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Um estudo que determina as características cinemáticas da marcha de crianças com paralisia cerebral espástica em comparação com crianças com desenvolvimento típico, analisando a influência do plano inclinado na execução da marcha. O estudo compara os parâmetros cinemáticos da marcha, como a obliquidade pélvica, cadência, tamanho do passo e rotação do quadril, em crianças com paralisia cerebral espástica e crianças com desenvolvimento típico.
Tipologia: Slides
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Orientadora: Profª. Drª. Vera Lúcia Israel Co-orientador: Prof. Dr. André Luiz Félix Rodacki
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"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. (Antoine de Saint-Exupéry)
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Aos meus pais amados que sempre me deram amor e apoio para alcançar meus objetivos e meus sonhos... Paizão grande incentivador da vida, exemplo de força... mãe amada e carinhosa (continuaremos lutando por você mãe)...
Ao clubinho feliz (Anna, Sibele, Clynton, Talita, Elis Valevein, Bibi, Arlete, Marcos, Vera, Dani Gallon e Luciana) que muito me ensinaram, apoiaram, ampararam e incentivaram em meio de comilanças (omeletes de galinhas “felizes”) e pés na água para energizar! À Carla, Paula, Cristiane Maciel, Melissa, Gabriela e Débora pela amizade e companheirismo nos momentos mais difíceis. Ao Diego, pelo sorriso!
Aos que me auxiliaram muito nas coletas desde antes dos pilotos como a Suellen Góes, nos pilotos como o Fabio e aqueles que aguentaram comigo quedas de poste, falta de luz, madrugadas acordadas, emoções e dificuldades, risos e lágrimas... Dagliane, Manoela (e também o Tuiu), Ana Caru, Gisele (“filhote”), Felipe, Bianca Kirchner, Izabela, Carlos, Mário Sérgio e especialmente a Elis Bichman... parceira, vizinha de quarto, confidente, amiga, “filha”... na alegria e na tristeza... para muito além de todas as coletas!
“A amizade é um amor que nunca morre ”. Mário Quintana
Ao Ricardo Martins de Souza pelo sempre pronto apoio, orientação, ensinamento e resolução de problemas... sempre com paciência e boa vontade! A todos do CECOM que muito me ensinaram e acolheram...
Às crianças que tão especialmente fizeram parte desta pesquisa e que me proporcionaram momentos inesquecíveis... também aos seus pais e responsáveis, por auxiliarem e confiarem.
Às fisioterapeutas Joseana e Vivian... à Casa Amarela e ao CENEP, especialmente por todo o apoio e incentivo da Marise Zonta.
"A maioria das pessoas não cogitam superar seus próprios limites”. Everton Santos
Às Secretarias de Educação do Município e do Estado pelo apoio e a toda sua equipe um grande obrigada.
À Ana Tereza que me auxiliou não somente com a resolução difícil da estatística, mas que me motivou e esteve sempre presente no andamento deste trabalho, uma amiga.
A toda equipe do programa de pós-graduação em Educação Física da UFPR e ao Daniel pela ajuda com as questões burocráticas...
Ao financiamento concedido pela bolsa mestrado pela REUNI-UFPR.
