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Um guia abrangente sobre a construção de alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, abordando desde a preparação e marcação até a elevação das paredes. Inclui informações detalhadas sobre os materiais, técnicas de assentamento, verificações e tolerâncias, além de dicas para garantir a qualidade e segurança da obra.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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N
01
ALVENARIA
DE VEDAÇÃO EM
BLOCOS CERÂMICOS
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos HABITARE – Programa de Tecnologia de Habitação
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A. EPUSP – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Ercio Thomaz Cláudio Vicente Mitidieri Filho Fabiana da Rocha Cleto Francisco Ferreira Cardoso
Agradecemos a participação dos diversos representantes do setor da construção civil, relaciona- dos abaixo, na discussão e elaboração deste Código de Práticas piloto para alvenaria de vedação em blocos cerâmicos:
ACERTAR – Associação das Cerâmicas de Tatuí e Região (Vanderlei Lopes, Francisco G. Malavasi);
ACERVIR – Associação das Cerâmicas Vermelhas de Itu e Região (Cristhian Ysemburg);
ANICER – Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Carlos André F. Lanna; Luis Carlos Barbosa Lima);
ARCO – Assessoria em Racionalização Construtiva (Luis Sérgio Franco, Cynthia Kamei);
AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (José Edgar Pompeo);
CAIXA – Caixa Econômica Federal (Luiz Guilherme de Mattos Zigmantas, Marcel Minami Borges, Orlando Silva Filho);
CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (Fabio Aquino Leme);
LÓGICA Engenharia (Richard Dantas Batista);
PAULA VIANNA Consultoria em Projetos S/C Ltda. (Paula Pinheiro de Toledo Vianna);
PETRA Arquitetura e Racionalização Construtiva LTDA (Monserrat Dueñas Pena);
SECOVI-SP – Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de SP (Ricardo Bunemer);
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial na Construção Civil (Marcelo Duarte da Silva);
Sindicercon – Sindicato da Indústria da Cerâmica para Construção do Estado de SP (Antônio Carlos Gomes Pereira, Walter Gimenez Félix);
Sinduscon-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de SP (Erika Urbanjos);
TECNOLOGYS (Valério Paz Dornelles, Érico Rodrigo Cassiano, Luciana Sciani);
UEL - Universidade Estadual de Londrina (Fernanda Saffaro).
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (Janaide Cavalcante Rocha);
Códigos de Práticas são documentos técnicos de referência nacional, porém não normativos, consensualizados entre os principais agentes envolvidos na cadeia produtiva, contribuindo para a consolidação e disseminação do conhecimento relativo a elementos e sistemas construtivos consagrados na construção civil. Os Códigos de Práticas caracterizam-se por recomendar as boas práticas para o processo de produção de edifícios, abrangendo aspectos técnicos desde projeto, execução, controle até uso e manutenção, bem como aspectos contratuais, de garantias e respon- sabilidades. A unifi cação dos procedimentos num único documento, considerando todas as etapas do pro- cesso projetual e de produção de um edifício, representa ganho considerável para todos os agen- tes envolvidos, contribuindo para a maior competitividade do setor e para a obtenção de produtos de melhor desempenho. Tal fato é comprovado pela experiência de vários paises, como Austrália, Canadá, França, Estados Unidos, Portugal e Reino Unido, que desenvolveram já há algum tempo os seus respectivos Códigos de Práticas (Building Codes), Códigos Técnicos, Documentos Técnicos Unifi cados (Documents Techniques Unifi és) ou Fichas de Construção. Esse documento está inserido no âmbito do Programa HABITARE, com fi nanciamento da Finep, cuja pesquisa resultou uma proposta de funcionamento institucional e operacional do que pode vir a ser o Sistema Nacional de Códigos de Práticas - SiNCOP, além de um modelo geral de documento, que serve de base para diversos outros elementos da construção, desde os sistemas estruturais até os materiais de acabamento. O presente código de práticas foi elaborado pelo IPT e pela EPUSP, e consensualizado junto à parcela considerável da cadeia produtiva do setor, com participação de representantes de asso- ciações e sindicatos como Anicer, Sindicercon, Acertar, Acervir, Secovi-SP, SindusCon-SP e AsBEA; de organizações públicas como a CAIXA e a CDHU, empresas projetistas de alvenaria, empresas que executam obras de alvenaria e instituições de ensino e pesquisa como IPT, EPUSP, UFSC, UEL e Senai^1.
