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Análise e Validação do Conversor Boost em Modo de Condução Contínua, Exercícios de Sistemas de Controle Avançados

Este trabalho técnico aborda a análise e validação das funções de modelagem do conversor boost em modo de condução contínua. Uma revisão dos estados de operação do conversor, detalhando a modelagem matemática e a obtenção das funções de transferência no domínio s. Através de simulações no software psim®, o trabalho valida as funções de transferência obtidas, comparando os resultados com a resposta do circuito ideal em diferentes cenários de perturbações externas.

Tipologia: Exercícios

2024

Compartilhado em 13/10/2024

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jose-lucas-lcw 🇧🇷

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
JOSÉ LUCAS DE OLIVEIRA
ANÁLISE E VALIDAÇÃO DAS FUNÇÕES DE MODELAGEM DO CONVERSOR
BOOST EM MODO DE CONDUÇÃO CONTÍNUA
JOINVILLE
2024
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

JOSÉ LUCAS DE OLIVEIRA

ANÁLISE E VALIDAÇÃO DAS FUNÇÕES DE MODELAGEM DO CONVERSOR

BOOST EM MODO DE CONDUÇÃO CONTÍNUA

JOINVILLE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS - CCT

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

JOSÉ LUCAS DE OLIVEIRA

ANÁLISE E VALIDAÇÃO DAS FUNÇÕES DE MODELAGEM DO CONVERSOR

BOOST EM MODO DE CONDUÇÃO CONTÍNUA

Trabalho submetido à disciplina de Controle

de Conversores Estáticos, como requisito

parcial da nota de aprovação.

Professor: Dr. Alesssandro Luiz Batschauer

JOINVILLE

Figura 23 - Resultado da simulação utilizando AC Sweep na corrente do indutor.

SUMÁRIO

  • 1 INTRODUÇÂO
  • CONDUÇÃO CONTÍNUA 2 FUNCIONAMENTO BÁSICO CONVERSOR BOOST EM MODO DE
  • CONTÍNUA 3 MODELAGEM DO CONVERSOR BOOST EM MODO DE CONDUÇÃO - 3.1 Função de transferência 𝑮𝒗𝑬 = 𝒗𝑬 - 3.2 Função de transferência 𝑮𝒊𝑳𝑬 = 𝒊𝑳𝑬
    • 4 VALIDAÇÃO DAS FORMULAS DE MODELAGEM ENCONTRADAS
      • 4.1 Validação da função de transferência 𝑮𝒗𝒅 = 𝒗𝒅
      • 4.2 Validação da função de transferência 𝑮𝒊𝑳𝒅 = 𝒊𝑳𝒅
      • 4.3 Validação da função de transferência 𝑮𝒗𝑬 = 𝒗𝑬
      • 4.4 Validação da função de transferência 𝑮𝒊𝑳𝑬 = 𝒊𝑳𝑬
      • 4.5 Validação da função de transferência 𝑮𝒗𝒊𝑳 = 𝒗𝒊𝑳
    • 5 CONCLUSÃO...............................................................................................
    • REFERENCIAS

2 FUNCIONAMENTO BÁSICO CONVERSOR BOOST EM MODO DE

CONDUÇÃO CONTÍNUA

O circuito do conversor Boost é o apresentado na Figura 1 a seguir.

Figura 1 - Topologia do conversor CC-CC Boost

Fonte: Petry (2014).

Neste trabalho 𝑣

𝑖

será chamado de 𝐸, 𝑣

0

de 𝑉 e 𝑖

0

de 𝐼. O conversor do

tipo Boost possui dois estados de operação, com a chave S aberta e outro com

a chave S 1 fechada. O primeiro estágio a ser abordado será o estado no qual a

chave S está fechada, conforme Figura 2.

Figura 2 - Primeiro estágio de operação do conversor Boost

Fonte: Petry (2014).

No primeiro estágio a energia da fonte 𝐸 circula pelo indutor, desta forma

a corrente no indutor irá crescer linearmente e carga será alimentada pelo

capacitor. Dessa forma uma parte desta energia é armazena no indutor L e desta

etapa pode-se obter as formulas a seguir (PETRY, 2014).

𝐿

No segundo estágio a chave S 1 está aberta, conforme Figura 3 , dessa

forma o diodo D1 entra em condução, a tensão entre os pontos “a” e “b” será

igual a tensão da saída. A corrente 𝐼 circula pela fonte, pelo indutor e pelo diodo

D1. Nesta etapa ocorre a energia armazenada no do indutor é fornecida ao

circuito.

