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Este documento descreve a análise feita para se determinar o retorno do investimento em BIM para o caso de um pequeno escritório de engenharia
Tipologia: Teses (TCC)
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Não perca as partes importantes!
São Paulo 2019
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Programa de Pós-Graduação Latu Sensu Master BIM Specialist do ISITEC Instituto Superior de Inovação em Tecnologia, como parte dos requisitos para obtenção do título de especialista.
Orientador: Prof. Dra. Regina Coeli Ruschel Coorientador: Prof. Dr. Marcelo de Morais
ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO PELO ALUNO FERNANDO DE PAULA SANTOS E ORIENTADO PELA PROFA. DRA. REGINA COELI RUSCHEL
ASSINATURA DA ORIENTADORA
São Paulo
2019
Santos, Fernando de Paula. Matriz de Análise do Retorno de Investimento do BIM para pequenos escritórios apresentado ao ISITEC Instituto de Inovação em Tecnologia, para obtenção de título de especialista.
Aprovado em: ___/____/
Banca Examinadora
Prof. Dr. ______________________________ Instituição_________________________
Julgamento____________________________ Assinatura__________________________
Prof. Dr. ______________________________ Instituição_________________________
Julgamento____________________________ Assinatura__________________________
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudos e pesquisa, desde que citada a fonte.
Dedico este trabalho à minha esposa, Magaly com admiração e gratidão por seu apoio, carinho e presença ao longo do período de estudo e pesquisa.
Vivemos em uma realidade programada (The Matrix,1999)
Este trabalho discorre sobre o Retorno do Investimento (Return of Investment - ROI) e sua determinação aplicada à metodologia BIM. Sendo o ROI uma taxa de retorno de difícil apreensão, devido à existência de elementos intangíveis na metodologia, muitas empresas não o utilizam para medir o investimento em BIM. Dado que os investimentos são normalmente altos (software, hardware, treinamento e capacitação) e ocorrem em diferentes pontos da implantação do BIM e por se tratar de uma grande quebra de paradigmas, uma destacada indústria produtora de software associado ao BIM, a Autodesk, resolveu empreender pesquisa neste sentido com seus parceiros e seus consumidores. Este estudo resultou em um detalhamento do ROI para empresas de grande porte. Enquanto no mundo das grandes corporações e nos grandes escritórios já se tem um consenso definido das vantagens da implantação do BIM, o mesmo ainda não ocorre com os pequenos escritórios, que são a base da pirâmide da Construção Civil, responsáveis pela grande maioria das obras executadas no país. Este trabalho visa, sem maiores pretensões, agregar conhecimento onde, partindo de um estudo de caso, determinar-se uma matriz de análise do Retorno de Investimento do BIM para pequenos escritórios de engenharia e arquitetura.
Palavras-chave: BIM, escritórios de pequeno porte, engenharia civil e arquitetura, ROI.
Tabela 1 -Resumo de Honorários sugeridos pelas Associações de Engenheiros ................ 21 Tabela 2- Variáveis Hierarquizadas .................................................................................. 27 Tabela 3 - Matriz de Análise ............................................................................................ 30
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Este trabalho pretende abordar a questão do retorno do investimento (ROI) na implantação da metodologia BIM para o caso de pequenos escritórios de engenharia, utilizando para a demonstração um estudo de caso. Pequenos escritórios de engenharia e arquitetura são aqueles administrados por um único profissional (PADILHA,2017), que é também o responsável técnico registrado no CREA- Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura ou no CAU e/ou sociedades, com até 6 funcionários. Os pequenos escritórios são aqueles responsáveis pela elaboração de projetos, em sua maioria, de edificações até 4 pavimentos, 12 metros de altura e até 750m2 de área, de uso habitacional, comercial ou industrial. Classificam-se pelo Simples Nacional contabilmente como Microempresas, com até 20 funcionários e o faturamento anual menor que R$360.000,00.
