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Matemática Financeira Aplicada à Eficiência Energética: Análise Financeira de Projetos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Recursos Naturais

Uma análise histórica da matemática financeira e sua relação com o comércio, além de introduzir conceitos básicos da matemática financeira e indicadores financeiros utilizados na análise de projetos de eficiência energética. O texto também discute a importância da eficiência energética e como ela pode ser aplicada em diferentes projetos, utilizando ferramentas da engenharia econômica como vpl, tir, relação custo benefício e payback.

O que você vai aprender

  • Quais são os conceitos básicos da matemática financeira?
  • Quais são as ferramentas da engenharia econômica utilizadas na análise financeira de projetos de eficiência energética?
  • Quais indicadores financeiros são utilizados na análise de projetos de eficiência energética?
  • Qual foi a importância histórica da matemática financeira no comércio?
  • Como a matemática financeira é aplicada à eficiência energética?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 16/06/2020

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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS
ENERGÉTICOS
Noções Básicas de Análise Econômica de Projetos de Eficiência
Energética
Faculdade CNEC de Rio das Ostras
Bruna de Fátima Santos Oliveira
Engenharia de Produção
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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS

ENERGÉTICOS

Noções Básicas de Análise Econômica de Projetos de Eficiência Energética Faculdade CNEC de Rio das Ostras Bruna de Fátima Santos Oliveira Engenharia de Produção

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO...................................................................................................
    1. OBJETIVO.........................................................................................................
    1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................
    1. CONCLUSÃO..................................................................................................
    1. BIBLIOGRAFIA................................................................................................

Na teoria econômica vemos que a economia estuda os aspectos sociais de produção, que tem no desenvolvimento econômico uma limitação, as matérias naturais. A Engenharia tenta encontrar uma solução, busca controlar as forças físicas e materiais da Natureza em prol do homem. Temos, portanto a união de duas ciências, Engenharia Econômica que busca adequar a efetividade tecnológica com a eficiência econômica. Podemos dizer que a Engenharia Econômica de submete a técnica de produção, criada pela Engenharia, para as atividades econômicas do homem. Apresenta também algumas técnicas necessárias para a tomada de decisões sobre investimentos. Este trabalho faz uma breve análise financeira de projetos de eficiência energética calculando alguns indicadores financeiros, seriam eles: Valor Presente Líquido – VPL; Taxa Interna de Retorno – TIR; Relação Custo Benefício; Payback. Eficiência energética é o composto de ações que tem por objetivo diminuir o consumo de algum tipo de energia, sem reduzir a sua produção ou prestação de serviço. Teoricamente, este projeto pode ser aplicado em ações que consumam qualquer tipo de energia, mas este trabalho está ligado a projetos que tornam eficientes a utilização da energia elétrica. Nos projetos de eficiência energética o foco principal é a redução do gasto de energia, reduzindo o consumo de energia elétrica e produzindo da mesma forma, porém com mais eficiência.

OBJETIVO

Neste trabalho usaremos a matemática financeira ligada a economia para calcular melhores viabilidades em certos projetos. Tem como objetivo verificar a viabilidade financeira em projetos de eficiência energética, através das ferramentas mais utilizadas pela engenharia econômica, como exemplo temos o Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Relação Custo Benefício e Payback.

