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Analgésicos e antitérmicos - AINES, Resumos de Farmacologia

esse resumo aborda sobre os AINEs e seus principais medicamentos, exemplificando os analgésicos e os antitérmicos.

Tipologia: Resumos

2022

À venda por 22/07/2023

beatriz-valentim-6
beatriz-valentim-6 🇧🇷

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Beatriz Valentim
1
FARMACOLOGIA
Analgésicos e Antitérmicos !
Os AINEs tem 3 funções: anti-inflamatória,
analgésica e antitérmica (dipirona, paracetamol,
ibuprofeno, AAS…) devem inibir a PGE2.!
Ex: Dipirona e Paracetamol apresentam baixíssima
ação inflamatória, porém são considerados AINEs.!
-Granulocitose* (dipirona) -> proibido em alguns
países.!
-Paracetamol é um fármaco hepatotóxico. Esse
fármaco é metabolizado e seus metabólitos são
tóxicos.!
-AAS não deve ser utilizado na Síndrome de
REYE. Crianças e jovens não podem usar AAS
se estiver com infecção viral, pois pode
promover a Síndrome de REYE, levando a
morte por doença hepática.!
A dor promove o aumento das citocinas que leva a
maior produção da COX-2 (responsável pela
produção dos prostanoides (PGE2 e PGI2) que vai
diminuir o limiar para a estimulação de
nociceptores -> sensibilização periférica.!
A febre leva a formação de citocina.!
O ácido araquidônico é substrato dos
prostanoides.!
A COX-2 precisa de um estímulo para ser liberada.!
A COX-1 é constitutiva, sempre está sendo
produzida, pois ela tem função de proteção
gástrica.!
Os analgésicos não opioides e antitérmicos inibem
as Cox e a produção de PGs.!
Todos esses fármacos se ligam de forma reversível
com as Cox, exceto o AAS que forma uma ligação
covalente, impedindo então o desligamento. A
duração do seu efeito depende da taxa de
rotatividade das COXs. !
Como é feita a seleção de analgésicos?!
Identifica se a dor é do tipo aguda ou crônica, se é
leve, moderada ou intensa.!
Na dor leve só pode ser usado não opioide !
Na moderada associa não opioide (apresenta
efeito teto: apresentam um efeito máximo +
opioide).!
Na intensa tem que ser usado opioide forte. !
1. Paracetamol ou Acetominofeno (Tylenol): é um
anti-inflamatório fraco, porque na região das
inflamações existe uma alta concentração de
peróxidos que reduzem a capacidade do
paracetamol inibir as Cox. Pode usar junto
com o AAS para efeito cardioprotetor. !
Alternativa à paciente alérgico a AAS, hemofílicos,
com história de úlcera péptica ou crianças com
doença febril. !
Farmacocinética: !
-A absorção está relacionada à taxa de
esvaziamento gástrico. !
-O metabólito hepatotóxico é a N-acetil-p-
benzoquinona.!
-O álcool acelera a concentração desse
metabólico.!
-Ingestão de 15g pode ser fatal causando
morte ; Hepatotoxicidade grave, pois o máximo
é 4g.!
-Paciente com história de alcoolismo a dose !
-No caso de overdose: carvão ativado e para a
desintoxicação do metabólito ativo usa-se a N-
acetilcisteína (NAC).!
2. AAS: é mais seletivo para Cox-1 inibindo a
agregação plaquetária em doses baixas e
moderadas. Em doses altas inverte a seletividade
para a Cox-2. É contra-indicado para paciente
com hemofilia, não associar com anticoagulantes,
síndrome de Reye, se o paciente tiver distúrbio
renal não pode usar AAS. !
Doses: mais baixas: finalidade cardioprotetora -
inibe mais seletivamente a cox-1, aumento do pgi2!
Aumenta a dose atua tanto cox-1 quanto cox-2,
com os três efeitos mais atenuantes.!
3. Dipirona ou Metamizol: antipirético e analgésico.
É um pró-fármaco, na parede intestinal ocorre
hidrólise e liberação de 4-MAA. Contra-indicação:
agranulocitose, pancitopenia, se o paciente faz
tratamento citostáticos é contra-indicado. !
G6PD promove a proteção dos eritrócitos contra
agentes antixoxidantes. Pacientes que tem
deficiência dessa enzima não podem ingerir
dipirona. !
Interações medicamentosas: Metotrexato: pode
aumentar a toxicidade do metotrexato
particularmente em idosos. Ele já é citostático.!
Ciclosporina: pode reduzir os níveis plasmáticos
da ciclosporina. Ela é um imunossupressor -
precisa diminuir a atividade do sistema imune,
com dipirona diminui então os níveis plasmáticos
da ciclosporina. !
4. Ibuprofeno: é um AINE de primeira escolha,
devido a eficácia e a segurança. Tem os três
efeitos. Com menores riscos GI. É muito usado
para problemas artríticos, sendo antiartrítico,
devido ao lento equilíbrio com o espaço sinovial. O
Cox-2 -> PGE2 e PGI2!
Cox-1 -> TXA2!
PGI2 inibe a agregação
plaquetária !
TXA2 ativa as plaquetas
pf2

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Beatriz Valentim 1

FARMACOLOGIA

Analgésicos e Antitérmicos

Os AINEs tem 3 funções: anti-inflamatória, analgésica e antitérmica (dipirona, paracetamol, ibuprofeno, AAS…) devem inibir a PGE2. Ex: Dipirona e Paracetamol apresentam baixíssima ação inflamatória, porém são considerados AINEs.

