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ANÁLISE DO CONTRATO SOCIAL DE ROUSSEAU, Manuais, Projetos, Pesquisas de Filosofia

O E-Book dispões de uma análise minuciosa pela vida do Autor e por seguinte o resumo dessa obra tão relevante para a filosofia política. No documento você tem acesso aos conceitos fundamentais, contexto social, vida de Rousseau, suas principais obras, as ideias que marcaram seu sucesso intelectual entre outros. Invista na sua intelectualidade começando com o estudo desse importante clássico da literatura mundial. Teoria política, Teoria social e pedagógica, Filosofia política, Filosofia do Direito, Jurista, Contratos, Contrato Social, Rousseau.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2024

À venda por 26/07/2024

LISKARINY
LISKARINY 🇧🇷

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BIOGRAFIA- Jean-Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores
europeus no século XVIII. Sua obra inspirou reformas políticas e educacionais.
Nascido em 28 de junho de 1712, em Genebra, Suíça, é um nome estreitamente
ligado à área pedagógica, mas também foi romancista, memorialista, teórico
social e político, e um ideólogo.
Filho de um relojoeiro e órfão de mãe ao nascer, teve uma infância difícil
e tumultuada.
Aos dez anos, foi abandonado pelo pai e entregue aos cuidados de um
pastor em Bossey, retornando à sua cidade natal dois anos depois, onde foi
aprendiz de gravador. Seu pai cuja profissão era relojoeiro, sendo calvinista,
cujo pai foi um huguenote exilado da França, Rousseau por meio de seu pai
conheceu o fascinante mundo da leitura, uma pequena biblioteca deixada por
sua mãe.
Mas, sua vida não foi fácil e aos dez anos de idade passou por mais um
momento de infelicidade em sua vida, tendo que se separar de seu pai, que se
envolveu em uma briga com um capitão da França, ferindo o mesmo no rosto, e
para não ser preso foge da cidade. (Revista Encontro de Pesquisa em Educação
Uberaba, v. 1, n.1, p. 19-29, 2013. 21 )
Assim, Rousseau e seu irmão sete anos mais velho, François, vão morar
com um tio, Gabriel Bernard, irmão de sua mãe. Rousseau não frequentou
escolas, mas seu tio o encaminhou juntamente com seu primo para serem
educados no campo, longe dos conflitos sociais da época, com o ministro
Lambercier. Aos doze anos de idade Rousseau retorna a Genebra com seu
primo, e começa a trabalhar com um tabelião tomando contato com todas as
questões legais, mas não se adapta ao seu emprego e é demitido.
Peregrinando entre a Suíça e a França, tornou-se professor de música em
Lausanne e Chambéry. Aos 19 anos, deslumbrado com Paris, conseguiu
protetores como Mme. de Warens, de Chambéry, e acompanhou o embaixador
da França a Veneza como secretário. Dedicado à música, Rousseau teve
recusado seu projeto de uma nova notação musical pela Academia de Ciências
de Paris, mas alcançou sucesso em 1750, quando foi premiado pela Academia
de Dijon por seu ensaio "Discurso sobre as ciências e as artes". A partir daí, suas
produções teatrais e musicais foram melhor acolhidas.
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BIOGRAFIA- Jean-Jacques Rousseau Jean Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores europeus no século XVIII. Sua obra inspirou reformas políticas e educacionais. Nascido em 28 de junho de 1712, em Genebra, Suíça, é um nome estreitamente ligado à área pedagógica, mas também foi romancista, memorialista, teórico social e político, e um ideólogo. Filho de um relojoeiro e órfão de mãe ao nascer, teve uma infância difícil e tumultuada. Aos dez anos, foi abandonado pelo pai e entregue aos cuidados de um pastor em Bossey, retornando à sua cidade natal dois anos depois, onde foi aprendiz de gravador. Seu pai cuja profissão era relojoeiro, sendo calvinista, cujo pai foi um huguenote exilado da França, Rousseau por meio de seu pai conheceu o fascinante mundo da leitura, uma pequena biblioteca deixada por sua mãe. Mas, sua vida não foi fácil e aos dez anos de idade passou por mais um momento de infelicidade em sua vida, tendo que se separar de seu pai, que se envolveu em uma briga com um capitão da França, ferindo o mesmo no rosto, e para não ser preso foge da cidade. (Revista Encontro de Pesquisa em Educação Uberaba, v. 1, n.1, p. 19-29, 2013. 21 ) Assim, Rousseau e seu irmão sete anos mais velho, François, vão morar com um tio, Gabriel Bernard, irmão de sua mãe. Rousseau não frequentou escolas, mas seu tio o encaminhou juntamente com seu primo para serem educados no campo, longe dos conflitos sociais da época, com o ministro Lambercier. Aos doze anos de idade Rousseau retorna a Genebra com seu primo, e começa a trabalhar com um tabelião tomando contato com todas as questões legais, mas não se adapta ao seu emprego e é demitido. Peregrinando entre a Suíça e a França, tornou-se professor de música em Lausanne e Chambéry. Aos 19 anos, deslumbrado com Paris, conseguiu protetores como Mme. de Warens, de Chambéry, e acompanhou o embaixador da França a Veneza como secretário. Dedicado à música, Rousseau teve recusado seu projeto de uma nova notação musical pela Academia de Ciências de Paris, mas alcançou sucesso em 1750, quando foi premiado pela Academia de Dijon por seu ensaio "Discurso sobre as ciências e as artes". A partir daí, suas produções teatrais e musicais foram melhor acolhidas.