em relação a outros conceitos, isto é, um lugar dentro de um sistema de conceitos. A matemática é uma ciência ligada a muitos fatores, e um deles é a economia. Segundo ARCHIBALD & LIPSEY18 (1978), a matemática é um título genérico para qualquer tipo de argumentação lógica realizada com ajuda de símbolos. A matemática estuda, as relações, os conjuntos, os gráficos, as derivadas, as funções, o teorema do valor médio, os logaritmos, as integrais, as séries temporais, etc. Ela se aplica em vários ramos da ciência, tendo a economia como principal. De acordo com Jean E. WEBER19 (1976), a matemática aplicada, muitos símbolos representam variáveis observadas no mundo real, isto indica a validade da matemática nas ciências como um todo. A importância da matemática está em toda ciência social, apresentando problemas e ajudando a soluciona-los, e unindo as ciências, temos a engenharia econômica. “Engenharia Econômica são os métodos e técnicas de decisões empregadas na escolha entre alternativas de investimentos tecnicamente viáveis, nas quais as diferenças futuras serão expressas em termos de dinheiro” (Hess, Marques, Paes & Puccini, 1985, p.2). Na engenharia econômica temos ferramentas que nos auxilia na análise financeira de projetos, e assim fazemos uma elaboração do fluxo de caixa. Tendo como indicadores para construir o fluxo de caixa do projeto VPL, TIR e Payback é necessário apontar as receitas e despesas da sua execução. Inicialmente deve-se determinar o período base para realização dos cálculos. Faz-se necessária a definição do período horizonte do projeto. VPL (Valor presente líquido). O VPL será usado para analisar a viabilidade de um projeto, ele determina o valor presente de custos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, subtraindo o custo do investimento inicial. Segundo Panesi (1984, p. 172) o valor presente líquido no instante considerado inicial, de todas as variações de caixa. Se o VPL de uma alternativa de investimento der positivo, significa que compensa tal investimento do lado econômico a taxa mínima. Se der negativo, não compensa o investimento, uma vez que o somatório dos valores presentes dos recebimentos é menor que o somatório dos valores presentes de desembolsos (Righez et al., 2016).

TIR (Taxa interna de retorno) TIR que é a taxa usada para igualar o valor de um investimento com as suas respostas futuras ou saldos de caixa formados nos períodos. De acordo com Panesi (1984, p. 170) TIR é um método do fluxo de caixa descontado, ou seja, taxa que faz com que o valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas. Para a viabilidade de um projeto devem ser utilizadas técnicas que obedecem às etapas cruciais na análise financeira. Como disse Buarque (2006) o projeto é como uma caixa mágica, onde através de fluxo físico, alguns insumos são transformados em produtos novos. Payback Payback é para avaliar investimentos de eficiência energética é o método mais usado. Para Panesi (1984, p. 169) “Payback é um método simples para avaliar investimentos de eficiência energética que indica para o investidor quanto tempo levará para retornar o capital investido no projeto”. Conforme Cardoso (2014) método do payback consiste em determinar o valor de T na seguinte equação: Em que: I = investimento FCt = o fluxo de caixa no período t K = o custo de capital Com o fluxo de caixa estruturado anteriormente, a modelagem apresenta duas fontes de receita, uma a partir da redução da despesa com energia elétrica, em função da maior eficiência em seu consumo, e outra obtida com a vendas. Para calcular a redução da despesa com a energia elétrica, utiliza-se a mesma

buscar ações a serem tomadas, podendo precisar de recursos para aquisição de novos equipamentos e atualização de sistemas. Existem modelos de financiamento no mercado que podem ou não caber nas necessidades de um projeto desta natureza, deixando o mercado com poucos recursos. Para minimizar este problema, é preciso se adequar aos financiamentos, assim como mostra Taylor et al. (2008, p.12 tradução nossa) “[...] Modificações das linhas de financiamento, para se adequar as características dos projetos de eficiência energética, podem ajudar a expandir este mercado, viabilizando financeiramente a implementação de projetos.” Atendendo as características necessárias o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES criou o Proesco, trata-se de uma linha de financiamento com características moldadas conforme a necessidade de cada projeto de eficiência energética. As distribuidoras de energia elétrica têm a obrigação de aplicar 1% da sua Receita Operacional Líquida (ROL) em projetos de pesquisas e desenvolvimento de eficiência energética. Januzzi et al (2001a, p. 60-61) recomenda que estes projetos sejam plurianuais, de três a cinco anos, e concentrados em determinados setores, para que as empresas beneficiadas se tornem referência no uso racional de energia em seu segmento de atuação. Que também propõe Januzzi et al (2001a, p. 132-133) retirar das distribuidoras a responsabilidade da realização dos projetos de eficiência energética, direcionando o recurso de 1% de sua ROL para uma concessionária nacional, que seria criada com o objetivo de promover projetos de eficiência energética e de pesquisa e desenvolvimento. O Sistema de bombeamento da SAMAE de Caxias do Sul A Esco APS Engenharia de Energia, localizada em Porto Alegre – RS, fez um projeto de eficiência energética na Samae – Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto do município de Caxias do Sul – RS, autarquia vinculada à Prefeitura de Caxias do Sul. A Samae é responsável pela captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água da região. O projeto foi mostrado no 5º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética e Cogeração de Energia em 2008. Consiste na atuação no sistema de supervisão e controle de estações elevatórias de água tratada. Com um investimento de

