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Um estudo sobre as mulheres grávidas infectadas pelo hiv que residem em um lar de preservação da vida. O documento discute as consequências psicológicas para essas mulheres, a importância do diagnóstico precoce e o impacto na redução de transmissão vertical. Além disso, o texto aborda a importância de melhorar o acesso à assistência de saúde e a conscientização da população sobre a patologia. Palavras-chave: hiv, gravidez, vulnerabilidade, instituições de saúde.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Artigo apresentado ao curso de graduação em Enfermagem da UniCesumar – Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel(a) em Enfermagem, sob a orientação da Profa. Mestre Ludmila Lopes Maciel Bolsoni. MARINGÁ – PR 2019
Eliéti Da Silva Passos Viviany Lima De Brito RESUMO As consequências para a mulher gestante e portadora do vírus HIV interferem diretamente no psicológico da mesma, pois vivenciam situações que como o medo, o preconceito (social e pessoal) e o sofrimento mental. Esses fatores podem mudar a visão que a mulher tem sobre a maternidade e torna-se notável uma preocupação entre as gestantes com HIV sobre o risco de transmissão vertical para seu filho. Faz-se necessário o conhecimento do número de gestantes nessa condição para que seja ofertado um cuidado humanizado e de qualidade às gestantes infectadas e na proteção dos fetos, também como realizar ações que iram minimizar os índices de contaminação. Tratou-se de um estudo documental exploratório e quantitativo, na qual a coleta de dados foi baseada somente na análise dos prontuários das acolhidas predispostos pela instituição Lar Preservação da Vida no período de tempo de 2015 à 2018, após a coleta, os dados foram codificados e digitados no software Microsoft Office Excel®^ 2010 para obtenção dos dados relevantes à pesquisa e criação das porcentagens referente a cada analise desenvolvida. Os resultados mostraram que os porcentuais de gestantes com HIV vem decaindo com o passar dos anos, mas em contra partida, os casos de sifilis e outras IST’s sobem gradativamente. Palavras-chave : Gestantes; HIV; Vulnerabilidade; Institucionalização. **ANALYSIS OF THE PREVALENCE OF HIV - INFECTED PREGNANT WOMEN RESIDING IN THE LIFE PRESERVATION OF LIFE IN THE YEARS OF 2015 TO
ABSTRACT** The consequences for the pregnant woman and carrier of the HIV virus interfere directly in the psychological of the same, because they experience situations that like the fear, the prejudice (social and personal) and the mental suffering. These factors can change a woman's view of motherhood and a concern among expectant mothers about the risk of mother-to-child transmission is remarkable. It is necessary to know the number of pregnant women in this condition so that humanized and quality care is offered to infected pregnant women and the protection of fetuses, as well as to perform actions that will minimize contamination rates. This was an exploratory and quantitative documentary study, in which the data collection was based only on the analysis of the records of hospitalizations predisposed by the institution Preservation of Life in the time period from 2015 to 2018, after the collection, the data were codified and typed in Microsoft Office Excel® 2010 software to obtain
relevant data for research and creation of percentages for each analysis developed. The results showed that the percentage of pregnant women with HIV has been decreasing over the years, but in contrast, the cases of syphilis and other STIs gradually increase. Keywords : Pregnant Women; HIV; Vulnerability; Institutionalization. 1 INTRODUÇÃO Segundo o Ministério da Saúde, em dez anos foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), quase 137.000 casos de infecção pelo vírus HIV no Brasil, sendo 92.142 em homens e 44.766 em mulheres.^1 Mesmo que o número de casos seja superior em homens, as mulheres ficam mais susceptíveis à transmitirem o vírus durante o período gestacional, devido as grandes chances de transmissão vertical (TV).^2 As consequências para a mulher gestante e portadora do vírus HIV, não interferem somente no quesito biológico, mas também no psicológico, pois essas mulheres vivenciam diversas situações que envolvem alguns sentimentos negativos, como o medo, o preconceito (social e pessoal) e o sofrimento mental. Esses fatores podem mudar a visão que a mulher tem sobre à maternidade, interferindo em suas relações sociais e também em seus pensamentos sobre manter ou não a gestação.^3 É notável uma preocupação entre as gestantes com HIV sobre o risco de TV para seu filho. A maioria da TV ocorre durante o trabalho de parto com 65%, outras ocorrem intraútero com 35%, essencialmente nas últimas semanas de gestação e no aleitamento materno, representando um risco adicional de transmissão de 7% a 22%.^4 A vulnerabilidade no desenvolvimento dessas gestantes pode ser classificada como a chance de sofrer prejuízos ou atrasos em seu desenvolvimento devido à influência de fatores de ordem individual e social. Segundo Silva, Veríssimo e Mazza^5 “esse atraso está associado com pobreza, baixa escolaridade, condições precárias de moradia, desnutrição, falta de acesso a recursos educacionais e de saúde”. Na intenção de oferecer um cuidado humanizado e de qualidade às gestantes infectadas e na proteção dos fetos, também como realizar ações que iram minimizar os índices de contaminação, tem-se que considerar as realidades socioespaciais individuais em que essas mulheres se encontram^2. Entende-se que o contexto social que essas gestantes estão inseridas, tornam-se um fator relevante para a realização dos cuidados necessários, dito isto, o suporte social pode ser entendido como um conjunto de fatores socioambientais que atuarão de forma protetora, realizando um empoderamento aos indivíduos envolvidos para lidar com essas situações.^6