Às professoras Elisângela Manffra e Cláudia Santos e ao professor Clynton Lourenço
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FIGURA 1 - Fases do ciclo de marcha....................................................................... FIGURA 2- Ângulos de movimento (média±desvio padrão) na marcha típica no plano horizontal................................................................................................................... FIGURA 3 - Vias sensoriomotoras normais e em caso de Leucomolácia Periventricular ........................................................................................................... FIGURA 4- Padrões comuns na marcha na diparesia espástica. ............................. FIGURA 5- Delineamento do estudo......................................................................... FIGURA 6- Participante da pesquisa com os marcadores reflexivos ........................ FIGURA 7- Convenções angulares adotadas ........................................................... FIGURA 8- Rampa utilizada na avaliação (CECOM, DEF, UFPR)........................... FIGURA 9- Teste de Thomas Modificado .................................................................. FIGURA 10- Teste de Duncan-Ely............................................................................. FIGURA 11- Teste de Elevação da Perna Reta......................................................... FIGURA 12- Modelo de gráfico utilizado no estudo .................................................. FIGURA 13- Comprimento e Largura da passada .................................................... FIGURA 14- Ângulos de movimento de flexão e extensão do quadril durante um ciclo de marcha para os grupos controle e diparesia em plano horizontal, subida e descida. ..................................................................................................................... FIGURA 15- Ângulos de movimento de rotação interna e externa e abdução e adução do quadril durante um ciclo de marcha para os grupos controle e diparesia em plano horizontal, subida e descida. ..................................................................... FIGURA 16- Ângulos de movimento de flexão e extensão do joelho durante um ciclo de marcha para os grupos controle e diparesia em plano horizontal, subida e descida. ..................................................................................................................... FIGURA 17- Ângulos de movimento de flexão e extensão do tornozelo durante um ciclo de marcha para os grupos controle e diparesia em plano horizontal, subida e descida. ..................................................................................................................... FIGURA 18- Ângulos de movimento de inclinação e obliquidade pélvica durante um ciclo de marcha para os grupos controle e diparesia em plano horizontal, subida e descida. ..................................................................................................................... FIGURA 19- Ângulos de movimento de rotação pélvica durante um ciclo de marcha para os grupos controle e diparesia em plano horizontal, subida e descida. ............ FIGURA 20- Ângulos de movimento de inclinação ântero-posterior do tronco durante um ciclo de marcha para os grupos controle e diparesia em plano horizontal, subida e descida................................................................................................................... FIGURA 21- Modelo de Helen Heyes Modificado ................................................... FIGURA 22- Medidas antropométricas ...................................................................
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GRÁFICO 1 - Valores da largura do passo (média±desvio padrão) e teste ANOVA para os grupos controle e diparesia nas 3 condições de plano (horizontal, subida e descida).....................................................................................................................
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TABELA 1- Características gerais dos grupos (média±desvio padrão). .................. TABELA 2- Avaliação da reprodutibilidade dos testes (média±desvio padrão) - amplitude de movimento (diferença entre valor final e inicial). ................................ TABELA 3- Comparação da amplitude de movimento (média±desvio padrão) entre os grupos com diparesia e controle (diferença entre valor finale inicial)......................................................................................................................... 1
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O presente estudo visou caracterizar as variáveis cinemáticas da marcha de crianças com diparesia espástica em plano horizontal e em plano inclinado nas fases de subida e descida. Além disso objetivou-se comparar os dados da marcha de crianças com diparesia espástica com crianças com desenvolvimento típico. Participaram do estudo 20 crianças (10 crianças com diparesia espástica e 10 crianças com desenvolvimento típico), as quais foram avaliadas em condições experimentais (plano e inclinado nas fases de subida e descida) por meio de um sistema optoelétrico de imagens que permitiu a reconstrução tridimensional do movimento. Testes de encurtamento músculo-tendíneo (Thomas Modificado, elevação da perna reta e Duncan-Ely) foram empregados para caracterizar o estado de encurtamento muscular dos participantes. Dentre as variáveis cinemáticas lineares, apenas a largura do passo diferiu entre grupos, todavia, sem influência do plano. A altura do pé foi diferiu entre os grupos apenas na fase de descida, onde as crianças diparéticas tiveram maior dificuldade em elevar o pé. As variáveis cinemáticas angulares permitiram identificar diferenças entre os grupos, o que revelou a influência da inclinação do plano. O padrão flexor (de quadril e joelho) evidenciado pelos testes de encurtamento músculo-tendíneo é confirmado pela análise cinemática para o movimento de flexão e extensão do quadril nos três planos. A influência do plano horizontal, subida e descida evidenciada ocorreu para ambos os grupos, porém com uma significativa máxima flexão de quadril maior para as crianças com diparesia na subida e menor extensão na descida. Para a flexão e a extensão do joelho durante a subida foi observada maior dificuldade de extensão dessa articulação para as crianças com diparesia quando comparadas ao grupo controle. Embora seja evidenciado um padrão flexor de quadril e joelhos para as crianças com diparesia em inclinações de 7º a atividade funcional da marcha independente pode ser mantida, ou seja, apesar das limitações as crianças conseguem adotar estratégias e realizar a função da marcha numa condição que pode ser então considerada como acessível.
Palavras-chave: paralisia cerebral; diparesia espástica; marcha; plano inclinado.