1.1 Relevância O Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU, realizou pesquisa em outubro/ pelo instituto DATAFOLHA, que demonstrou que 85% das construções/reformas no Brasil são realizadas sem auxílio de técnicos habilitados. As pequenas obras, edifícios de até 4 pavimentos, quando contam com projeto, certamente obtém resultados melhores em termos de custo, qualidade de execução, economia de materiais e funcionalidade e em sua maioria são realizadas pelos pequenos escritórios. Além disso, os pequenos escritórios realizam, muitas vezes, o detalhamento dos projetos para os escritórios maiores, que optam por terceirizar este processo, devido aos prazos de projeto. No mesmo site do CAU encontramos, por exemplo, a informação de que uma casa brasileira foi ganhadora do prêmio da revista de arquitetura Archdaily (https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tuma-arquitetos) como melhor casa do mundo – Figura 1, e o projeto e acompanhamento da obra foram realizados por um pequeno escritório de arquitetura de São Paulo.
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Pretendemos entender se o custo do investimento é viável atualmente e em quanto tempo se pode esperar o retorno do investimento para a implantação do BIM, além de abordar os benefícios possíveis resultantes desta implantação.
1.3 Estudo de Caso Para a elaboração desta investigação, que tem por objetivo avaliar a implantação do BIM para escritórios de pequeno porte optou-se por analisar um caso real, de um escritório de engenharia de projetos denominado FPS Engenharia, de propriedade do autor desta investigação. O escritório, iniciou suas atividades na cidade de Sorocaba-SP, em 1992, vide Figura 2, como engenheiro autônomo e prestando serviços para um escritório de arquitetura da cidade, para elaboração de projetos complementares. Desde o seu início as atividades do escritório foram desenvolvidas com utilização de recursos de informática, sendo o desenvolvimento de projetos complementares (estruturas, hidráulica e elétrica) e o acompanhamento de pequenas obras. O escritório utiliza as seguintes plataformas de software: AutoCAD e os softwares da empresa ALTOQI – Eberick (cálculo estrutural), Hidros (Instalações prediais de hidráulica) e Lumine (Elétrica). Figura 2- Primeira casa projetada e construída pela FPS Engenharia
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A FPS Engenharia é de pequeno porte, chegando a ter 12 funcionários na época de maior quantidade de serviços. Atualmente o escritório é gerido pelo responsável técnico, um assistente administrativo e até 3 estagiários conforme a demanda. Um bom indicador das atividades do escritório pode ser a quantidade de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) - Figura 3. É possível consultar as ARTs através do sistema informatizado do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura -CREA, a partir de 2012, onde temos neste ano foram registradas 12 ARTS. O período de maior atividade ocorreu em 2015, quando foram emitidas 48 ARTS de projeto e execução de obras diversas. Devido à crise do setor de construção civil, houve uma tendência de queda a partir de 2016, que seguiu até 2018 onde o escritório passou a adotar o BIM, vide figura 2, consulta de ARTS emitidas através do site. A decisão de adotar o BIM surge em frente a essa crescente queda na captação de projetos, dado que o BIM, conforme Eastman et Al (2014) oferece possibilidades de se obter vantagens significativas nos projetos, pode elevar o valor médio dos edifícios, obter estimativas precisas de custo, além de otimizar a produção de engenharia como um todo. O uso do software REVIT e adoção da metodologia BIM para parcerias entre arquitetos e construtores, iniciou no final de 2017 e início de 2018, ano em que foram emitidas 14 ARTS. Neste ano, 2019, até setembro, foram emitidas 22 ARTS.
