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Estratégia de Negócios: Escolas de Pensamento e Suas Diferenças, Notas de aula de Crescimento

Uma análise comparativa das escolas de pensamento em relação à formação de estratégias de negócios. As escolas de posicionamento e configuração são discutidas, incluindo suas diferenças no conceito de estratégia, organização e visão de mudança. Os autores citados incluem nicolau, bignetti e paiva, montgomery e porter.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

RODRIGO LEAL SILVA

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA: ANALISE DAS ESCOLAS DE POSICIONAMENTO E DE CONFIGURAÇÃO

FLORIANÓPOLIS 2007

RODRIGO LEAL SILVA

ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA: ANALISE DAS ESCOLAS DE

POSICIONAMENTO E^ DE CONFIGURAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado — CAD 5236, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade Federal de Santa Catarina, área de concentração em Prof. Dr. Luis Moretto Neto - Orientador

FLORIANÓPOLIS

Dedico este trabalho a meus Pais.

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Hélio da Silva e Vanderli Maria Silva, por serem as pessoas que mais contribuíram para a minha formação. São as pessoas nas quais eu me espelho para trilhar o meu caminho.

A Minha irmã e também grande amiga, Gabriela Leal Silva.

A Igor Inácio, Guilherme Igor, Mauricio Segura, Patrick Romano, Rodrigo Alonso, Rodrigo Maldonado, Daniel Canuto, Tássio Leite e Guilherme Bona. Vocês foram grandes amigos em todos os momentos.

A James Piazza e Thiago Zumach, meus grandes companheiros do Cassino

Aos grandes mestres: Marcelo Menezes Reis, Ricardo Oliveira, Alexandre Marino Costa, Valter Zanela e, em especial ao meu orientador, Luis Moretto Neto.

A todos os meus grandes amigos de infância e aos que hoje são, como eu, membros do Alambique F.C.

As demais pessoas que também contribuíram nesta jornada com uma

palavra amiga, um conselho, um incentivo ou de qualquer outra forma para tornar este percurso CA. () especial.

RESUMO

SILVA, Rodrigo Leal. Administração Estratégica: análise das escolas de posicionamento e de configuração. 2007. 80f. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração). Curso de Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.

A estratégia em uma organização se tornou um fator preponderante, uma condição para o crescimento ou sobrevivência da mesma em ambientes complexos e também, como norteadora da aplicação de recursos e coordenação do ambiente interno. Fla pluralidade na conceituagdo de estratégia entre diversos autores, no entanto, há uma grande tendência ern caracterizá-la como o conjunto de regras, ações, objetivos e metas, estabelecidos por uma organização para regular a rein -do entre seu ambiente interno e externo. Haja vista a diversidade de visões diferentes acerca do mesmo objeto de estudo, Mintzberg, Ahlstrand e Lampe' propõem sua divisão em dez escolas: do design, de planejamento, de posicionamento, empreendedora, cognitiva, de aprendizado, de poder, cultural, ambiental e de configuração. Duas destas se destacam: a de posicionamento e a de configuração, a primeira por ser uma das escolas mais influentes do pensamento estratégico e a segunda por tentar incluir, de algum modo, as demais em um s6 modelo. Buscou-se, neste sentido estabelecer uma análise destas duas escolas sob a perspectiva de três fatores - estrutura e organização, visão de mudança e a própria conceituação de estratégia — com o intuito de evidenciar as divergências e o modo como se complementam para auxiliar a compreensão do processo de formulação da estratégia. A pesquisa realizada é de natureza descritiva, tendo a pesquisa bibliográfica como meio de investigação.

Palavras-chave: Estratégia. Escola de Posicionamento. Escola de Configuração.

