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Trabalho realizado durante o estágio na empresa mobipeople, que apresenta o estudo dos tempos de produção dos modelos explorer e midiexplorer, utilizando a técnica da cronometragem e registo em folhas de observação. Além disso, foram estudados os métodos de trabalho na secção de chapeamento e pintura, concluindo-se a necessidade de aprofundar o estudo de planeamento de produção desses modelos através do desenvolvimento de um projecto em software msproject.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia e Gestão Industrial
Autor
Orientador
Júri
Presidente
Vogais
Professor da Universidade de Coimbra
Professor da Universidade de Coimbra
Professora do Instituto Politécnico de Leiria
Colaboração Institucional
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Agradecimentos
Vasco Gaspar ii
Agradecimentos
A realização deste trabalho não seria possível sem a colaboração e o apoio de algumas pessoas que não posso deixar de referir. Em primeiro lugar quero agradecer ao meu orientador, Professor Doutor Cristóvão Silva pela sua permanente disponibilidade, conselhos e ajuda, ao longo de todo este processo. Gostaria também de agradecer a toda a família Mobipeople pela forma como me acolheram e se disponibilizaram a me ajudar. De entre estes, gostaria de agradecer em particular à Engenheira Paula Matos por todo o seu apoio e compreensão. Por fim, o meu muito obrigado a toda a minha família, pais e irmãos por todo o seu apoio e motivação. Em especial gostaria de agradecer à minha namorada pelo apoio incondicional e por toda a ajuda ao longo deste processo.
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros
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Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Abstract
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Abstract
This document results from the curricular internship in the Mobipeople, technology and innovation company. The main objective was the study of the production time of the Explorer and MidiExplorer buses so that data could be used in the budgeting department. Simultaneously it was developed an analysis of methods in the production department so we could elaborate the work instructions (ISO:9001). Regarding the methodology used in these studies, the measurement of time was performed using a timing technique with subsequent note in observation sheets. For the analysis of methods we carried out questionnaires and interviews to the Organization’s employees and we also used the observation technique of the tasks. From the analysis performed to the results achieved not only to the studies mentioned above, but also to studies carried out in the painting and plating sections, we can conclude that it would be interesting to deepen the planning study of the production of the Explorer and MidiExplorer models by developing a project in MSProject Software. It was also possible to estimate the savings for the company by using a new gluing technique in the plating section and propose the development of a DMAIC project. This project would have the aim of analyzing a possible decrease in the thickness variability of the primer and paint address to the minimum levels required by the manufacturer.
Keywords: Methods, Time, Timing, Observation, Mobipeople, Production.
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Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Índice
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Índice de Tabelas
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Índice de Tabelas
Tabela 1 – Métodos para determinação de tempos........................................................... 5 Tabela 2 – Critérios e Considerações, adaptado de Exertus, Lda (2003), “Manual Pedagógico PRONACI”. .................................................................................................. 5 Tabela 3 - Tabela Exemplo (*Na contabilização dos tempos apenas a hora de almoço não é contabilizada). ....................................................................................................... 23 Tabela 4 – Registo diário ................................................................................................ 35 Tabela 5 – Caso de estudo das peças laterais do tejadilho ............................................. 37 Tabela 6 – Caso de estudo da colagem traseira e frente. ................................................ 37 Tabela 7 - Tabela de tempos e quantidades totais. ......................................................... 39 Tabela 8 – Tabela de diferenciamento. ........................................................................... 40 Tabela 9 – Espessuras primário MidiExplorer. .............................................................. 51 Tabela 10 – Espessuras primário Explorer. .................................................................... 52 Tabela 11 - Quantidades de produto gasto no tratamento de estrutura. ......................... 53 Tabela 12 - Espessura de tinta no MidiExplorer. ........................................................... 54 Tabela 13 - Espessura de tinta no Explorer. ................................................................... 54
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Simbologia e Siglas
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Simbologias e Siglas
Simbologias
ml – mililitros mm – milímetros μm - mícrons
Siglas
ETG – Electronic Thickness Gauge
I.T – Instruções de Trabalho
MTM – Methods Time Measurement