1 ANICER – Associação Nacional da Indústria Cerâmica; Sindicercon – Sindicato da Indústria da Cerâmica para Construção do Estado de SP; ACERTAR – Associação das Cerâmicas de Tatuí eRegião; ACERVIR – Associação das Cerâmicas Vermelhas de Itu e Região; SECOVI-SP – Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Adm. de Imóveis Residenciais e Comerciais de SP; CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo; Sinduscon-SP – Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de SP;AsBEA – Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura; CAIXA – Caixa Econômica Federal; IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo; EPUSP – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina; UEL – Universidade Estadual de Londrina; SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Construção Civil).
de forma mais ampla, considerando-se aspectos do desempenho termo-acústico, resistência à ação do fogo, produtividade e outros. Sob o ponto de vista da isolação térmica ou da inércia térmica das fachadas, por exemplo, as paredes influenciam a necessidade ou não de condicio- namento artificial dos ambientes internos, com repercussão no consumo de energia ao longo de toda a vida útil do edifício. Diante das novas opções arquitetônicas e estruturais, dos novos modelos de construção, dos novos tipos de blocos vazados desenvolvidos pela indústria cerâmica e até mesmo das novas exigências econômicas e ambientais, justifi ca-se a elaboração do presente Código de Práticas, alicerçado na efetiva experiência construtiva e na normalização técnica brasileira.
1.3 OBJETIVO O objetivo desse documento é recomendar e unifi car práticas construtivas bem sucedidas, e consensualizadas junto ao setor produtivo, para alvenaria de vedação em blocos cerâmicos, com- plementando a normalização técnica e balizando o uso dessa técnica construtiva no Brasil, mesmo considerando-se as especifi cidades regionais. Com a aplicação desse documento, que consolida o estado-da-arte de elementos ou técnicas construtivas já consagradas pelo uso, pretende-se otimizar a produtividade e a qualidade das edifi cações, alem de melhor balizar as relações contratuais entre os diferentes agentes da ca- deia produtiva, envolvendo empreendedores, fabricantes de materiais e componentes, projetistas, construtoras, agentes promotores, agentes fi nanceiros e responsáveis pela operação e manuten- ção dos edifícios.
1.4 CAMPO DE APLICAÇÃO O presente Código de Práticas aplica-se a alvenarias de vedação executadas com blocos ce- râmicos vazados assentados com argamassa, preenchendo os reticulados de estruturas de con- creto armado ou protendido, concreto pré-moldado, aço, madeira, estruturas mistas aço-concreto e outras. Aplica-se ainda a estruturas pilar-laje e a paredes apoiadas sobre lajes maciças, lajes pré-moldadas, lajes alveolares e lajes mistassteel-deck, dentre outras. As referidas alvenarias podem ser empregadas tanto nas fachadas das construções (paredes externas) como nas paredes internas, além de poderem integrar platibandas, muros de divisa e outros elementos. Podem, ainda, constituir paredes com ou sem revestimento. As práticas indicadas podem também ser empregadas em vedações em tijolos cerâmicos ma- ciços, sendo que algumas das especifi cidades relativas ao emprego desses componentes encon- tram-se indicadas no documento.
O presente documento não se aplica a obras ou a condições especiais, como por exemplo sau- nas, piscinas, reservatórios, fornos, câmaras frigorífi cas, alvenarias submersas (abaixo do nível do lençol freático) e outras do gênero. Este documento também não se aplica a obras de alvenaria estrutural e não engloba serviços de revestimento nem de impermeabilização ou pintura.