SUMARIO

1 INTRODUÇÃO

A compreensão de que as organizações estão inseridas em um ambiente e nele exercem sua influência e são influenciados e dependentes deste, exige destas mesmas organizações uma postura frente as oportunidades (^) e ameaças presentes neste meio. Esta postura é conhecida como estratégia. A definição deste termo é complexa e (^) também muito variada no meio acadêmico. Os mais diversos autores estabelecem cada um o seu conceito de modo que ha divergências e convergências (^) nas mais diversas correntes do pensamento estratégico. Isabel Nicolau (2001) em seu artigo "0 Conceito de Estratégia" identifica estes aspectos e explica que desde o principio dos anos 60 até meados dos anos 90 houveram diversos autores importantes teorizando à respeito de estratégia (^) e que mesmo com a diversidade de conceitos existem alguns pontos "genéricos" sobre quais todos se assentam. De acordo com a autora, os autores, entre eles Chandler, Ansoff, Porter, Quinn e Mintzberg, concordam quanto à inseparabilidade entre a organização (^) e o meio envolvente. Outro aspecto relevante expõe a importância das decisões estratégicas para o futuro das organizações. Concorda-se também, em geral, que

as estratégias se podem estabelecer ao nível da organização ou ao nível (^) de atividades especificas desenvolvidas no seu seio, e que todas as organizações têm subjacente ao seu comportamento (^) unia estratégia implícita ou explicita. Contudo, estratégias planejadas diferem de estratégias realizadas (NICOLAU, 2001, p. 3).

Justamente pela identificação e compreensão da diversidade das correntes teóricas sobre o tema e por identificar que todas estas correntes, na verdade são, cada uma a seu modo, parte de um todo conhecido como estratégia que Henry Mintzberg, juntamente com Bruce Ahlstrand e Joseph Lampel, escreveu "Safari de Estratégia", publicado no Brasil no ano 2000. Neste livro os autores estruturam as diversas correntes do pensamento estratégico ern dez escolas.

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Estas dez escolas possuem características divergentes entre si, mas que auxiliam a compreensão da estratégia. Ao longo deste estudo serão apresentadas estas escolas, contudo, sera dedicado A compreensão e a análise de duas em particular, como será explicado a seguir.

1.1 TEMA

Este trabalho tem como tema uma análise das escolas de posicionamento e de configuração da administração estratégica, as quais estão descritas no livro Safari de Estratégia de Henry Mintzberg, Bruce Ahlstrand e Joseph Lampe!. Mintzberg categorizou o pensamento na área da administração estratégica em 10 escolas as quais, segundo o autor, focam apenas uma parte — cada uma ao seu modo - de um todo chamado estratégia. Essas escolas foram segmentadas em dois grandes grupos. 0 grupo das escolas prescritivas e o das escolas descritivas. As escolas prescritivas preocupam- se com o modo como as estratégias devem ser formuladas, descrevendo fórmulas gerais para a criação da estratégia. Já as escolas descritivas focam a analise do modo como as estratégias são formuladas. As escolas classificadas por Mintzberg et al. (2000) como prescritivas são: escola do design, do planejamento e de posicionamento. As escolas consideradas descritivas são: escola empreendedora, cognitiva, de aprendizado, do poder, cultural e ambiental. A escola de configuração possui tanto correntes descritivas como prescritivas. Para este trabalho foram escolhidas as escolas de posicionamento e de configuração como objeto central da análise, por dois motivos: a primeira, por ser uma das escolas mais influentes do pensamento estratégico conforme apontam Bignetti e Paiva (2002), e a segunda por tentar incluir de algum modo as demais escolas em um só modelo por meio das configurações de estrutura e poder do próprio Mintzberg. Bignetti e Paiva (2002), em um estudo que analisa as linhas de pensamento predominantes (^) nos estudos de pesquisadores brasileiros de administração

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1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

Analisar quais as características das Escolas de Posicionamento^ e^ de Configuração considerando como elementos estruturantes da análise os seguintes fatores: conceitos de estrutura e organização, de estratégia e visão de mudança.

1.3.2 Objetivos específicos

a) Identificar e analisar o conceito de estratégia e de organização e a visão de mudança da escola de posicionamento; b) identificar e analisar o conceito de estratégia e de organização e a visa) de mudança da escola de configuração; e c) analisar as divergências derivadas do conceito de estratégia^ e^ de organização e visão de mudança entre as escolas de posicionamento e de configuração.

1.4 JUSTIFICATIVA

O consenso por si só é pobre. Pobre por não gerar discussões e, a partir delas, novas idéias, visões, conceitos e consequentemente a quebra de paradigmas. Os objetivos estabelecidos por este estudo propositadamente incitam o conflito entre duas correntes de pensamento, justamente para elucidar questões importantes acerca da administração estratégia.