O.F. – Ordem de Fabrico SGQ – Sistema de Gestão e Qualidade
SMC – Steel Moulding Compound
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Introdução
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1. Introdução O presente relatório descreve o estágio realizado na empresa Mobipeople , Tecnologia e Inovação no âmbito da finalização do Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial. O estágio curricular teve por base o Estudo dos Tempos e dos Métodos na linha de produção. Foram realizados quatro projetos que assentam nessa metodologia, são eles, o estudo dos tempos de produção dos modelos Explorer e MidiExplorer , o estudo dos métodos do modelo Explorer , o estudo do processo de colagem na secção de chapeamento e, por último, o estudo da variabilidade de espessuras na secção de pintura. O relatório está dividido em duas partes, fundamentação teórica e fundamentação prática. Na parte teórica abordam-se as metodologias do estudo dos tempos e métodos, clarificando as ferramentas, processos e análises que é necessário utilizar para um estudo completo. Na parte prática, encontram-se descritos os projetos realizados durante os cinco meses de estágio curricular. Todos os projetos estão estruturados da seguinte forma: descrição do processo atual, elaboração do projeto proposto e análise dos resultados obtidos. O primeiro projeto proposto foi o estudo dos tempos na linha de produção do Explorer e MidiExplorer , o tempo contabilizado foi obtido para orçamentação. Como já foi mencionado, foi realizado um estudo acerca do processo de colagem na secção de chapeamento, de onde resultou uma proposta de alteração positiva do processo com a mudança da cola utilizada. Na linha de produção do modelo Explorer foi realizado um estudo dos métodos para a realização das instruções de trabalho, obrigatórias na certificação da ISO:9001. Durante o estágio e, para finalizar o relatório, foi me proposto efetuar o controlo de qualidade na secção de pintura com a realização de medições de espessura, tanto de primário como de tinta, que foram utilizadas para um estudo acerca da variabilidade das espessuras. Para a Mobipeople, esta contínua integração de estagiários na sua empresa é uma mais-valia, uma vez que lhe permite ter, constantemente, um olhar fresco e sem vícios a analisar os seus processos e procedimentos, traduzindo-se numa constante evolução e melhoria contínua.
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Fundamentação Teórica
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PARTE 1: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. Estudo dos tempos
O Estudo dos tempos é uma técnica de medida de trabalho, indispensável a qualquer sistema de Gestão de Produção. O seu domínio é fundamental para responder a questões cruciais para a empresa, permitindo saber qual a capacidade da instalação, qual o custo de transformação do produto, prazos previstos de entrega e as necessidades de efetivos. Na realização deste estudo é necessário registar os tempos mas, sem esquecer, fundamentalmente, os fatores circunstantes nos quais a tarefa ou processo se realizam. Em termos gerais, o Estudo dos Tempos é definido por quatro etapas fundamentais que podem ser definidas através de um simples gráfico:
O estudo inicia-se com a etapa seleccionar, consiste na escolha e preparação do assunto que vamos analisar. Existe uma recolha cuidada de toda a informação e uma subdivisão do assunto em determinadas tarefas para uma análise completa.
O segundo passo é considerar todas as hipóteses de como devemos fazer a medição para o Estudo dos Tempos.
Na avaliação da precisão é necessário definir um número suficiente de medições que nos permita afirmar que o tempo da tarefa ou processo é “x”.
Por último, definir um padrão, apresentando os coeficientes necessários para que o tempo possa ser considerado. padrão.
Figura 1 – Etapas fundamentais do Estudo dos Tempos.
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Fundamentação Teórica
Descrição produto, peça ou actividade; Número da peça; Material; Normas da qualidade. No terceiro grupo obtemos a caracterização da tarefa, processo, instalação ou máquina, onde se identifica: Descrição da tarefa ou processo; Descrição do posto de trabalho; Número da ordem de fabrico; Descrição das ferramentas usadas; Descrição da maquinaria utilizada na tarefa ou processo. No quarto grupo são descritas as condições ambientais no local de trabalho, onde se identifica: Condições climatéricas ao nível da temperatura e humidade se possível; Níveis de ruído; Níveis de iluminação. No quinto grupo é identificado o executante da tarefa ou processo, onde se apresenta: Nome; Sexo; Idade; Categoria profissional. Por ultimo, no sexto grupo encontra-se a informação da duração da tarefa ou processo realizado, onde se identifica: A hora de início e de finalização da tarefa ou processo.
São vários os métodos existentes para a medição e determinação dos tempos, tais como: dados históricos, amostragem, cronometragem, comparação, estimativa e MTM ou Methods Time Measurement. De salientar que os mais comuns e usados são: cronometragem, comparação e MTM.
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Fundamentação Teórica
Tabela 1 – Métodos para determinação de tempos.
Estimativa Dados Históricos Amostragem
Indicado para tarefas que raramente se realizam; Tempos obtidos por estimativa; Pouco rigor.
Não é considerada técnica de medição; Análise de dados; Registos fiáveis; Tempo padrão; Aconselhável para tarefas longas.
Fundamentos estatísticos para determinar tempo padrão.