1.6 TERMINOLOGIA
1.6.1 ALVENARIA DE VEDAÇÃO Parede constituída pelo assentamento de tijolos maciços ou blocos vazados com argamassa, com a função de suportar apenas seu peso próprio e cargas de ocupação como armários, prate- leiras, redes de dormir, etc.
1.6.2 BISNAGA DE ASSENTAR Bolsa de couro ou tecido resistente, com formato cônico, tendo no vértice orifício circular, utilizada na execução de alvenarias, para formar cordões para o assentamento ou o rejuntamento dos blocos.
1.6.3 BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO Componente vazado, com furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm, que inte- gra alvenarias de vedação intercaladas nos vãos de estruturas de concreto armado, aço ou outros materiais. Normalmente são empregados com os furos dispostos horizontalmente, devendo resis- tir somente ao peso próprio e a pequenas cargas de ocupação.
1.6.4 BLOCO CERÂMICO ESTRUTURAL Componente vazado, com furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm, que inte- gra alvenarias que constituem o arcabouço resistente da construção, sendo normalmente aplica- dos com os furos dispostos verticalmente. Pode também ser aplicado em alvenarias de vedação.
1.6.5 BLOCO CERÂMICO VAZADO Componente de alvenaria fabricado com material cerâmico, com furos posicionados vertical ou horizontalmente, com área útil do material cerâmico não excedendo a 25% da correspondente área bruta da seção.
1.6.14 ESCANTILHÃO Régua graduada, com subdivisão correspondente à altura de cada fiada, utilizada para obedi- ência à modulação vertical da alvenaria e também para orientar o prumo das paredes.
1.6.15 ESCANTILHÃO COM TRIPÉ Escantilhão suportado na vertical por três hastes articuladas, fi xadas na base com pregos de aço, parafusos com buchas ou outros recursos, com sistema de regulagem que possibilita mantê-lo no prumo e alinhar a primeira marca com a cota da primeira fi ada.
1.6.16 ESCANTILHÃO TELESCÓPICO Escantilhão constituído por partes escamoteáveis, com regulagem de altura e sistema de mo- las que lhes confere capacidade de encaixar-se e manter-se preso nos reticulados da estrutura, com possibilidade de manter-se aprumado e alinhado com a cota da primeira fi ada.
1.6.17 ESTICADOR DE LINHA Ferramenta normalmente de madeira, com formato de “U”, com a linha de náilon enrolada na base do “U”; encaixa-se a ferramenta nos blocos extremos da fi ada que se está executando, com suas pernas enviesadas em relação ao eixo da parede, de forma que ao se esticar a linha a ferramenta fi ca presa por atrito e permite manter a linha esticada.
1.6.18 FINCA-PINOS Ferramenta semelhante a uma pistola, destinada a cravar pinos de aço no concreto, na alvenaria ou em outros materiais, funcionando à base de explosivos; a ferramenta deve ser operada por profissionais habilitados, devendo apresentar regulagem de pressão (diferentes para os diferentes tipos de base) e sistema de comando que evite a deflagração acidental do projétil (pino de aço).
1.6.19 FIO TRAÇANTE Barbante / fi o de algodão que é impregnado com pó colorido (“vermelhão” ou equivalente), destinado à marcação de paredes, eixos de referência, etc; na exata posição que se quer demarcar, o fi o é distendido e suportado nas extremidades, sendo em seguida esticado intermediariamente para que forme uma catenária invertida; soltando-se repentinamente o fi o tencionado, grava na base a linha desejada.
1.6.20 GRAUTE Micro-concreto ou argamassa auto-adensável, isto é, material que se acomoda no interior do molde sem a necessidade de ser socado ou vibrado, com a função de solidarizar a armadura à alvenaria.
1.6.21 JUNTA A PRUMO Assentamento de blocos ou tijolos onde os componentes da fiada superior projetam-se exatamente sobre os componentes inferiores, isto é, as juntas verticais de assentamento resultam alinhadas.
1.6.22 JUNTA DE CONTROLE Junta introduzida em parede muito longa, em seção com mudança abrupta de direção ou mu- dança de espessura da parede, com a fi nalidade de evitar a fi ssuração da alvenaria.
1.6.23 JUNTA EM AMARRAÇÃO Assentamento de blocos ou tijolos de forma defasada, isto é, o componente superior projeta- se simultaneamente sobre as duas metades dos componentes inferiores, aceitando-se sobreposi- ção mínima de um quarto do comprimento em trechos localizados das paredes.
1.6.24 JUNTA SECA Encontro vertical entre dois blocos contíguos, sem argamassa na junta vertical de assentamento.
1.6.25 MEIA-CANA Ferramenta côncava destinada à execução de alvenarias, com pequena largura, com capacida- de para recolher quantidade de argamassa compatível com a dimensão do cordão que se pretende constituir para o assentamento de blocos.
1.6.26 MÓDULO (M) Unidade de medida padrão que representa a distância entre dois planos consecutivos do reti- culado modular de referência (em geral, assume-se para essa distância o valor de um decímetro: 1M = 10cm).
Os blocos cerâmicos utilizados na execução das alvenarias de vedação, com ou sem revesti- mentos, devem atender à norma NBR 15270-1, a qual, além de defi nir termos, fi xa os requisitos dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis no recebimento. Consideram-se dois tipos de blocos quanto ao direcionamento de seus furos prismáticos, conforme ilustrado na Figura 2.
Figura 2 – Representação dos blocos cerâmicos de vedação
As dimensões de fabricação (largura - L, altura - H e comprimento - C) devem ser corres- pondentes a múltiplos e submúltiplos do módulo dimensional M = 10 cm menos 1 cm, conforme dimensões padronizadas indicadas na Tabela 1.
Furos na vertical
H
C L Furos na horizontal
L C
H
Tabela 1 – Dimensões de fabricação de blocos cerâmicos de vedação
L x H x C Largura (L) Altura (H) Comprimento (C) Bloco ½ Bloco
(1) M x (1) M x (2) M
(1) M x (1) M x (5/2) M 24 11,
(1) M x (3/2) M x (2) M
14
(1) M x (3/2) M x (5/2) M 24 11,
(1) M x (3/2) M x (3) M 29 14
(1) M x (2) M x (2) M
19
(1) M x (2) M x (5/2) M 24 11,
(1) M x (2) M x (3) M 29 14
(1) M x (2) M x (4) M 39 19
(5/4) M x (5/4) M x (5/2) M
(5/4) M x (3/2) M x (5/2) M 14 24 11,
(5/4) M x (2) M x (2) M
19
(5/4) M x (2) M x (5/2) M 24 11,
(5/4) M x (2) M x (3) M 29 14
(5/4) M x (2) M x (4) M
(3/2) M x (2) M x (2) M 19 9
(3/2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,
(3/2) M x (2) M x (3) M 29 14
(3/2) M x (2) M x (4) M 39 19
(2) M x (2) M x (2) M
19 19
(2) M x (2) M x (5/2) M 24 11,
(2) M x (2) M x (3) M 29 14
(2) M x (2) M x (4) M 39 19
(5/2) M x (5/2) M x (5/2) M
24 24
(5/2) M x (5/2) M x (3) M 29 14
(5/2) M x (5/2) M x (4) M 39 19
ticas visuais dos blocos), deve ser realizada inspeção por ensaios para determinação de suas ca- racterísticas geométricas (valores das dimensões das faces, espessura das nervuras que formam os septos e das paredes externas do bloco, esquadro e planeza das faces), de sua caracterização física (índice de absorção de água) e sua caracterização mecânica (resistência à compressão). Para tanto, deve-se observar os lotes de fornecimento com no máximo 100.000 blocos ou fração, de acordo com as amostragens e critérios de aceitação e rejeição apresentados na Tabela 3.