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Mintzberg et al. (^) (2006) acreditam que explorar sistematicamente uma variedade mais completa criará um entendimento mais profundo (^) e mais id do processo de estratégia. A identificação das partes e posterior comparação das duas escolas visam exatamente à ampliação dos conhecimentos acerca do pensamento estratégico. Estratégia é atualmente uma palavra muito comum no contexto empresarial, bem comp na literatura especializada. Este tato iniciou-se a partir dos anos 60, quando o (^) planejamento estratégico foi apresentado ao mundo corporativo (^) e acadêmico como um processo formal (OLIVEIRA, 2001). Por sua popularidade, seria correto afirmar que (^) o conceito de estratégia estaria definido e enraizado na mente de executivos e acadêmicos de forma clara e lacônica. "Contudo, (^) um pouco de atenção ao sentido em que a palavra é usada permite, desde logo, perceber que não existe qualquer uniformidade, podendo (^) o mesmo termo referir-se a situações muito diversas'' (NICOLAU, 2001, p. 2). A banalização do termo e a própria complexidade em definir estratégia torna nebulosa a sua compreensão. Diante das definições controversas e visões incongruentes dos principais autores sobre (^) o tema, há consenso quanto a necessidade de (^) uma organização possuir urna estratégia sob pena (^) de, caso contrario, estar fadada ao fracasso. Sob esta análise torna-se evidente a necessidade da exploração do tema, de modo a clarear as mentes de executivos e acadêmicos sobre o assunto. É evidente que o presente estudo não sera exaustivo, mas se propõe a auxiliar o entendimento desta matéria. A própria compreensão da existência de diferentes correntes do pensamento estratégia e a estruturação delas por Mintzberg (^) et aL (2000) em dez escolas é um passo largo rumo a concepção do que realmente é estratégia. Todavia, assim como em um ser humano, o entendimento das partes não leva à compreensão do todo. Não (^) é possível entender a essência do ser humano conhecendo bem seus sistemas nervoso, epitelial, digestorio e respiratório, da mesma maneira que não se compreende o âmago da estratégia pelo aprendizado das suas diferentes escolas. Tanto o ser humano como a estratégia são mais do que a simples soma de suas partes. A verdadeira compreensão parte da visão que cada indivíduo forma em sua mente, no qual o estudo dos componentes é um coadjuvante que auxilia este entendimento.

2 METODOLOGIA

A realização de um trabalho cientifico compreende (^) o estudo sistemático, dos fenômenos da natureza, dos fenômenos sociais, matemáticos, físicos, químicos, para se chegar a um conjunto de conclusões verdadeiras, lógicas, exatas, demonstráveis através da pesquisa e dos testes. "É a atividade de investigação rigorosa que adota um método cientifico para a solução de problemas, produzindo urn conhecimento novo ou complementar ao estudo de um determinado assunto ou tema" (SILVEIRA (^) et al., 2004, p. 42). Oliveira (2004, P. 57) propõe que o método "trata do conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecer uma determinada realidade, produzir determinado objeto ou desenvolver certos procedimentos ou comportamentos." Lakatos e (^) Marconi (1987) vão ao encontro deste pensamento explicando que a pesquisa se constitui no caminho para descobrir verdades parciais, mas que a procura por responder as questões propostas deve ser batizada por métodos científicos. Para Roesch (1999) um processo de pesquisa envolve teoria e realidade exigindo uma correlação entre estas e (^) a utilização de elementos do processo cientifico. Uma vez definido o problema de pesquisa e, por conseguinte os objetivos a serem atingidos pelo trabalho de pesquisa, torna-se necessária a utilização de determinada metodologia, a partir da qual identifica-se (^) o tipo de pesquisa a ser realizada, o universo em estudo, além das técnicas empregadas para a coleta e análise dos dados a serem obtidos. "0 método 6, portanto, uma forma de pensar para se chegar ã natureza de um determinado problema, quer seja para estudá-lo, quer seja para explicá-lo' (OLIVEIRA, 2004, p. 57). "A metodologia tem interesse pelo estudo, descrição (^) e analise dos métodos e lança esclarecimentos sobre seus objetivos, utilidades, conseqüências, ajudando- nos a compreender o próprio processo da pesquisa cientifica". (BARROS; LEHFELD, 2000, p. 2) Não obstante, é pertinente ressaltar que, segundo Roesch (1999), não existe um método que possa ser considerado especifico para um determinado tipo de projeto de pesquisa; o importante é que a metodologia escolhida apresente