Figura 3-ARTS emitidas pela FPS Engenharia
Fonte: CREA-SP
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associados a adoção BIM, porém, há significativa variação na prática de medir ou rastrear os Investimento BIM como um custo separado, distinto das operações de negócios como um todo. Os investimentos ocorrem em diferentes pontos ao longo de cronograma de adoção do BIM e à medida que as empresas aumentam o uso, o projeto se expande. Os investimentos podem ser de duração variável, e são particularmente estratégicas as iniciativas voltadas à transformação do negócio. O estudo identifica os seguintes investimentos para a adoção do BIM e investimentos prioritários: Tecnologia (hardware, redes, armazenamento em nuvem, softwares) e necessidade de retreinamentos das equipes. Adaptações necessárias ao processo de trabalho, referentes ao gerenciamento de projetos, fluxos de trabalho, requisitos necessários para o desenvolvimento. Custos de desenvolvimento de normas, de procedimentos, de documentação e medição de impactos, personalização, custos com pessoal e geração de novos cargos como BIM Manager, suporte de TI. São prioritários os investimentos iniciais para garantir a implementação da tecnologia de forma bem-sucedida, os custos para adaptação do BIM a um projeto específico e previsão de recursos para mudanças de longo prazo. O estudo conclui através das pesquisas realizadas que embora o gasto inicial com tecnologia, em especial na fase inicial, seja considerado uma despesa significativa, é uma despesa considerada inevitável, para que as empresas se mantenham atualizadas. “O trabalho BIM requer mais poder de computação e mais poder de rede do que o trabalho tradicional em CAD, e esse poder tem um custo.” (RAE HOFFER,2017) Se faz importante definir os objetivos da adoção do BIM e a motivação necessária para essa mudança. Frequentemente o que motiva essa mudança é um projeto que precisa ser entregue às pressas. Para a Autodesk o estudo demonstrou que o BIM forneceu benefícios palpáveis e possíveis de serem quantificados, juntamente com benefícios difíceis de se quantificar. Os clientes declararam na pesquisa benefícios como a redução do desperdício, melhoria na qualidade do design, com menos pedidos de alteração.
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2.2 Um roteiro para o cálculo do ROI Na definição do PMBOK é “um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. O projeto é temporário; por ter uma data prevista para iniciar e uma data prevista para terminar”. Pretende-se neste trabalho, determinar o retorno de investimento para o caso em estudo, e para os pequenos escritórios de uma forma geral (Guia PMBOK, 5ª. Ed.- EUA: Project Management Institute). Partimos então pela determinação do valor do produto produzido, o projeto. O projeto, em sendo produção intelectual, tem valor distinto no mercado de regiões diferentes do país. Servem como base para determinação do custo de projeto as tabelas dos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (CREA) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), que são seguidas por grande parte dos escritórios de engenharia. No Brasil, o CAU tem, conforme a Lei 12.378/2010, a atribuição de aprovar e divulgar tabelas indicativas de honorários dos arquitetos e urbanista, e elaborou documento com a aprovação de encontros dos associados. As Associações de Engenheiros de várias regiões do país disponibilizam tabelas de honorários para técnicos (cadistas) e engenheiros, que visa evitar que o engenheiro seja mal pago, ou fature um projeto acima do seu valor correto, valorizando a profissão. Diversas tabelas regionais são divulgadas também pelos CREAs. As tabelas fixam os preços de projeto de acordo com critérios específicos e diversificados, algumas adotam o Custo Unitário Básico de Construção Civil (CUB) como indexador, outras informam os preços por m2. O preço de projeto é geralmente expresso em valores por m2, porém a faixa adotada varia. Pode-se ter um preço fixo para até 400m2 ou até 120m2 e acima de 300m2, por exemplo. Ou o preço informado a partir do padrão de construção a ser adotado, padrão popular, padrão médio, fino e industrial. As categorias de preços também podem ser distintas, como projeto preliminar, anteprojeto, executivo, complementar. Desta forma, para obter um preço médio, cada uma das tabelas foi analisada e os preços convertidos para as faixas de projetos mais utilizadas em pequenos escritórios: edificações com até 70m2, de 70 a 100 m2, de 100 a 250m2 e acima de 250 m2. Os dados obtidos são mostrados na Tabela 1