Em seu premiado Discurso, Rousseau respondeu à pergunta proposta pela Academia de Dijon sobre se o progresso das ciências e das letras corrompeu ou depurou os costumes, afirmando a primeira alternativa e contestando a sociedade organizada de sua época. Quatro anos depois, em seu "Discurso sobre a desigualdade entre os homens", afirmou que a desigualdade e a injustiça eram frutos de uma hierarquia mal constituída, corrompendo a verdadeira natureza humana. Rousseau também fez contribuições notáveis à música, escrevendo a ópera-balé "As musas galantes" e a ópera cômica "O adivinho da aldeia". Foi amigo de enciclopedistas como Diderot e Grimm, embora tenha rompido com eles mais tarde, resultando em hostilidades que o levaram a refugiar-se na Suíça e depois na Inglaterra. Sua influência foi profunda no pré-romantismo, inspirando o romantismo francês de Chateaubriand, Lamartine e Victor Hugo, além de personagens de Goethe, Foscolo e Byron. Seu romance de amor, "A nova Heloísa", publicado em 1761, teve sucesso extraordinário, exaltando a pureza em luta contra uma ordem social corrompida e injusta. No ano seguinte, Rousseau publicou "Do contrato social" e "Emílio ou da Educação". No primeiro, apresentou o Estado ideal como resultante de um acordo comum entre seus membros, com a necessidade de obrigações mútuas e a prevalência da vontade geral. Em "Emílio", em forma romanesca, imaginou a educação de um jovem, defendendo um processo espontâneo e natural de formação, ressaltando a importância do contato com a natureza. Rousseau expressou suas crenças sobre Deus e a espiritualidade em suas obras, destacando a importância da percepção de Deus nas obras da criação e na experiência interior. Sua obra mais delicada, "Devaneios de um passeante solitário", escrita em seus últimos anos, reflete sobre a beleza natural da vida e a incompreensão da humanidade. Ao escrevê-lo já se encontra enfermo, mas ainda sensível à beleza natural da vida. Queixa-se da incompreensão de todos, afirma-se amigo da Humanidade desprezado pelos homens e dá uma imagem idílica da natureza. É seu testamento final. O dia 2 de julho de 1778 assinala o término da sua jornada terrena na personalidade de Jean-Jacques Rousseau. Contava 66 anos de idade. Rousseau faleceu em 2 de julho de 1778, deixando um legado duradouro que influenciou profundamente o pensamento ocidental. Sua fome e sede de justiça, igualdade e conhecimento encontraram eco na Doutrina Espírita, surgida quase 80 anos após sua morte. Em uma mensagem inserida em "O Livro dos Médiuns" por Allan Kardec, Rousseau expressou sua visão do Espiritismo como um estudo filosófico das causas secretas dos movimentos interiores da alma, destacando a importância da reencarnação e das provas espirituais.

