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A partir da leitura de um clássico brasileiro, o personagem Zezé ganha um olhar específico com base nas suas relações familiares, no seu desempenho escolar, como que ele lidava com o mundo lúdico...
Tipologia: Slides
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Centro Universitário Alfredo Nasser ICS – Instituto de Ciências da Saúde Docente: Prof. Ms. Tainá Dal Bosco Silva Discentes: Beatriz Mariá Muniz Rocha Giullian Ferreira Cunha Isabella Cristina de Sousa Frota Julia Ferreira Bittencourt Raiane Marcela Silva Ribeiro Graduação em Psicologia 2021 Análise da obra literária “Meu pé de laranja lima” baseada nos métodos científicos abordados na disciplina Psicologia do Desenvolvimento, ministrada pela prof.ª mª Tainá Dal Bosco A análise a ser feita é da obra literária “Meu pé de laranja lima” de José Mauro de Vasconcelos, o objetivo é trazer uma visão de caráter científico por parte dos estudos realizados através da Psicologia, relacionando vivências do personagem fictício “Zezé” com questões abordadas na disciplina de Psicologia do desenvolvimento. Devido a diversos temas de extrema importância apresentados na história, será focado somente alguns conteúdos para essa análise. O livro é dividido em duas partes e protagonizado pelo menino Zezé, um garoto de cinco anos, natural de Bangu, periferia do Rio de Janeiro. Zezé é uma criança muito esperta e ativa, sendo o esperado para uma criança de cinco anos que está em grandes avanços de crescimento e desenvolvimento corporal e cognitivo. Nessa idade as habilidades grossas e finas da criança está em um alto progresso crescente, permitindo-as de assumirem mais responsabilidades por seus cuidados pessoais, começando a criar uma
certa independência. Por ser uma criança bastante ativa e fazer muitas traquinagens, diziam que Zezé "tinha o diabo no corpo" e assim ele se via. Segundo Papalia e Feldman, em seu livro “Desenvolvimento humano”, estabelecem uma definição sobre o desenvolvimento da identidade que caracterizam de “autoconceito”. De acordo com as autoras, “o autoconceito é o nosso quadro total de nossas capacidades e traços, um sistema de representações descritivas e avaliativas sobre a nossa pessoa, sendo formado a partir do desenvolvimento da autoconsciência e torna-se mais claro à medida que a pessoa adquire capacidades cognitivas e lida com as tarefas de desenvolvimento da infância, adolescência e idade adulta”. Diante dessa definição, é possível perceber ao longo da narrativa que Zezé acabou criando um senso de identidade bem definido, devido seus familiares e pessoas que o cercavam, falarem por diversas vezes que o viam como um “diabinho” ou “alguém que tinha o diabo no corpo”, se autodefinindo e acreditando que de fato possuía “um diabo no corpo”. No começo do livro a vida de Zezé era boa, tranquila e estável, ele vivia com a família em uma casa confortável e tinha tudo o que era preciso em termos materiais para se viver bem, devido à crise seu pai perde o emprego e a mãe se vê obrigada a trabalhar em uma fábrica na cidade o dia inteiro, enquanto o pai desempregado, ficava em casa. Com a nova condição da família, eles precisam mudar de casa e passam a ter uma vida mais modesta. Ao se mudar para a nova casa com seus irmãos Glória, Totoca, Lalá, Jandira e Luís, no quintal possuíam seis arvores, e cada irmão escolheu uma, porém Zezé escolheu por último e ficou com um pezinho pequeno de laranja lima, não dando nada por ele, a princípio nem gostando dele, mas Zezé o aceitou e o nomeou de Minguinho, tornando-se seu maior amigo e confidente. A narrativa se passa na longínqua década de 20, e para analisar as atitudes posteriores do ambiente familiar de Zezé que serão abordadas, deverá ser verificado o contexto histórico da época. A cultura brasileira desde os primórdios, provêm de raízes machistas, criando uma estruturação de ideias e ações baseados nessa ideologia distorcida. As autoras, Papalia e Feldman, apresentaram em seu livro “Desenvolvimento Humano”, estilos de parentalidade, em que a família de Zezé se enquadrava em dois, “um estilo de parentalidade – negligente/omissa – no qual descrevem pais que, às vezes, por conta do estresse ou da depressão, concentram-se mais em suas necessidades do que nas dos filhos (Eleanor Maccoby e John Martin-1983)” e, “parentalidade autoritária, segundo Baumrind, enfatiza o controle e a obediência sem questionamentos, fazendo com que a criança se conforme a um padrão estabelecido de conduta, punindo-a arbitrariamente e com rigor se ela violar esse padrão. São mais impessoais e menos carinhosos que os outros pais”. Analisando os fatos apresentados, com a ausência e cansaço da mãe, e a frustação e impotência que o pai sentia devido a não ter condições de cuidar de sua família, deu-se abertura para esse tipo de parentalidade negligente, na qual tem sido “associada a vários distúrbios comportamentais na infância e na adolescência (Baumrind, 1991; Parke e Buriel, 1998; R. A. Thompson, 1998)” e além de autoritária, por sempre recorrer a punições físicas severas. No início da análise foi-se apresentado que Zezé aprontava muitas traquinagens, e devido a isso, Zezé era punido e castigado severamente por seu pai. De acordo com as autoras, “o castigo corporal tem sido definido como o uso da força
Além de Minguinho, o outro grande amigo de Zezé é Manuel Valadares, também conhecido como Portuga, e é sobre ele que girará a segunda parte do livro. Portuga, tratava Zezé como filho e Zezé o via como um amigo e uma figura paterna que não possuía dentro de casa. Manuel, dava atenção, paciência e afeto que o garoto não recebia em casa, e essa amizade dos dois fazia um bem imensurável para Zezé, pois essa interação desenvolveu em Zezé o relacionar e o benefício para o desenvolvimento de sua autoestima. No entanto, infelizmente o Portuga é atropelado e morre. Zezé, por sua vez, adoece, desenvolvendo para um quadro depressivo. Com os conflitos de emoções e sentimentos que Zezé estava passando decidem cortar o pé de laranja lima, por estar crescendo mais do que era suposto no quintal. Para Zezé, que já vinha sofrendo devido a perda de Portuga, teria que passar por mais um luto, pois, Minguinho era seu melhor amigo. Nesse período da obra, Zezé passa por um processo muito difícil, tendo que lidar com a perda de seus dois melhores amigos, em um período curto, por consequências de todo esse sofrimento, Zezé acaba perdendo a autoestima. A situação de toda história da obra, muda quando o pai de Zezé encontra um emprego depois de um longo período em casa. No decorrer de toda a análise literária, pode ser observado em como o caráter transformador do afeto se torna real, quando essa mesma criança negligenciada é abraçada por um adulto capaz de trazer acolhimento. Sendo assim, acredita-se que esse livro abre os olhos do leitor para o lado sombrio da infância, muitas vezes esquecido diante da enorme quantidade de material que tem como tema a infância idealizada. Referência Bibliográfica: Papalia, D.E. & Felman, R. D. (2013). Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: Artmed.
Critérios de Avaliação do Trabalho Critério Valor Avaliação Apresentação – Estrutura do trabalho, formatação e questões gramaticais. Articulação entre psicologia do desenvolvimento – infância com a história lida Apresentação em sala de aula Total Observações: