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Os resultados de uma pesquisa que investigou os fatores que influenciam negativamente no desempenho de arremessos livres em basquetebol. Os autores analisaram cinco tentativas de arremesso de lance livre de um atleta, realizando marcações de centros articulares e medindo variáveis como ângulo de saída da bola, velocidade de saída da bola, ângulo de flexão do cotovelo e altura de saída da bola. Os resultados mostraram que arremessos com menor ângulo de saída da bola e menor velocidade de saída da bola foram mais prováveis de gerar erros. Além disso, a menor angulação interna dombro e cotovelo também foi identificada como um fator determinante para erros. Os autores compararam seus resultados com estudos anteriores e encontraram diferenças na média e variação de velocidade de saída da bola, ângulo de saída da bola e altura de saída da bola.
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Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Anais do 15º Encontro Científico Cultural Interinstitucional e 1º Encontro Internacional - 2017
CANCIAN, Queli Ghilardi.^1 BIONDO,Douglas.^2 DORST, Lissandro Moisés.^3
RESUMO A cinemática é a parte da mecânica que estuda os movimentos, sendo os conceitos da cinemática muito importantes para a correta compreensão de fenômenos físicos e pleno entendimento da forma de se construir o raciocínio necessário para a resolução de problemas (SILVA, 2017). O basquetebol é uma das modalidades esportivas mais praticadas no mundo, tendo seus movimentos executados complexos, precisos e ricos em detalhes. O arremesso de lance livre dentro do esporte, é a oportunidade dada ao jogador para marcar um ponto, devido a uma falta cometida durante ato de arremesso. Por tudo, isso o objetivo do presente estudo foi realizar uma análise cinemática do arremesso do lance livre no basquetebol. Os resultados encontrados através dos cálculos das médias dos arremessos de acertos e erros, apontaram que quanto o ângulo de saída da bola, a velocidade de saída da bola e o ângulo de flexão do cotovelo, sendo superior ao dos acertos foram fatores determinadas para que os arremessos A2 e A4 evoluíssem em erros.
PALAVRAS-CHAVE: cinemática, basquetebol, variáveis cinemáticas
A cinemática é a parte da mecânica que estuda os movimentos sem que haja preocupação com suas origens. Alguns conceitos de cinemática são muito importantes para a correta compreensão de fenômenos físicos e pleno entendimento da forma de se construir o raciocínio necessário para a resolução de problemas (SILVA, 2017).
O basquetebol é uma das modalidades esportivas mais praticadas no mundo, e a complexidade e o dinamismo da modalidade vêm atraindo cada vez mais seguidores que o praticam seja como lazer ou com o objetivo de competir (COUTINHO, 2003). Segundo Okazaki et al., (2006), o grande despertar de interesse dos praticantes é devido a ampla variedade de habilidades necessárias, dentre eles os aspectos físico/motor, técnico/tático, além da dinâmica que envolve o jogo.
Os movimentos executados dentro do basquetebol são complexos, precisos e ricos em detalhes, o qual se tem a proposta de se aproximar da cesta ou de ficar livre para executar um arremesso, de modo que os atletas mais altos e com braços longos tenham ligeira vantagem para arremesso livre, seja este de longa ou de média distância. De modo que a amplitude máxima somente é conseguida com uma intervenção e trabalhos específicos de flexibilidade (AMADIO, 2000).
(^1) Professora Licenciada em Educação Física pelo Centro Universitário FAG, Formanda em Bacharel do Curso de Educação Física, Centro Universitário FAG. E-mail: quelicancian@gmail.com (^2) Professor Licenciado em Educação Física pelo Centro Universitário FAG, formando em Bacharel do Curso de Educação Física, Centro Universitário FAG E-mail:Dudu_biondo@hotmail.com. (^3) Professor Orientador, Mestre docente do Centro Universitário FAG. E-mail: lissandro @fag.edu.br
Anais do 15º Encontro Científico Cultural Interinstitucional e 1º Encontro Internacional - 2017
Em um jogo de basquete são executados diversos fundamentos com o objetivo de marcar o maior número de pontos convertendo os arremessos na cesta adversária (MARTINI e SOUZA, 2010). No lance livre a bola perde contato com a mão quando ocorre extensão total do braço, juntamente com extensão da perna, mas sem a realização do salto (TITMUSS, 1991).