Para Rousseau, o contrato social tem como objetivo principal garantir a liberdade e a igualdade de todos os cidadãos. Ele acreditava que só através de um acordo social justo seria possível alcançar uma sociedade verdadeiramente democrática. O problema do contrato social está em como fazer com que todos os homens vivam a liberdade e ao mesmo tempo abram mão de seus direitos em favor da liberdade coletiva e aceitem o pacto social. A solução é dada pelo “Contrato Social”, segundo Rousseau (1973, p. 32), que escreveu: “Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja contra toda força comum, a pessoa e os bens de cada associado e pela qual cada um, unindo-se a todos, apenas obedeça a si próprio, e se conserve tão livre quanto antes”. ESTADO DE NATUREZA Não procuremos perfeição fora da natureza”. “Ó natureza, ó minha mãe! eis-me aqui sob tua guarda.” (Livro XII Confissões) Desiludido com a sociedade, afastado dos amigos, perseguido, sem moradia certa, somente a natureza poderia trazer-lhe a paz, o refúgio e a tranqüilidade de que tanto precisava. A sociedade era por demais imperfeita, o homem um degenerado, os amigos, umas raposas. Não seria entre os homens que sua boa alma encontraria o refúgio, mas sob a proteção e o aconchego da natureza. Quando se evoca Jean-Jacques Rousseau, de certa maneira sua imagem se configura como o pensador que foi “amigo da natureza” e que se tornou a voz mais vibrante, na França do Século das Luzes, a lamentar o afastamento do homem em relação à natureza. Crítico da ciência e da razão, tornou-se apologista da natureza. Desiludido com a degeneração do seu tempo, a construção da boa história estaria no reencontro do homem com a natureza. Opondo-se aos costumes urbanos parisienses, a saída do homem estaria não na cidade, mas no campo. Desconfiado em relação à arte e ao comércio, valoriza a agricultura como a única atividade que integralizaria o homem. A natureza está em todas as suas proposições Estado de Natureza propriamente dito: Para Rousseau, o universo e a natureza representam uma harmonia designada pela vontade criadora, e ele se indigna ao ver o homem, considerado o "rei da criação", perverter essa ordem natural. Ele se surpreende com a desordem na história humana comparada à harmonia da natureza, onde cada ser ocupa um papel definido. Segundo Rousseau, os homens perderam sua natureza essencial e se tornaram frívolos, vaidosos, covardes e injustos. Rousseau argumenta que o estado de natureza, diferente do estado de guerra

descrito por Hobbes, era um tempo de liberdade e paz, onde os homens eram fortes e viviam sem conflitos, pois a natureza oferecia tudo que precisavam. O mal, para Rousseau, não está na natureza, mas na sociedade que corrompeu os homens ao tirá-los do estado natural. Rousseau distingue entre os bons selvagens da América, que permaneceram em equilíbrio com a natureza, e os europeus, cuja técnica e sociedade degeneraram. A transição da liberdade natural para a ordem civil ocorre sob a égide da desigualdade, culminando numa "má sociedade" onde a liberdade é perdida. No Contrato Social, Rousseau argumenta que a liberdade natural não pode ser recuperada, devendo ser substituída por uma liberdade civil através de um contrato social. Este contrato visa transformar a natureza humana, substituindo a independência natural por uma existência social e moral. Rousseau considera necessário aniquilar a natureza do estado primitivo para construir uma sociedade moralmente equilibrada. Em "O Emílio" e no Contrato Social, a natureza é pacífica e ordenada, diferentemente da natureza catastrófica descrita no Segundo Discurso. Rousseau idealiza uma natureza que serve de base para uma sociedade perfeita, onde a uniformidade das opiniões e crenças é crucial. A natureza no Contrato Social não é apenas um recurso ou uma forma de governo, mas um cenário para o triunfo do ideal moral e político de Rousseau. Ele seleciona uma natureza que ilustra seu estado de espírito e agrada aos sentidos, como os jardins de Julia e as herborizações de Emílio. Em suma, Rousseau reconhece que a natureza deve ser superada para que o homem possa alcançar uma forma superior de liberdade e moralidade através do contrato social. VONTADE GERAL Uma das questões centrais em Do Contrato Social é a relação estabelecida entre a liberdade e a organização de uma sociedade política. O conceito de “liberdade moral” é empregado por Rousseau para explicitar as ações possíveis no âmbito do pacto social. A liberdade efetiva só é possível, de acordo com o autor, no contexto da sociedade civil, ou seja, na organização social que garante que a liberdade esteja unida à virtude, mediante leis estabelecidas com base no acordo que promove o cumprimento da vontade geral. A vontade geral é a vontade coletiva dos cidadãos que busca o bem comum. Para Rousseau, ela é a verdadeira expressão da soberania popular.Ela representa a unidade moral e política dos cidadãos, fundamentando a legitimidade das leis e ação do governo.Para Rousseau, a soberania não pode ser delegada a um governante ou grupo específico; ela pertence ao corpo político como um todo. A vontade geral, portanto, não apenas expressa essa