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conformidade com a estrutura formada pelo pesquisador e seu estudo, isto 6, ao tipo de problema formulado, aos objetivos propostos e demais aspectos de ordem prática, tais como: disponibilidade de tempo, custos envolvidos e acesso aos dados. Para uma melhor compreensão do processo de pesquisa realizado, a seguir será exposta a descrição e análise dos métodos utilizados na consecução deste estudo.

2.1 TIPO DA PESQUISA

A definição da metodologia de um trabalho se inicia a partir da definição do tipo de pesquisa realizada. Para efeito de classificação deste, sera adotada a definição proposta por Vergara (2000) que sugere dois critérios básicos: classificação quanto aos fins e quanto aos meios.

2.1.1 Finalidade da Pesquisa

De acordo com Oliveira (2004, p. 118) a pesquisa tem por finalidade 'tentar conhecer e explicar os fenômenos que ocorrem nas suas mais diferentes manifestações e amaneira como se processam os seus aspectos estruturais e funcionais, a partir de uma série de interrogações Li". Este trabalho cientifico tem na definição do seu problema a sua interrogação principal, a partir da qual surgem outros questionamentos que se desdobram sobre os objetivos geral e específicos do estudo. Conforme apresenta Vergara (2000) uma pesquisa pode ser classificada, quando à sua finalidade em: exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista. Dentro desta classificação, esta monografia é de natureza descritiva, pois se caracteriza por observar um fenômeno, no caso a estratégia. "A pesquisa descritiva expões características de determinada população ou^ de determinado fenômeno.

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2.2 LIMITAÇÕES

De acordo com Vergara (2000) todo o método de pesquisa apresenta possibilidades e limitações. Dessa forma, é necessário considerar quais os aspectos limitantes da metodologia utilizada. Para este estudo, a principal limitação encontrada se refere ao meio de investigação. A pesquisa bibliográfica como principal fonte de pesquisa deste trabalho, faz deste um estudo puramente teórico. Deste modo, as questões empíricas referentes às características da administração estratégica apresentadas neste estudo já apresentam o viés dos autores pesquisados.

3 CARACTERIZAÇÃO DE ESTRATÉGIA

A importância da estratégia está enraizada tanto no meio acadêmico como no mundo corporativo, quase como uma panacéia para os problemas das organizações. A relação entre o sucesso e uma boa estratégia é tida como diretamente proporcional, da mesma maneira em que se associa o fracasso a uma estratégia ruim ou a falta dela. Mintzberg et al.^ (2000) afirmam que a estratégia^ é^ considerada o ponto alto da atividade dos executivos. Ainda neste sentido, os autores apontam que acadêmicos vêm estudando há algumas décadas a estratégia extensivamente, de modo que as escolas de Administração geralmente têm, ao final do curso, uma disciplina de administração estratégica. Neste sentido, e visando o atingimento dos objetivos propostos para este estudo, faz-se necessário o resgate histórico da estratégia como campo de estudo, bem como sua contextualização atual. Outras duas questões concernentes A estratégia se fazem necessárias neste capitulo: a identificação do conceito de estratégia, tendo em vista as diversas visões acerca deste assunto no meio acadêmico e uma apreciação sobre as dez escolas do pensamento estratégico propostas por Henry Mintzberg.

3.1 RESGATE HISTÓRICO E CONTEXTUALIZAÇÃO

A palavra estratégia deriva de estratagos,^ de origem grega, que pode ser traduzida como "a arte do general" (OLIVEIRA, 2001). De fato, a estratégia, como área de estudo no campo da administração emergiu a partir dos anos 60 com a escola do planejamento. Seu livro mais influente, Estratégia Empresarial (Corporate Strategy), de Igor Ansoff, foi publicado em 1965 apresentando os conceitos da elaboração da estratégia a partir de um planejamento formal. Porém, as estratégias militares — que emprestaram o termo aos estudos em administração, destacam em