R$558.160,11 o projeto gerou uma economia anual de energia de 501,53 MWh e uma redução de demanda no horário de ponta de 214,8 kW. A inserção destas despesas e receitas na planilha de modelagem, indica que o VPL do projeto original é de R$538.496,00 e a inserção do projeto de MDL reduz este valor para R$414.577,00. A TIR original do projeto é de 32,2%, sendo que a inserção do projeto de MDL alterou este valor para 26,2%, neste caso, o projeto tem o seu desempenho financeiro reduzido com a implementação do projeto de MDL. Existem custos relacionados às auditorias de implantação e verificação que correspondem a valores representativos dentro dos projetos de eficiência energética, notório em projetos de pequeno porte. Foi feito um estudo em um projeto que apresentou investimento de R$558.160,11, inserindo as despesas do projeto de MDL, o investimento se eleva em R$120.000,00, correspondendo a 21,5% do valor total do projeto de eficiência energética. Como os projetos de eficiência energética tem características parecidas, os custos de auditoria podem ser mostrados, com o intuito de diminuir ou mitigar o impacto de cada projeto. Com esta alegação foi considerada uma redução de 50% nos custos da auditoria.

BIBLIOGRAFIA

Buarque & Cristovam (2006). Avaliação econômica de projetos. 14. Ed, São Paulo, Ensino Profissional, 189 p. CARVALHO, T. M.; CYLLENO, P. E. Matemática comercial e financeira : complementos de matemática. 2. ed. Rio de Janeiro: Fename, 1971. ELETROBRÁS; FUPAI/EFFICIENTIA. Gestão energética. Rio de Janeiro. [s.n.].

Gonzaga de Sousa, L. (2006) Artigos de Economia Edición electrónica. Texto completo em: www.eumed.net/libros/2006b/lgs-art/ Hess, Marques, Paes & Puccini (1985). Engenharia Econômica. 18. Ed, São Paulo: Difel, 100 p. JANNUZZI, Gilberto de Martino; KOZLOFF, Keith; MIELNIK, Otávio; COWART, Richard. ENERGIA: Recomendações para uma estratégia nacional de combate ao desperdício. Campinas. Grafcamp Editora e Gráfica Ltda. 2001a. Larga Fixa. GEINTEC-Gestão,Inovação e Tecnologias, 6(4), 3537- MEDEIROS, K. M. de. A influência da calculadora na resolução de problemas matemáticos abertos. Revista da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, São Paulo, n. 14, p. 19-28, ago. 2003. PANESI; QUINTEROS, André R. (1984). Fundamentos de eficiência energética. Rio de Janeiro:Campus, 266 p. pelos números e pelo cálculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. v. 1. RAAD, Antonio; SCHECHTMAN, Rafael. Identificação das barreiras ao uso eficiente da energia elétrica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA, 7., 1996, Rio de Janeiro. Anais. Rio de janeiro: Artimagem, 1996. p. 2.051-2. Righez, F. O., Dela Rocca, G. A., Andrade Arruda, P., & Frizzo Stefenon, S. (2016). Análise de Viabilidade Técnica e Financeira de um Site de Internet Banda Larga Fixa. GEINTEC-Gestão, Inovação e Tecnologias, 6(4), 3537-3552. ROBERT, J. A origem do dinheiro. 2. ed. São Paulo: Global, 1989. IFRAH, G. História universal dos algarismos : a inteligência dos homens contada.

SILVA, Diogo Aparecido Lopes et al. Análise de viabilidade econômica de três sistemas produtivos de carvão vegetal por diferentes métodos. Rev. Árvore, Viçosa, v. 38, n. 1, p. 185-193, fev. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0100-67622014000100018&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 24 abr. 2020. https://doi.org/10.1590/S0100-67622014000100018. TAYLOR, Robert P. et al. Financing Energy Efficiency: Lessons from Brazil, China, India and Beyond. Washington DC: Banco Mundial, 2008. ZACHAR, Sy. Energy Efficiency and Budgetary Improvement. In: ENERGY TECHNOLOGY CONFERENCE, 11., 1984, Washington. Anais. Maryland: Government Institutes, Inc, 1984. p. 261-270.