Amamentação:o direito à vida que brota dos seios
Autor: Yasmin Luz Lemes
Amamentar é preciso, mas não é reconhecido no universo de trabalho após os 6
meses previstos por lei. O aleitamento materno proporciona vínculo, proteção e
nutrição, além de diminuir as chances de uma criança precisar de medicamentos,
hospitais, etc. Mas quem vai ver isso? Cuidar da saúde das crianças (sociedade do
futuro) é trabalho das mães. As mulheres que amamentam necessitam desse
reconhecimento, pois amamentar não é um trabalho fácil, afinal vivemos em um
mundo onde nós, mulheres, fomos deixando de conviver e nos afastando da
naturalidade com que se vê a amamentação. As dificuldades não são poucas, e não
é raro mães desistirem da amamentação por falta de apoio e informação,
perseverança e confiança são essenciais nesse momento, além do apoio da família
e trabalho. Nós mulheres e toda a sociedade devemos defender o apoio no local de
trabalho em questões como instalações de amamentação, intervalos para
amamentação remunerada e acordos de trabalho flexíveis para se apoiar essa
causa. Os empregadores devem fornecer locais de trabalho de apoio e arranjos de
trabalho flexíveis para todos os trabalhadores. Só com a participação de todos,
teremos possibilidade de favorecer a amamentação e criar um povo saudável,
cidadão, com trabalho digno, equiparação salarial e condições de trabalho entre
gêneros, permitindo uma equidade na dinâmica familiar que permita que mães e
pais tenham, de fato, a mesma participação no mercado de trabalho e nos cuidados
familiares.