Quanto aos métodos mais usados o seguinte quadro mostra-nos os critérios e considerações na escolha de cada método:
Tabela 2 – Critérios e Considerações, adaptado de Exertus, Lda (2003), “Manual Pedagógico PRONACI”.
Critérios e Considerações Tempos Critérios
Comparação Cronometragem MTM
Tipo de produção Produção Única Pequenas e Médias Séries
Grandes Séries
Informação Necessária
Projetos idênticos já realizados
Informação sobre Operação, peça e método
Informação detalhada sobre os movimentos
Precisão e Rigor Baixo Bom Elevado
A medição dos tempos por cronometragem é a técnica mais comum e de maior utilização nos Estudo dos Tempos. É um método de fácil compreensão e implementação, capaz de se aplicar a todas as tarefas ou processos na área fabril. A cronometragem divide-se em três etapas fundamentais: preparação do estudo, cronometragem dos tempos e análise de resultados.
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Fundamentação Teórica
1.5.1.1. Cronómetro Normalmente são utilizados dois tipos de cronómetros num estudo de tempos, o cronómetro com retorno a zero e partida automática, e o cronómetro vulgar de leitura continua. Menos utilizado, mas existente, é o cronómetro de leitura fixa. Encontram-se também, mais recentemente, os cronómetros digitais, graduados em minutos e horas decimais preparados para este tipo de estudos.
1.5.1.2. Máquina de filmar Existe uma grande oferta deste tipo de equipamento, por vezes não é utilizado neste tipo de estudo mas tem uma grande vantagem a sua utilização. Permite a visualização da tarefa ou processo o número de vezes que for necessário, obtendo uma maior pormenorização.
1.5.1.3. Prancheta Serve como base e arquivo para as folhas de observação, facilitando o registo dos dados recolhidos. Existem pranchetas com suporte de equipamentos auxiliares como os próprios cronómetros, caneta, réguas, etc.
1.5.1.4. Folhas de Observação As folhas de observação servem para o registo dos dados recolhidos. Devem estar correctamente identificadas e deverão ser de fácil consulta. Cada folha de observação deve ser adaptada a cada tipo de indústria, processo e tarefa. Não existe um tipo de folha normalizado.
Existem três métodos principais de cronometragem. São eles, a cronometragem continua , em que o cronómetro inicia a contagem desde o início do primeiro elemento e só é parado quando a tarefa ou processo chega ao fim. No fim de cada elemento, o responsável pelo estudo regista a leitura do cronómetro, conseguindo assim determinar o tempo de realização de cada elemento e o tempo total do processo ou ciclo de trabalho. A cronometragem com retorno a zero , em que o cronómetro inicia a contagem desde o início do primeiro elemento, como no caso anterior, mas no fim de cada elemento realizado o responsável do estudo regista o tempo e coloca o
Análise de Tempos e Métodos numa Linha de Produção de Autocarros Fundamentação Teórica
cronómetro a zero. Neste caso o cronómetro não contabiliza o tempo total do ciclo de trabalho. Por fim, temos a cronometragem de leitura fixa , em que o cronómetro é constituído por dois ponteiros, sendo que os dois iniciam a contagem desde o início do primeiro elemento. No fim desse elemento é carregado num disparador e um dos ponteiros pára, enquanto o outro avança. A vantagem do ponteiro parar é o registo do tempo que é feito com o ponteiro parado, aumentando a precisão, o segundo ponteiro não parando, contabiliza o tempo total de todos os elementos. Quando se carregar no disparador o ponteiro que se encontrava parado alcança o segundo ponteiro.
Na realização de um Estudo de Tempos existem certos cuidados e considerações a ter em conta para que se consiga realizar correctamente a cronometragem e atingir os objectivos propostos. Num Estudo de Tempos, como já foi referido, o observador encontra-se num meio fabril onde deve ter em consideração todo o meio que o rodeia e não somente o seu caso de estudo. Por isso é importante seguir os seguintes princípios. A nível do observador: Habilitação profissional para a realização e análise do processo; Domínio da técnica de cronometragem; Posicionar-se de maneira a que o colaborador consiga realizar a tarefa com o mínimo de influência por parte do observador; Posicionar-se de maneira a minimizar movimentações e que consiga observar todo o processo realizado; O observador não deve confiar na memória, deve registar todos os dados mesmo aqueles que parecem evidentes; Não deve existir comentários ou discussões com o colaborador observado para evitar interrupções da tarefa.
A nível do colaborador: O observador é obrigado a dar conhecimento ao colaborador acerca do processo que se irá desenvolver, nomeadamente a cronometragem do seu trabalho.