Figura 3 - Segundo estágio de operação do conversor Boost

Fonte: Petry (2014).

Desta etapa pode-se obter as formulas a seguir (PETRY, 2014).

𝐿

Outro ponto importante do conversor Boost é o ganho do circuito, também

conhecido como ganho estático, que é a relação entre sua tensão de saída e

entrada, em valores médios. Assim, para o conversor Boost em condução

contínua tem-se essa relação com o duty cycle (𝐷) de chaveamento da chave S,

sendo obtido da seguinte forma (PETRY, 2014).

3.1 Função de transferência 𝑮

𝒗𝑬

Isolando 𝑖

𝐿

(𝑠) em ( 8 ), tem-se (1 3 ).

𝐿

Substituindo-se (1 3 ) em ( 9 ), obtendo-se (1 4 ).

Lembrando que

1

( 1 −𝐷)

𝑉

𝐸

e 𝐼 =

𝑉

𝑅

, após algumas manipulações, temos:

Substituindo (15) e (16) em (14) e após algumas manipulações, temos

2

2

2

× (

2

2

2

2

3.2 Função de transferência 𝑮

𝒊 𝑳

𝑬

𝑳

Isolando 𝑣

em (9), tem-se (1 8 ).

𝐿

Substituindo-se (1 8 ) em (8), obtendo-se (1 9 ).

𝐿

𝐿

Após algumas manipulações em (19), temos obtendo-se ( 20 ).

𝐿

𝐿

𝐿

𝐿

2

𝐿

𝐿

2

𝐿

2

𝐿

2

𝐿

2

2

Substituindo-se (15) e (16) em (20) e após algumas manipulações

matemáticas, obtendo-se (21).

𝐿

2

2

𝐿

2

2

𝐿

2

2

𝐿

2

2

Escolheu-se aleatóriamente D=0,5 para fazer a análise de resposta ao degrau.

Para as outras 4 funções, deve-se realizar a análise de duas delas através da

função ACSweep e as outras duas através da resposta ao degrau, sendo

utilizado somente um valor de D para todas as 4. Com essas informações,

definiu-se que para as funções 𝐺 𝑖

𝐿

𝑑

𝐿

⁄𝑑 e 𝐺

𝑣𝑖

𝐿

𝐿

⁄ será utilizado a

ferramenta ACSweep, e para as funções 𝐺 𝑣𝐸

e 𝐺

𝑖

𝐿

𝐸

𝐿

será utilizado

o degrau unitário, para ambos será utilizado a razão cíclica de D=0,5.

Como forma inicial de análise, é preciso obter uma análise do

comportamento do circuito em regime permanente, para isso a Figura 5

apresenta o sinal obtido com o circuito aprestado na Figura 4 , onde se obtém um

sobressinal de 35 , 6 Vdc para um D=0,5, com um tempo de acomodação de

aproximadamente 4 ms, após entrar em regime a tensão média de saída é de

aproximadamente 24 Vdc.

Figura 5 - Forma de onda de saída do conversor Boost com D=0,5.

Fonte: O Autor (2024).

Analisando esta forma de onda, é possível verificar uma certa oscilação

no sinal de saída, que também é um ponto necessário de verificação, dessa

forma, a Figura 6 apresenta os detalhes dessa oscilação. Com este

detalhamento obteve-se os valores de 24 , 5 Vdc de valor máximo de tensão e

23 , 3 Vdc de valor mínimo de tensão.

Figura 6 - Detalhe da forma de onda de saída do conversor Boost com D=0,5.

Fonte: O Autor (2024).

Dessa mesma forma, foi realizado a simulação e análise inicial com

D=0,75 e D=0,25. A Figura 7 apresenta a simulação para D=0,75 onde pode-se

observar um sobressinal de 58 , 2 Vdc, com um tempo de acomodação mantido

em aproximadamente 4 ms, após entrar em regime a tensão média de saída é

de aproximadamente 48 Vdc, com 49 , 4 Vdc de valor máximo de tensão e 46 Vdc

de valor mínimo de tensão. A Figura 8 apresenta a simulação para D=0, 25 onde

pode-se observar um sobressinal de 25 , 8 Vdc, com um tempo de acomodação

também de aproximadamente 4 ms, após entrar em regime a tensão média de

saída é de aproximadamente 16 Vdc, com 16 , 2 Vdc de valor máximo de tensão

e 15 , 8 Vdc de valor mínimo de tensão.