O arremesso de lance livre dentro do esporte, é a oportunidade dada ao jogador para marcar um ponto, devido a uma falta cometida durante ato de arremesso, ou após quinta falta coletiva dentro de um período, este lance será sem a presença marcação, apenas jogadores que disputam o rebote, de uma posição atrás da linha de lance livre dentro do semicírculo (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BASQUETEBOL, 2004).
O arremesso é descrito da seguinte maneira: empunhadura da bola com o braço formando um ângulo de 90º; elevação da bola com o cotovelo em direção à cesta; semi-flexão dos joelhos; extensão dos braços e pernas; finalização do movimento com flexão de punho para direcionamento da bola (FERREIRA e ROSE, 1987).
Por tudo isso, o objetivo do presente estudo foi realizar uma análise cinemática do arremesso de lance livre no basquete.
O presente estudo caracteriza-se como descritivo realizado de madeira transversal, A amostra foi composta por um atleta de basquete com 20 anos, 1,80 de altura, praticante a 4 anos
Inicialmente foi convidado, um atleta de basquetebol, que tivesse uma certa experiência adquirida ao longo de sua careira para que pudesse colaborar com o estudo fazendo cinco tentativas de arremesso de lance livre, após o aceite do convidado, o mesmo foi conduzido até o Centro Universitário Assis Gurgacz, no bloco da Educação Física, na quadra de basquetebol, aonde foram feitas algumas marcações de centros articulares no atleta, as quais serviram de parâmetros para o presente estudo.
O atleta foi preparado com roupas adequadas para a pratica esportiva, a tabela posiciona e a altura regulada. Para a aquisição das imagens foi utilizada uma câmera de marca Canon, com frequência de aquisição das imagens de 60 Hz. Para edição da imagem foi utilizado o programa Adobe Premiere Pró CS3 3.0. Para o processamento de dados foi utilizado de análise cinemático de vidiografia bidimensional Simi Twinner Pro.
Para a realização da análise cinemática bidimensional, primeiramente foi filmado o calibrador, que estava posicionado em cruz no ponto médio da onde o atleta estaria realizando os lances livres, em seguida foi solicitado que o atleta executasse cinco arremessos de lance livre, buscando executar os lances na sua melhor performance. A câmera ficou posicionada em um tripé de modo que filmasse por completo o arremesso, possibilitando fazer as medidas dos pontos articulares previamente marcados.
Anais do 15º Encontro Científico Cultural Interinstitucional e 1º Encontro Internacional - 2017
Quando observamos os arremessos A1, A3 e A5 referentes apenas ao arremessos que evoluíram em acertos podemos observar que todas as variáveis sofrem poucas variações o que justifica os acertos.
Ao analisar cada variável comparando um arremesso com o outro podemos verificar que a variável ângulo de saída da bola foi o que apresentou maior diferença entre si gerando um desvio padrão de 5,05, sendo o menor ângulo do arremesso A3 62,35º e o maior do arremesso A5 71,57º.
As variável que apresentou menor variação foi a de velocidade de saída da bola, tendo um desvio padrão de apenas 1,14 com uma média de 10,34m/s. demostrando que essa velocidade e adequada e contribui de forma positiva para que o arremesso evolua em acerto.
Tabela 02:Arremessos que evoluíram em erro
Variáveis A2 A4 Média Desvio Padrão Ângulo de saída da bola (°) 71,54 75,62 73,58 2, Velocidade de saída da bola (m/s) 13,12 16,62 14,87 2, Ângulo de flexão do cotovelo (°) 144,46 142,85 143,65 1, Ângulo interno ombro e cotovelo (°) 141,03 136,16 138,59 3, Altura saída da bola (cm) 218,17 218,21 218,19 0, Ângulo Máx. Flexão do joelho (°) 118,81 121,87 120,34 2,
Quando os foram analisados apenas os erros, as variáveis ficaram estáveis não demostrando o que poderia ter influenciado para que os arremessos evoluíssem em erro, pois todas as variáveis de A a F foram constantes e muito próximas.
