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Analise do filme Coringa, Notas de estudo de Psicanálise

Comentário sobre a cena em que o personagem Arthur mata os três jovens no metrô.

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 29/05/2024

maria-manuela-souza
maria-manuela-souza 🇧🇷

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Análise psicológica do filme Coringa. – Cena do metrô
Acenaque indica possível presença de transtorno mental é quando Arthur
Fleck cansado de sentir-se invisível e de negar a própria existência, age sob
legitima defesa, assassinando três jovens os quais humilhava e o espancava
no metrô.
Arthur nunca soube lidar com sua própria agressividade, não aprendeu a lidar
com seus próprios sentimentos de frustração, raiva, tristeza, apenas a reprimi-
los. Quando de posse de uma arma, sua reação é instintiva, não tem tempo de
pensar em certo e errado. Alguém que passou a vida sendo injustiçado,
desprezado, ignorado, espancado, tratado de forma degradante, quando coloca
agressividade para fora, e o resultado deste ato agressivo consegue finalmente
paralisar o agressor, sente-se fortalecido, invencível. O estado depressivo
cede espaço para o estado maníaco. O Coringa deixa de ser um ser indefeso
e descobre ser capaz de se defender, mas também se identifica com os
agressores, e se surpreende em como não se sentiu mal pelos assassinatos,
na verdade se sentiu aliviado.
O ato de fugir, se esconder em um banheiro, busca um reduto de intimidade e
dança. Ele não lava o rosto, não tenta tirar a maquiagem de palhaço, ele não
se comporta como um criminoso normal, ele não se sente uma pessoa normal.
Então ele dança, uma dança suave, leve, soberba, como se tivesse atingido um
momento numinoso, quer dizer, um momento sagrado/divino.
Arthur não alcança a redenção pela empatia e compaixão, mas libera a psicose
e a sombra arquetípica do mal, passando a buscar justiça para sua vida pelas
próprias mãos. Ele parte de uma ação impulsiva no Metrô, para o assassinato
frio de sua mãe adotiva no leito do hospital.

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Análise psicológica do filme Coringa. – Cena do metrô A cena que indica possível presença de transtorno mental é quando Arthur Fleck cansado de sentir-se invisível e de negar a própria existência, age sob legitima defesa, assassinando três jovens os quais humilhava e o espancava no metrô. Arthur nunca soube lidar com sua própria agressividade, não aprendeu a lidar com seus próprios sentimentos de frustração, raiva, tristeza, apenas a reprimi- los. Quando de posse de uma arma, sua reação é instintiva, não tem tempo de pensar em certo e errado. Alguém que passou a vida sendo injustiçado, desprezado, ignorado, espancado, tratado de forma degradante, quando coloca agressividade para fora, e o resultado deste ato agressivo consegue finalmente paralisar o agressor, sente-se fortalecido, invencível. O estado depressivo cede espaço para o estado maníaco. O Coringa deixa de ser um ser indefeso e descobre ser capaz de se defender, mas também se identifica com os agressores, e se surpreende em como não se sentiu mal pelos assassinatos, na verdade se sentiu aliviado. O ato de fugir, se esconder em um banheiro, busca um reduto de intimidade e dança. Ele não lava o rosto, não tenta tirar a maquiagem de palhaço, ele não se comporta como um criminoso normal, ele não se sente uma pessoa normal. Então ele dança, uma dança suave, leve, soberba, como se tivesse atingido um momento numinoso, quer dizer, um momento sagrado/divino. Arthur não alcança a redenção pela empatia e compaixão, mas libera a psicose e a sombra arquetípica do mal, passando a buscar justiça para sua vida pelas próprias mãos. Ele parte de uma ação impulsiva no Metrô, para o assassinato frio de sua mãe adotiva no leito do hospital.