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Guias e Dicas
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Amadeus Live: A Produção Espectacular de Miloš Forman no Grande Auditório Gulbenkian, Notas de aula de Música

Amadeus live é uma produção musical espetacular apresentada no grande auditório gulbenkian, com a participação de coro e orquestra gulbenkian, dirigidos por ludwig wicki. O evento apresenta a música de wolfgang amadeus mozart, com interpretações ao vivo da obra amadeus, dirigida por miloš forman. O documento conta a história da produção, que teve início em 1983, quando forman regressou à checoslováquia após anos de exílio nos estados unidos. A produção foi um sucesso internacional, ganhando oito óscares, incluindo melhor filme e melhor realizador. Forman descobriu a peça de peter shaffer em londres e transformou-a em cinema, aproximando mozart da contemporaneidade e tornando-o menos distante para o público. Ludwig wicki, natural de lucerna, suíça, é o diretor musical da produção, sendo também professor de música de câmara e direção nas universidades de lucerna e berna.

O que você vai aprender

  • Qual é a história da produção Amadeus Live?
  • Quem dirige a produção musical Amadeus Live?
  • Por que Miloš Forman escolheu filmar Amadeus na Checoslováquia?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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13, 14 e 16 dez 2018
Amadeus
Live
Coro e Orquestra
Gulbenkian
amadeus l ive © avex clas sics internat ional
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Baixe Amadeus Live: A Produção Espectacular de Miloš Forman no Grande Auditório Gulbenkian e outras Notas de aula em PDF para Música, somente na Docsity!

13, 14 e 16 dez 2018

Amadeus

Live

Coro e Orquestra

Gulbenkian

amadeus live © avex classics international

Duração total prevista: 2h 57 min.

1.ª parte: 1h 43 min Intervalo de 20 min. 2.ª parte: 54 min.

Amadeus Live é uma produção Avex Classics International

Amadeus Live

13 DEZEMBRO
QUINTA

20:00 — Grande Auditório

14 DEZEMBRO SEXTA 20:00 — Grande Auditório

16 DEZEMBRO DOMINGO 17:00 — Grande Auditório

Coro Gulbenkian

Orquestra Gulbenkian

Ludwig Wicki Maestro

Nuno Lopes Piano

Jorge Matta Maestro do Coro Gulbenkian

Katy Cavanagh Supervisora de Produção

Hakim Boutkabout Vídeo

Jerry Eade Som

Projeção do filme Amadeus (1984), de Miloš Forman com interpretação ao vivo da música de Wolfgang Amadeus Mozart

Em 1983, Henry Kamm relatava no The New York Times o regresso auspicioso do cineasta Miloš Forman a Praga e à então Checoslováquia. Forman fora um dos nomes incluídos numa purga dirigida contra artistas e intelectuais que ameaçavam, pela sua atividade, o regime comunista de então – o seu filme The Firemen’s Ball (1967) foi mesmo proibido. Afastado dos míticos estúdios Barrandov, em 1971, após o regresso de uma temporada nos Estados Unidos para rodar Taking Off , a eles voltaria para filmar Amadeus, a obra que passava para o celuloide a vida de Wolfgang Amadeus Mozart e a relação conturbada deste com o seu rival Antonio Salieri. A ocasião tornar-se-ia especialmente emocional para o realizador, uma vez que, depois de ter adquirido nacionalidade norte- americana em 1977, a entrada no seu país natal lhe tinha sido recusada um par de vezes. Por essa altura, Miloš Forman já não era apenas o talentoso realizador local que obtinha algum reconhecimento internacional no circuito dos festivais. Tendo-se mudado para os Estados Unidos em definitivo em 1971, a sua carreira descolou em absoluto com a assinatura de filmes como Ragtime ou Hair , mas sobretudo graças ao clássico Voando Sobre um Ninho de Cucos – obra que lhe valeu os Óscares de Melhor Filme e de Melhor Realizador em 1975. O seu regresso temporário à Checoslováquia seria então ditado sobretudo pelo fácil acesso a cenários reais de enorme sumptuosidade e pelos custos de produção bastante mais baixos do que em Viena ou Budapeste e, em última instância, pelas necessidades financeiras agudas da economia checoslovaca. Como bónus, Forman teria a possibilidade de filmar no Teatro Nacional de Praga, a sala onde o próprio Mozart dirigiu a estreia da ópera Don Giovanni em 1787.

Forman descobriu a peça de Peter Shaffer, em que baseou o seu filme, em Londres, em

  1. Mal o primeiro ato tinha terminado e já o realizador sabia que queria transformar aquele texto em cinema. Assim o fez, pedindo ao dramaturgo britânico que refizesse a sua narrativa a fim de servir a linguagem do grande ecrã e dotar Mozart, o grande protagonista, de uma maior densidade dramática. O resultado foi tão extraordinário que, para além da atribuição de oito Óscares, a popularidade do compositor austríaco atingiu níveis inéditos para uma figura da música clássica. Em parte porque Forman optou por aproximar Mozart ao séc. XX, tornando-o menos distante do que as roupas e os penteados de época imediatamente impunham; e depois porque dotou o compositor com ouma excentricidade que estava em linha com aquela que se conhecia de músicos como os Rolling Stones ou Elton John. Ou seja, fazendo um filme de época, mas ligando-o à contemporaneidade, olhando para Mozart como olharia para uma estrela de rock. Por mais que as opções de Forman na caracterização de Mozart possam ser questionadas, a verdade é que Amadeus dessacralizou o autor. A um ponto tal que o génio é mais admirável ainda, por habitar num corpo, afinal, tão humano.

Amadeus

de Miloš Forman

amadeus live © avex classics international