Tabela 3 – Amostragens e critérios de aceitação e rejeição
Inspeções e ensaios realizados
Nº Blocos ensaiados
Blocos não-conforme 1 o^ amostragem 2 o^ amostragem 1 a amostra
2 o amostra
No aceitação
No rejeição
No aceitação
No rejeição Identifi cação dos blocos 13 - 0 1 - - Características visuais 13 13 2 5 6 7 Características geométricas 13 - 2 3 - - Caracterização física 6 - 1 2 - - Caracterização mecânica 13 - 2 3 - - (-) não se aplica a dupla amostragem.
Análises e ensaios periódicos são realizados em blocos cerâmicos de empresas que partici- pam do Programa Setorial da Qualidade de Blocos Cerâmicos – PSQ-BC^2 , em vigor no âmbito do PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat), vinculado ao Ministério das Cidades. No PSQ-BC são realizadas, periodicamente, as seguintes análises de acordo com a norma NBR 15270: a) Nível 1: Inscrição (Identificação), Avaliação Visual e Verificação das Características Geo- métricas (Dimensional). b) Nível 2: Requisitos exigidos no Nível 1 mais Absorção de Água e Resistência à Compressão. c) Nível 3: Avaliação de Conformidade do Produto no âmbito do SBAC - Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, INMETRO (Certifi cação).
(^2) O PSQ-BC, sob gestão da ANICER – Associação Nacional da Indústria Cerâmica, regulamenta a avaliação da conformidade de blocos cerâmicos para alvenaria de vedação e estrutural das empresas participantes do Programa (maiores informações no site: http://www.cidades.gov.br/pbqp-h).
Para o caso da utilização de tijolos maciços cerâmicos para alvenaria deve-se verificar as es- pecifi cações constantes da norma NBR 7170 (características visuais, geométricas e mecânicas), considerando os respectivos critérios de aceitação e rejeição. A verifi cação da resistência à com- pressão do tijolo deve ser feita conforme método de ensaio apresentado na norma NBR 6460.
2.2 ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO Recomendam-se as argamassas mistas, compostas por cimento e cal hidratada, para o as- sentamento. A argamassa utilizada para o assentamento dos blocos pode ser industrializada ou preparada em obra e devem atender aos requisitos estabelecidos na norma NBR 13281. O cimento exerce papel importante na aderência, na resistência mecânica da parede e na es- tanqueidade à água das juntas. Na preparação da argamassa, sempre que possível, deve-se evitar a utilização de cimentos de alto forno (CP III) ou pozolânico (CP IV), pois, devido à importante presença de escória de alto forno e de material pozolânico respectivamente, a argamassa poderá ter elevada retração caso não haja adequada hidratação do aglomerante; esses tipos de cimento, entretanto, podem ser utilizados em situações em que se tenta prevenir reações de compostos do cimento com sulfatos presentes na cerâmica. A cal, em função de seu poder de retenção de água, propicia menor módulo de deformação às paredes, com maior potencial de acomodar movimentações resultantes de deformações impostas. Relativamente à cal hidratada, pode-se utilizar qualquer um dos tipos de cal que atenda à norma NBR 7175. As areias devem ser lavadas e bem granuladas, recomendando-se para a argamassa de as- sentamento areias médias (módulo de fi nura em torno de 2 a 3). Não se recomenda o emprego de areias com porcentagens elevadas de material silto-argiloso (conhecidas no Brasil com diversos nomes: “saibro”, “caulim”, “arenoso”, “areia de estrada”, “areia de barranco” etc), sendo que a areia deve atender às especifi cações da norma NBR 7211. Os ensaios recomendados para as argamassas de assentamento, conforme a NBR 13281, são os seguintes: resistência à compressão, densidade de massa aparente nos estados fresco e endu- recido, resistência à tração na flexão, coeficiente de capilaridade, retenção de água e resistência de aderência à tração.
2.3 TELAS METÁLICAS Recomenda-se que as telas utilizadas na ligação alvenaria – pilar sejam telas metálicas eletro- soldadas, galvanizadas, e dotadas de fi os com diâmetro em torno de 1 mm e malha quadrada de 15 mm. As telas devem atender às especifi cações da norma NBR 10119.