Sendo que a maior variação foi registrada em relação ao ângulo interno ombro e cotovelo, tendo um desvio padrão de 3,44 e a menor variação foi observada na altura de saída da bola obtendo um desvio padrão de 0,03. Deste modo que apenas analisando os erros não pode se afirmar que essas variáveis influenciaram no insucesso dos arremessos.
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Tabela 03 Análise comparativa entre as médias dos erros e acertos
Variáveis Média (Acertos)
Desvio Padrão (Acertos)
Média (Erros)
Desvio Padrão (Erros) Ângulo de saída da bola (°) 68,16 5,05 73,58 2, Velocidade de saída da bola (m/s) 10,32 1,14 14,87 2, Ângulo de flexão do cotovelo (°) 157,01 2.11 143,65 1, Ângulo interno ombro e cotovelo (°) 143,43 1,40 138,59º 3, Altura saída da bola (cm) 223,04 1,54 218,19 0, Ângulo Máx. Flexão do joelho (°) 125,01 1,72 120,34 2,
Ao analisamos as variáveis uma a uma observamos que a variável de A) ângulo de saída da bola teve uma variação significativa entre os lances que evoluíram em acertos, entre a menos ângulo sendo 62,35º e o ângulo mais alto 71,57º, tendo um desvio padrão de 5,05, mas que não influenciaram no desempenho que gerou o acerto. Porém quando observamos os lances que evoluíram em erros temos que o ângulo de saída da bola em menor angulação foi de 71,54º e o maior 75,58º, sendo que o menor ângulo de saída que evoluiu em erro e muito próximo do maior ângulo de gerou acerto, sendo do referendo lance A5, então pode-se observar que quanto mais alto o ângulo de saída da bola maior a probabilidade do arremesso evoluir em erro.
Quanto a velocidade da saída da bola observando as médias notou se que os arremessos que geraram erros tiveram uma velocidade de 4,55m/s a mais do que os arremessos que evoluíram em acertos, demostrando que a velocidade superior à média de 10,32m/s juntamente com outros fatores contribuem para o insucesso dos arremessos.
Em relação ao ângulo de flexão do cotovelo, nota-se que o grupo de arremessos que resultou em erro teve uma angulação 13,36º menor do que o média do grupo de arremessos com acertos, possibilitando somar está variável como mais um fator que influenciou o erro nos arremessos A2 e A4.
Quanto a variável de ângulo interno de ombro e cotovelo, não se nota a presença de alteração angular de possa influenciar nos resultados dos arremessos.
A relação altura de saída da bola embora apresente uma média pequena tanto em desvio padrão quanto na média dos arremessos, pode em conjunto com os demais fatores ter influenciado na evolução dos erros, pois a altura dos arremessos com erros gerou uma média de 4,85 com mais baixa do que os arremessos com acertos influenciando diretamente do resultado final do lance.
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Valores menores de velocidade de saída foram apresentados por Miller e Bartlett (1996), que investigaram as velocidades de saída em diferentes distancias à cesta, sendo de 6,27 m/s para armadores, 6,28 m/s para alas e 6,41 m/s para pivôs, na distância do lance livre. Fazendo um comparativo entre os três autores este estudo aponta valores muito superiores em relação a velocidade de saída da bola, apresentado uma média de 10,32 m/s.
Em estudos realizados por Rodigues (2016) foram analisadas as variáveis cinemáticas a partir da trajetória da bola foram as variáveis de saída da bola da mão do arremessador, velocidade escalar, ângulo do vetor velocidade com a horizontal, e a altura de saída; a altura máxima alcançada pela bola durante a trajetória; e o ângulo de chegada da bola na cesta. Entre algumas de suas conclusões ele diz que as variáveis de saída da bola, apresentam um padrão particular para os arremessos convertidos nas condições de Lance Livre, onde o arremessador pode aumentar a probabilidade de sucesso do arremesso diante de valores específicos a serem atingidos durante a trajetória da bola.