Tratou-se de um estudo documental exploratório e quantitativo, na qual a coleta de dados foi baseada somente na análise dos prontuários das acolhidas predispostos pela instituição Lar Preservação da Vida (LPV) no período de tempo de 2015 à 2018. Foram excluídos da amostra de todas mulheres que não possuem HIV previamente diagnosticada. O lar preservação da vida é uma organização não governamental, que atua há mais de 30 anos, se responsabilizando pelo acolhimento de gestantes em qualquer faixa etária que vivenciam alguma e/ou qualquer situação de risco e/ou vulnerabilidade social. Essa instituição tem como objetivo manter a valorização da vida, desde a sua concepção. O lar se orquestra em regime de abrigo, atendendo gestantes de sua cidade natal e também de outros lugares. A coleta de dados foi realizada no período de abril a junho de 2019, sendo dívida em duas etapas: na primeira, foi realizado o levantamento de dados de quantas gestantes o LPV já prestou atendimento nos anos de 2015 à 2018, observando-os atentamente para que não ocorresse erros na amostragem. Na segunda etapa, os achados foram divididos em três categorias: Gestantes com HIV+; Gestantes sem HIV e Gestantes com outras IST’s, para que assim ficassem mais claro os resultados. Após a coleta, os dados foram codificados e digitados no software Microsoft Office Excel®^ 2010 2 vezes a fim de evitar erros de digitação e para obtenção dos dados relevantes à pesquisa e criação das porcentagens referente a cada ponto a ser observado. Os aspectos éticos da pesquisa basearam-se na Resolução n. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição de ensino Centro Universitário de Maringá - UniCesumar, com o número do CAAE: 09973519.4.0000.5539. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Quando uma mulher tem um resultado positivo para o teste de HIV, ocorre um impacto enorme em sua vida, esse impacto aumenta quando o diagnóstico ocorre no período gestacional. Durante o pré-natal deve ser solicitado a testagem para o vírus HIV e uma vez identificada portadora de tal vírus, a mulher deve iniciar o tratamento imediatamente e ser aconselhada durante todo o pré-natal, visando a qualidade de vida da gestante e redução de Transmissão Vertical (TV).^8
Quando falamos de HIV/Aids, o aconselhamento é uma prática preventiva e que contribui para as ações educativas em saúde, não devendo se restringir somente aos momentos que antecedem e procedem o teste anti-HIV.^15 Com o objetivo de oferecer um cuidado integral e de qualidade aos usuários, foram desenvolvidos e efetuados os serviços especializados (SAE) e os centros de testagem e aconselhamento (CTA) em HIV/Aids na modalidade de ambulatório, esse serviço conta com uma equipe multiprofissional que juntos atuarão em inúmeras áreas, mas também na prevenção do HIV e outras IST’s. Nesses ambulatórios, são implementadas as promoções de saúde, utilizando como princípio uma ação integral e intersetorial para ampliar o processo de saúde dos indivíduos.^16 Os dados coletados na pesquisa, afirmam a eficácia desses centros ambulatoriais. - Tabela 1. Tabela 1. Dados referentes às IST’s em gestantes acolhidas no LPV de 2015 à 2018. Total de Gestantes 208 100% Com HIV+ 11 5,30% Com Sífilis e outras IST's 28 13,50% Sem IST's 169 81,20% Fonte: Elaborada pelos autores (2019). Os dados acima, mostram que das 208 mulheres, 5,30% possuem o vírus da imunodeficiência e que 13,50% mulheres possuem/possuíam Sífilis e/ou outras IST’s. O porcentual de 81,20% relacionado as gestantes sem nenhuma IST’s aponta que os investimentos em ações de promoção da saúde, tais como: realização de testes rápidos na abertura do pré-natal, conscientização da população carente e não carente sobre a patologia, incentivo ao uso de preservativos na relação sexual, planejamento familiar estão surgindo efeito, uma vez que as gestantes estudadas são de risco social o que é um fator agravante para a contaminação com o vírus do HIV. Neste contexto, o papel do enfermeiro se torna indispensável, uma vez que esse profissional é responsável por desenvolver intervenções, ações e planejamentos para aumentar a adesão do público feminino quanto as políticas públicas voltadas para reprodução e prevenção sexual, melhorando a qualidade de vida da mulher.17, Toda via, caso a mulher já esteja infectada, o papel do enfermeiro passa a ser a abordagem sobre métodos de transmissão, buscar conhecer os saberes de tal paciente sobre a infecção e doença para que assim, seja realizado uma desmitificação que vem sendo criada pelos dizeres populares.^19
outras IST’s, o que torna-se questionável a viabilidade de ações em saúde para outras Infecções Sexualmente Transmissíveis. Os achados no presente estudo tornam-se visíveis no dia a dia nos serviços de saúde, uma vez que as notificações pela infecção do vírus HIV de forma vertical vem decaindo ano após ano com a fiscalização e obrigatoriedade do teste rápido durante o pré-natal, seja por incentivos dos órgãos públicos de saúde para desenvolvimento de campanhas e até políticas públicas de saúde. O trabalho acima possui algumas limitações por ter sido realizado em um lar de acolhimento para gestantes em situação de risco, mas traz um potencial para interpretações dos números aqui dispostos tanto a nível municipal quanto a nível nacional com dados divulgados pela OMS. A importância de novos estudos a nível nacional sobre essa temática é fundamental para avaliação das ações em saúde e para ter em números concretos da quantidade de casos de HIV em gestantes. 6 REFERÊNCIAS
ANEXOS