocamento anormal das estruturas cerebelares para o canal espinhal. Existem diferentes tipos desta malformação, cada um com características e implicações clínicas distintas. Tipos de Malformação de Arnold - Chiari Tipo I : Caracteriza-se pelo deslocamento das amígdalas cerebelares através do forame magno. Geralmente, os sintomas surgem na idade adulta. Tipo II : Envolve o deslocamento do cerebelo e da medula espinhal. Está frequentemente associada à mielomeningocele e é geralmente identificada durante a infância. Tipo III e IV : São formas mais raras e graves, apresentando-se com malformações cerebrais e espinhais significativas. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
Síndrome do Chicote 1. Definição : Também chamado de mecanismo de aceleração - deceleração cervical ou efeito chicote , ao impacto, o pescoço vai subitamente para frente ou para trás. Há uma hiperextensão , podendo haver rompimento de músculos e tendões, lesão de tecidos moles ou das vértebras cervicais e raizes nervosas. 2. Causas : Ocasionada por impactos indiretos , geralmente por colisões automobilísticas traseiras em baixas velocidades. Ocorre um mecanismo aceleração-desaceleração, com transferência de força para a região cervical. Também pode ser ocasionada por colisões laterais, mergulhos e outros acidentes. 3. Sintomas : Dor na região do pescoço; dificuldade de movimentação da cabeça, devido à dor e rigidez do pescoço, dor de cabeça, ombros doloridos, formigamento e/ou dormência dos braços, tontura, visão embaçada, irritabilidade, dificuldade em dormir, zumbido no ouvido. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
4. Classificação : Dependendo do grau de comprometimento das estruturas cervicais, pode-se classificar a síndrome do chicote em quatro graus , conforme preconizado pela Quebec Task Force : ● Grau I : Sem sinais clínicos, apenas manifestações de dor e rigidez muscular, relatadas pelo paciente; ● Grau II : Sinais músculos-esqueléticos, associados às manifestações de dor (ex: diminuição da amplitude de movimento, sensibilidade pontual); ● Grau III : Sinais neurológicos, associados às manifestações de dor (ex: reflexos tendinosos profundos diminuídos ou ausentes, fraqueza, déficits sensoriais); ● Grau IV : Sinais de fratura ou luxação cervical, associados às manifestações de dor. 5. Exames de imagem : Radiografia , TC e RM. Osteoartrite da Faceta Cervical 1. Definição : A osteoartrite da faceta cervical , também conhecida como artrose das articulações facetárias cervicais , é uma condição degenerativa que afeta as articulações facetárias da coluna cervical. Essas articulações, localizadas na parte posterior da coluna, são responsáveis por permitir movimentos suaves e flexíveis do pescoço. É uma condição comum na qual as articulações das juntas de atrás entre as vértebras (facetas articulares ou articulações zigoapofisárias) responsáveis pela estabilidade e flexibilidade espinhais ficam inflamadas e inchadas. 2. Causas : As causas potenciais da condição incluem envelhecimento, inflamação, infecção e degeneração e compressão das vértebras. 3. Patogênese : A osteoartrose cervical envolve predominantemente os segmentos C4 até C7. Inicialmente ocorre uma desidratação progressiva do Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
Espondilose Cervical 1. Definição : " Espondilose " é um termo não específico usado para descrever efeitos geralmente atribuídos a alterações degenerativas da coluna vertebral , geralmente com produção de osteófitos. 2. Causas : Suas causas ainda não estão bem estabelecidas, mas idade é o principal fator de risco aliado a má postura. 3. Patogênese : As alterações degenerativas ocorrem no disco vertebral , nas articulações zigoapofisárias e uncovertebrais e nos corpos vertebrais. Gradualmente, ocorrem neoformações ósseas nestas áreas, chamadas osteófitos , os populares bicos de papagaio. Esse bico de papagaio piora o quadro, pois aumenta a compressão das terminações nervosas e a dor na região. Além disso, eles contribuem para o estreitamento do forâmen neural, causando compressão das raizes nervosas e consequente radiculopatia. Tais alterações ao longo da margem dos corpos vertebrais e do ligamento longitudinal posterior podem causar compressão da medula espinhal (mielopatia). 4. Sintomas : Dor na região do pescoço. Pode ocorrer dor referida na região occipital, retrorbital, temporal, nos ombros ou nos braços, formigamento na região dos braços, sobretudo quando há compressão das terminações nervosas no pescoço, dor de cabeça ou alteração na força dos membros superiores também podem estar presentes. 5. Exames de imagem : Radiografias, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas, para avaliar o grau de desgaste das estruturas ósseas da coluna, bem como dos discos intervertebrais. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”
Dor Discogênica Cervical 1. Definição : Caracteriza-se como uma dor que resulta da degeneração do disco vertebral. Essa alteração morfológica impede o disco de resistir às tensões e às cargas, gerando instabilidade na coluna. 2. Sintomas : Geralmente se apresenta com dor e/ou rigidez no movimento do pescoço, que às vezes é associado a dor nas extremidades superiores. Os sintomas geralmente são exacerbados quando o pescoço é mantido em uma posição por períodos prolongados, como ocorre com dirigir, ler ou trabalhar em um computador. A dor , de origem discal , é chamada Dor Discogênica. As facetas articulares e principalmente a musculatura paravertebral usualmente estão sobrecarregadas e também podem ser fonte de dor, como por exemplo, através da fadiga muscular. 3. Exame físico : O exame físico mostra diminuição da amplitude de movimento associada à dor, e os sinais radiculares cervicais geralmente estão ausentes. Manobras provocativas para radiculopatia cervical são negativas. Valmir Vaz Correia e Maria Nogueira – Acadêmicos de Medicina “A recompensa em ajudar o próximo não é material, mas seu valor é muito maior que qualquer tesouro”