Mullineaux e Uhl (2010), realizaram uma pesquisa comparando arremessos certos e errados, investigando as variáveis de saída da bola e amplitudes articulares do punho, cotovelo e ombro, durante o arremesso do lance livre. Aonde foram analisadas variáveis de saída da bola, amplitudes dos ângulos articulares de punho, cotovelo e ombro dos atletas. Chegando os autores a conclusão que a velocidade de saída da bola foi menor nos arremessos errados e a sinergia entre os ângulos de punho e cotovelo é um fator determinante para o sucesso nos arremessos da região do lance livre.
As comparações feitas com autores Rodrigues (2016), Mullineaux e Uhl (2010), Miller e Bartlett (1996), Knudson (1993),apontaram diferenças, bastante significativas nos estudo que pode se pelas condições em que os dados foram coletados, tendo influência de distância dos arremessos, altura da tabela e situação de confronto. Porém quando comparamos nossos resultados referentes a arremessos de lance livre com evolução de acertos com erros, pudemos apontar para esse atleta analisado quais foram as variáveis que influenciar quanto ao seu desempenho.
As diferenças apresentadas pelo atual estudo em relação aos demais estudos referenciados e justificado pela altura dos jogadores, de modo que o atleta que participou do atual estudo apresenta uma média de 20cm mais baixos que os jogadores dos demais estudos, o justifica a diferença de maior altura, ângulo e velocidade da saída da bola como forma de compensação para atingir o aro.
Sendo a cinemática uma ferramenta eficaz na análise dos movimentos mecânicos, quando a mesma utilizada na análise de movimentos esportivos se cria a possibilidade de verificar cada habilidade dentro de suas fases e de seus elementos chaves, de modo que se possa isolar cada movimento, e deste modo investigar ponto a ponto o que gera erro na execução da habilidade.
Anais do 15º Encontro Científico Cultural Interinstitucional e 1º Encontro Internacional - 2017
O presente estudo fez uma análise dos movimentos do lance livre no basquetebol, afim de identificar nas variáveis analisadas elementos que que pudessem favorecer a performance e o desempenho do atleta na execução do lance livre. Os resultados apontaram que isoladamente os erros gerados não apresentariam grande nível de importância na execução da habilidade, mas quando ocorreu uma sequência de erros agrupadas no mesmo movimento, embora muito pequenos, foram decisivos para que o lance evoluísse em erro
Constata-se ainda que a altura dos atletas pode influenciar diretamente variação da algumas variais tais como altura, ângulo e velocidade de saída da bola.
Os resultados encontrados através dos cálculos das medias dos arremessos de acertos e erros, apontaram que quanto o ângulo de saída da bola, a velocidade de saída da bola e o ângulo de flexão do cotovelo sendo superior ao dos acertos foram fatores determinadas para que os arremessos A2 e A4 evoluíssem em erros.
Deste modo concluímos que a análise cinemática pode contribuir de forma positiva para o treinamento do esporte, aonde possibilita ao treinador identificar fatores que possam estar influenciando de forma negativa o desempenho do seu atleta, tendo assim a possibilidade real de correção, que apenas ao analisar o lance em tempo real não seria possível identificar falhas tão pequenas, mas que com a correção adequada, identificadas a partir da cinemática pode melhorar a performance do atleta.
AMADIO, A. C. Metodologia biomecânica para o estudo das forças internas ao aparelho locomotor: importância e aplicações no movimento humano. In: AMADIO, A. C.; BARBANTI, V. J. (Org.). A biodinâmica do movimento humano e suas relações interdisciplinares. São Paulo: Estação Liberdade, 2000. p. 45-70.
COUTINHO, N. F. Basquetebol na escola: da iniciação ao treinamento. Rio de Janeiro: Sprint,
FERREIRA, A E X; DANTE, R J. Basquetebol: técnicas e táticas: uma abordagem didática- pedagógica. São Paulo: EPU, 1987
Knudson D. Biomechanics of the basketball jump shot: six key points. Journal of Physical Education,vRecreation, and Dance, v. 64, p. 67-73, 1993.
Miller, S. A.; Bartlett, R. M. The Relationship Between Basketball Shooting
Kinematics, Distance and Playing Position. Journal of Sports Sciences, 1996.