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A marcha representa um evento com grande versatilidade funcional,
permitindo que o sujeito acomode os membros inferiores às demandas ambientais
como degraus, mudanças de superfície e obstáculos no caminho da progressão
(PERRY, 2005b). A marcha tem sido relacionada à independência (ZAJAC;
NEPTUNE; KAUTZ, 2002) que favorece o desenvolvimento cognitivo, perceptual e
socioemocional (KERMOAIN et al, 2006).
Ao considerar a funcionalidade da marcha é um evento amplamente
estudado em diferentes situações e condições de patologia e/ou limitações
(ARAÚJO, 2007). Por ser uma das condições mais limitantes (BECKUNG et al.,
(CEMIN; PERALLES, 2009; BRASIL, 2008; MANCINI et al., 2002) a paralisia
cerebral é definida como uma encefalopatia crônica não-progressiva da infância
(ECNPI) que ocasiona prejuízos motores e/ou distúrbios sensitivos, cognitivos,
perceptuais e epilepsia com implicações funcionais importantes (BAX et al., 2005) e
nas crianças com diparesia a marcha é a habilidade de maior expectativa dos pais e
pacientes (EEK; BECKUNG, 2008).
Embora a lesão seja não-progressiva, na ECNPI os sinais clínicos se
modificam, os sintomas aparecem à medida que o Sistema Nervoso Central (SNC)
amadurece (BADELL-RIBERA, 1985) e a funcionalidade altera-se em função da
idade e do crescimento (BELL et al., 2002).
A diparesia espástica é o principal tipo de ECNPI nos recém-nascidos pré-
termos (YOKOCHI, 2001; TANG-WAI; WEBSTER; SHEVELL, 2006) e seus índices
elevam em decorrência do aumento do número de sobreviventes prematuros
(BRASIL, 2008). Estudos mais recentes estimam uma prevalência de 18%
(SHEVELL; MAJNEMER; MORIN, 2003) a 21% de casos de diparesia espástica
entre os tipos de ECNPI (SHEVELL; DAGENAIS; HALL, 2009). A lesão encefálica
nos prematuros está relacionada à leucomalácia periventricular (LPV)
(ARGYROPOULOU, 2010; YOKOCHI, 2001) e devido à posição medial das fibras
nervosas motoras descendentes do córtex as crianças apresentam
comprometimento no aparelho locomotor (TANG-WAI; WEBSTER; SHEVELL, 2006).
Embora a maioria dessas crianças adquira a marcha de forma independente
Isso porque numa perspectiva contextual embora a diparesia espástica possa
resultar em alterações no sistema musculoesquelético já conhecidas, as
manifestações biomecânicas e funcionais dessa condição em situações de maior
dificuldade devem ser avaliadas uma vez que o desempenho funcional é influenciado
não só pelas propriedades intrínsecas da criança, mas também pelas exigências
específicas da tarefa e pelas características do ambiente no qual a criança interage
(MANCINI et al., 2004)
Dessa maneira, considerando que crianças com ECNPI do tipo diparesia
espástica apresentam dificuldades na marcha (restrição do indivíduo); rampas são
utilizadas como alternativas para promover acessibilidade, o que pode representar
uma dificuldade durante a marcha (restrição da tarefa) e como não são conhecidos
estudos que descrevam as características cinemáticas dessas crianças em plano
inclinado a análise dessas variáveis torna-se importante tanto para os profissionais
envolvidos no processo de reabilitação, como para essas crianças e seus familiares
considerando suas expectativas e anseios.
O objetivo geral do presente estudo é determinar as características
cinemáticas da marcha de crianças com encefalopatia crônica não progressiva da
infância do tipo diparesia espástica em comparação com as características da
marcha de crianças com desenvolvimento típico em plano inclinado e horizontal.
angulares de tronco, quadril, joelho e tornozelo na marcha intra grupos (com
diparesia e com desenvolvimento típico) em plano inclinado e horizontal.
e com desenvolvimento típico durante marcha no plano inclinado e horizontal.
H 1. Os parâmetros cinemáticos da marcha sofrerão influência do plano inclinado em
comparação ao plano horizontal em crianças com diparesia e com desenvolvimento
típico.
H2- Os parâmetros cinemáticos da marcha serão mais influenciados nas crianças
com diparesia espástica do que em crianças com desenvolvimento típico,
independentemente da inclinação do plano (horizontal e inclinado).
H 3 - Os parâmetros cinemáticos da marcha serão mais influenciados na descida do
que na subida e no plano horizontal para ambos os grupos (diparesia e
desenvolvimento típico).