Quero indagar se pode existir na ordem civil alguma regra de administração legitima e segura, tomando os homens com são e as leis como podem ser. (ROSSEUAU, C.S., p. 27). Renunciar a liberdade é Renunciar a qualidade de homem (Idem, p. 33) Suponhamos os homens chegando aquele ponto em que os obstáculos prejudiciais e sua conservação no estado de natureza sobrepujam, pela sua resistência, as forças de que cada indivíduo dispõe para manter-se neste estado. Então, esse estado primitivo que não pode substituir, e o gênero humano, se não mudasse de modo de vida pereceria. (Idem, p. 37) Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um unindo-se a todos só obedece, contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes”. Esse, o problema fundamental cuja solução o Contrato Social oferece. (Idem, p. 38) O que o homem perde pelo Contrato Social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto aventura e pode alcançar. O que ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo que possui. (Idem, p. 42). Poder-se-ia, o propósito do que ficou acima acrescentar à aquisição do estado civil a liberdade moral, única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, por que o impulso do puro apetite é escravidão e a obediência a lei que se estatuiu a si mesmo é liberdade. (Idem, p. 43). O pacto fundamental em lugar de destruir a igualdade natural, pelo contrário substitui por uma igualdade moral e legitima aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os homens. (Idem, p. 45). Livro II: O Soberano Define a soberania como a vontade geral inalienável que busca o bem comum, indivisível e expressa através do pacto social. Rousseau discute a possibilidade de a vontade geral errar, mas defende que é sempre correta em sua essência.

Estabelece que o poder soberano tem limites impostos pelo pacto social e que a vida dos cidadãos é protegida pelo tratado social. Aborda a legislação como expressão da vontade geral e o papel do legislador imparcial. É para não tornar-se vitima de um assassino que se consente em morrer caso se venha a ser assassino. (Idem, p.

A vontade geral é sempre certa, mas o julgamento que a orienta nem sempre é esclarecido. (Idem, p. 62). Todos necessitam, igualmente de guias. (Idem, p. 62). Pois, se alguém que governa os homens não deve governar as leis, o que governa as leis não deve também governar os homens. (Idem, p. 64). Livro III: O Governo Examina as diversas formas de governo (democracia, aristocracia, monarquia) e suas características. Discute a necessidade de força e vontade no governo, separando poder legislativo e executivo. Avalia as vantagens e desvantagens de cada forma de governo e a importância de um bom governo na conservação e prosperidade dos cidadãos. Considera os sinais de abuso de poder e a possibilidade de degeneração do Estado, destacando a importância das leis e dos representantes do povo. Chamo, pois, de governo ou administração soberana o exercício legitimo do poder executivo e de príncipe ou magistrado o homem ou corpo encarregado dessa administração. (Idem, p. 81). Se existisse um povo de deuses, governar-se-ia democraticamente. Governo tão perfeito não convém aos homens. (Idem, p. 92). LIVRO IV Já no livro IV do Contrato Social Rousseau retoma algumas teses e conclusões dos livros antecedentes e faz comparações com povos pagãos e com o império Romano. Anteriormente Rousseau tinha colocado a impossibilidade de uma democracia estrito senso, isso porque para que tal empreitada fosse possível seria necessário se tornar real a possibilidade de que todos possam participar da

ou devem fazer. Defensor da simplicidade, Rousseau observa que, quanto mais sofisticada a sociedade se torna, mais os homens tendem a corromper-se. O aprimoramento que a organização social deveria garantir ao assegurar os direitos civis e a liberdade moral pode conduzir à corrupção da natureza humana. Esses aspectos explicam a visão de Rousseau acerca dos impactos que a vida social exerce sobre os indivíduos que participam da organização social REFERÊNCIAS: https://www.marilia.unesp.br/Home/RevistasEletronicas/FILOGENESE/heli ovilalba.pdf https://www.scielo.br/j/kr/a/FwQDMPx8Q46Wm6FsJcwFyMM/?lan g=pt&format=pdf https://cifmp.ufpel.edu.br/anais/1/cdrom/mesas/mesa12/02.pdf https://www.febnet.org.br/portal/wp-content/uploads/2019/07/Jean- Jacques-Rousseau-ok.pdf