- Granulocitose* (dipirona) -> proibido em alguns

países.

- Paracetamol é um fármaco hepatotóxico. Esse

fármaco é metabolizado e seus metabólitos são tóxicos.

- AAS não deve ser utilizado na Síndrome de

REYE. Crianças e jovens não podem usar AAS se estiver com infecção viral, pois pode promover a Síndrome de REYE, levando a morte por doença hepática. A dor promove o aumento das citocinas que leva a maior produção da COX-2 (responsável pela produção dos prostanoides (PGE2 e PGI2) que vai diminuir o limiar para a estimulação de nociceptores -> sensibilização periférica. A febre leva a formação de citocina. O á c i d o a r a q u i d ô n i c o é s u b s t r a t o d o s prostanoides. A COX-2 precisa de um estímulo para ser liberada. A COX-1 é constitutiva, sempre está sendo produzida, pois ela tem função de proteção gástrica. Os analgésicos não opioides e antitérmicos inibem as Cox e a produção de PGs. Todos esses fármacos se ligam de forma reversível com as Cox, exceto o AAS que forma uma ligação covalente, impedindo então o desligamento. A duração do seu efeito depende da taxa de rotatividade das COXs. Como é feita a seleção de analgésicos? Identifica se a dor é do tipo aguda ou crônica, se é leve, moderada ou intensa. Na dor leve só pode ser usado não opioide Na moderada associa não opioide (apresenta efeito teto: já apresentam um efeito máximo + opioide). Na intensa tem que ser usado opioide forte.

  1. Paracetamol ou Acetominofeno (Tylenol): é um anti-inflamatório fraco, porque na região das inflamações existe uma alta concentração de peróxidos que reduzem a capacidade do paracetamol inibir as Cox. Pode usar junto com o AAS para efeito cardioprotetor. Alternativa à paciente alérgico a AAS, hemofílicos, com história de úlcera péptica ou crianças com doença febril. Farmacocinética:

- A absorção está relacionada à taxa de

esvaziamento gástrico.

- O metabólito hepatotóxico é a N-acetil-p-

benzoquinona.

- O álcool acelera a concentração desse

metabólico.

- Ingestão de 15g pode ser fatal causando

morte ; Hepatotoxicidade grave, pois o máximo é 4g.

- Paciente com história de alcoolismo a dose

- No caso de overdose: carvão ativado e para a

desintoxicação do metabólito ativo usa-se a N- acetilcisteína (NAC).

  1. AAS: é mais seletivo para Cox-1 inibindo a agregação plaquetária em doses baixas e moderadas. Em doses altas inverte a seletividade para a Cox-2. É contra-indicado para paciente com hemofilia, não associar com anticoagulantes, síndrome de Reye, se o paciente tiver distúrbio renal não pode usar AAS. Doses: mais baixas: finalidade cardioprotetora - inibe mais seletivamente a cox-1, aumento do pgi Aumenta a dose atua tanto cox-1 quanto cox-2, com os três efeitos mais atenuantes.
  2. Dipirona ou Metamizol: antipirético e analgésico. É um pró-fármaco, na parede intestinal ocorre hidrólise e liberação de 4-MAA. Contra-indicação: agranulocitose, pancitopenia, se o paciente faz tratamento citostáticos é contra-indicado. G6PD promove a proteção dos eritrócitos contra agentes antixoxidantes. Pacientes que tem deficiência dessa enzima não podem ingerir dipirona. Interações medicamentosas: Metotrexato: pode a u m e n t a r a t o x i c i d a d e d o m e t o t r e x a t o particularmente em idosos. Ele já é citostático. Ciclosporina: pode reduzir os níveis plasmáticos da ciclosporina. Ela é um imunossupressor - precisa diminuir a atividade do sistema imune, com dipirona diminui então os níveis plasmáticos da ciclosporina.
  3. Ibuprofeno: é um AINE de primeira escolha, devido a eficácia e a segurança. Tem os três efeitos. Com menores riscos GI. É muito usado para problemas artríticos, sendo antiartrítico, devido ao lento equilíbrio com o espaço sinovial. O Cox-2 -> PGE2 e PGI Cox-1 -> TXA PGI2 inibe a agregação plaquetária TXA2 ativa as plaquetas

Beatriz Valentim 2 ibuprofeno antagoniza a inibição plaquetária irreversível induzida pelo AAS; em pacientes com risco cardiovascular pode limitar os efeitos cardioprotetores do AAS.

  1. Cetorolaco é o fármaco mais seletivo para cox- -> levando a problemas gástricos e renais graves. Anti-inflamatório moderado, antitérmico e potente analgésico. Pode ser substituto da morfina, até 5 dias de uso.