Figura 7 - Forma de onda de saída do conversor Boost com D=0, 75.

Fonte: O Autor (2024).

Figura 9 – Simulação com perturbação na razão cíclica com análise via AC Sweep.

Fonte: O Autor (2024).

Através da função AC Sweep aplicada em ambos: Circuito conversor e sua

respectiva função de transferência, foi possível comparar a resposta de ambos,

na amplitude e na fase do sinal de sinal da tensão de saída. A primeira análise

foi para o valor de D=0,5. A resposta obtida é apresentada na Figura 10 , na qual

é possível verificar que para a amplitude de saída ambos fornecem valores

idênticos até a faixa de 1kHz, após essa frequência a amplitude do sinal da

função de transferência passa a ser menor que o sinal de resposta do circuito,

com essa diferença aumentando ao longo da faixa de frequência varrida pelo AC

Sweep, chegando a metade do valor do sinal de resposta do circuito quando

próximo da frequência de 10 kHz. Ainda na análise da amplitude, vê-se um

aumento na amplitude que se intensifica a partir de 300 Hz chegando em seu

maior valor em 700 Hz.

Por outro lado, para a fase, com frequências acima de 300 Hz o sinal de

resposta de ambos apresenta divergência, intensificando-se até 1 kHz e depois

dessa frequência mantendo a diferença estável, sendo que para o circuito os

valores ultrapassam os - 25 0°, já os valores da função de transferência não

chegam até – 25 0°.

Figura 10 - Respostas do sinal de saída do circuito conversor (Vermelho) e da sua função de

transferência (Azul) para D=0,5.

Fonte: O Autor (2024).

Outra ferramenta utilizada para a validação neste valor de D foi a resposta

ao degrau. Para isso, utilizou-se o circuito da Figura 11 onde a perturbação feita

pelo degrau unitário aplicado à razão cíclica do circuito e da função de

transferência, após 7 0 ms de operação. Como sinal de saída obtido pela

resposta ao degrau, obteve-se a Figura 12.

Figura 11 - Simulação com perturbação de degrau unitário na razão cíclica

Fonte: O Autor (2024).

Figura 13 - Detalhe da resposta do circuito e da função de transferência no momento da

aplicação do degrau unitário.

Fonte: O Autor (2024).

Ainda para esta função de transferência realizou-se a análise com D=0,

e D=0,75. Para D=0,25 a resposta obtida foi a apresentada na Figura 14 abaixo.

Figura 14 - Respostas do sinal de saída do circuito conversor (Vermelho) e da sua função de

transferência (Azul) para D=0, 2 5.

Fonte: O Autor (2024).

Através da resposta obtida e apresentada na Figura 14 , é possível verificar

que para a amplitude de saída ambos fornecem valores idênticos até a faixa de

3 kHz, após essa frequência ocorre uma leve diferença entre os sinais, mas muito

baixa se comparada à diferença observada para D=0,5. Novamente observa-se

o acréscimo da amplitude, porém agora mais concentrado na faixa acima de 500

Hz obtendo seu maior valor após a frequência de 1 kHz. Para a fase, os valores

de ambos são muito parecidos, havendo uma leve diferença para frequências

acima de 2 kHz, porém se mantendo estável até 10 kHz.

Uma quarta simulação foi realizado com esta mesma função de

transferência, mas agora com D=0, 75. A resposta obtida foi a apresentada na

Figura 15 abaixo.

Figura 15 - Respostas do sinal de saída do circuito conversor (Vermelho) e da sua função de

transferência (Azul) para D=0, 7 5.

Fonte: O Autor (2024).

Com resposta apresentada na Figura 15 é possível verificar que para

frequências acima de 300 Hz a amplitude de saída divergem de maneira

crescente, chegando a uma diferença de 12 V na frequência de 10 kHz, uma

divergência considerável. Por outro lado, para este valore de D, o acréscimo da

amplitude é menor, que o apresentado para as demais simulações. Para a fase,

os valores divergem desde o início da faixa varrida pelo AC Sweep, sendo

intensificada para valores entre 300 Hz e 2kHz.

Através de todas as simulações realizadas, é possível verificar que há uma

correlação entre a função de transferência e o circuito do qual ela foi retirada,

contudo para valores maiores de D as divergências entre eles se acentuam, o

que deve ser levada em consideração. Pode-se verificar que a posição dos polos

é guiada através do valor D, oque pode ser visto pelo acréscimo dos valores da

amplitude quando variado estes valores. Contudo, as funções de transferência