Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Análise de Sistema Massa-Mola-Amortecedor, Exercícios de Sistemas de Controle Lineares

Uma análise detalhada de um sistema massa-mola-amortecedor, explorando o comportamento do regime estacionário e do transiente para diferentes coeficientes de amortecimento, utilizando a transformada de laplace. O documento começa com a equação diferencial que descreve o sistema e, em seguida, resolve-a para quatro casos distintos: sem amortecimento, com amortecimento fraco, com amortecimento crítico e com amortecimento forte. Para cada caso, são apresentados os cálculos detalhados, as soluções analíticas e os gráficos correspondentes, permitindo uma compreensão aprofundada do impacto do amortecimento no comportamento do sistema. Uma valiosa ferramenta de estudo para entender os conceitos fundamentais de sistemas massa-mola-amortecedor e sua aplicação em diversas áreas da engenharia.

Tipologia: Exercícios

2024

Compartilhado em 29/07/2024

kaique-sotti
kaique-sotti 🇧🇷

2 documentos

1 / 14

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana
Atividade: Análise de Sistema Massa-Mola-Amortecedor
Kaique de Sotti Silva
Objetivo
Analisar um sistema massa-mola com diferentes coeficientes de amortecimento para entender o com-
portamento do regime estacionário e do transiente em cada caso, usando transformada de Laplace.
Descrição do problema e Parâmetros
Considerando um sistema massa-mola-amortecedor e os parâmetros descritos detalhadamente na ati-
vidade 3, temos a equação (1), com base nela iremos resolver diferentes sistemas para verificar o compor-
tamento da equação.
d2x
dt2+c
m
dx
dt+k
mx= 0 (1)
Sistemas
1. Sem amortecimento (c= 0)
Considerando a equação diferencial para esse caso na atividade 3, temos a equação 2:
d2x
dt2+ 1,33x= 0
x′′(t)+1,33x(t) = 0 (2)
Resolvendo a equação diferencial x′′ + 1,33x= 0, usando transformada de Laplace, considerando
que x(0) = 1 ex(0) = 2
A transformada de Laplace de x(t)éX(s)e a transformada de Laplace de uma derivada segunda é
dada por :
L{x′′(t)}=s2X(s)sx(0) x(0)
Aplicando a transformada de Laplace em ambos os lados da EDO, (equação 2):
L{x′′(t)}+ 1,33L{x(t)}=L{0}
Utilizando as propriedades da transformada de Laplace:
1
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Análise de Sistema Massa-Mola-Amortecedor e outras Exercícios em PDF para Sistemas de Controle Lineares, somente na Docsity!

UNILA - Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Atividade: Análise de Sistema Massa-Mola-Amortecedor

Kaique de Sotti Silva

Objetivo

Analisar um sistema massa-mola com diferentes coeficientes de amortecimento para entender o com- portamento do regime estacionário e do transiente em cada caso, usando transformada de Laplace.

Descrição do problema e Parâmetros

Considerando um sistema massa-mola-amortecedor e os parâmetros descritos detalhadamente na ati- vidade 3, temos a equação (1), com base nela iremos resolver diferentes sistemas para verificar o compor- tamento da equação.

d^2 x dt^2

c m

dx dt

k m x = 0 (1)

Sistemas

  1. Sem amortecimento (c = 0) Considerando a equação diferencial para esse caso na atividade 3, temos a equação 2:

d^2 x dt^2

  • 1, 33 x = 0

x′′(t) + 1, 33 x(t) = 0 (2)

Resolvendo a equação diferencial x′′^ + 1, 33 x = 0, usando transformada de Laplace, considerando que x(0) = 1 e x′(0) = − 2 A transformada de Laplace de x(t) é X(s) e a transformada de Laplace de uma derivada segunda é dada por :

L{x′′(t)} = s^2 X(s) − sx(0) − x′(0)

Aplicando a transformada de Laplace em ambos os lados da EDO, (equação 2):

L{x′′(t)} + 1, 33 L{x(t)} = L{ 0 }

Utilizando as propriedades da transformada de Laplace:

s^2 X(s) − sx(0) − x′(0) + 1, 33 X(s) = 0

Substituímos as condições iniciais:

s^2 X(s) − s(1) − (−2) + 1, 33 X(s) = 0

s^2 X(s) − s + 2 + 1, 33 X(s) = 0

Colocando em evidencia X(s) e isolando os outros termos, temos que:

(s^2 + 1, 33)X(s) = s − 2

X(s) = s − 2 s^2 + 1, 33

Para facilitar a inversão, decompomos a fração em duas partes:

X(s) = s s^2 + 1, 33

s^2 + 1, 33

Aplicando a transformada inversa de Laplace para cada termo separadamente, temos:

  • Para o primeiro termo: L−^1

s s^2 + 1, 33

= cos(

p 1 , 33 t)

  • Para o segundo termo:

L−^1

s^2 + 1, 33

√^1

sin(

p 1 , 33 t)

Portanto, a solução é:

x(t) = cos(

p 1 , 33 t) −

sin(

p 1 , 33 t) (3)

Utilizando as propriedades da transformada de Laplace:

s^2 X(s) − sx(0) − x′(0) +

(sX(s) − x(0)) +

X(s) = 0

Substituímos as condições iniciais:

s^2 X(s) − sx 0 − v 0 +

(sX(s) − x 0 ) +

X(s) = 0

s^2 X(s) − sx 0 − v 0 + s 3 X(s) − x 0 3

X(s) = 0

Colocando em evidencia X(s) e isolando os outros termos, temos que:

 s^2 + s 3

X(s) = sx 0 + v 0 + x 0 3  s^2 + s 3

X(s) = sx 0 + v 0 + x 0 3

X(s) = sx 0 + v 0 + x 30 s^2 + 3 s + (^43)

Para encontrar a transformada inversa de Laplace, podemos simplificar o denominador. A equação do denominador é um polinômio de segundo grau e pode ser resolvida usando a fórmula quadrática para encontrar as raízes:

s^2 + s 3

As raízes são:

s =

−^13 ±

q 1 3

s =

−^13 ±

q 1 9 −^

16 3 2

s =

−^13 ±

q 1 − 48 9 2

s =

−^13 ±

q − 47 9 2

s =

−^13 ± i

√ 47 3 2

s = −^13 ± i

√ 47 3 2

s = −

i

Assim, a função de transferencia será:

X(s) =

sx 0 + v 0 + x 30  s + 16 − i

√ 47 6

s + 16 + i

√ 47 6

A função X(s) pode ser representada na forma padrão associada a oscilações amortecidas. A inver- são direta pode ser complexa, então utilizamos propriedades conhecidas:

A solução da EDO com raízes complexas α ± iβ e condições iniciais é dada por:

x(t) = e−αt^ (C 1 cos(βt) + C 2 sin(βt))

Onde α = 16 e β =

√ 47

Determinamos C 1 e C 2 usando as condições iniciais. Para x(0) = x 0 :

x 0 = e^0 (C 1 cos(0) + C 2 sin(0))

C 1 = x 0

Para x′(0) = v 0 :

x′(t) = −αe−αt(C 1 cos(βt) + C 2 sin(βt)) + e−αt(−C 1 β sin(βt) + C 2 β cos(βt))

x′(0) = −αx 0 + C 2 β = v 0

x 0 + C 2

= v 0

C 2 =

6 v 0 + x 0 √ 47

Portanto, a solução é:

x(t) = e−^ (^16) t x 0 cos

t

6 v 0 + x 0 √ 47

sin

t

Utilizando as propriedades da transformada de Laplace:

s^2 X(s) − sx(0) − x′(0) + 2, 31(sX(s) − x(0)) + 1, 33 X(s) = 0

Substituímos as condições iniciais:

s^2 X(s) − s(1) − (−2) + 2, 31(sX(s) − 1) + 1, 33 X(s) = 0

s^2 X(s) − s + 2 + 2, 31 sX(s) − 2 , 31 + 1, 33 X(s) = 0

Colocando em evidencia X(s) e isolando os outros termos, temos que:

(s^2 + 2, 31 s + 1, 33)X(s) = s − 2 + 2, 31

(s^2 + 2, 31 s + 1, 33)X(s) = s + 0, 31

X(s) =

s + 0, 31 s^2 + 2, 31 s + 1, 33

Para encontrar a transformada inversa de Laplace, podemos simplificar o denominador. A equação do denominador é um polinômio de segundo grau e pode ser resolvida usando a Equação de Baskara:

s^2 + 2, 31 s + 1, 33 = 0

s =

p (2, 31)^2 − 4 · 1 , 33 2

s =

s =

s =

Portanto, as raízes são:

s 1 =

s 2 =

A função X(s) pode ser representada na forma de frações parciais e então invertida usando as tabelas de transformada de Laplace.

Para isso, usamos frações parciais:

X(s) = s + 0, 31 (s + 1, 09155)(s + 1, 21845)

X(s) =

A

s + 1, 09155

B

s + 1, 21845

Para encontrar A e B:

s + 0, 31 = A(s + 1, 21845) + B(s + 1, 09155)

Para resolver isso, colocamos s = − 1 , 09155 para eliminar B:

− 1 , 09155 + 0, 31 = A(− 1 , 09155 + 1, 21845)

− 0 , 78155 = A(0, 1269)

A =

E colocamos s = − 1 , 21845 para eliminar A:

− 1 , 21845 + 0, 31 = B(− 1 , 21845 + 1, 09155)

− 0 , 90845 = B(− 0 , 1269)

B =

Portanto:

X(s) =

s + 1, 09155

s + 1, 21845

Aplicamos a transformada inversa de Laplace:

x(t) = − 6 , 1566 e−^1 ,^09155 t^ + 7, 1593 e−^1 ,^21845 t

Portanto, a solução é:

Aplicando a transformada de Laplace em ambos os lados da EDO, (equação 6):

L{x′′(t)} + 3, 33 L{x′(t)} + 1, 33 L{x} = L{ 0 }

Utilizando as propriedades da transformada de Laplace:

s^2 X(s) − sx(0) − x′(0) + 3, 33(sX(s) − x(0)) + 1, 33 X(s) = 0

Substituímos as condições iniciais:

s^2 X(s) − s(1) − (−2) + 3, 33(sX(s) − 1) + 1, 33 X(s) = 0

s^2 X(s) − s + 2 + 3, 33 sX(s) − 3 , 33 + 1, 33 X(s) = 0

Colocando em evidencia X(s) e isolando os outros termos, temos que:

(s^2 + 3, 33 s + 1, 33)X(s) = s − 2 + 3, 33

(s^2 + 3, 33 s + 1, 33)X(s) = s + 1, 33

X(s) = s + 1, 33 s^2 + 3, 33 s + 1, 33

Para encontrar a transformada inversa de Laplace, podemos simplificar o denominador. A equação do denominador é um polinômio de segundo grau e pode ser resolvida usando a Equação de Baskara:

s^2 + 3, 33 s + 1, 33 = 0

s =

p (3, 33)^2 − 4 · 1 , 33 2

s =

s =

s =

Portanto, as raízes são:

s 1 =

s 2 =

A função X(s) pode ser representada na forma de frações parciais e então invertida usando as tabelas de transformada de Laplace.

Para isso, decompomos X(s) em frações parciais:

X(s) = s + 1, 33 (s + 0, 4641)(s + 2, 897)

Usamos frações parciais:

X(s) =

A

s + 0, 4641

B

s + 2, 897

Para encontrar A e B:

s + 1, 33 = A(s + 2, 897) + B(s + 0, 4641)

Para resolver isso, colocamos s = − 0 , 4641 para eliminar B:

− 0 , 4641 + 1, 33 = A(− 0 , 4641 + 2, 897)

0 , 8659 = A(2, 4329)

A =

E colocamos s = − 2 , 897 para eliminar A:

− 2 , 897 + 1, 33 = B(− 2 , 897 + 0, 4641)

− 1 , 567 = B(− 2 , 4329)

B =

Portanto:

X(s) =

s + 0, 4641

s + 2, 897

Aplicamos a transformada inversa de Laplace:

x(t) = 0, 356 e−^0 ,^4641 t^ + 0, 644 e−^2 ,^897 t

Analise e gráfico comparativo

Figura 5: Gráficos compilados do sistema massa-mola-amortecedor.

  1. Sem amortecimento: Neste sistema, não há amortecimento para dissipar a energia, resultando em oscilações persistentes. O movimento é periódico e a amplitude das oscilações permanece constante ao longo do tempo. Como não há dissipação de energia, o sistema não alcança um regime estacionário. O movimento continua a oscilar infinitamente com uma frequência natural de 2 , 306 rad/s.
  2. Amortecimento Fraco: O amortecimento é fraco, e o sistema apresenta oscilações que decaem lentamente. A amplitude das oscilações diminui exponencialmente com o tempo, enquanto a frequência das oscilações é menor do que a frequência natural. O sistema alcança um regime estacionário onde as oscilações cessam e a posição se estabiliza em zero. O tempo para atingir o regime estacionário é longo, dado o amortecimento fraco.
  3. Amortecimento Crítico: O amortecimento é crítico, o que significa que o sistema retorna à posição de equilíbrio o mais rápido possível sem oscilações. A resposta transiente é caracterizada por uma decaída exponencial.

O sistema rapidamente atinge o regime estacionário, onde a posição se estabiliza em zero. Este é o caso ideal para aplicações que necessitam de rápida estabilização sem oscilações.

  1. Amortecimento Forte: Com amortecimento forte, o sistema não oscila. Em vez disso, ele retorna à posição de equilíbrio através de uma decaída exponencial mais complexa, com duas constantes de tempo distintas devido aos dois termos exponenciais. O sistema atinge o regime estacionário de forma relativamente rápida, estabilizando-se em zero sem oscilações. O amortecimento forte assegura que quaisquer perturbações sejam rapidamente dissipadas.

Cada tipo de amortecimento influencia significativamente o comportamento do sistema massa-mola- amortecedor. Sistemas sem amortecimento continuam a oscilar indefinidamente, enquanto sistemas com amortecimento fraco oscilam com uma amplitude decrescente. O amortecimento crítico oferece a es- tabilização mais rápida sem oscilações, e o amortecimento forte elimina completamente as oscilações, resultando em uma estabilização exponencial direta.