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Análise crítica engenharia elétrica e civil
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Por Wallace Moreira da Cruz FERREIRA, Alice Cristina, MONTEIRO, Fernanda, CASSIA, Isabella, Gestão de resíduos sólidos na construção civil, Revista Pensar Engenharia, v.2, n.2, Jul./2014. ¹Alice Cristina Alves Ferreira é Técnica em Administração; Graduanda em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy; Atua no setor da Qualidade. ²Fernanda Monteiro Vieira da Costa é Técnica em Edificações pelo CEFET-MG; Graduanda em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy; projetista e fundadora da Êxito Engenharia e Projetos, atua no setor de construção pesada na área de Planejamento e Medição pela Construtora Barbosa Mello S/A. ³ Isabella De Cássia Teotônio Dias é graduanda em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy, projetista e atua no setor de planejamento e Orçamento. O foco do estudo é a questão dos resíduos sólidos da construção civil e está delimitado na implantação da gestão desses resíduos gerados no, segundo diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos - Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. O questionamento-problema é verificar se as empresas de construção civil do estão seguindo as recomendações do desenvolvimento sustentável,segundo diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O estudo tem como objetivo pesquisar o manejo de resíduos sólidos da construção civil. A literatura comenta que os resíduos sólidos da construção civil são os restos de processos produtivos que se tornam inadequados ao consumo inicialmente programado, os quais são descartados em aglomerações urbanas ou rurais, sem o devido critério ambiental. A geração atual participa do desenvolvimento socioeconômico e auxilia no crescimento do país, porém sem planejamento acerca do que fazer com os resíduos sólidos, no que diz respeito ao seu descarte correto, essa população causa um problema para outras gerações futuras. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) existe para indicar as diretrizes a serem seguidas no manejo com esse tipo de resíduos urbanos, principalmente na construção civil, em busca de atender as exigências ambientais. Um cenário que salta aos olhos é a dificuldade em planejar, controlar e executar uma gestão ambiental pelas empresas, geralmente o principal argumento éa não adequação dos processos sustentáveis. Isso ocorre porque para reduzir os impactos ambientais da atividade desenvolvida ou do negócio
em questão, sempre envolve custos excessivos. Desse modo a relevância do estudo se dar pelo fato da construção civil gerarmuitos resíduos sólidos, o que por sua vez acarreta em impactos diretos e indiretos ao ambiente e as pessoas envolvidas nele. Segundo dados sobre essa questão, todos os resíduos sólidos gerados nas cidades brasileiras, os resíduos da construção civil representam de 40% a 70% do montante. Outros dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública – ABRELPE, demonstram que o Brasil apresenta – a partir dos resíduos coletados – uma estimativa de geração de 31 milhões de toneladas de resíduos sólidos da construção civil por ano, de origem pública e de origem privada. Outro estudo apurou que 63% da composição média dos materiais de resíduos sólidos da construção civil são de argamassa; 29%, de concreto e blocos; 7% advêm de outros componentes; e 1% é oriundo de materiais orgânicos. E que a origem deles é associada a trabalhos rodoviários, de escavações, de sobras de demolições, de obras diversas e de sobras de limpeza, tendo como componentes, tijolo, concreto, areia, solo, poeira, lama, rocha, asfalto, metais, madeira, papel, material orgânico etc. Portanto, o segmento da construção civil é um dos mais importantes em uma nação, haja vista que ele se encontra entre os índices de avaliação de crescimento de um país. Entretanto é um segmento econômico, que gera impactos ambientais, pois consome recursos naturais, altera paisagens e, entre outros fatores, gera resíduos que, no Brasil, representam um grave problema para as cidades sob vários pontos de vista. Nota-se que há uma dificuldade em definir o lixo ou resíduos sólidos, mas o consenso é de que o gerador tenha que se desfazer deles. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define resíduos sólidos relacionando com as atividades de origem, como “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define resíduos como “[...] algo queseu proprietário não mais deseja, em um dado momento e em determinado local, e que não tem valor de mercado”. Na pesquisa, em questão, adotou-se o conceito de resíduos sólidos como sendo recursos sólidos ou pastosos originados, seja do processo produtivo ou de restos de objetos, de produtos, de serviços que estão no lugar errado e na hora errada e que, por motivos
de setores empresariais, ligadas as áreas de controle e finanças, que procuram estudar formas de reduzir custos e reutilizar materiais e insumos. Os autores concluem que as principais dificuldades é o setor da construção civil entender e atender às especificações da PNRS, principalmente devido à falta deparâmetros e de delimitações mais objetivas sobre as possíveis formas para gestão dos resíduos gerados no processo construtivo. Eles ainda apontam que a Silco Engenharia está seguindo as recomendações do desenvolvimento sustentável respeitando a PNRS – por aproximação, sendo possível reconhecer a aplicação dosconceitos sobre resíduos sólidos. Pode-se afirmar que resíduos sólidos são recursos que estão no lugar e na hora errada. Os autores afirmam que os resultados mencionados no estudo impulsionam acomunidade acadêmica a aprofundar a problemática dos resíduos sólidos em âmbitodistrital e nacional. Sugerem-se estudos em outros segmentos, com outros enfoques e com detalhamentos específicos. Conclui-se que muitos paradigmas ainda deverão ser quebrados, e muitos processos produtivos revistos para que, por meio da gestão ambiental, promovam a continuidade do desenvolvimento sustentável do segmento da construção civil,contudo, sem com isso esgotar ainda mais os recursos naturais, seja por meio da exploração indiscriminada deles, seja porque produzem um volume de lixo tal que torna o descarte como inadequado e ameaçador para as gerações futuras. A reflexão acerca do tema, traz questionamentos ao setor, como: Faltam profissionais adequados e capacitados para implementar e cumprir a PNRS? Há órgãos fiscalizadores desses serviços? Quais os benefícios para as empresas que cumprem essas diretrizes? Falta de conhecimento acerca dos resíduos sólidos? A mentalidade dos diretores sobre a gestão ambiental? Percebe-se que a política nacional de resíduos sólidos apenas disse o que é necessário fazer e falta com a orientação de como deve ser feito. Isso acarreta em modos operantes diferentes e sem nenhuma uniformidade, bem como não conseguem adotar medidas efetivas que visem o desenvolvimento sustentável.